Em meio ao Caos escrita por Val Rodrigues


Capítulo 4
Capitulo Quatro


Notas iniciais do capítulo

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— Mãe. O que faz aqui? Edward perguntou surpreso ao ver sua mãe, parada na porta, com dois sacos de supermercado nas mãos.
— Você pode ter esquecido que tem uma mãe, mas eu ainda lembro que tenho filho.
— Eu não esqueci mãe. É que é um pessimo momento para a senhora estar aqui.
— Edward Cullen, esta me dizendo que não queria minha presença em sua casa? Ela perguntou seriamente e Edward piscou buscando as melhores palavras.
— Não é isso mãe, é só que... Primeiro, entra, vem mãe. Chamou pegando os sacos e fechando a porta. _ O que é isso?
— Isso? Ela falou entrando e seguindo para a cozinha. _ Parei no Supermercado no caminho para cá e comprei algumas coisas para o café. Onde esta a Bella? E as crianças? Esme perguntou olhando ao redor.
— Ela esta na casa dos pais. Explicou vagamente.
— Ela foi visita-los? Esme perguntou olhando para Edward.
— Sim. Ela vai ficar la por algum tempo. Por que a senhora veio sem avisar?
— Sempre que eu ligo, você esta ocupado. O que esta acontecendo Edward? Perguntou e Edward a conduziu a sala sentando-se ao lado dela.
— Mãe, preciso te contar uma coisa. Mas, por favor, não fique assustada.
— O que é? Esme perguntou o olhando.
— Não é seguro estar nesta cidade... Começou e Esme levou a mão a boca enquanto ouvia o filho falar.
— Isso é terrivel Edward. E perigoso. Você tambem não pode ficar aqui. Por que não foi com a Bella?
— Eu sou um medico mãe. Não posso sair da cidade justo agora. Explicou.
— É apenas por este motivo? Ela perguntou e Edward a olhou.
— Como assim? Edward devolveu a pergunta em alerta.
— Edward, eu não quero que você pense que estou me intrometendo, e eu pensei muito antes de vir, mas filho, eu preciso saber, como andam as coisas por aqui? Resolveu ir direto ao ponto que a trouxera ali.
— Por que a senhora esta perguntando isso? Esme suspirou notando a forma como ele fugia do assunto.
— Alice me contou que vocês estão se separando. Revelou. Inconscientemente, Edward apertou uma mão na outra, pouco a vontade.
— Por isso a senhora veio? Por que Alice contou? Aquela baixinha não consegue ficar com a boca fechada. Reclamou.
— Ela esta preocupada com você, e eu tambem. Esme explicou com a voz branda.
— Eu estou bem mãe, não se preocupe.
— Como não vou me preocupar? Edward seu casamento esta caminhando para o fim, e você, o que esta fazendo?
— O divorcio não foi uma decisão minha, ela quis assim. Defendeu-se.
— E porque? Alguma razão ela teve. Ninguem termina um casamento assim, do nada.
— Razão? Eu não sei. Isto a senhora precisaria perguntar para ela. Desconversou visivelmente aborrecido.
— Você não sabe mesmo? Ou não quer admitir? Esme insistiu. _ Filho, pensa que não notei como você anda ausente ultimamente? Da ultima vez que vocês foram me visitar, você mal passou tempo com a gente, sempre grudado no telefone ou notebook. Eu vi como a Bella ficava aborrecida com isso.
— Mãe, eu trabalho muito para não deixar faltar nada aqui, nem para ela, nem para os nosso filhos. Nunca, em todos estes anos de casamento me atrevi a olhar para outras mulheres e muito menos trata-la com falta de respeito. O que mais uma mulher pode querer? Ele começou se justificando.
— Companheirismo, atenção, coisas que o dinheiro não pode comprar. Esme revidou séria.
— Sim, eu fico pouco tempo em casa, mas isso é por que eu preciso dar duro todos os dias para manter esta familia.
— Tem certeza que é este o motivo pelo qual você trabalha tanto?
— Esta ficando tarde. Eu preciso me arrumar para o trabalho. Falou se levantando, incomodado com o rumo da conversa.
— Edward. A mãe chamou levantando-se tambem, e ele parou ainda de costas para ela. _ Desde que você saiu de casa, anos atras quando a Bella ficou gravida, você mudou. Sei que tem se esforçado e trabalhado muito para mostrar ao seu pai que pode faze-lo. Você é bem sucedido agora filho, conseguiu provar seu ponto. Mas vale a pena perder sua familia por causa disso? Presentes, joias, brinquedos caros são apenas isso, coisas. Não podem suprir a sua presença. Nada pode suprir a falta que você faz a esta familia. Falou calma, porem firme.
— Então, eu devo simplesmente esquecer minhas obrigações, meu trabalho, tudo, só para ficar aqui? Revidou contrariado se voltando para ela e Esme suspirou.
— Não se faça de desentendido comigo Edward. Sabe muito bem do que eu estou falando. Precisa encontrar uma maneira de nivelar sua vida profissional e pessoal. Esme respondeu firme e ele respirou fundo. _ Filho, pense nisso. Não vim aqui para julgar você, não veja desta maneira, por favor. Pediu se aproximando dele. _ Não ha uma maneira de voltar atras? De desfazer isso? Você vai mesmo deixar seu casamento acabar assim?
— Isabella esta firme na decisão do divorcio, não sei o que eu posso fazer para que ela mude de ideia. Admitiu.
— A primeira mudança Edward, é aquela que fazemos em nós mesmos. É a mais importante de todas. O resto, vai se alinhando.
Edward analisou por um momento as palavras da mãe.
— Não é tão facil assim, ela não acredita mais em mim.
— Então prove com gestos. Atitudes podem muito mais do que palavras. Mostre a ela que você a ama, que ama sua familia, seus filhos. Mostre que eles serão prioridades em sua vida. Esme aconselhou. _ Edward uma hora ou outra, você vai precisar esquecer as palavras do seu pai e perdoa-lo. Já se passaram anos, isso precisa ter um fim.
— Obrigado por se preocupar e por vir ate aqui. Mas não se preocupe tanto.
— Pedir para uma mãe não se preocupar com um filho é algo impossivel. Ela disse o olhando com carinho e um sorriso no rosto. _ Me retribua a visita qualquer dia desses, que tal? Todos vocês. Pontuou e Edward sorriu.
— Eu vou tentar.
— Tentar não basta. Vai conseguir. Ela falou e ele acenou concordando. _ Agora, enquanto você se arruma, eu preparar um café reforçado. Aposto que só anda comendo besteiras por ai.
— Não precisa se incomodar mãe, eu como alguma coisa na lanchonete do Hospital. Ele disse, mas ela ja estava se movendo pela cozinha.
— De jeito nenhum. Eu já estou aqui, não me custa nada fazer isso. Falou e Edward sorriu, se dando conta do quanto quanto sentia falta da dela.
— Obrigado mãe. Se aproximou a abraçando e ela sorriu retribuindo o abraço.
— Anda logo senão vai se atrasar. Mandou se concentrando na omelete que preparava. _ A proposito, pode me dar uma carona até a estação a caminho do Hospital?
— Claro. Eu não demoro.
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— Bella corre aqui. Você precisa ver isso. Renne chamou e Bella entrou na sala no mesmo momento.
— O que é mãe?
GOVERNADOR DO ESTADO DECLARA "ESTADO DE ALERTA" Escolas, parques, museus e outros tipos de Comercio com aglomerações estão sendo fechados.
As letras garrafais no Noticiário da manhã a deixaram em alerta.
— Ele estava certo afinal. Isabella murmurou.
— O que? Seu pai perguntou sentando-se no sofá.
— Edward disse que isso aconteceria. Por isso, ele insistiu que viéssemos. Meu Deus, realmente aconteceu.
— Como pode ser isso? Charlie perguntou e Bella aumentou o som da televisão ouvindo a transmissão.
A ordem do Governo é: Fique em casa. Esta manha, o Governo determinou que para evitar proliferação do virus, todos deverão permanecer em suas casas até que este virus seja contido. O Governo então salienta que não ha motivos para Panicos. Comércios como Padarias e supermercados permanecerão abertos, assim como todos os Hospitais que estão sendo estruturados para receber pacientes suspeitos com o Virus.

