Saint Seiya - Saga de Hades: Reboot escrita por Ítalo Santana


Capítulo 3
Capítulo 03: Rosas Infernais


Notas iniciais do capítulo

Máscara da Morte e Afrodite tentam atravessar as Doze Casas, mas Mu, que está disposto a não deixar seus inimigos passarem, ergue uma poderosa muralha cristalina que repele tudo. No cemitério dos cavaleiros, Shina, Jabu e os outros cavaleiros de bronze testemunham a ressurreição de um antigo companheiro. As trevas do Submundo se espalham pelas terras do Santuário maculando tudo.



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Capítulo 03 – Rosas infernais


Cemitério do Santuário de Atena – Grécia

O cemitério dos cavaleiros fica localizado no sopé da montanha do Santuário, na região leste mais distante. É um terreno de inclinação íngreme coberto de flores e gramas, e repleto de lápides enfileiradas em volumes de terra. O local geralmente é silencioso. Um lugar de paz e descanso para os defensores de Atena.

Mas naquela noite houve uma exceção. A quietude foi quebrada e o cemitério se tornou o epicentro de todo mal. Alguns túmulos estavam revirados e algumas lápides haviam sido rachadas no meio.

Uma descarga elétrica de cor purpura percorreu todo o terreno rasgando o solo e iluminou a região. Shina, a amazona de prata de Ophiuco, estava enfrentando três figuras encapuzadas que haviam acabado de sair dos túmulos e avançado contra ela e os soldados rasos.

Um dos invasores encapuzados atacou, disparando um turbilhão de fogo que consumia tudo em seu caminho e deixava um rastro de destruição como se fosse uma cicatriz escura na terra. Durante o avanço, um grupo de soldados acabou ficando no caminho. Antes mesmo das chamas engolirem eles, o calor emanado pelo turbilhão fez a pele deles ferver e borbulhar. Um grito estridente rasgou pela garganta e eles foram tomados pelas chamas. Os músculos derreteram e deslizaram pelos ossos, que estralavam e rachavam. E os olhos se dissolveram em uma massa branca que escorreu pela órbita vazia. Em segundos eles foram transformados em cinzas.

 As chamas então se ergueram em uma coluna e avançaram contra a amazona de prata. Shina por um momento ficou paralisada por causa da morte dos soldados e por reconhecer aquela técnica.

Impossível! — pensou ela. — Será que esses encapuzados são...

— Shina!! — gritou um soldado, que corria em direção a ele.

Despertando dos seus questionamentos, Shina elevou o cosmo e atacou.

— Não importa quem seja!! Receba... Garras do Trovão!!

Shina disparou o seu golpe, e uma descarga elétrica atravessou as colunas de chama e a dissiparam. Com o caminho agora livre, a amazona de prata avançou com suas unhas afiadas envolvidas em raios e as cravou no peito do oponente. A carga elétrica percorreu todo o corpo do inimigo, perfurando-o e atravessando seu corpo.

O manto escuro foi rasgado, e diante de Shina foi revelado o corpo cadavérico do antigo Cavaleiro de Prata de Centauro, Babel, trajando uma armadura obscura semelhante à de Centauro. O corpo tombou e se desfez em cinzas, e o traje sumiu como se fundisse com as trevas.

— Se ele era o Babel... — Shina virou-se a tempo de ver os outros dois invasores avançando. — Então vocês dois são... Mouses e Asterion?!

— Ataque Explosivo de Leão Menor!! — gritou Ban, atacando atrás dos encapuzados.

Um cosmo ardente e violento transpassou os antigos cavaleiros de prata e explodiu seus corpos, restando apenas cinzas.

— Shina, você está bem? — perguntou Geki de Urso, se aproximando acompanhado por Ban de Leão Menor.

— Como foi que essa loucura começou? — perguntou Ban. — O que aconteceu aqui no cemitério? De repente vários inimigos encapuzados invadiram a montanha e isso aqui virou um inferno.

Geki se abaixou e ergueu uma lápide que havia tombado. Nela estava escrito “Jamian – Prata – Corvo”. E no lugar do túmulo havia uma cova aberta.

— Quem violaria o terreno sagrado onde repousam os cavaleiros? — perguntou o cavaleiro de bronze de Urso. — Por que roubariam o cadáver de um cavaleiro?

— Você está enganado, Geki. — disse Shina, ainda surpresa, caminhando entre os túmulos e averiguando os que haviam sido violados. — Ninguém está roubando o cadáver dos cavaleiros. Esses túmulos não foram desenterrados. Parece que foram forçados, mas por dentro. Parece... Parece mais que eles quiseram sair das tumbas.

Shina parou diante do túmulo de Misty.

— Então é isso mesmo? — perguntou Jabu, se aproximando acompanhado por Ichi de Hidra e Nachi de Lobo — Esses encapuzados que estamos enfrentando... Os cavaleiros voltaram a vida?

— Mas isso é impossível! — disse Ban. — Os corpos estão saindo do cemitério por vontade própria?!

— Não é impossível. — respondeu Shina. — Aquele invasor que eu derrotei... Era o Babel.

