Amor Perfeito XIV - Versão Arthur escrita por Lola


Capítulo 47
Ameaças e Chantagens


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura ♥



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/789213/chapter/47

Kevin Narrando

Recebi a ligação do Luiz dizendo que iria me contar o que havia descoberto sobre Maicon e Rafael. Agora eu sabia que ele estava dentro dessa armação toda e iria me dizer que os dois tinham um caso. O que eu sabia que não era verdade e a minha certeza vinha de tudo isso que Rafael estava vivendo agora. Ele não iria se envolver com alguém do mesmo sexo se não fosse por sentimento.

Assim que desliguei minha mãe ligou APAVORADA porque chegou em casa para pegar o passaporte dela pra fazer uma viagem a trabalho e simplesmente encontrou a minha arma. Coisa do meu pai, sem dúvida. Agora eu tinha duas coisas urgentes para resolver e um idiota que só sabia mentir. Consegui me livrar momentaneamente dele e cheguei em casa bem rápido.

— Não quero saber o que você tem contra o seu pai, se você pensa que ele é ruim ou não, só quero que esse tipo de coisa não entre dentro de casa. – ela disse ainda nervosa. – Quase parei no hospital ao ver isso Kevin. A minha vida virou um inferno a partir do dia que o seu primo decidiu se apaixonar por você. Ele te colocou contra o seu pai, ele fez a gente brigar, ele fez com que eu... – ela parou de falar e respirou fundo. – Não sou mais a mesma pessoa. Não consigo ficar em casa com vocês dois. Vocês viviam juntos e agora um não olha mais na cara do outro. Sabe o quanto isso é terrível pra uma mãe?

— Desculpa atrapalhar seu conto de fadas, mas o homem que você casou é um crápula e eu não sou obrigado a me dar bem com ele.

— E qual o motivo de dar bem antes? – ela cruzou os braços e me olhou de um jeito duro.

— Ele me guiava a acreditar que as pessoas eram de uma forma que hoje eu sei que não são. Então ele era tudo o que eu tinha. Precisou do Murilo tirar a minha venda, mas você pode tirar a sua sozinha. Por que não tenta?

— Por que você tá com isso aqui em casa? – ela mudou de assunto, óbvio.

— Porque eu estava sendo ameaçado de morte por inimigos do seu marido. – fui sincero mesmo sabendo que provavelmente ela não acreditaria.

— Ele nunca te deixaria correr risco de vida. – a contrário do que pensei até que ela ficou bem balançada. Dei um sorriso.

— É? Você nem imagina coisas que já aconteceram bem debaixo do seu nariz. – respirei fundo. – É só isso? Tenho um compromisso.

— Vem aqui. – fiquei olhando pra ela. – Kevin. – fui até ela e ela me abraçou. – Você sabe se virar, não sabe? – nos olhamos.

— Então você acredita em mim?

— Sei que o seu pai esconde coisas. Sei que ele me trai. Sei que ele faz negócios ilegais. Na verdade não sei, mas eu imagino. Não sou tão tapada assim meu filho. Mas minha única preocupação é você.

— Por que não se separa? É por minha causa? – ela desviou o olhar e pensou um pouco.

— Na verdade não. Realmente o amo. Esse jeito dele errado sempre me deixou louca.

— Ah me poupe, eu vou nessa. – soltei sua mão e fui saindo.

— Kevin. Vou guardar isso, mas eu não quero saber de você usando, tá ouvindo?

— Tchau mãe. – cheguei ao bar do Luiz e ele estava apreensivo, imaginável.

Sentei no balcão e fiquei olhando pra ele. Se ele me conhecia bem, ele sabia que eu tinha a noção de toda essa armação.

— Diana. – ele falou parecendo estar com medo. Fiquei surpreso. – É ela que tá por trás disso. Ela me procurou, ameaçou reclamar de mim para o meu chefe, dizer que roubei dinheiro na bolsa dela ou algo assim, não lembro direito, eu estava apavorado Kevin. Ela me dá medo. E então eu procurei o Maicon. E a armação foi essa, você tinha que acreditar que Rafael e ele estavam se vendo. Só que eu fui lá hoje e estraguei as coisas falando tudo errado.

— Como ela sabe que você é meu amigo?

— Certamente ela te segue.

— Por que o Maicon perguntou sobre Rafael ser homofóbico?

— Alguém viu uma briga dele com outro cara na festa da sua amiga Alice e contou a Diana.

— Cidade do demônio. – resmunguei com raiva.

— Kevin eu nunca quis te prejudicar ou o seu namoro. Disse a ela que qualquer coisa que eu dissesse a você não iria dar certo e você iria desconfiar... Dito e feito. Mas eu quis mudar a história porque eu não conseguiria chegar lá e inventar uma história suja dessas.

