Cowboys and Angels escrita por Alina Black


Capítulo 55
Audiência de conciliação




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A caminhonete estacionou diante da sede judicial, Jacob e Renesmee trocaram olhares carinhosos e deram as mãos, O Cowboy beijou suavemente os dedos da ruiva e após alguns segundos respiraram profundamente.

Antes que pudessem sair do carro observaram a grande movimentação de repórteres diante da entrada principal – Isso não pode ser sério? Reclamou Renesmee enquanto os repórteres rodeavam o carro.

Os homens e mulheres se afastaram com suas câmeras e celulares quando três homens pediram espaço, rapidamente o casal saiu do carro sobre os olhares dos repórteres curiosos e flashes e apressadamente caminharam pela escadaria do prédio passando por uma porta larga.

— Alec montou um circo! Disse Eliot e Paul os recebendo.

— Está me dizendo que ele chamou a impressa?

— Sim ele vai querer chamar a opinião publica para alegar ser um pai que deseja ter seu filho.

—Só me faltava essa viu – resmungou Jacob.

O casal e o advogado olharam na direção da porta quando surgiu uma nova aglomeração, Alec saia de um carro acompanhado de seu advogado, parou diante dos repórteres respondendo rapidamente a alguns dele – Viram o que eu disse a vocês?  Eliot falou sorrindo.

— Mas isso tem um lado positivo – disse Paul – O tiro pode sair pela culatra!

— Pois eu espero que cê tenha razão – respondeu Jacob enquanto passava um dos braços em volta os ombros de Renesmee.

Alec caminhou aproximando-se do casal e dos advogados, tirou os óculos escuros e sorriu – Bom dia! Disse ele com um sorriso irônico passando ao lado deles acompanhado do advogado.

Jacob bufou.

— Ignorem Alec – Disse Eliot – Vou dar a vocês as últimas instruções antes de entramos na sala – A juíza falará o resultado do exame de DNA e sobre a visita da Assistente social, essa audiência já nos dará um pré-resultado da audiência final, portanto é muito importante que não cedam as provocações de Alec.

O casal concordou com a cabeça.

Um homem caminhou na direção de Eliot o chamando, após alguns segundos o primogênito dos Cullens retornou – Estão a nossa espera – disse ele mostrando o caminho para o casal que trocou olhares e deram novamente as mãos e caminharam na direção que Eliot e Paul os indicava.

Passaram por uma pequena sala onde havia uma mulher ao telefone, provavelmente a secretaria e seguiram para uma porta um pouco mais larga que a anterior, ao entrarem observaram que Alec já os aguardava sentando-se em uma grande mesa, a mulher de aparentemente um pouco mais de trinta anos os cumprimentou juntamente com dois homens, e então o casal se juntou a eles na mesa do lado oposto ao de Alec e seu advogado.

— Bom dia!

Iniciou a mulher olhando para ambos – Me chamo Luiza e sereia juíza responsável pelo processo pela guarda do menor Billy Cullen Black de oito meses de vida, cuja paternidade e direitos de guarda estão sendo solicitada por Alec Volturi de vinte e seis anos sendo que o menor se encontra sobre a guarda e proteção da mãe Renesmee Carlie Cullen Black de vinte e um anos e Jacob Black de vinte e cinco anos.

A juíza continuou lendo os autos do processo – Esta audiência tem como objetivo fazer com que os presentes possam chegar a um acordo amigável sobre o destino do menino, quero lembrá-los que um julgamento no fórum é algo extremamente estressante mesmo ele ainda sendo um bebê, portanto peço que pensem em primeiro lugar no bem estar no menor.

Alec, Renesmee e Jacob concordaram.

O Cowboy apertou a mão da ruiva abaixo da mesa e ela o olhou dando um sorriso tímido, Renesmee compreendia o quanto ele estava nervoso, sem sombra de dúvidas de todos os problemas que o casal havia enfrentado em apenas um ano juntos aquele era o mais delicado deles.

A juíza continuou – Foi solicitado pelo senhor Alec Volturi o reconhecimento de paternidade do menor e por isso foi incluído nos altos o resultado do teste, mas devo informar que o teste não será utilizado como prova no processo de guarda e sim de reconhecimento pois conforme a lei laços de sangue não são o suficiente para que se decida com quem um menor deve ficar.

Eliot e Paul trocaram olhares e Alec desfez sua expressão de calmaria para tensão.

Jacob deu um sorriso com o canto dos lábios.

— O resultado do exame atesta que Alec Cullen é o pai biológico do menino – Em seguida a mulher olhou para Jacob – o senhor estava ciente disso senhor Black?

O Cowboy concordou com a cabeça -Sim senhora.

—Desde quando esteve ciente?

— Desde que eu conheci a minha esposa, antes de nós casar – Respondeu o Cowboy com a voz tensa.

Alec deu uma risadinha, porém se calou assim que a Juiza o olhou de forma séria – Algum problema senhor Volturi?

— Não.

— Obrigada! Disse ela voltando a sua atenção para Jacob – E mesmo tendo conhecimento que o menino não era seu filho o registrou sendo?

— Sim senhora – ele concordou com a cabeça  e deu um sorriso com o canto dos lábios – Quando eu era moleque la no rancho eu sempre via as égua dando cria e as vezes num podia amamentar os potrozinho e outras éguas amamentavam, e quando os potrozinho crescia eles seguiam as égua que deram mama pra eles e não a que pariram, intão eu aprendi que num tem necessidade de ser do mesmo sangue não pra ser mãe ou pai, basta cuidar e dar amor.

