The Riddle escrita por ablxgden


Capítulo 2
Episódio 2




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Museu Britânico de História Antiga

11H20 am


Arnold estava no seu escritório particular. O homem estava em silêncio ponderando ideias sobre sua transação. Ele abriu um cantil de whisky e entornou a bebida sentindo a sensação de ardência aliviadora correr por sua garganta. Alguém bateu com cuidado na porta.

ㅡ Eles conseguiram escapar.

ㅡ É mesmo? ㅡ  Arnold virou e olhou diretamente nos olhos de Gavin.  O policial inclinou o queixo tentando manter uma posição de autocontrole. Arnold prosseguiu ㅡ Porque o plano era o seu atirador trazer a peça em segurança, não era  isso?

Gavin olhou para o chão, frustrado ele não tinha nada a dizer. Foi subitamente que Arnold explodiu diante dele arremessando o cantil que chocou contra a vidraçaria de seu armário de prêmios de valor e honras incalculáveis. Arnold respirou fundo.  Era possível notar o velho homem com as mãos  tremendo, o sangue que subiu repentinamente para sua cabeça além da respiração descompassada. Estava furioso, e em um momento como aquele apenas pensava em pegar a arma debaixo da sua mesa e estourar a cabeça daquele desgraçado.


ㅡ Não era?
ㅡ Sim, senhor.  ㅡ Gavin respondeu.

Arnold aproximou do homem,  frente a frente soprou um sorriso.  De repente o punho do homem atingiu o rosto de Gavin.  O policial que mesmo com a mão no rosto não demonstrou nenhum fraquejo, apenas voltou a mirar os olhos de Arnold Thompson contendo-se com todas as suas forças. Gavin Capanni poderia ser jovem mas ele sabia com quem estava mexendo. Não seria ele a acabar com  sua carreira por não fazer o acordo. Arnold levou a mão ao ombro de Gavin, e encarando-o, o intimidando..

ㅡ Arrume  essa bagunça.

Gavin acenou respeitosamente com a cabeça, deu meia volta e passando pela porta do escritório tirou a arma do seu coldre e a destravou.  Ele iria trazer aquela maldita pulseira de volta, nem que isso pudesse custar a vida de alguém. 

 

—-----



Aeroporto do Cairo.

3h45 am

Chegaram na madrugada daquele país e assim notaram que havia pouca circulação de veículos quanto de pessoas, o que Tristan Skarsgård achou apropiado para o transporte. No entanto, faltavam quatro horas para que transação fosse feita e a peça estivesse nas mãos de Nasir Ahmud, diretor-chefe do departamento de História Antiga do Museu do Caio. Nesse caso, a dupla se dirigiu ao Marriott Mena House, um complexo com mais de 300 acomodações, um jardim grandioso com mais de 16 hectares, e obviamente o carro-chefe do Marriott Mena para os turistas e grandes figuras do mundo todo; as exuberantes  Pirâmides de Gizé.  Elas estavam como plano de fundo, acesas em um azul púrpuro encantador atraindo os olhares até mesmo dos homens de ternos que guardavam todo o perímetro do hotel. Leigh e Tristan seguiram o caminho de pedras e pilastras egípcias parando em frente ao balcão de recepção cercado por duas piras acesas com fogo.

ㅡ Sejam bem-vindos ao Marriott Mena House, Sra. Pinnock e Sr. Skarsgård ㅡ  A atendente exibiu no balcão dois cartões magnéticos ㅡ Suas chaves. ㅡ Então a mulher gentilmente apontou na direção dos elevadores onde um funcionário os aguardava.

Eles saíram no terceiro andar, andavam no silêncio entre os cômodos que supostamente haviam residentes dormindo. O primeiro quarto foi aberto pelo rapaz que permitiu a passagem da pesquisadora, mas no último instante quase fecharia a porta para Tristan. ㅡ Espere ㅡ Alertou Tristan chamando a atenção de Leigh. O policial olhou para o funcionário, esse que entendeu que deveria se afastar da porta e fazendo assim.  Tristan disse com atenção para a mulher ㅡ Se acontecer qualquer coisa, por menor que seja, me avise ㅡ Ele olhou para a mala que estava na mão  dela.

Leigh assentiu. Ela estava mais calma, porém ainda um pouco abalada por mais que não quisesse admitir.

ㅡ Pode deixar.
ㅡ Estarei no quarto ao lado se precisar. ㅡ Tristan  assentiu assim como ela antes de observar a moça entrar e trancar a porta do quarto.
ㅡ Senhor? ㅡ O funcionário mostrou o caminho do quarto, Tristan seguiu o garoto. 


