O namoradO escrita por Agome chan


Capítulo 2
Rapaz, não irrite a fera


Notas iniciais do capítulo

Oi, oi, oi!

Quanto tempo, não é?

Uma loucura pra eu me organizar e conseguir tempo para escrever meus projetinhos, o pouco que tinha eu lia outras fics, doida kkkkkk

Confesso.

Mas tem muitas kiribakus ótimas por aí, temos que aproveitar, entre outras (lendo uns manhwa BL e yuri também, finalmente terminei She-ra na netflix!) e aqui estamos.

Então, eu trouxe um nome comuns japonês, Hiroki, para o personagem, assim facilita para escrever, mas ele não existe no BNHA, está bem? Não precisam se preocupar, é que os extras vão brotando kkkkk



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Kirishima podia negar o quanto quisesse, por não se perceber muito bem, mas ele era sim popular desde a época que estudava na UA.

Podia não ser o “príncipe” que o Todoroki era conhecido aos olhos de quem se encantava por ele, pelos traços delicados e ar misterioso (quando ele só era muito introvertido). Mas Eijirou não notava que ele já era a imagem que tentava se mostrar; másculo, o tipo “atlético” e com sua simpatia, seu sorriso caloroso, enérgico e de belos olhos, era o conjunto muito desejado.

E sim, as pessoas que se atraiam por ele tentavam se aproximar e desde então o rumor de que era muito arriscado se atrever a tal coisa passou a crescer. Hiroki não entendia o porquê de tais rumores, afinal quem visse Kirishima pela academia, não poderia não notar como ele era supersimpático, um extrovertido tão divertido, que até se fosse rejeitado põe ele, não teria como ser de uma forma cruel.

Por isso arrumou uma desculpa, que o Present Mic estava o chamado, para assim o ter sozinho.

Mesmo tendo sucesso em o levar atrás do prédio, Eijirou ainda não estava entendendo o que se passava. Hiroki estava tão nervoso, de cabeça baixa, passando a mão uma na outra.

— É que eu te admiro muito, Kirishima.

Eijirou tinha todo um sorriso sem jeito.

— Oh, sério?!

E cerrou os punhos erguidos:

— Eu venho praticando tanto para ser um bom herói!

Hiroki notou que seria mais difícil de se fazer entender do que ele pensou.

— Ah, sim… — sorriu desconcertado. — Você será um ótimo herói com certeza, mas quero dizer que gosto de você além disso.

Kirishima abaixou aos poucos os punhos, olhando para os lados. Parecia mais confuso que tudo, depois se animou de súbito, tinha entendido:

— Você quer que sejamos amigos? — mas Kirishima não tinha.

Hiroki coçou atrás da cabeça, sem saber mais o que fazer.

— É, mas mais que isso.

— Tipo superamigos? Uma super dupla contra o crime? Qual departamento você é mesmo?

— Do F.

— Você quer treinar junto? Eu te mando meus horários para gente fazer corrida.

Esfregou as mãos no rosto, frustrado.

Foi quando ouviu vozes e erguendo um pouco a cabeça, chegou a dar passos para trás pelo susto de ver o famoso Bakugou na janela lá do alto, com um pé na borda da janela, segurando uma mesa que parecia que ele estava a ponto de jogar em si!

E ele estava muito irritado.

Os outros amigos dele da mesma turma; Mina, Kaminari, Sero e Jirou, eram as vozes que ouviu, tentando fazer ele largar a mesa e avisando do perigo.

Kaminari já berrava:

— Pelo amor de Deus, larga isso!

— Vou largar essa merda NA CABEÇA DAQUELE EXTRA!

— NÃO DESSE JEITO!

Claro que assim até o Kirishima percebeu e se virou:

— Bakugou?! O que está fazendo?! Está fora da sala também?

— Você disse que ia ver o Mic, SEU MERDA! Me chamou para te ajudar nos exercícios e foge para ficar de papo! EU PAREÇO QUE TENHO TEMPO PRA FICAR DESPERDIÇANDO ASSIM?!

— Não, eu achei mesmo que era sobre o professor Mic!

— Então esse extra além de tudo É MENTIROSO?!

Hiroki suava frio vendo as faíscas saindo das mãos do Bakugou que ainda não tinha soltando a mesa, e nem parecia cansado em segurar por tanto tempo. Ele estava muito determinado em lhe acertar em cheio com ela.

— Bakugou, tente entender que ele só estava querendo conversar comigo talvez a sós para…

A cara do Bakugou se contorceu toda, ainda mais do que já estava, o ponto que Kirishima tocou o deixou mais enfurecido.

O demônio se apossou daquele rapaz, porque não era possível tamanha fúria num ser humano comum.

Mas quem disse que Katsuki Bakugou era comum?

— OOOOI??!!

Kaminari parecia embaraçado, achando que Kirishima tinha entendido as intenções de alguém levar outra pessoa numa área mais afastada das janelas das salas de aulas.

— É, Bakugou, vamos voltar lá pra deixar o Kirishima a vontad— Katsuki só tirou o pé da janela para não perder o equilibro ao dar uma rasteira no Kaminari.

Sero gargalhou junto à Mina e Jirou.

Mineta apareceu no fim do corredor vendo a cena:

— Mas o que está acontecendo aqui? — E olhou pela janela o Kirishima e um rapaz tímido (consideravelmente tendo uma aparência que atrairia muitas meninas, o que lhe frustrava).

— Parece que Kirishima estava recebendo uma declaração — respondeu Sero.

Mineta ficou boquiaberto voltando a olhar pela janela.

— E Bakugou… está furioso… — gemeu Kaminari ainda no chão, sendo ajudado pela Mina e Jirou a se levantar.

