Hermione Jane Granger, secretária junior da divisão de feras do Departamento para Regulamentação e Controle das Criaturas Mágicas, sabia que estava em apuros quando o aviãozinho amarelo entrou voando na sua sala e se abriu em uma mensagem impaciente do Sr. Horn:

Venha até a minha sala!

Temos um problemão.

     Hermione suspirou – sempre havia um problemão. E enquanto ela era uma grande admiradora de problemões que exigiam toda a sua capacidade cerebral e muita pesquisa, sabia que não era aquele tipo de problemão que a esperava na sala do chefe.

     — Sr. Horn? — Perguntou ao entrar na sala de paredes amarelas com grandes manchas de umidade. O seu chefe era da largura de três Slughorns e tinha um bigode longo, cada ponta se enrolando em um cacho até o queixo.

     — Temos uma situação crítica na Londres-trouxa — tossiu o bruxo, empurrando para ela um relatório em pergaminho do subdepartamento de prevenção de acidentes e catástrofes mágicas. Ela sentiu um gelo no estômago. — Preciso que vá a campo averiguar.

     Hermione pegou o relatório na mesa e leu, seu cenho se franzindo com a descrição do problema.

     — Um “ovo misterioso“ foi deixado no Olho de Londres? Como sabemos que é de origem mágica?

     — Se fosse algum ovo de galinha, os trouxas não estariam fazendo um estardalhaço. Se for um alarme falso você só perde tempo, mas se for algum engraçadinho descartando um ovo de dragão ilícito, não quero a polícia trouxa metendo a mão. Eles jão estão achando que é torresmismo.

     — Sr. Horn… — ela disse, tentando manter o tom razoável. — Certamente há alguém mais apropriado do que eu para o trabalho. Alguém do DELM certamente poderia–

     — O DELM não vai mandar um auror atrás de um ovo, Srta. Granger! — retrucou o Sr. Horn, com certa razão.

     — Certo. Mas, e alguém do controle de pragas…

     O chefe lhe lançou um olhar de tem quem ser você, Hermione, e então, para incentiva-la:

     — Se você resolver o caso sem drama, quem sabe não penso em fazer aquela indicação que está me pedindo há anos?