Marriott Mena House, Egito
5:12 am

Tristan retornou ao quarto da mulher e o  ambiente ainda mostrava os sinais da luta entre ela e o garoto stripper enviado por Gavin como parte do seu plano. Tristan analisou o lugar, buscando em seu campo de visão alguma pista ou algo que pudesse ligar ao paradeiro da mulher, mas de primeira nada pareceu servir, até que ouvisse o som de um vibrar.  Tristan seguiu o som indo em direção a cama, notando que o som estava vindo direto de um cobertor amontoado no chão. Ele precisou abaixar.


Quando a peça recebeu a ordem de envio, assim como qualquer preciosidade daquele nível, todas recebiam um rastreador fixado no interior da mala que apenas o vendedor, no caso Arnold, poderia acompanhar em tempo real a localização do objeto.  Leigh ainda estava tremendo pelo ataque que acabara de acontecer consigo, e estava assustada porém que rapidamente desconfiasse do episódio seguido, aquela história não estava cheirando e achou que deveria agir.  Ela rapidamente pegou seu notebook e usando do seu acesso como secretária do Museu Britânico, Leigh duplicou o sinal. Seu aparelho ao lado na cama acendeu mostrando no visor então a nova janela que mostrava onde a mala estava, em seu quarto. Nesse instante, não soube se havia sido seu instinto, mas empurrou o celular fazendo-o cair no chão. Foi quando Gavin apareceu na porta apontando a arma. ㅡ Levante. ㅡ A mulher assustada, hesitou em levantar.  ㅡ Vamos! ㅡ Gavin se aproximou e agarrou seu cabelo, a arrastando da cama. O celular que caiu  e teve o cobertor que caiu em cima inibindo sua visualização de Gavin  que tirou a moça à força dali.  Gavin agarrou o rosto dela e empurrou o cano frio da arma em sua bochecha, estava sem paciência ㅡ Colabore ou estouro você. ㅡ E a empurrou para fora do quarto.


Tristan tirando o cobertor de cima descobriu o aparelho vibrando uma mensagem aleatória. Ele ignorou a mensagem, assim notando o mapa de rastreamento na tela do aparelho.

Tristan sorriu com a descoberta.
ㅡ Garota esperta. 

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Nova Cidade do Cairo,  Egito.

6am.

O carro parou em frente a uma residência e Gavin saiu puxando Leigh para fora do veículo.  Dentro da residência antiga e familiar, Leigh estava sob a mira do policial.  Gavin Capanni Permaneceu todo o tempo calmo, por mais que estivesse atento a sua volta e a mulher.  Ele ligou imediatamente para Arnold.

ㅡ Está resolvido.

Arnold do outro lado da ligação estava ainda na cama, ao lado da esposa adormecida.
ㅡ Então traga para mim.  ㅡ pausa ㅡ Mantenha a discrição.

Gavin olhou para Leigh, um olhar frio e calculista que apenas por aquele tipo de olhar Leigh sabia que o pior estava para acontecer.

ㅡ Sim, senhor. ㅡ Respondeu Gavin desligando o celular para subitamente levantar a arma na direção da mulher. Leigh suplicou, sua reação era cada vez retrair e ir para trás, para longe da arma que chegava mais perto do seu rosto. Ela ficou encurralada entre a arma e a parede atrás dela. Leigh sentia as lágrimas correndo por seu rosto. Ela voltou a tremer, a sentir seu coração bater tão forte que pensou que poderia sair pela boca. Ela sentiu o puxão em seu cabelo, ele que a agarrou e afundou o cano da arma contra a sua cabeça.  E nesse instante um tiro foi dado na porta.

A porta então foi aberta em  um chute.

Era Tristan que empunhou a arma contra o homem

Gavin prendeu a  mulher de refém, e além de manter a arma contra a cabeça dela.

ㅡ Larga ela, Capanni. ㅡ Ordenou Tristan. 

Pela primeira vez Gavin estava agitado a ponto de demonstrar isso em como ofegava. Mas não, ele não iria permitir aquilo, de modo algum poderia deixar eles saírem, muito menos Tristan.

Tristan arriscou dar um passo. Gavin alertou.
ㅡ Largue a  arma ou mato ela. ㅡ E vendo que o homem não reagiu ameaçou empurrando com força o cano contra a cabeça de Leigh que gritou. Gavin brandou ㅡ Você sabe que eu faço assim como fiz com o Fred! Vamos, filho da puta, largue a arma agora!

ㅡ Okay ㅡ Tristan rendeu erguendo as mãos ㅡ Está tudo bem ㅡ Tristan estava indo deixar no chão.

ㅡ Jogue para cá. ㅡ E novamente sem paciência berrou ㅡ Para cá!

Tristan destravou a arma e jogou o objeto que escorregou pelo piso. Ele voltou a erguer as mãos. Tristan estava olhando para Leigh, ela estava bastante nervosa assim como  tão perto da cômoda.

