A Filha de Jacob Black escrita por Sarah Black


Capítulo 47
Capítulo 47




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—Não acha melhor ir atrás dela? — Escuto a voz preocupada de Tia Rachel assim que apareço na borda da floresta na frente da casa dos Cullens.

Depois de algum tempo na água eu nadei até a praia me sentando na areia vendo o mar agitado na minha frente, tentando colocar meus pensamentos em ordem, tentando imaginar em como as coisas serão agora, e, em como me desculpa com todos. Mais o pior é como me desculpar com meu pai por tudo que fiz e disse dês que ele voltou para minha vida.

—Ela voltou — Balanço a cabeça afastando os meus pensamentos ao ouvir Daniel. Suspiro andando até a casa o vendo pela janela no segundo anda. Assim que paro na porta, Esme aparece a abrindo me olhando sorrindo. Retribuo o sorrindo falando obrigada a deixando surpresa.

Apenas os Cullens, Mikelson, Jacob e os trigêmeos, Tia Rachel e Tio Paul, Carol e Daniel estavam na casa. Acabo ficando decepcionada quando não sentir o cheiro de Nathan ali. Suspiro subindo as escadas logo atrás de Esme. — Sarah! — Carol fala feliz me abraçando assim que chego até a sala, mas eu acabo travando ao sentir seu cheiro — Desculpa — Fala se afastando

—Tudo bem — Falo sorrindo a abraçando de volta, logo depois ela volta a mim abraçar

—Seja bem-vinda de volta priminha — Daniel fala nós abraçando em seguida, beijando meus cabelos — Gostei do cabelo — Ele fala bagunçando meus cabelos, que estavam curtos até os ombros.

—Valeu — Falo sorrindo me afastando ajeitando os cabelos. Olho para trás deles vendo tia Rachel me olhando receosa ao lado do tio Paul. Vou até eles ainda a olhando — Desculpa por antes — Falo parando na frente deles abrindo os braços. Ao intender que estava tudo bem ela vem até mim passando seus braços pelos meus ombros. Esses dois anos a deixou diferente, estava com uma aparência mais velha.

—Nunca mais suma assim do nada mocinha. Quase nos mata de susto — Tio Paul fala me abraçando depois de mim separa de tia Rachel

—Desculpa! Mais agora tudo acabou, não tem mais ameaças — Falo o olhando nos olhos. Ele deixa os olhos em fendas concordando de leve com a cabeça, voltando a mim abraça.

—Como conseguiu se infiltrar na guarda, Sarah? — Me afasta olhando pra trás vendo Emmett aparecer na escada

—Não é hora para isso Emmett — Esme fala o repreendendo

—Tudo bem, Esme — Falo gentil a olhando, deixando todos surpresos — Será que

—Eu empresto — Olho para Alice a vendo parada no corredor ao lado de Emmett — Vejo o futuro, se lembra? — Concordo com a cabeça fazendo careta em seguida.

—Claro, claro — Sussurro a seguindo

—Ela já volta — Escuto Edward falar chegando à sala. Alice me leva até um quarto no final do corredor, ao entra vejo uma muda de roupa em cima da cama. A olho agradecendo, ela logo sai fechando a porta. Troco minhas roupas, pois as outras estavam horríveis, meio molhada e sujas de areia. Volto a sala onde todos estavam

—O que querem saber? — Pergunto me sentando no braço de um dos sofás mais afastado de todos. Era melhor acabar logo com isso de uma vez.

—Tudo — Ergo o olhar para Jacob que estava perto da janela mim olhando curioso, mas dava para ver seu olhar preocupado.

—Ok — Falo começando a contar tudo desde o momento que sair de Nova Orleães, claro que escondendo algumas coisas — E foi isso — Falo os olhando, esperando que eles falassem algo.

—E a barreira, como você fez para mantê-la por tanto tempo? — Olho para Freya ao ouvir sua pergunta, acabo fazendo careta

—Eu ajudei

—Como é?

—Ajudei e não me arrependo — Camy fala olhando para a mãe que a repreendia com o olhar

—Eu fiz o feitiço. Mas sabia que não poderia fazer já que o feitiço acabaria quando eu morresse. Camy viu o feitiço no meu quarto e mim ajudou — Explico, soltando um suspiro em seguida. Davina ainda a olhava seria, mas acaba suavizando o olhar balançando de leve a cabeça.