— Meu Deus mãe. Eu preciso ligar para o Edward.
— Faça isso. Rene falou.
Isabella tentou respirar fundo e controlar a ansiedade ouvindo o telefone chamar.
— Edward. Graças a Deus você atendeu.
— Eu estava no banho. O que foi? Aconteceu alguma coisa? Vocês estão bem? Perguntou calçando os sapatos.
— Sim, estamos. Mas, Edward você viu? Esta nos noticiários, o que você falou sobre o virus.
— Ainda não vi. Mas até que demorou a sair na impressa, tivemos mais casos no Hospital.
— Como isso é possivel? Ela perguntou abismada. _ Pelo que estão dizendo, é um tipo de virus praticamente invisivel.
— É verdade. Em alguns casos ele ataca silenciosamente. Em outros causa muita febre, falta de ar, ainda estamos tentando entender como ele funciona...
— Bella. O grito da mãe ecoou em seus ouvidos e ela girou o corpo em direção ao sofá.
Em um milesimo de segundo, ela viu sua mãe correr para segurar o neto. Ela viu Charlie levantar e pega-lo nos braços.
Em um milesimo de segundo, ela viu a expressão horrorizada do filho ficando vermelho ao tentar respirar e não conseguir.
— Theo. Gritou de volta, se aproximando, esquecendo o celular.
— Ele não consegue respirar. Charlie falou o segurando. _ Vamos ao Hospital. Rapido.
— Theo, respira filho. Isabella falou alarmada.
— Vem Lavinia. Rene falou pegando pela mão.
— Vovó, o que foi? O que esta acontecendo com meu irmão? Lavinia perguntou assustada enquanto abraçava a avó.
— Eu não sei querida, mas ele vai ficar bem, não chore. Pediu tentando acalma-la.
— Mais rapido pai, ele não consegue respirar. Bella falou assutada segurando o filho tentando ajuda-lo. _ Theo, filho, devagar, respira. Pediu tentando ajuda-lo.
— Estamos quase la. Charlie garantiu sem tirar os olhos da estrada ou poderia causar um acidente de tão rapido que dirigia.
— Theo... gritou notando os labios azulados e o rosto perder a cor.
— Vovó, eu estou com medo. Lavinia chorou ainda mais.
— Tudo bem meu amor, vai ficar tudo bem. Rene falou com a voz tão assustada quanto a da neta.
..........................