ㅡ Agora se afaste  ㅡ Gavin agora apontou a arma para Tristan, e o homem acompanhava a mulher tateando a cômoda aproximando-se de uma caneta ㅡ Afaste-se. Vamos. ㅡ E no comando de Tristan a mulher agiu enfiou a caneta contra o rosto de Gavin. O homem berrou. Um tiro foi dado. Leigh se jogou contra o chão. Tristan avançou no homem e o desarmou em um golpe, porém Gavin se mostrou  não ser  um homem de desistir e logo recuperou a força para atingir o rosto de Tristan com um soco. Tristan foi encostado a parede onde novamente foi atingido para em seguida reagir chutando o homem  que caiu no chão. Tristan foi para cima disparando uma sequência de socos no rosto de Gavin.  O outro conseguiu reverter a situação a seu favor ao levar as mãos contra a garganta de Tristan assim como o mesmo fazia consigo. Virou um jogo de medir força, quem aguentaria mais tempo com as mãos estrangulando até que seus pulmões começassem a doer de dentro para fora, e o cérebro começasse a fazer rodopios.  Tristan atingiu um soco no rosto do homem, e mais outro e outro  com ele o libertando. Tristan afastou, o ar puxando desesperadamente para os pulmões assim como Gavin fazia, mas sem desistir de matar aquele desgraçado. Gavin estava se arrastando pelo chão na direção da arma.  Tristan cambaleando atirou-se  agarrando as pernas de Gavin,  deveria deter aquele filho da puta a qualquer custo. Gavin estava a centímetros da arma. 

Leigh conseguiu finalmente sair da casa e sentia o corpo inteiro formigando em adrenalina quando ouvi o disparo. 

Ela congelou. 

Leigh olhou para trás, para a porta aberta.  O medo estava a dominando naquele momento e por mais incrível que parecesse, ao invés daquele medo a fazer correr para salvar a própria  vida, o medo estava a deixando paralisada em meio a rua que começava a aparecer com curiosos sobre o som.  Tristan havia sido morto. Pareceu que havia sido rendida, que não havia mais saída, e que ele a encontraria onde quer que estivesse para a aniquilar. De repente estava chorando. Quando então da porta surge o policial cambaleando, o sangue em seu rosto quase desfigurado e roxo, mas segurando a mala. Leigh estava com os olhos embaçados,  mas reconheceu a silhueta do homem, e imediatamente a sensação de alívio. Ele estava vivo.  Havia acabado. Tristan estava vivo.

Ela deixou seus joelhos cederam ao peso do seu corpo e exaustão e  ajoelhou na rua diante de vários curiosos.  

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Museu Britânico de História Antiga, Londres.

11H20 am

O evento havia começado a uma hora e reuniu vários figurões da sociedade alta britânica. Como todos os anos, o Museu Britânico entrava para os tabloides por seu Evento de Arrecadação de Bens às Jovem Almas, e naquele ano o Egito havia sido escolhido como destino das doações.  Entre todos estava Arnold ao lado de sua esposa Eugine Thompson com quem conversava cordialmente com o Primeiro Ministro Britânico que o parabenizou.

ㅡ Você fez o certo devolvendo a peça para eles, meu caro.

ㅡ Apenas fazendo o trabalho de um amante da história, Sr. Dawson.  ㅡ Ele ergueu a taça de champanhe e brindou com o Primeiro Ministro assim como com sua esposa. 

ㅡ Senhor Tompson? ㅡ Arnold reconhecia aquela voz, e aquela voz causou calafrios. Ele hesitou em virar e encarar o dono da voz, mas em sua visão periférica percebeu uma movimentação policial  entre os vestidos elegantes e ternos de linha.  Ele finalmente virou assim vendo Tristan diante dele.  ㅡ Você está preso por formação de quadrilha, sequestro, e apropriação indébita. Você tem o direito de permanecer calado, tudo o que disser poderá ser usado contra você em um tribunal.     ㅡ A algema passou nos pulsos de Arnold, sua esposa ficou petrificada  ao seu lado, ‘’Arnold?’’, assim como os vários convidados estavam que cochichavam, uns horrorizados e outros boquiabertos. Um escândalo da alta sociedade. Tristan sentiu prazer em conduzir o homem por meio daquela gente enquanto era acompanhado por sua equipe e jornalistas que os cercaram querendo arrancar informações do ocorrido. 

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Departamento de Polícia, Londres.

Tristan estava em seu escritório apenas dando baixa sobre seu último caso que agora estava solucionado. Ele havia ganhado uma promoção e  agora ele era uma referência a todo o departamento. Foi quando ouviu uma batida na porta e olhando, notou quem era sua visitante. Ele sorriu.

ㅡ Trouxe algo para me despedir.   ㅡ Leigh carregava uma caixa pequena e branca que sendo colocada em cima da sua mesa mostrou ser de bolinhos, mas Tristan  não prestou atenção a como os bolinhos pareciam deliciosos ou ao cheiro que incensou sua sala, e sim  ao que ela havia dito.

ㅡ Para onde está indo?
ㅡ Alemanha.  ㅡ Disse ela  ㅡ Recebi uma proposta de emprego no Museu Egípcio e estou verdadeiramente tentada a aceitar.   ㅡ  Ela sorriu  ㅡ Mas antes decidi passar por aqui e agradecer a você.

O homem sorriu de um modo charmoso, reclinando na cadeira.
ㅡ Poderia me agradecer aceitando almoçar comigo. 

Leigh e Tristan trocaram um sorriso. Ela iria concordar em almoçar com ele sem saber que aquele almoço seria o primeiro de muitos que viriam.

Fim.