Cullen sister escrita por Angel Carol Platt Cullen
Capítulo 22: Salvamento
Abril de 1933, Rochester/NY
Carole PDV
Era de madrugada e estávamos na sala de nossa casa, eu e Esme conversando e Edward tocando piano baixinho para não atrapalhar o sono de nossos vizinhos humanos. Passávamos as noites assim, com as luzes da casa apagadas como se também tivéssemos nos recolhido, para não chamar a atenção das pessoas que moram ali perto, pois certamente as luzes acesas durante a noite gerariam comentários.
Se bem que nesse caso teríamos um bom álibi. A desculpa de que Carlisle é médico e chega de madrugada em casa...
Por falar, ou melhor, pensar nele, eis que ele surge. Antes de chegar na residência sentimos o cheiro dele misturado com outro mais forte: um cheiro de sangue humano. Essa não é sua atitude habitual, ele sempre foi muito cuidadoso evitando trazer para casa qualquer mínimo vestígio de seu trabalho, nem tanto por mim, mas pelo filho e pela esposa. Apesar de que Esme já não é tão nova, já tem mais de 10 anos que foi transformada, e Edward apesar de ter retornado recentemente para casa parece muito mais comprometido com nosso estilo vegetariano de viver do que antes. Ele quer agradar aos pais e atacar alguém seria uma decepção para ambos.
Mas como Carlisle pôde fazer isso?
Antes que possa fazer alguma coisa, Esme corre para perto dôo marido segurando o fôlego:
— Querido?
— Eu não podia deixá-la morrer.
— O que aconteceu? – pergunto.
— Você devia tê-la deixado Carlisle, sabe que não será fácil – Edward para de tocar e fica em pé. – eles irão reconhecê-la, nós deveríamos ser discretos, lembra?
— Eu sei disso melhor do que ninguém, filho – Carlisle não se deixa abalar pela repreensão do rapaz. – ela foi violentada e abandonada na rua. Quem fez isso pensou que ela estivesse morta, mas não estava ainda, eu podia sentir. Ela não merecia isso, é muito doloroso...
— A transformação será tão dolorosa quanto uma morte lenda – retruca Edward. – Você poderia ter deixado-a lá e a plícia iria cuidar do caso amanhã. Seria um escânda-lo, é claro que ninguém iria desconfiar do verdadeiro culpado...
— Quem foi? Como você sabe?
— Posso ver a mente dela. Foi o ex-noivo dela, Royce King II.
— Oh! – Esme leva a mão á boca e respira uma vez só para ver como está o ar. Nem está tanto, mas ela volta a prender a respiração.
Eu também fico chocada.
— E mais, ele não estava só.
Eu sinto o cheiro repulsivo de vários homens nela.
— Mesmo assim você acha que Carlisle deveria ter deixado ela para trás? – indago para Edward.
— Sim.
— Eu não fui fazer o que você fez enquanto esteve fora, eu tentei salvá-la sem transformá-la, mas não dá.
Agora eu vejo os curativos nela. É claro que meu irmão só apelaria como último recurso para a transformação em vampira.
— Como será que ela vai reagir? – me pergunto.
— Eu sei que você não está dizendo isso para me julgar, eu sei o que fiz – diz Edward. – Carlisle... O quê? Você não está pensando nisso, não acredito, de novo não! Não vou me casar com ela. Já não viu que não dá certo fazer isso?
— Talvez dessa vez funcione. Edward, eu só quero seu bem.
— Não preciso de uma companheira!
— Precisa sim. Todos nós precisamos, principalmente os homens. Carole me disse que vocês terminaram então pensei que você iria querer tentar novamente.
— Carlisle tem a melhor intenção, Edward – digo tentando acalmá-lo. – Não fique assim.
— Como você quer que eu fique Carole? Não é a você que seu irmão fica impondo candidatas a esposas!
— Você esquece que ele também já fez isso comigo.
— Sim, mas parou.
— Por enquanto, quem sabe quanto tempo? Além do mais você não é obrigado a se casar com ela, assim como não foi comigo. Apenas tente e vejam se vocês dois se dão bem.
— Eu já vi a mente dela, nós somos incompatíveis!
— Então espere ela acordar e verá se ela sente o mesmo por você.
— E se ela gostar de mim, vão me obrigar a casar com ela?
— Não. É claro que não! – Esme responde chocada.
— Como pode pensar isso de nós?
— Parece que vocês querem me casar a qualquer custo! Eu não quero!
— Filho, sabe que eu só estou preocupada com você – diz Esme.
— Eu sei.