—-----

Leigh havia dormido e acordou faltando alguns minutos para o amanhecer, ainda assim a Cidade do Cairo começava a dar seus primeiros sinais de vida urbana e movimentada. Ao longe era possível ouvir os primeiros veículos passando na avenida principal, assim como os pássaros que começaram a piar no jardim próximo ao quarto. Contudo, ainda estava escuro o bastante para que Leigh achasse melhor voltar para cama e dormir mais um pouco, porém não antes de matar a sede.  Ela caminhou até a cômoda e pegou a  jarra de água em cima dela para despejar no copo. Foi quando ela sentiu uma sensação de estar sendo observada. Ela olhou para trás se certificando de que estava sozinha, mas não viu ninguém.  Com certeza estava muito cansada. Ela tentou deixar para lá, ignorando seus instintos que…  Não haviam errado.

Braços apertaram seu pescoço assim como uma mão tapou sua boca. Leigh berrou, o grito foi abafado pela luva  sufocando sua voz.  Ela começou a lutar contra quem estivesse a prendendo, sua saída foi encostar na cômoda e sentir a faca  entre seus dedos e não hesitou, enfiou na cara de quem a atacou. O homem gritou. Leigh tentou correr na direção da porta quando foi derrubada pelo homem.

Nesse instante Tristan ouviu o grito da mulher.  Com a arma em punho rapidamente correu para a porta do quarto. ㅡ Leigh?! Leigh! ㅡ Ele tentou abrir a porta com o cartão magnético, em seguida tentou empurrar a porta, mas sem sucesso.

ㅡ Ele fugiu pela janela! ㅡ Ela gritou ㅡ A janela!

Então prontamente Tristan retornou ao seu quarto e olhou do terceiro andar detectando o sujeito descendo às pressas em pulos em cada marquise e varanda querendo escapar. Ele abriu fogo.  Um dos tiros passou pela perna do sujeito que cambaleou ao pular para o chão.  Tristan também desceu, e rápido. A perseguição começa. O suspeito está ferido e mesmo que o suspeito tenha uma vantagem de tempo maior nada impediu Tristan de correr, caçando-o. Tristan o viu entrando na área da piscina. O sujeito tentou correr para próximo da grade e foi escalando que sentiu seu corpo sendo jogado brutalmente no chão. Recebeu o primeiro soco, depois o segundo e assim sucessivamente.

O sujeito balbuciou alguma coisa que Tristan não compreendeu  na adrenalina. O sujeito também ergueu as mãos em sinal de rendição.  O policial impacientemente agarrou o homem pelo colarinho e tirou o capuz da sua cara, assim percebendo o quão jovem aquele era aquele desgraçado.

ㅡ Eu fui pago! Eu fui pago! ㅡ Dizia ele freneticamente, com o nariz e olho esquerdo tão inchado que sua pele em sangue parecia rachar. Tristan verificou seu casaco, encontrou a carteira de motorista do rapaz assim como uma credencial escrito  ‘’Male Strip Club’’. ㅡ Eu juro! Eu fui contratado pelo marido dela! Isso foi coisa do marido dela, man!

Aquilo tudo foi uma  armadilha.

ㅡ Filho da p*ta

Ele largou o rapaz e voltou correndo para o hotel. Ela estava correndo risco. Quanta estupidez. Tristan chegou no quarto da mulher e a porta estava fechada. Ele bateu várias vezes chamando por ela, mas nenhuma resposta.

ㅡ Senhor? ㅡ Era o funcionário carregando toalhas.
ㅡ Abra essa porta ㅡ E Tristan mostrou o distintivo.

Ele entrou no quarto e estava vazio. Não havia nenhum sinal de Leigh ou da mala. Tristan voltou a atenção para o funcionário do hotel.

ㅡ Onde ficam as CCTV?

Tristan foi levado para a Sala de Segurança do Marriott Mane  e seus olhos estavam atentos na tela. A câmera do corredor estava passando das 5 am quando exibiu em segundos a imagem de Leigh sendo puxada por ninguém mais ou ninguém menos que  Gavin Capanni.  Eles mudaram a câmera, e na gravação agora mostrava os dois dentro do elevador, a mulher continuava o braço sendo preso pela mão de Gavin por mais que ela tentasse se soltar.  

Seguindo para o lado leste da cidade,  viajando em uma limousine, a mulher tinha a arma sendo mirada contra ela enquanto Gavin exibia a mala em seu colo como um prêmio finalmente conquistado, com a plena ignorância do conteúdo além da pulseira, como o rastreador simultaneamente acendia e apagava como o celular esquecido no quarto da moça. 


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