Everything Luffy escrita por Nyuu D


Capítulo 1
Luffy e Koby


Notas iniciais do capítulo

Essa sugestão foi dada pela Kori Hime ♥



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— Somos inimigos agora, mas... ainda somos...

— Amigos? Sim!

O coração de Koby se encheu de alegria. Sim, ainda eram amigos. Claro que eram. Luffy não era o tipo de homem que deixa seus amigos para trás. Eles seguiram caminhos diferentes, é claro. Aliás, não eram apenas diferentes: eram completamente opostos. Luffy era um pirata, e Koby, um marinheiro. Mas parecia que ainda tinham o coração mirando em direções muito parecidas.

Naquela tarde, em Water 7, Luffy queria muito que ele e Helmeppo fizessem um banquete com o bando, mas apesar de toda a sua vontade, Koby sabia que isso não seria adequado. Precisavam ir, mas deixar registrada sua paixão e seus sonhos foi essencial. Acendeu uma chama dentro dele que há muito não sentia. Mesmo com todo o treinamento com Garp, com o crescimento que teve ao longo daquele tempo... depois de ver Luffy e Zoro, Koby sentiu a energia renovada.

Ele lutou muito, e por muito tempo, até Marineford.

Mas a luta em Marineford queimou outra chama no coração de Koby: o medo. Ver Akainu erguer o punho de lava pela segunda vez na direção de Luffy o fez se movimentar sem pensar, mesmo depois daquele soco... Ele falou muitas coisas naquele dia. E todas elas foram sinceras. Mas ele também precisava ter certeza que Luffy sobreviveria. Ainda não haviam cumprido a promessa de ficarem mais fortes. Pelo menos, ele com certeza ainda não.

Não teve certeza nem quando virou Capitão, ou quando impediu que o ataque em Rocky Port ferisse civis.

Muito menos quando flagrou aquele jornal nas mãos de Rebecca. Nem pôde conter as lágrimas. Estava tão feliz pelas conquistas de Luffy no Novo Mundo. Precisava vê-lo logo. Um bilhão e quinhentos milhões de berries. Ele era... incrível.

Quando Koby encontrou Luffy de novo, seu primeiro ímpeto foi de se jogar nos braços dele. Muitas coisas haviam acontecido. Muito tempo havia se passado, e a posição de Koby na Marinha não era mais a mesma. Havia crescido muito, mas nada se comparava a tudo o que Luffy havia alcançado desde que partiu naquele ridículo barco com Zoro, no East Blue...

Ele conseguiu controlar o ímpeto; Luffy, no entanto, não podia dizer o mesmo. De imediato, começou a correr na direção do Marinheiro.

— Koby! — Gritou Luffy, sem se importar com nada. Não importava que alguém podia ouvi-los.

— Luffy-san — gaguejou Koby, estendendo as mãos para repeli-lo; porém, quando Luffy estava perto o suficiente, ele não foi capaz de negar um abraço apertado. Com ele, aliás, nunca era só um abraço; Luffy usava a elasticidade de seu corpo para enrolá-lo com braços e pernas.

O calor do corpo de Luffy o aqueceu por inteiro. Não importava o frio que fazia lá fora e nem o peso de sua capa de Capitão.

Aquele calor era único.

— Você cresceu mais? Ou é impressão?

— Impressão — Koby respondeu rapidamente.

— Humm, acho que não — continuou ele, os dedos de borracha apalpando os músculos das costas de Koby. — Você está mais forte, com certeza!

Koby só percebeu que estava prendendo a respiração quando a soltou para dar um risinho com a observação. Era verdade, estava mais forte. Sentiu o corpo relaxar. Não estavam perto de ninguém, não tinha problema um abraço. Mal conseguia mover os braços para retribuir Luffy, mas deixou-se acalentar por ele. Deitou o queixo no ombro de Luffy e sorriu. As lágrimas esquentaram os olhos.

— Ah! Eu havia esquecido — Luffy disse e trouxe o corpo de volta ao normal, liberando Koby de seu abraço. — Não podemos nos abraçar. Somos inimigos.

— É mesmo. — Koby concordou, pesaroso.

— Eu nem pensei direito. Só vi você e me lembrei do que o Traffy me contou... você salvou minha vida em Marineford, Koby. E eu nunca tive oportunidade para agradecer. Estou te devendo essa.

— Luffy-san, o que é isso! Eu não... não pensei quando...

— Não importa se pensou! — Luffy o interrompeu. — O que importa é que sua atitude permitiu que o Bepo me trouxesse em segurança para o navio deles.

Koby sorriu. Luffy não mudava nunca. Ele podia crescer, criar novas habilidades, ter sua recompensa aumentada exponencialmente, derrubar Imperadores do Novo Mundo, mas por dentro ele continuava sendo aquele garoto que partiu de East Blue com um sonho e fazia tudo o que podia para continuar a persegui-lo, incansável.

— Nesse caso, está me devendo, Luffy-san.

— É mesmo. O que posso fazer?

— Pode me deixar capturá-lo. Eu viraria Comodoro em um instante! Que nada, eu saltaria logo para Contra-almirante!

— ‘Tá maluco?! Eu não posso te deixar me capturar! Se tentar isso, vamos ter que lutar.

Koby não evitou, e deu uma risada. Aliás, acabou gargalhando.

— Por que você ‘tá rindo?! Koby!

— Ah, Luffy-san... eu sei que já falamos sobre isso, mas eu acho que jamais conseguiria te capturar.

— Claro que não, eu te daria uma surra num instante...

— Isso também, mas é só... é você. E você não pertence em nenhuma prisão. Seu lugar é nos mares, é como um homem livre. É onde eu sei que gosto de vê-lo.

Luffy não respondeu. Ficou sério de repente, e Koby temeu ter dito algo que não devia. Havia entregado demais do que sentia? Talvez. Mesmo assim, depois de alguns instantes, a expressão de Luffy mudou para um de seus grandes e orgulhosos sorrisos.

Koby também sorriu, emocionado.

— Espero que sempre mandem você para me capturar, então. — Disse Luffy.

— Eu também.

Duma troca de olhares surgiu um outro abraço. Dessa vez, partiu de Koby, que envolveu o pescoço de Luffy com os braços. Tocou o chapéu de palha com os dedos. Venceu o medo de estar cometendo um pecado. Mais uma vez, assumiu o posto de bebê chorão. Não segurou as lágrimas. Chorou mesmo. O coração disparou. Sabia que aquele não seria o último abraço que dariam, mas não podia ter certeza de quando o próximo viria. Então, tinha que fazer contar.

Luffy retribuiu prontamente. O calor de seu peito muito junto do Capitão da Marinha.

— Shishishi — riu Luffy. — Ainda vai me ver muito nos jornais, Koby.

— Mal posso esperar, Luffy-san.


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