Romerio ao lado de sua esposa guia os quatro pela cidade, vocês notam o clima frio e úmido do local, também dos rostos assustados dos moradores, maioria velhos e mulheres jovens, as casas são feitas de Madeira e com telhado simplista (parecido com um telhado de celeiro), alguns barracos improvisados e alguns animais que estão espalhados pelo longo caminho. Vocês passam pela praça que tinha uma fonte, pela ferraria anteriormente dita e um armazém, o restante se resume a propriedades agrícolas. As únicas milícias que vocês notam de cara são aqueles três guardas que estavam acompanhando a carroça.

Jorgun olha para Romerio - Você é o guia, não é?

Romerio responde, enquanto Lillie novamente procura algo para roubar, porém não acha nada - Bom, pode se dizer que sim. Estou com muita coisa na cabeça, sabe?

— Entendo, farei poucas perguntas então. Esse vilarejo já teve algum histórico de ataque de criaturas antes? – Jorgun pergunta, enquanto Katen olha em volta procurando pistas no vilarejo da possível causa.

— Você... É bem observador. - Romerio tremula a voz e a esposa da leves toques no ombro do marido - Não teve histórico disso desde que me recordo, vivíamos em paz cuidando do rebanho. – Ele encerra e fica relutante a dizer mais que isso em meio a cidade.

Katen ouve a conversa e observa os lugares, se o rebanho está desaparecendo, algo a mais pode estar desaparecendo também. Então ela olha pro celeiro um pouco ao longe já, dando aquela olhada por trás do cabelo, parece haver vestígios de algo grande que passou por ali e algumas cercas por perto estavam quebradas. “O que quer que fosse essa criatura. Era Grande”, ela pensa enquanto se desvia do grupo e segue para o celeiro procurando por mais pistas.

— Minha propriedade rural, um pouco mais afastada do centro do vilarejo. – Dizia o conde logo que chegavam em sua casa e ele abria a porta para entrarem e sentarem nas cadeiras enquanto a esposa ia para a cozinha, ou o que representava uma para ficar afastada e deixar vocês discutirem sobre o serviço.

Enquanto isso Katen seguia para o celeiro e lá estava uma das marcas que ela via de longe, eram marcas bem expressivas no celeiro e a cerca ao lado foi arrastada para longe de onde devia estar. Katen começa a observar tentando entender que tipo de criatura poderia ser, mas nada vem em sua mente. Ela procura por rastros no celeiro, por coisas quebradas e se tem algum animal ou algo deixado para que possa ver que tipo de ataque a criatura fez, porém no celeiro em si ela não achou muito mais do que alguns arranhões fortes na madeira.

No pasto há um rastro comprometido pela chuva que entra floresta adentro, ele passa pela cerca e desaparece nas árvores. Katen vendo esses rastros, consegue encontrar um bem fraco que segue em direção ao sul. Ainda perto do celeiro consegue ver as mesmas marcas nas árvores, uma senhora aparece assustada e chama a sua atenção - Ei, cuidado, não vá por aí! – Diz ela se aproximando de você no celeiro - Não vá para a floresta, há um urso nela.

— O que há a frente? - Katen pergunta Apontando para a direção dos rastros

— É uma besta grande que se disfarça na escuridão, da para escutar os sons assustadores que ele faz a noite. - A senhora responde

— Não foi isso que eu pedi, o que há a frente na floresta, eu quis dizer.

— Você viu as marcas no celeiro, elas são as mais "recentes". O que tem lá é uma monstruosidade vingativa que caça os pecadores, é a Fera da Lua. - Ela dizia assustada enquanto olhava para você, com as mãos juntas parecendo uma reza.

Katen olha para o sol procurando saber quanto tempo de luz ainda resta e esta de dia, o sol pode demorar um pouco até escurecer de fato. “Não custa tentar.” Katen diz para si mesma avança floresta adentro seguindo os rastros da besta enquanto se mantém escondida com a máscara da natureza deixando marcas pouco perceptíveis para saber seu rastro até a vila, procurando o covil do monstro.

A senhora estende a mão para tentar te parar, mas o medo é mais forte e ela recua. Dentro da Floresta ao Sul você segue o rastro, um pouco difíceis de ver, mas as patas no chão pareciam ser de um lobo e considerando as marcas na árvore você poderia dizer que foi feito por um urso. “Seria uma criatura mesmo ou mais de uma?” ela se indaga, mas a única coisa que vem a sua mente é o que a senhora disse. "A Fera da Lua", e ela começa a pensar o que a senhora quis dizer com isso... “Um urso coruja? talvez uma quimera? Preciso saber mais.”

Ao sul da floresta há marcas de garras nas árvores e uma trilha de ossos, ela leva a um caminho onde se pode ver uma estrada para subir a montanha, quando Katen se aproximava das pedras lá havia sangue.

Um vulto passou por cima da cabeça de Katen, mas ele passa tão rápido que nem nota a presença dela, fazendo-a se esconder um pouco afastada da criatura, ele estava carregando um boi, parecia com fome e um pouco ferido. Mas a cada segundo que passa parece que ele aos poucos se regenera. Ela vê a figura de um Lobo, grande como um Urso Pardo e Feroz como um Lobo, devorava o animal de forma a deixar apenas os ossos decorando ainda mais o cenário de morte, ele parecia querer descansar após terminar sua refeição seguindo para uma caverna mais distante.

Katen procura uma melhor posição na floresta, escondida, para ter uma boa visão do ser que aparenta ser um lobo, porém no momento em que ela pensa em se esconder... O lobo some da sua vista de forma que até seus olhos parecem te enganar, em um segundo a fera estava lá e no outro não estava. Ela certamente foi para um lugar para descansar enquanto você pensava em estudar a Fera, como se fosse “mágica”.

Katen avança com cuidado olhando ao seu redor e indo para a caverna de forma furtiva. Ao entrar na caverna, ela vê que não tem muita coisa, é uma caverna pequena que circula para dentro da montanha, estranhamente não tem muitos ossos e só um cheiro fedido. Aquele não era o Covil do Lobo… Instantaneamente ela sai da caverna e tampa o nariz, ela perdeu o Lobo. 

Katen dá mais uma olhada ao redor da caverna e na floresta atrás de pistas antes de voltar para a vila e procurar o resto do grupo com as informações que encontrou. A Elfa Katen, muito insistente em sua pesquisa, consegue encontrar algo, haviam algumas escritas na árvore mais próxima, e na próxima e na próxima em escrita... Élfica! Juntando tudo estava escrito “As garras e meus dentes, eu estou me perdendo, tem de ter um fim, eu preciso matar aquela maldita, só assim isso vai acabar.” - Nosso amigo lobo é um elfo? Ele é um licantropo? - Ela pensava enquanto observava as outras árvores procurando mais sinais de escrita, porém sem sucesso.