— Por que o Maicon veio um pouco depois de você chegar de Torres? – ele ficou me olhando.

— Você é muito desconfiado. Gosto disso em você. – ele sorriu. – Eu estou nessa por chantagem, mas ele por dinheiro, antes de ir lá falar com você ela tinha me passado o dinheiro dele, ele veio buscar.

— Já reparei que essa menina arruma grana muito fácil.

— Ue, a família dela é rica. Você não sabe?

— Sei, mas... Pesquisei sobre os dois e não sobre os pais deles. O que eles fazem?

— Esqueci. Eles usam um nome que todo mundo que faz coisa errada usa. – ele ficou tentando lembrar. – Sem falar que agora eles estão como sócio do seu pai no novo hotel de Alela. E contando o que você me contou do seu pai... Boa coisa eles não são.

— Tenho vontade de matar essa garota.

— Tentei meter medo nela. Disse que você é... Estranho. – ele deu um sorriso grande. – Ela nem ligou.

— Ela é doente. Tem que ser mais doente que ela. E eu não tô afim de voltar nisso. – meu celular vibrou.

“Aonde você está?”— Rafael. Sorri involuntariamente.

— Pelo visto você e ele estão bem né? – guardei o aparelho.

— Mais ou menos. – o olhei.

— Se quiser pode confiar em mim, parece querer... – ele riu.

— Como você agiria com um cara que acredita que Deus acha que homossexualidade é pecado? – ele arregalou os olhos e sorriu.

— Difícil. – rimos juntos. – Bom... – ele respirou fundo. – Diria que além da passagem bíblica principal que todos que acreditam nisso usam que é a que tem as palavras claras dizendo que é pecado, tem também a do Levítico 20,13 "o homem que se deita com outro homem como se fosse uma mulher, ambos cometeram uma abominação, deverão morrer, e o seu sangue cairá sobre ele". Que pra mim é a mais forte de todas. E quem segue estritamente a Bíblia tá correto em achar isso... Se seguir ao pé da letra. Não? Eu acho que sim. Então eu me distanciaria.

— Achei uma brecha. – sorri. – Se essa pessoa age ao pé da letra nesse sentido, ela tem que cumprir com toda palavra da Bíblia. Por que só isso é pecado? A Bíblia cita inúmeros pecados.

— Sim, no mínimo você tem que ser um exemplo de ser humano para condenar alguma coisa. Mas você deve lembrar que ele tem direito de ter a opinião dele. E ponto.

— Entendo. – pensei um pouco. – Só tenho que derrubar a opinião dele. – o olhei.

— Você não vai desistir, vai?

— Não mesmo.

— Então toma cuidado com essa Diana, porque parece que ela também não vai desistir.

Achei melhor ir embora, antes que ela ficasse sabendo e as coisas ficassem ruins pra ele. Quando cheguei notei que Rafael não estava bem humorado.

— Por que não me respondeu? – fiquei olhando pra ele.

— Onde ele tá? – perguntei me referindo ao Danilo.

— Deixei que ele fosse pra casa, você estava demorando demais e o celular dele não parava de tocar.

— Caralho Rafael.

— Ele acabou de voltar pra casa de um sumiço, a mãe dele não tá bem. Você queria o que?

— Qualquer coisa, menos que o soltasse.

— Aonde você estava e por que não me respondeu? – ele perguntou nervoso.

— Quando você falar comigo direito eu te respondo.

— Já tá perdendo a paciência né? – ele mudou o tom de voz.

— Eu? Olha o jeito que você estava falando comigo.

— Sei que você estava com aquele Luiz e eu detesto ele.

— Aquele Luiz arriscou perder o emprego pra me contar uma armação da Diana pra destruir nosso namoro. – ele ficou me olhando enraivecido.

— Dar uma de bonzinho é uma ótima tática.

— Já que você só me beija quando tá com ciúme podia aproveitar e fazer isso agora. – dei um sorrisinho e ele não aguentou e sorriu também, ficando sério em seguida. – Tchau Rafael. Vou ir pra casa, amanhã acordo cedo, já vou começar com o meu pai. – suspirei odiando aquilo.

— Também vou. Tenho terapia e depois vou para o primeiro dia com Ravi. Espero que tudo dê certo nos dois.

— Vai sim. – sorri. – Quer que eu te leve?

— Arthur disse que deixaria o carro comigo e iria com você para o hotel, ele deve te falar depois. Vocês dois estão bem?

— Na medida do possível. Você sabe. – fiquei olhando pra ele. Era difícil não me aproximar. – Vou lá, boa noite.

— Boa noite. – quando me virei ele me chamou. – Nada. – ele falou e então eu sorri.

— Também te amo. – vi seu sorriso e sai de lá bem melhor do que eu sairia antes.