— E eu estou aflito também. Nunca antes me preocupei se você era novo demais quando o transformei, mas será que era?
— Não é tão ruim ficar solteiro não é Carlisle?
— Acho que não, quando você não está sozinho.
— Então me deixe ficar solteiro, e eu prometo que vou me casar quando encontrar a parceira certa. Não tente mais me propor ninguém.
— Certo!
— Rosalie Hale! Eu hein!
...XXX...
Uma semana depois de seu despertar como vampira, Rosalie decidiu ir atrás daqueles que fizeram isso com ela. Aqueles que provocaram sua morte e levaram Carlisle a transformá-la em vampira. Ela sabe muito bem que não foi Carlisle quem a matou, mas foram aqueles cretinos dos amigos de seu ex-noivo:
— O que você vai fazer? – Edward diz para a jovem
— Não se meta, é um assunto meu.
— Não é não. Você está enganada, nos diz respeito a todos nós. Nós zelamos pela preservação da vida humana.
— Eles não são humanas.
— Deixe que a vida os julgue.
— Não, eu preciso fazer alguma coisa.
— Não, não precisa; você está bem, apesar de tudo o que aconteceu, não precisa ir atrás deles.
— Eles merecem.
— Você não é juíza para decidir.
— Eu fui a vítima e quero que ele passem pelo mesmo que eu senti.
— Rosalie, não faça isso.
— Você não sabe como é.
— Eu sei, você sabe que sei, eu posso ver na sua mente tudo que você viveu sempre que pensa nisso.
— Não sabe, você não conhece eles como eu. Me deixe sair.
Carole, Esme e Carlisle foram caçar.
— Eu não estou gostando mais do que você. Eu não queria estar aqui, imagine, babá eu?
— Eu não quero te machucar.
— Mas não e importaria se tivesse.
— Você sabe que não, pode ver meus pensamentos.
— Eu disse que daria conta de você sozinho, não posso decepcionar. Então vou ter que me machucar tentando segurá-la.
Edward tenta conter Rosalie passando os braços em torno dela, mas ela faz com que ele a solte quebrando seus braços:
— Vá! – diz Edward.
O rapaz não está contra totalmente, ele matou o ex-marido violento de Esme. sabe exatamente o que Rosalie precisa.
...XXX...
Ela entra numa loja de vestidos de casamento e coloca um deles. Depois segue seu plano e vai até a casa de um por um dos amigos de seu ex-noivo deixando ele por último para que Royce soubesse que ela estava vindo. Tudo aconteceu em uma noite apenas. Ela teve o cuidado de não derramar nenhuma gota de sangue, pois sabia que não resistiria se sentisse o cheiro.
Chegando à casa ela entra sem nenhuma dificuldade e encontra dois seguranças na porta do quarto dele. Ela os tira do caminho facilmente e abre a porta num rompante:
— Surpresa querido!
— Rose! – exclama Royce ao vê-la.
— Olá querido.
— Você está linda!
— Obrigada, imagine que esse seria nosso casamento.
— Que bom que você está bem querida... Nós a procuramos.
— Sim eu sei que procuraram por mim, mas eu não estou bem. Não exatamente...
— O que quer dizer, Rose. Você está mais linda do que nunca! Nem parece mais humana.
— Você não está sentindo medo de mim? - ele balança afirmativamente a cabeça. - É isso mesmo, não sou mais humana. Agora sou uma vampira.
— Vampira? ‘Tá’ brincando, não é?
— Nunca falei tão sério em toda minha vida. Acho que não é bem isso, pois eu não estou viva. Graças a você querido - os olhos vermelhos dela brilham de cólera.
— Rose, por favor, não me mate, vamos conversar; ainda podemos nos casar...
— Obrigada, mas não. Não se preocupe que não vou tomar seu sangue. Não quero mais nada seu, nem seu sangue muito menos seu dinheiro.
— Quem fez isso com você?
— Não importa, você e seus amigos bêbados é que me mataram, lembra?
— Me perdoe, Rose. Vamos ficar juntos para sempre, volte.
— Não quero mais. Eu implorava no beco, mas você não me ouvia, porque devo escutar você agora?
— Eu prometo que vou parar de beber. Nunca mais vou colocar uma gota de álcool na boca.
— Eu sei que não.
— Rose, não!
Ela só torce o pescoço dele rapidamente e depois desaparece retornando para casa satisfeita por saber que todos aqueles que fizeram ela se tornar uma vampira ocasionando sua morte receberam a punição devida. Ela sorri: Aqui se faz, aqui se paga.
...XXX...
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