—E devo dizer que para alguém que tinha acabado de saber fazer magia o feitiço era bem, feito — Sorrio ao ouvir Camy fala, deva para ver o tom orgulhoso em sua voz.

—Aí quando Aro disse que veria, eu mandei mensagem para ela tirar a barreira, para que assim Alice conseguisse ver o futuro mais claro — Volto a falar deixando todos surpreso — A barreira fazia suas visões serem borrões, quando tirou ela voltou ao normal

—Incrível — Alice fala pasma, ainda mim olhando.

—Tem uma coisa que não faz sentido — Olho para Jacob que ficou esse tempo todo calado, apenas ouvindo tudo — Se aquela não era a flecha que podia te matar, onde está a verdadeira?

—Chris queria despistar, ele inventou tudo aquilo sobre eu ser uma ameaça e sobre onde a flecha estaria, quando na verdade ele só queria limpar seu orgulho de homem — Falo com nojo ainda o olhando — Mamãe sabia que ele não ia parar, então compeliu o irmão dele para pega a flecha assim que ela fosse morta. Chris não desconfiou quando Deny a entregou a ele horas depois de saírem do complexo. Afinal era seu irmão. — Suspiro e olho para os trigêmeos que mantinham calados no canto da sala — Deny a guardou esse tempo todo. Mais assim como a mamãe eu o compelir e ele me entregou a flecha — Falo voltando a olhar para Jacob

—E onde ela está agora? — Nik pergunta me olhando curioso

—Coloquei onde ninguém pode entrar ou chega até lá — Respondo o olhando

—Você colocou na casa dos Uley quando foi até lá pegar a Emma, não foi? — Olho para Dominic ao ouvi-lo.

—Não — Respondo e olho para Emma

—Está lá em casa

—Eu não podia correr o risco de alguém ver, ou que alguém da guarda sentisse minha falta. Também precisava de alguém com meu sangue para o feitiço da barreira funcionar

—E resolveu colocar a vida da minha irmã em risco? — Jayson questiona com raiva ficando de pé, o olho sem saber o que dizer. Logo depois Dominic levanta se colocando ao lado dele, segurando no ombro direito

—Eu não coloquei, eu só

—Achou que era o certo. — Ele volta a falar dando um sorriso debochado — Sabe o que eu acho, que sua humanidade não estava desligada, e você só agiu com sempre sem ligar para nada além de você mesma

—Jayson já chega — Jacob fala com a voz grave. Eu mantenho meu olhar no Jayson, ainda sem saber o que dizer. Ele tinha razão em está com raiva, eu nunca os tratei bem, é normal que ele ache tudo isso.

—Chega? Claro que vai defendê-la como sempre faz

—Olha como fala comigo garoto, ainda sou seu pai — Desvio meu olhar para Jacob que olhava Jayson com um olhar sério, olhar essa que me deixava com medo quando era criança. Aquele olhar de aviso.

—Agora se lembra disso? Porque nos últimos dois anos você se esqueceu disso — Jacob deixa a boca em linha reta ao ouvir a voz magoada de Jayson.