Arthur Narrando

Entrei no carro do Kevin e vi que ele não estava pra papo. Esperei um pouco e nada. Ele entrou no estacionamento do hotel e me olhou.

— Desiste. Só depois de dois expressos. – ele falou parecendo ler pensamento. Normal. Assim que chegamos dei cara com quem eu menos queria dar. Orlando. Estudávamos juntos no ensino médio. Ele nunca gostou de mim.

— Onde mais poderíamos nos encontrar né Arthur? – fiquei o encarando, Kevin olhava ressabiado.

— Se não é o maior de Torres. – impliquei.

— Após os Montez. E principalmente você, claro.

— Mas sabe qual é a diferença entre eu e você? É que eu tenho dinheiro de verdade, você não. – o elevador chegou e entramos. Kevin me olhou de lado e riu.

— Acho melhor você não conviver mais comigo, estou me vendo em você. – o olhei e sorri de canto.

— Caleb quer saber quando você vai se matricular na faculdade. – nos olhamos. Ele respirou fundo. – Sua mãe tá muito preocupada. Ela tá pressionando ele. E ele me pediu para que te incentivasse... Falou pra te dizer que ele não mexeu em suas contas e que ele irá pagar os boletos como esperado e... Que você tem que pensar no seu futuro. – suspirei. – Querendo ou não eu concordo com ele.

— Só o fato de ter conversado comigo já mostra que sim.

— Você não vai né?

— Não terá uma resposta para ir correndo dizer a ele. – ele me olhou com raiva. – Esquece o que eu falei anteriormente. Você não tem nada a ver comigo. – a porta se abriu. – Ou tem, antes do Murilo. – ele saiu andando na frente e eu o puxei.

— Se fosse assim que não teria te contado tudo. Teria apenas te incentivado. Como fiz quando sua mãe pediu pra te convencer a não passar o natal na capital.

— Se não fosse assim você teria ignorado. Foda-se o que o Caleb quer, não importa o que ele acha que é necessário.

— Kevin quando a gente não se falar mais não vem colocar a culpa nele. Vai ser você o culpado por isso. – ele me ignorou.

— Bom dia. – a secretária do nosso pai nos recebeu com um sorriso. Entramos e vimos um garoto com um aparelho na mão parecendo anotar alguma coisa.

— Meninos esse é o Orlando Costa, eu o contratei como estagiário para estar em comunicação entre nós três. – o olhei desacreditado.

— Como você subiu?

— Pela escada, eu estava atrasado.

— Vocês se conhecem? – encarei Caleb.

— Estudamos juntos. Acha mesmo legal colocar mais pessoas nisso? – esperava que ele entendesse.

— Não comece a questionar minhas decisões. – ele falou em um tom firme e Kevin me olhou. É, aquilo realmente seria complicado.

— O senhor estava dizendo que devo pedir ao RH que contrate um funcionário pra cada um deles, certo? – o garoto perguntou e ele concordou. – Pedir preferência de sexo?

— Não. Sem brigas matrimoniais. Arthur tá solteiro. E Kevin... – ele ficou olhando pra ele.

— É gay. – Caleb encarou o garoto furioso. – Perdão. Mas não é segredo a partir do momento que ele assume um namoro como foi com Kemeron.

— Você conhece o Kemeron? – meu irmão questionou.

— Apenas porque vocês namoraram. – ele respondeu e voltou a atenção ao aparelho em suas mãos. – A reunião deve ser marcada com todos os gerentes, correto? – assim que obteve resposta positiva ele se despediu, dizendo que iria cumprir suas tarefas e já voltava.

— Que palhaçada é essa? – Kevin perguntou o olhando.

— Vamos estar em setores diferentes, precisamos nos comunicar, ele vai ser nosso elo.

— Devo lembrar o motivo de estarmos aqui? É... – meu irmão fingiu estar pensativo. – Consertar suas merdas. Esse imbecil vai mesmo saber de tudo? Não há contrato de confidencialidade que cale a boca de alguém que saiba coisas como essas.

— Claro que ele não vai saber de nada. Ele é só um estagiário e vai fazer coisas de estagiários. Relaxem.

— Pra que você tem que contratar alguém pra nós dois?

— Vocês vão trabalhar de verdade. Arthur vai ficar na administração direta comigo e Kevin vai ocupar o lugar do Analista financeiro. Inclusive devo dizer que essa demissão me causou um prejuízo.

— Então vão ser dois prejuízos, porque você vai contrata-lo de novo.

— Que? Tá doido?

— Não sou formado em administração de empresas, economia e nem em ciências contábeis. Não tenho como ser um Analista financeiro. Ok?

— Você sempre foi melhor que o meu analista Kevin. Melhor que eu. Você nasceu pra isso. Sua praia são os números. E eu não vou voltar atrás.

