Mini World escrita por Spiral Universe


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Personagens de Stephenie Meyer, só estou brincando com eles...

P.S.: Surtando muito com Sol da Meia-Noite. Quase esqueci que hoje era dia de atualização, ops...



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/793160/chapter/7

Capítulo 7

Estava esperando mágoa. Talvez um pouco de medo. Um certo enjoo. Nervosismo. Bella só não estava esperando tanta raiva. A fúria que tomou conta dela ao ver Renée era algo que jamais imaginou sentir. Sua aparência não se alterou muito ao longo dos anos; o cabelo estava mais loiro, embora no mesmo corte, estava mais magra, todavia ainda muito bem vestida. E não estava sozinha. Um homem alto, com cabelos castanhos, olhos verdes e claramente mais jovem segurava sua mão. Ele se pronunciou primeiro.

— Olá, você é Charlie, correto? E você deve ser Isabella, não é? – Disse num tom amigável – Sou Phil.

— Oi – Charlie devolveu o cumprimento, mas Bella fixou seus olhos na mãe.

Renée parecia muito tensa.

— Como vai, Charlie? – Ela acenou para ele – E Bella... Oi.

Bella não falou nada. Não confiou em si mesma para falar algo. Temia o que sairia de sua boca se a abrisse. Pensou em seu script mental para aquela conversa, incapaz de se obrigar a usá-lo. Parecia muito pouco, muito raso para tudo que queria dizer. Muito gentil.

O silêncio pesado recaiu sobre a mesa. Charlie pigarreou e os convidou para sentar, o que fizeram; Renée de frente para ela. A mãe evitava devolver seu olhar fulminante a todo custo. Os adultos falaram sobre algumas banalidades, como o tempo e sobre o voo, tentando quebrar o gelo.

— Bem, Bella – Phil tentou puxar assunto com ela pouco tempo depois – Sua mãe me disse que você gosta muito de livros.

— Sim, não é, Bella? – Renée comentou, desviando de seus olhos – Ela lia muito. Passava horas no quarto com um livro na mão.

Com aquelas palavras, Bella se ouviu rir.

— Realmente, horas, não é, mãe? – Respondeu com desprezo.

— Bella – Charlie a repreendeu.

Ela não ligou para a reprimenda. Viu Renée olhar nervosamente para Phil, que parecia muito confuso.

— Bella, sua mãe me disse que vocês duas tiveram alguns problemas – Phil disse gentilmente – Sei que não é da minha conta...

— Tem razão, não é da sua conta.

Edward riu baixinho atrás dela. Renée finalmente a encarou, e era o mesmo olhar que costumava dar a ela quando dizia coisas estranhas aos seus namorados. Bella sustentou seus olhos, recusando-se a abaixar a cabeça, furiosa.

— Acho que seria bom vocês duas conversarem sozinhas – Charlie sugeriu.

— Também acho – Phil concordou – Resolver o passado, afinal são mãe e filha. É um laço muito sagrado.

Mesmo que estivesse quebrando sua promessa, Bella não se chateou com Charlie quando ele e Phil se levantaram e saíram. Queria colocar os dados na mesa e acabar com aquilo logo, e estava mais interessada em proteger Charlie das revelações do que proteger Renée das consequências. Edward se sentou na cadeira ao lado de Renée, olhando-a com nojo, e por um momento Bella sentiu uma vontade terrível de rir com aquela cena.

— Isso são modos, Isabella? – Renée indagou aborrecida. Parecia finalmente ter tomado coragem para encará-la de volta.

— Diga de uma vez o que você quer – Bella devolveu.

— Phil é um homem bom, não o trate mal.

— Ele é bom? Coitado dele em estar com você, então.

— Você continua tão insuportável como sempre, pelo que vejo – Renée desdenhou.

— Engraçado, mãe, posso dizer o mesmo sobre você.

— Você quer ser engraçadinha?

— Não, quero acabar com essa palhaçada e nunca mais ver você! Quero que suma!

Bella não sabia dizer de onde tudo aquilo estava vindo, entretanto estava gostando. Enfrentar Renée a fazia se sentir bem.

