Cullen sister escrita por Angel Carol Platt Cullen
Capítulo 12: Casamento?
Dois dias depois Edward acorda como um vampiro e Carlisle está ao seu lado protegendo Carole caso o novato seja agressivo:
— Seja bem vindo! – cumprimenta – Que bom que acordou estava preocupado...
A jovem sorri para o recém-criado.
— Oi!
— Onde estou Dr.?
— Trouxe você para minha casa.
Edward ouve mais, como se fosse um rádio, mas descobre rapidamente que é o pensamento de Carlisle.
— O quê?! – o rapaz se sobressalta e fica violento, Edward ouviu na mente de Carlisle antes que ele dissesse que agora ele era um vampiro.
— Cuidado! - o médico afasta a irmã com um braço que estava em sua frente protetoramente.
— Isso não pode ser verdade! Eu estou morto, diga que estou morto... Mas como o doutor está aqui também, como? Será que o contaminei? que desgraçado!
— Não, não se culpe; felizmente eu não fico doente como os humanos. Edward acalme-se e me escute. Vejo que de alguma forma você já sabe que, eu sei que parece loucura, mas eu sou um vampiro e transformei você.
— Mas você é medico! Como pode?
— Eu sei que no começo é difícil apreender isso. Foram anos e anos de prática de autocontrole até eu suportar o cheiro de sangue humano e conseguir cuidar das pessoas como queria fazer. Mas como você já sabe disso se eu nem falei?
— Eu acho que posso ouvir o que você vai dizer antes de falar.
— Já ouvi falar de dons extras, além das habilidades básicas de nós vampiros que são comuns a todos. Há alguns de nós que tem sentidos extras, mas nem todos. Você pode ler a minha mente a distância, sem me tocar?
Carlisle fica admirado pois Aro precisa tocá-lo para ver seus pensamentos.
— Acho que sim.
— Eu iria me apresentar, mas acho que não é mais necessário, pois você já sabe quem eu sou – diz a vampira.
— Sim eu já sei. Você é irmã de Carlisle e se chama Carole.
— Prazer em conhecê-lo Edward - ela encara com naturalidade a habilidade do novo membro da casa.
— Prazer é meu – o garoto tenta pegar na mão da moça para beijar, mas Carlisle não permite.
— Ainda não!
Então ele apenas sorri e ela retribui.
— Por quê? – pergunta Carole.
— Ele ainda é muito novo e pode machucá-la.
— Eu não sou tão frágil! - protesta a jovem.
— Eu jamais faria isso! – Edward se defende. – Em uma mulher não se bate nem com uma flor.
— Sim, mas não disse que seria intencionalmente. Você é ligeiramente mais forte do que nós porque é um recém-criado, um vampiro novo.
— Ah, entendo. Mas... E do que nos alimentamos? Não quero machucar as pessoas, você não faz isso, não é?
Não demora e ele percebe que só pode ler o que o doutor está pensando naquele momento, por isso não sabia do que ele se alimentava.
— Eu e minha irmã só caçamos animais para sobreviver. Venha, vou te ensinar.
— Por que me condenou a viver eternamente de noite?
— Nós podemos sair durante o dia, não precisamos nos esconder nem morremos com a luz como nas lendas diz que viramos pó. Porém, a nossa pele brilha quando exposta ao sol e chamamos atenção, as pessoas perceberiam que somos diferentes e por isso não devemos nos exibir.
— Devo tomar cuidado com estacas e alho?
Carole não sabe como Carlisle consegue ficar sério.
— Não se preocupe isso são apenas lendas que foram criadas para as pessoas pensarem que podem nos derrotar. Não comemos comida humana embora o cheiro de alho seja um pouco irritante para nosso olfato apurado. E nenhum humano conseguiria chegar tão perto de nós para enfiar uma estaca, além do mais nossa pele é dura como mármore.
— Nem água benta?
— Não tem efeito algum sobre nós. Eu mesmo sou religioso, pois meu pai era um pastor anglicano.
— Nosso pai, somos irmãos por parte de pai – emenda Carole.
— Você nasceu onde e quando?
— Eu sou inglês natural de Londres. Nasci em 1* de fevereiro 1640.
— E eu nasci lá também em 12 de outubro de 1661 – diz a jovem mesmo sem terem pedido.
— Vocês não parecem muito diferentes em idade.
— Eu fui transformado em 1663, quando tinha 23 anos de idade.
— E eu fui transformada por meu irmão em 1680. Com dezoito anos.
— Como você foi transformado?
— Eu fui atacado quando caçava monstros para meu pai. Naquela época acreditavam nesses seres mais do que hoje.
— Preciso saber outras coisas a que tenho direito, quero saber por que fez isso comigo?
— Sua mãe me pediu que o salvasse da maneira que só eu podia.
— Mentira! Você fez isso porque quis.
— Edward não é fácil, não é qualquer vampiro que consegue. Eu precisei me controlar muito para parar na hora certa e não matá-lo.
— Talvez fosse melhor que eu tivesse morrido. Minha mãe estava delirando, ela jamais iria pedir isso para mim!