A juíza olhou para o Cowboy com uma expressão amigável .

Alec riu- isso é uma audiência de custódia ou reunião interiorana?

A mulher o olhou seriamente – Por favor senhor Volturi eu peço que mantenha a compostura ou será obrigado a se retirar.

— Alec, fique calado – disse o advogado ao lado dele e em seguida olhou para a Juíza – peço desculpas.

Renesmee encarou Alec e que deu uma piscadinha para ela e Jacob o fuzilou com os olhos – moleque..murmurou o Cowboy.

— Jacob lembre do que eu disse a você! Sussurrou Eliot no ouvido do Cowboy e Paul assentiu para ele.

Jacob suspirou.

— Antes de prosseguirmos vou ressaltar que se houve mais alguma interrupção de ambas as partes os envolvidos serão retirados e tudo anexado nos autos.

—Sim meritíssima, não se preocupe – disse o advogado de Alec.

A juíza prosseguiu tirando uma folha de papel de sua pasta – A assistente social esteve no Rancho onde vive o menor com sua mãe e pai adotivo, e segundo seu relatório não existe nenhuma  razão aparente para que o menino seja retirado da guarda do pai que o cria junto com sua mãe, por isso eu solicitei essa audiência para que ambas a partes possam chegar a um acordo amigável, por isso essa comarca sugere que o senhor Alec Volturi  tenha o direito de conviver com o menino com visitas mensais ou semanais, e que o menino possa usar o sobrenome Volturi, porém a guarda do menor continuará sendo de sua mãe Renesmee já que não existe nenhuma razão para que o menino seja retirado dela.

O Cowboy sentiu um nó em sua garganta, a ruiva olhou para o marido percebendo sua desolação, o moreno olhou para mesa por alguns segundos perdido em seus pensamentos, mesmo que Billy não usasse mais seu sobrenome ele ainda assim seria seu potrozinho, mas por outro lado se sentia indignado pois sabia que Alec Volturi jamais seria uma influência positiva para o menino.

— Os advogados e os pais do menor estão de acordo com essa opção? Perguntou a juíza, o casal trocou olhares.

Jacob moveu os lábios, porém antes que pudesse se pronunciar a voz de Alec o interrompia – Eu não estou! Disse o loiro em um tom ríspido – Eu não estou de acordo!

—Alec! Disse o advogado o interrompendo.

A juíza virou seus olhos para o Volturi – Apesar de não ser a sua vez de se pronunciar quero me diga por que é contra.

Alec se levantou colocando ambas as mãos sobre a mesa – Acha mesmo que vou deixar meu filho ser criado rodeado por vacas? Por favor meritíssima Jacob Black não consegue dizer uma frase sequer com uma concordância verbal correta.

O Cowboy se levantou o encarando, sentiu a raiva correr por seu sangue, seus olhos se prenderam em Alec porém desviaram para Renesmee ao sentir a mão macia da esposa em seu braço – Pois fique ocê sabendo playboy que eu também sou contra, eu nunca que vô permitir que meu filho seja criado com um sujeitinho tão baixo quando ocê.

—Jacob acalme-se – Disse Paul tentando fazer o amigo se sentar.

— Eu num vô me acalmar não – completou o Cowboy – Com todo respeito a senhora me desculpa, mas esse playboy largo a minha mulher prenha passando fome, nunca que procuro por ela, nunca troco um cueiro sequer do nosso filho, nunca acordo de madrugada com o choro dele, a senhora acha que é certo tirar ele de nós? Pois olhe senhora meritíssima a senhora podi leva isso pro julgamento que eu vô ta lá – As mãos do Cowboy se poiaram sobre a mesa e seu corpo se debruçou enquanto ele olhava para Alec que recuou – Meu filho tu não vai tirar deu não, seu baio esguichado, porque de mim nessa briga cê vai ganhar o que a luzia ganhou atrás a orta!

— Jacob...murmurou Renesmee.

— Peço que ambos acalmem seus ânimos! Disse a Juiza em um tom de repreensão – Como não vejo a possibilidade de um acordo amigável encerro esta sessão e marco a próxima audiência perante o tribunal para daqui a dois dias.

Alec bufou, colocou os óculos escuros e saiu da sala sem dizer uma só palavra, Renesmee abraçou o marido e após o Cowboy se desculpar juntamente com Eliot e paul os quatro saíram da sala.

— Eu pedi para se controlar! Disse Eliot aborrecido.

— Como assim me acalmar? Se acha que eu ia aceita aquele branquelo na minha casa com a minha mulhé e meus filho?

— Jacob não vamos vencer o Alec se ficamos batendo dessa forma de frente com ele- Disse a Ruiva tentando acalmá-lo.

—Eu sei Ruana- respondeu o Cowboy enquanto caminhavam e para a surpresa dos quatro Alec os aguardava próximo a porta de saída.

— Esse cara só pode estar de sacanagem – Disse Eliot.

Jacob bufou, passou um dos braços em volta da ruiva e quando passaram pelo loiro na porta Alec sorriu – Você poderia resolver isso Renesmee – Disse Alec sorrindo e o casal parou ao lado dele – A sós comigo.

Foi a ultima palavra que o Volturi disse, Jacob o acertava um soco certeiro em seu nariz e Alec rolou as escadas caindo no chão nós pés dos repórteres.


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Notas finais do capítulo

cueiro- frauda
baio esguichado - cavalo branco magrelo e esticado
ganhar o que a luzia ganhou atrás a orta- se dar mal.



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