— Bella? Bella? Alo... Olhou o celular franzindo o cenho. Preocupado, discou novamente praguejando quando mais uma vez a ligação caiu na caixa postal.
Alcançando um casaco no Guarda roupa, desceu as escadas voltando a tentar falar com ela.
— Droga. Esbravejou e sua mãe o olhou.
— O que foi?
— Eu estava falando com a Bella e de repente a ligação caiu.
— Tenta ligar de novo. Vai ver ela ficou sem sinal.
— É, estou tentando e nada. Disse preocupado.
— Por não liga para os pais dela? Você tem o numero deles, não tem?
— É, tenho sim. Por que não pensei nisso antes? Falou buscando o contato de Renne no celular.
— Edward...
— Renne? Oi, eu estava falando com a Bella, a ligação caiu...
— Edward, nós estamos no Hospital. Renne falou. _ É o Theo. Ele não esta bem...
— O que ele tem Renne? Edward perguntou sentindo o coração acelerar.
— Eu não sei direito. Mas de repente ele estava passando mal, sem conseguir respirar. Nós corremos para cá, ele esta sendo atendido na emergência, a Bella esta com ele.
— Ele tem asma. Deve ter tido uma crise. Edward falou tentando não se apavorar. Ele era medico, treinado a manter a calma quando todos a sua volta se apavoravam, ainda assim era dificil em um momento como este. _ Ele esta bem agora? Sabe me dizer?
— Eu não sei Edward. Mas não parecia uma crise comum de asma. O Theo, ele... Rene parou não conseguindo concluir, começando a chorar e Charlie pegou o celular de suas mãos.
— Por favor, Renne, tente ficar calma. Edward pediu.
— Seu filho esta no Hospital. Você vem ou não?
— Charlie, como ele esta?
— Precisando de você aqui. Nós estamos no Hospital Geral da Cidade, caso resolva vir. Charlie falou desligando em seguida.
— Charlie, Charlie. Desligou. Constatou olhando o celular.
— O que aconteceu Edward? Esme perguntou se aproximando e Edward a olhou, lembrando que não estava sozinho.
— Theo teve uma crise de asma. Respondeu com uma ideia formando em sua cabeça. _ Mãe, eu preciso ir. Pode não ser nada grave, eu acho que não é, mas é melhor eu ir ver como ele esta.
— Claro, claro. Vá. Eu vou terminar aqui e deixo a chave no lugar de costume.
— Obrigado mãe. Ele disse beijando o topo da cabeça dela e subindo as escadas de dois em dois degraus.
Alcançando uma mochila, colocou alguns pares de roupas e calçados, e desceu apressado.
— Tchau filho. Me manda noticias. Esme falou tentando não se afligir.
— Vou fazer isso. Garantiu ja na porta da sala.


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