— Ela me pediu com tanta veemência, me olhou no fundo dos olhos como se pudesse ver além da minha aparência.
— Ela não sabia que você era um vampiro!
— Somos vampiros bons! – intervem Carole.
— Sim, ela não sabia, porque não posso dizer para segurança dos humanos.
— Por quê? Alguém vai nos matar se descobrirmos? Vocês já são bem fortes como podemos ser ameaças para vocês?
— Regras do mundo dos vampiros.
— Vocês tem regras?
— Só uma na verdade: manter segredo de nossa existência; se mudando a cada pouco como eu ou mantendo distância de humanos exceto nas refeições como os nômades.
— Nômades?
— Vampiros digamos tradicionais, que se alimentam de sangue humano. Que são a maioria.
— Há muitos de... nós?
— Não, vegetarianos como eu nos chamo são mais raros a maioria se alimenta como fomos criados para fazer.
— Por que você resiste e se esforça?
— Eu não quero ser um monstro. Quero salvar vidas e não tirá-las, por isso sou médico.
— É muito doloroso?
— No começo era mais difícil, agora sou imune ao cheiro de sangue humano e posso praticar a medicina sem me preocupar. Mas sempre me vigio, só por precaução.
— E se algo der errado?
— Procuro me manter bem alimentado na maior parte do tempo e se precisar podemos correr mais rápido do que uma bala de revólver. Você verá!
— Posso ir com vocês? – pede Carole.
— Melhor você ficar em casa irmã.
— Você consegue segurá-lo sozinho se precisar?
— Sim. Não quero que se machuque Carole.
— Às vezes você parece esquecer que também sou uma vampira.
— Não me esqueço, só não quero que se machuque. Sou seu irmão mais velho e cuido de você.
— Obrigada.
— Por nada.
Os dois saem pelo bosque e Carole acena em despedida.
...XXX...
O garoto se divertiu muito correndo por entre as árvores como só um garoto é capaz e por um momento Carlisle se deixou levar e também aproveitou o momento, às vezes ele esquece que é tão jovem quanto Edward. Ele sempre foi um adulto precoce assumindo as responsabilidades da casa desde a época em que ainda era humano e agora precisa e merece relaxar. Ninguém vai censurá-lo por isso, só ele tem que se permitir e a sua consciência autorizar.
Os dois vampiros parecem dois meninos brincando enquanto caçam. Edward trouxe alegria para a casa como toda criança sempre deveria deixar os pais alegres, isso é maravilhoso. Até o sempre rígido Carlisle se rende e se diverte como nunca antes em quase trezentos anos, contando as duas vidas, como humano e depois como vampiro.
Eles se alimentam de suas presas e Carlisle observa Edward. Ele aprendeu rápido, olha para o menino como um pai orgulhoso. E de certa forma é exatamente isso que ele é: pai. Não o progenitor, o pai biológico, mas o criador. Imagina que é mais ou menos como Deus olha para os seres humanos.
Carlisle espera o melhor momento para conversar com Edward sobre seus planos e o chama depois de caçarem:
— Edward?
— Sim Dr. Cullen? – ele levanta a cabeça.
— Não precisa mais me chamar desse jeito, meu nome é Carlisle. Eu sei que é pouco comum hoje...
— Está bem ‘Carlaio’.
— Quase – ele aproxima indicador e polegar da mão direita.
— O que você quer? – o rapaz pede, mas sem ser grosso mesmo vislumbrando do que se trata.
— Vou ser direto: você gostaria de casar com minha irmã?
— Eu ainda nem a conheço direito!
— Nós temos vivido sós por mais de duzentos anos. Sei que ela não demonstra, mas isso a afeta. Ninguém merece ficar sozinho para sempre.
* Nem ele, mas a sua companheira já está chegando.
— E ela sabe disso? O que ela vai pensar de ser assim oferecida.
— Não. Eu sou seu irmão mais velho e devo fazer isso por ela. Sua felicidade é meu objetivo, nada mais.
— Eu sei que você só quer vê-la feliz, mas será que nós estamos certos em impôr a ela nossa decisão? Não, acho que não. Ela precisa saber e participar da escolha, é o futuro dela.
— Eu sei. Vou consultá-la.
— Além do mais amor não funciona assim, precisa de tempo.
— Você gostou dela?
— Ela parece uma boa moça, mas precisamos nos conhecer mais. O tempo vai mostrar se vamos nos dar bem. Eu não sou assim e não gosto de ser apressado. Vamos com calma.
— Claro, claro, só queria que soubesse o que penso.
— Não precisa falar eu posso ler sua mente.
— Ah, é verdade. Mas algumas coisas precisamos verbalizar. Eu sei ser muito paciente e além disso, temos todo o tempo do mundo, mas não demore muito.
— Perdoe-me o atrevimento, mas, e você pretende se casar?
Assim que o rapaz pergunta ele se lembra de Esme e pensa em como ela deve estar agora. Ela deve ser uma bela jovem!
— Talvez um dia eu encontre minha alma-gêmea – diz esperançoso.
Isso vai ser mais cedo do que ele imagina. Ela vai cair praticamente em seu colo.
...XXX...
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