Bakugou estava com a mesa em cima do ombro olhando com muito desgostoso para o Kirishima, que parecia bastante perdido ainda pedido para Katsuki pôr a mesa no chão e se acalmar, tendo só os resmungos dele de resposta (mas consideravelmente mais calmo do que antes).

Para surpresa de todos, Eijirou questionou sério:

— Qual é o problema de ouvir um másculo pedido de amizade?

Silêncio se seguiu.

Ele está falando sério?

Ele não pode estar falando sério.

É sério?

Sem chance.

Pensavam todos, desacreditados na falta de noção do Kirishima pela sua inocência em não se dar conta que estava acontecendo algo super comum, um aluno chamar o outro para declarar seus sentimentos românticos num canto isolado da escola.

Mina abriu outra janela e gritou:

— Pera, o que?! ‘Tá de sacanagem!

Kaminari riu:

— Kirishima está sendo muito lento.

E Mineta comentou:

— Aquele cara teria tantas chances com garotas e desperdiça confessando ao Kirishim—

E finalmente Katsuki pôs a mesa no chão.

Quando acertou o Mineta com ela.

Sero ficou boquiaberto sem saber o que fazer por um bom tempo, Kaminari no chão no mesmo estado, enquanto Jirou agradecia:

— Ainda bem que eu filmei esse momento histórico — por estar muito feliz, mandando o vídeo para o grupo da sala.

O riso da Mina chegava a ecoar.

Bakugou praticamente cuspiu as palavras ao Kirishima:

— Faça o que quiser — e saiu pisando duro.

Kirishima endureceu o corpo para conseguir ir escalando, perfurando as paredes, entrar pela janela e ir correndo atrás dele, o chamando:

— Bakugou! Espera! Ei, Bakugou! Blasty, não me deixa pra trás!

Hiroki, boquiaberto, foi se afastando da loucura que acabou de presenciar.

De fato, agora entendia o “perigo” de se confessar ao Kirishima. Tinha acabo de ver subir tipo um Romeu atrás de sua Julieta, uma selvagem e que estava mais para ser a Fera de “Bela e a Fera”, o Romeu seria a Bela, logo o Kirishima… era difícil definir a dinâmica da amizade que ele e Bakugou tinha.

 

 

Anos depois teve o prazer de ver de ver a fera novamente, no terceiro ano, quando Katsuki foi chamado por um cara no mesmo lugar. Hiroki se escondeu atrás de uma parede, medo de ser visto pelo demônio loiro. E parecia que o rapaz estava vermelho em nervosismo, não em declaração romântica, a única coisa que estava declarando era sua rivalidade ao Katsuki:

— Eu amo o Kirishima e vou lutar por ele!

O queixo de Hiroki até caiu. Tudo bem que ele já chegou ter sentimentos por Eijirou, porém era quando ele estava solteiro e não tinha noção que, na verdade, o coração dele já pertencia ao Katsuki. Mas atualmente era de conhecimento comum para qualquer um que os dois namoravam, — o power couple — até por sempre estarem juntos pelo campus.

Era muita coragem e cara de pau falar o que aquele rapaz tinha soltado justamente pro Bakugou.

Suas lembranças lhe acertaram, como a mesa que Bakugou tinha esmagado o Mineta no passado, e ficou com medo pelo rapaz idiota.

Para sua surpresa, ouviu uma risada.

Bakugou estava caindo na risada, muito da debochada.

Até passou a mão pelos cabelos loiros, os jogando para trás, enquanto recuperava o fôlego.

— Me chamou pra isso? É cada coisa que a gente tem que ouvir — e ele tinha a cabeça erguida em sua postura arrogante. — E você acha que tem a mínima, remota, chance?

O rapaz ficou sem palavras, se o queixo de Hiroki já estava caído, naquele momento estava no chão. Literalmente. Era sua quirk elástica ativa.

E Bakugou riu de novo.

— Te enxerga, extra. Chega a ser fofo de tão ridículo sua falta de noção, não vou perder meu tempo, você devia pagar meu café, criatura — e saiu andando dando as costas para o outro, o tratando tipo nada.

 Essa imagem ficou em sua mente, chegou a ficar admirado, bastante na verdade.

Até comentou dias depois com um colega o quão Bakugou tinha sido tão… incrível, não se dando nem ao trabalho de discutir, num nível de confiança lá em cima, como poderia não admirar? Não babar ovo?

Que arco de redenção Bakugou teve que ele nem pode acompanhar?

Seu amigo até brincou:

— Parece até que está apaixonado por ele.

— Eu?!

— Não é? Estava até falando dele ficar lindo jogando cabelo pra trás.

— Mas ele ficou. Tinha que ter visto!

— É, tenho que admitir que quando ele não está fazendo careta, ele é até bem bonito.

— Tem um charme, tem um peito todo estufado e olhos bem penetrantes.

— Atlético, bem seu tipo.

— É, mas—

Foram interrompidos, sentindo as mãos grandes apertando os ombros deles e uma voz grave do rosto que se punha entre ele e de seu colega:

— Mas ele namora, né?

Era o Eijirou Kirishima, tendo um sorriso pontudo no rosto, até seus olhos sorriram, fechados, mas as sobrancelhas e as veias saltando em suas têmporas entregavam sua raiva, o que deixava o sorriso afiado assustador.

Engoliram em seco.

— S-sim — concordaram, trêmulos.

— Ótimo!

Lhes deu tapinha nas costas que quase os derrubaram.

Assistiram Eijirou acenar para eles, — acenaram de volta, ainda assustados — o cabelo ainda pontudo, bem mais longo, batendo em suas largas costas.

Talvez o namorado do Bakugou seja uma fera também, só é bem mais sutil, tipo um tubarão que se aproxima numa maré calma e quando você vê… já foi.


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