— O que está fazendo aqui? – perguntou ao homem com cabelos grandes e olhos azuis. O mesmo estava sujo e fedendo como cachorro molhado.
— Não tinha a quem procurar.
— E resolveu me procurar? Mais da metade do mundo bruxo está tentando te encontrar, Sirius. – Observou a rua silenciosa na madrugada.
— Serena... Vai se recusar a me ajudar? – perguntou-me.
— Eu não sei em quem confiar.
— Achei que remo tivesse enviado uma carta à você.
— Sim, ele enviou. – resmungou agarrando as vestes sujas do homem e o puxando para dentro. – Faça silêncio.
— Por quê? – Sirius perguntou observando a sala e depois encarou a mulher. Ela passou a mão nos cabelos loiros e suspirou.
— Isso é segredo. Um segredo para todos. Há um motivo para que eu viva escondida nesse vilarejo. Há um motivo para Dumbledore me acobertar.
— Achei que fosse por ser filha dele.  – Serena revirou os olhos azuis.
— Sou adotada, Sirius. Você sabe muito bem disso.
— Pode me dizer onde quer chegar com isso, Serena?

Ela jogou os braços para o alto quando ouviu o barulho na escada. Nesse momento três garotas chegam a sala usando seus pijamas, mas com as varinhas em punho.
Uma era loira com os olhos verdes. A outra era ruiva e tinha os olhos castanhos do pai. E por fim a terceira com os cabelos negros e os olhos azuis.
Sirius ficou estático observando as três garotas. Tinha convivido tanto tempo com seus pais na escola que não poderia deixar de ver a semelhança nelas. Principalmente a de sua filha.