— Isso é errado. A função necessita de um curso, você não pode colocar alguém incapacitado. Conhece lei? Não né? Ah, é verdade. Não conhece mesmo.

— O hotel é meu e eu coloco quem eu quiser.

— Seu, seu, seu ele não é.

— O Gustavo concordou. Vinícius e Luna não opinam em contratações.

— Entendi agora. Tá fazendo isso pra eu me animar e começar um curso. – ele disse sorriu. – Nem fodendo. – sua resposta seguiu de um rosto sério.

— Por que caralho você não quer começar uma faculdade?

— Por que caralho você não faz nada sem ter algo por trás?

— Tá usando o seu futuro pra se vingar de mim? Não vê o quanto isso é burro e ridículo?

— Ainda não superei não ter ido pra capital.

— Pode ir agora. – eles ficaram se olhando. – Estou falando sério. Se for pra você estudar, pode ir. O Arthur me ajuda aqui.

— Você faz absolutamente tudo pra me ver longe de algum cara. – Kevin respondeu e depois me olhou. – Eu não o suporto, acha mesmo que isso vai dar certo?

— Você não vai ter contato com ele Kevin. – ele ficou na dúvida. – Ele vai forjar diploma ou seja lá o que for que você precise para estar na função, você sabe disso.

— Forjar não. Tenho amigos influentes.

— Então eu nem preciso estudar. – ele disse e o encarou.

— Precisa. E as aulas já vão começar. Você vai perder um semestre?

— Sabe por que eu queria tanto ir pra capital? Porque lá eu poderia me dedicar integralmente e fazer o que eu realmente quero, aqui eu não tenho uma porra de um sossego e vou ter que fazer o que você acha que é melhor.

— Vai pra capital Kevin. – o incentivei.

— Agora não dá mais. Eu não consigo.

— Por que será né? – Caleb perguntou e o fuzilou fulminantemente. – Não vou ficar a manhã inteira discutindo seu futuro. Temos que trabalhar. Faça o que achar melhor.

— Tá. – Kevin respondeu e respirou fundo. – Por que nos separou? - ele perguntou se referindo a mim e ele.

— Não começa. – eles se encararam. – Vamos ter uma reunião para que eu os apresente e diga a função de vocês. Como vocês sabem eu sou o gerente geral e o Gustavo é o gerente de hospedagem. Cuido da administração e ele de todo andamento do hotel. Quero que o respeitem como a mim.

— Quem te respeita? – olhei pra Kevin e respirei fundo. – Tá, vou ficar quieto.

— Vamos ao que interessa. Acho melhor não contarem a ninguém a que trabalham aqui. – ele disse baixo e fechou a cortina do vidro.

— Ah tá. Ninguém vai ficar sabendo. Imagina. Fácil de resolver, só matar toda a população de Torres.

— Tem como ele ficar calado cinco minutos? – ele perguntou me olhando.

— Ele é seu filho, você sabe que não.

— Foi você que fez um acordo com seu amigo que quase nos matou.

— Eu fiz o que precisava pra ficar vivo e pra conseguir manter vocês dois vivos depois.

— E fez uma nova aliança com ele. Conta o acordo do novo hotel de Alela.

— O que posso contar agora é que vocês vão ter muito trabalho. Primeiro vão os dois fazer o serviço que tem que ser feito pra então conversarmos sobre isso.

— Você fazendo o que sabe fazer de melhor, se enrolar.

— Só lembrem que quanto menos gente souber que vocês estão aqui melhor. Não quero mais que vocês dois corram riscos.

— Ter vindo do seu espermatozoide já é motivo suficiente para correr riscos para o resto da vida.

— Você não consegue conversar igual a um ser humano? Vai ter que melhorar seu jeito e seu vocabulário. Isso aqui é um hotel de luxo, não um albergue da esquina.

— Estou pouco me fodendo Caleb. Ou vou ter que te chamar de papai agora? – provavelmente eles iriam se matar. – Vou ir para o meu setor. – ele me olhou e olhou pra ele de novo. – Usa e abusa, eu sei que é esse seu objetivo.

Dias difíceis e complicados se aproximavam. Entre apartar Caleb e Kevin e superar Alice, eu ainda teria que estudar, trabalhar e ajudar meu melhor amigo, que ainda vivia os seus piores dias e eu sabia o quanto ele estava atormentado. Por isso mesmo eu não conseguia nem desabafar com ele... E eu e meu irmão estávamos tão... Incomuns um com o outro. Parecia um pouco menor nossa ligação. Não sei explicar. Era um daqueles momentos em que se tinha a impressão que tudo estava fora do lugar.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Até amanhã ♥



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Amor Perfeito XIV - Versão Arthur" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.