— Eu vou – Ela garantiu friamente – Não pense que estou aqui por você, garota. Vim porque Phil insistiu. Ele preza muito pela família.

— Claro, não é? – Bella riu – Tudo pelos seus homens, inclusive ver a pequena aberração.

— Trate-o bem, Isabella, ou...

— OU O QUÊ? – Bella gritou – OU O QUÊ, EXATAMENTE?

Bella teve consciência que as outras pessoas pararam e agora estavam encarando, mas não se importou. Cada pedacinho dela tremia com ódio, enojada pela mulher diante de si. Não era por ela, Bella, que Renée estava ali afinal, era para fazer uma cena de mulher perfeita para Phil.

— Olha como você fala comigo, Isabella!

— NÃO OLHO, NÃO! – rugiu para Renée – QUER FAZER UM TEATRINHO? ENTÃO VAMOS FAZER UM TEATRINHO! QUER FAZER BONITO PARA O SEU NOVO NAMORADO? QUER MOSTRAR ALGO QUE NÃO É?! ENTÃO, VAMOS LÁ!

— Isabella!

A voz era de Charlie, de volta a lanchonete, e ele parecia chocado. Phil, ao lado dele, mostrava uma mescla de horror e pesar. As duas estavam em pé – Bella nem se dera conta de que tinham se levantado –, em uma postura nada amigável, encarando-se. Julgou ter visto uma faísca de orgulho nos olhos de Edward, ainda tranquilamente sentado. Mas sua maior atenção era para Renée; algo mais do que raiva começava a tomá-la, um sentimento de profundo rancor. Contudo, não havia nenhum resquício de medo. As palavras de Alice zumbindo em seu ouvido deram-lhe ainda mais coragem. Ia longe o tempo em que temia aquela mulher.

— Não tenho mais nada para fazer aqui – Bella declarou e virou-se para Phil – Foi um prazer conhecê-lo.

Ela saiu sem se incomodar com mais nada. Estava frio do lado de fora, e o vento gelado batendo em seu rosto quente não era de todo ruim. Abriu a porta da radiopatrulha e se sentou lá dentro, cruzando os braços. O pai chegou alguns minutos depois, ligou o carro e foram embora. Charlie não disse nada, aparentando extrema perplexidade durante todo o pequeno trajeto.

Bella subiu direto para o quarto, sentindo um prazer estranho em trancar a porta. Edward não se demorou, e foi deitar-se com ela na cama.

— O que foi tudo isso? – Ele perguntou.

— Acho que surtei – Bella respondeu.

Os dois se olharam e começaram a rir. Era maravilhoso rir de tudo aquilo. Os dias de tensão e nervosismo que antecederam ao encontro agora lhe pareciam muito desnecessários e bobos. Renée queria apenas criar um cenário que não existia, visando agradar sua mais nova paixão, sem fazer realmente questão de ter a filha de volta.

— Ela vai sumir de novo quando eles terminarem, espere só – Disse para Edward.

— Provavelmente. Embora, devo dizer, se ela se deu ao trabalho de comprar as passagens aéreas e vir até aqui, deve realmente gostar dele.

— Não acho – Bella respondeu indiferente – Deve estar empolgada porque começaram a sair agora e ele é algo novo. Ela se cansa rápido. Não se lembra da porta giratória de homens em Phoenix?

— Lembro – Ele assentiu – Era quase como minha casa em Chicago, só que do sexo oposto.

— Quer ouvir uma coisa engraçada, Edward?

— Quero.

— Eu não estou nem aí para tudo o que aconteceu – Bella sorriu para ele, verdadeiramente feliz – Imaginei um milhão de coisas desde que Charlie me disse que ela viria. Agora, não sinto nada. Nada mesmo. Aquele peso todo que me deixava mal sumiu!

— O que eu vi hoje me surpreendeu muito, Bella – Ele devolveu seu sorriso – Não sei como dizer o quão orgulhoso eu estou. Ela perdeu o poder que tinha sobre você.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Obrigada por todos os reviews :)



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Mini World" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.