Todos na sala parece prender a respiração diante da pequena, discussão. Discussão essa que me deixou mal. Solto a respiração que nem tinha percebido que a prendi me colocando de pé olhando para todos na sala, parando em Jacob e depois nos meus irmãos. Fico um tempo os olhando, um ao lado do outro pronto para se defender de qualquer que fosse, até mesmo do próprio pai. — Eu sinto muito — Falo chama a atenção dos três para mim. Sabia que os outros também me olhavam mais não liguei. — Podem não acreditar, mas eu sinto muito mesmo por tudo. — Falo baixo tentando controlar meu choro, porque era isso que eu queria agora. Chorar por tudo. — E essa discussão nem devia existir se tudo tivesse sido diferente, sem segredos ou omissões — Falo seria e olho para Jacob, que me olhava com pesar, culpado. Suspiro voltando aos meus irmãos — Não estou julgando ou culpando, só é a verdade. Eu não posso voltar a três anos atrás e muda como eu foi horrível com vocês três quando só queriam me conhecer. E sei que pedir perdão não vai mudar muita coisa, porque não é algo que possa perdoar do nada, porque tem que ser conquistado e eu tenho uma eternidade para fazer isso se vocês deixarem. — Eu queria ler mentes agora para saber o que estavam pensando, porque cada um me olhava diferente, estavam surpresos é claro, mais os três estavam com expressões serias, até mesmo Dominic que sempre deixava suas emoções aparecer, não estava. Silêncio era o que estava naquela sala, um silêncio bem ruim. Abaixo a cabeça os dando a costa, mas paro voltando a olhar para Jayson — Desligar minha humanidade foi a coisa mais difícil que tive que fazer. E por mais que eu tenha feito coisas horríveis depois que desligue, ainda tinha aquela voz na minha cabeça me lembrando todos os dias quem eu era. Me lembrando do porquê eu foi embora, e o porquê eu tinha feito tudo que fiz, incluindo magoas as pessoas que amo. Porque se não fosse por isso, provavelmente estariam todos mortos. Então me diz Jayson, você conseguiria deixar a Alisson sabendo como ela ficaria ou como você ficaria? — O questiono ainda olhando em seus olhos, e foi só ouvir o nome dela que ele parece volta a se, me olhando confuso, perdido — Sabe o que é ficar sem respirar? Ou sentir como se algo estive esmagado seu peito? Como se faltasse um pedaço seu? Você não sabe. Se eu pensasse só em mim, eu não teria ido embora. E eu espero que você nunca sinta algo assim. Na verdade que vocês três nunca passe por isso, porque é horrível. E imaginar não chega nem perto. — Eu não fiquei ali esperado que eles falassem algo, ou que algum falasse. Eu só dei a costa, seguindo em direção as escadas até sair pela porta, parando na calçada respirando fundo, sem olhar para trás.

—Que tal irmos para casa? — Viro a cabeça para direita ao ouvir Daniel falar. Sua voz sai calma, suave como sempre era ao falar comigo. — Ou podemos andar por aí — Ele volta a falar quando faço careta. Provavelmente o vovô estaria lá. Sorrio de leve concordando com a cabeça quando ele aponta em direção a floresta. Sem dizer nada ele passa seu braço esquerdo pelos meus ombros nos guiando para dentro da floresta.

—Você amadureceu — Daniel fala depois de um tempo. Desvio o olhar do mar a nossa frente o olhando surpresa pelo seu tom de voz orgulhoso — Saiu daqui uma adolescente encrenqueira e voltou uma mulher madura — Ele fala sorrindo enquanto fazia carinho na minha mão direita. Discordo com a cabeça voltando a olhar para frente.

—A que preso? — Questiono escorando minha cabeça em seu ombro

—Todos sentimos sua falta. Mas intendemos. Eu intendo. Pode não ser muito mais estou orgulhoso de você priminha — Sorrio de leve voltando a olhá-lo

—Também sentir a falta de vocês. E é bom saber que está orgulho — Sussurro a última parte, voltando a escorar a cabeça

—Pode demorar um pouco mais eles vão te perdoar. Sabe eu não conseguiria ficar longe da Alina, e não tenho vergonha de admitir. Você é a mais forte de todos nós Sarah. Porque aposto que nenhum deles conseguiria ficar longe de seus imprinting com você ficou. — Daniel fala baixo com se me contasse um segredo. Em seguida ele vira de lado segurando meu rosto me fazendo olhá-lo — Pode ter escondido do Nathan, ou de qualquer outro, mas eu sei. Eu sempre soube. Mais nunca intendi porque você escondia até ver os pensamentos dele — Sorrio de leve ainda o olhando. Daniel beija minha testa sorrindo — Conte a ele — Concordo de leve com a cabeça o abraçando em seguida.

—Obrigado — Sussurro o apertando em meus braços. Sentia falta dele. Das conversas, conselhos. As vezes eram péssimos admito, mas a maioria eram bons. Ficamos ali por mais um tempo até começar um vento forte anunciando que ia chover, eu até teria ficado, mas ele levantou me puxando junto. E como fizemos anos atrás corremos em direção a casa vermelha e no caminho a chuva nos pegou, mais dessa vez não ouvir brincadeira de lema, seguimos direto para casa. Daniel passa pela rampa da entrada correndo abrindo a porta que estava destrancada passando em seguida comigo logo atrás. Mas foi passar pela porta que eu travo no meio da sala sentindo meu coração se aperta, olhando assustada para Daniel que mim olha sem intender nada. Foi como se eu tivesse perdido o ar.

Eu não devia ter passado pela porta.


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