Cullen sister escrita por Angel Carol Platt Cullen


Capítulo 13
Capítulo 13: Ashland, 1921




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/788603/chapter/13

Capítulo 13: Ashland,1921

Agora Carlisle estava trabalhando como médico em uma pequena vila do estado do Oregon. Faltavam poucas horas para o seu turno acabar e o dia já começava a despontar no horizonte. Mais uma noite acabava e outro dia começava para sua existência longa, muito longa. Não que pensasse em morrer, claro que não! Ele sentia que deveria permanecer vivendo desse jeito que descobriu ser possível sem ser um monstro para continuar ajudando as pessoas e sendo um contraponto para os vampiros que só pensam em matar os seres humanos.

Embora muitos pacientes nunca sequer façam a mínima ideia de que ele também é um vampiro. É melhor assim, pois algumas pessoas teriam medo só de imaginar serem tratadas por ele se soubessem da verdade.

A aurora vai dissipando as trevas da noite e abrindo caminho para o astro rei quando chegaram trazendo o corpo de uma jovem mulher que havia tentado suicidar-se atirando-se de um penhasco.

Ele já sabia quem era antes de vê-la, podia sentir seu perfume tão claro em sua mente como da primeira vez. Cada pessoa tem seu cheiro particular, como sua assinatura ou sua digital, algo único. Mas por outro lado, parte dele não queria acreditar que ela teria tentado suicídio. Por quê? Ela estava do outro lado do país, segura, é impossível que esteja ali. Os humanos quase nunca se deslocam dos lugares em que estão acostumados a viver a não ser que aconteça alguma calamidade ou algo assim, que os force a se deslocar, não são seres essencialmente nômades como os vampiros.

Carlisle pensava em voltar a Columbus ano que vem para vê-la novamente e decidir se vai embora para sempre se ela estiver bem, casada e feliz. Vai ter de se resignar, pois a ama o suficiente para deixá-la viver feliz. A ama como nunca amou ninguém, nem sua irmã Carole, nem seu filho Edward. É um sentimento diferente que ele nunca tinha experimentado. Talvez Carole tenha razão e ele está mesmo apaixonado.

Mas a sua vontade não pode negar o aroma inconfundível que só pode ser dela e de mais ninguém no mundo. Mesmo com tanto sangue e sujeira envolvendo o perfume mais agradável de todos é inesquecível. Esme! Ele estava com um pressentimento essa noite como um déjà vu daquela noite em 1911 quando se conheceram.

O expediente já estava prestes a acabar quando ocorreu o que seu sexto sentido estava lhe avisando que viria para ele se preparar. Mas de nada adiantou, ele foi pego de surpresa por não saber interpretar a mensagem de seu subconsciente ou de algo mais sobrenatural. Como um vampiro ele está ainda mais perto desse lado espiritual e místico da vida; assim como as pessoas mais sensíveis e perceptivas.

— Dr – chama a enfermeira.

Sem resposta nenhuma ela repete:

— Doutor, o senhor está bem?

— Não sei.

— Vamos levá-la ao necrotério então – decide a mulher. – Não há mais nada que possamos fazer.

Ela queria morrer e vai conseguir. Ou iria se Carlisle não interferisse.

Levam-na para a sala onde ficam os cadáveres para posterior exame de autópsia pelo médico.

— Eu já vou lá ver - diz ao se afastarem com a maca.

A humana deve pensar que ver a jovem semi-morta lhe lembrou alguém aquele corpo mutilado, mas não é verdade. Ele sabe exatamente quem é debaixo daquelas múltiplas fraturas e escoriações.

...XXX...

 

Quando ele entra no aposento destinado aos defuntos, o perfume é tão intenso que não tem mais dúvida alguma de que é mesmo ela. Ainda assim ergue o lençol que a cobria para ver seu rosto desfigurado pela queda. Embora esteja um pouco esfolado ainda é reconhecível, sua beleza deixa Carlisle ainda mais encantado. Como ela pode ser ainda mais bonita que a adolescente que ele conheceu há quase uma década!?

— Oh Esme! – exclama sentindo tudo o que reprimiu por tantos anos vir à tona. – O que aconteceu querida? Por quê acabou assim desse jeito? Você era uma menina tão alegre e cheia de vida! Oh Esme, meu amor! Não posso deixá-la morrer! Não quero perdê-la! Se você morrer eu morrerei também. Quando eu fui embora eu sabia que você estava bem, eu pensava que estava fazendo certo. Como eu estava enganado! O que aconteceu para você fazer isso com você mesma? Você ficou com tanto medo de cair depois que quebrou a perna, deve ter acontecido algo muito grave para você fazer isso de novo. O quê foi? Sei que agora você não pode me responder e explicar tudo e nem poderá se morrer... Não posso permitir que isso aconteça! Não vou deixá-la escapar dessa vez. Mesmo que você não goste de mim, prefiro saber que você está bem em algum lugar do que nunca mais possa vê-la.

Carlisle ouve o coração dela ainda batendo quase parando e decide mordê-la e transformá-la em uma vampira:

— Me perdoe meu amor!

Olha para os lados antes e se certifica de que ninguém vivo está olhando, só ele e ela e os outros cadáveres do necrotério estão ali. Devido as lesões ele repete a ação temendo que seja pouco o veneno.

Minutos depois ele levanta:

— Já vou voltar querida! – fala como se ela estivesse ouvindo, só dormindo. – Vou sair um pouco para me apresentar ao médico do dia e trocar de lugar com ele e virei buscá-la logo e levá-la para casa. Nossa casa a partir de agora.

...XXX...

 

Carlisle logo retorna para pegar Esme e ninguém percebe porque ele entra pela porta dos fundos exclusiva do necrotério.

— Vamos para casa, querida! – ele diz pegando-a nos braços facilmente e com cuidado.

— Você vai ficar boa logo, espero que tenha sido suficiente o que eu fiz.

Rápido como um raio ele chega em casa. Carole percebe o vento antes que ele apareça e exclama ao ver a moça deitada na cama do quarto:

— Oi irmão! Quem é ela?

— Lembra da Esme que eu falei para você?

— Sim, foi há dez anos. É ela?

— Sim.

— O que aconteceu?

— Não sei muito. Ela apareceu hoje cedo lá no hospital e levaram-na direto ao necrotério. Ela tentou se matar. Não sei o motivo quero perguntar para ela.

— Sei. É só curiosidade – ela pisca um olho travessa, em cumplicidade com o irmão. – Eu lembro bem como você ficou quando a conheceu.

— Admito que estou mesmo apaixonado por Esme, mas não vou impor-me a ela. Se ela gostar de mim ficaremos juntos. Se ela me quiser depois do que eu fiz...

— Como alguém pode negar ficar com você meu irmão, você é um gentleman!

— Obrigado Carole. Eu deveria ter perguntado se ela queria. Fiz isso por egoísmo. Ela queria morrer e eu a proibi de fazer isso. Ela vai me odiar, isso sim. Eu mereço.

— Carlisle, você agiu por amor, não havia tempo. Como você poderia pedir se ela estava inconsciente?

— Será que ela vai me perdoar?

— É claro que vai, eu tenho certeza.

Edward chega da escola e sobe correndo as escadas.

— Quem é ela?

Carlisle revira os olhos pensando em ter de explicar tudo de novo, mas felizmente Edward pode ler sua mente e exclama:

— Ah! Esme será minha mãe, então?

— Não sei – responde Carlisle. – Claro que eu gostaria, mas só se ela quiser.

...XXX...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Cullen sister" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.