— Nachi derrotou o Misty. — disse Ichi .

— Mas Shina, quem poderia trazer os cavaleiros mortos de volta a vida? — perguntou Ban.

— Existe alguém que é capaz de fazer isso. — disse ela. — E ele é aquele que controla o deus da morte e governa o Mundo dos Mortos.

Os cavaleiros de bronze ficaram espantados. Havia um deus específico que se encaixava naquela descrição.

— Senhorita Shina! Senhor Jabu!! — gritou um soldado, correndo em direção a eles. — Vocês precisam ver isso!!

Shina, Jabu e os outros correram até o centro do cemitério, onde avistaram um fenômeno intrigante. A lápide de um dos túmulos estava se movendo e a terra ao redor dela começou a se revirar e tremer.

Uma mão esquelética rompeu do volume de terra e abriu caminho para o resto do corpo poder sair. Na medida em que o cadáver deslizava para fora do túmulo, músculos e nervosos iam se formando novamente ao redor dos seus ossos, dando forma ao corpo. No céu, a escuridão da noite desceu rodopiando como um manto negro envolvido por um cosmo roxo e cobriu o corpo do cadáver. A luz fantasmagórica envolveu o antigo cavaleiro, e um traje obscuro começou a se materializar. Era uma replica de uma das 88 armaduras de Atena.

Shina e os outros estavam presenciando o processo de ressurreição dos cavaleiros mortos.

— Então é assim que eles voltam a vida? — perguntou Nachi.

— Eu já vi aquela armadura antes. — disse Jabu. — Foi na batalha das doze casas. Havia um cavaleiro morto na escadaria que dá acesso a Casa de Áries, e ele estava trajando essa armadura!! E ele era...

— Sim, é ele. O cavaleiro que desferiu uma flecha dourada no peito da deusa Atena. — disse Shina, elevando seu cosmo. — Ptolemy de Sagita! Mais um cavaleiro foi revivido. Isso é uma contínua falta de respeito...

Shina concentrou cosmo em seu punho e disparou uma rajada envolvida por uma descarga elétrica purpura. O golpe atravessou o cadáver de Ptolemy, interrompendo o processo e fazendo o corpo do antigo cavaleiro se tornar cinzas.

— Shina... O que devemos fazer? — perguntou Jabu.

A amazona de prata olhou para trás e avistou os túmulos dos cavaleiros de ouro mortos. Todos ainda estavam intactos.

— Queimem esse cemitério! — ordenou ela.

— Mas Shina... — protestou Ichi.

— Queimem antes que seja tarde demais!! — reforçou ela. — O solo desse cemitério está maculado. Hades corrompeu o sagrado descanso dos nossos companheiros. Os cavaleiros vão continuar regressando dos mortos de um por um. Temos que parar com isso antes que eles também voltem a vida. — disse ela virando-se para o túmulo de Saga, Afrodite e dos outros cavaleiros de ouro mortos na batalha das doze casas. — Se aqueles, que no passado se encheram de glórias por serem os mais fortes entre os cavaleiros, regressarem a vida como nossos inimigos... Não poderemos fazer nada. Eu temo que o Santuário esteja condenado. Seremos destruídos, mas por dentro.

— Você tem razão, Shina. — disse Jabu. — Ban...

O cosmo de Ban se elevou, e o cavaleiro de bronze invocou chamas na palma de sua mão.

Shina deu as costas e andou em direção a saída do cemitério.

— Guardas! — chamou Shina. — Vão até o Vilarejo de Rodório e procurem Marin e June de Camaleão. Comuniquem a elas o que houve aqui. O nosso inimigo é o Imperador Hades!

—...—


Casa de Áries – Santuário, Grécia

— Em troca de novas vidas... Vocês se rebaixaram para serem súditos de Hades e vieram tomar a vida de Atena?! Vocês são uma desonra para os cavaleiros! — bravejou Mu, contra os renegados — Algo desse tipo eu poderia esperar vindo de alguém como você, Máscara da Morte, mas você Afrodite... Eu lhe julguei mal!! Onde está a dignidade que um dia fez de vocês defensores de Atena?!

— Ora, cale a boca!! — gritou Máscara da Morte. — Alguém como você, que ainda desfruta confortavelmente da vida, nunca conseguirá entender o terror que é a morte!!

O antigo Cavaleiro de Câncer rasgou o manto que lhe cobria, revelando um traje semelhante à armadura de ouro de câncer. Em seguida Afrodite seguiu os passos do companheiro e removeu o manto, revelando um traje similar à armadura de ouro de peixes.

— O quê?! — disse Mu, surpreso ao ver os trajes. — Mas... Essas são... São as armaduras de ouro de Peixes e Câncer!! Mas essa coloração...

Afrodite sorriu.

— Você é um reparador de armaduras, Mu. Olhe com mais atenção e você verá que está enganado.

 Afrodite tem razão. — pensou Mu. — Por um momento eu achei que as armaduras de ouro tivessem sido maculadas, mas... Apesar da aparência semelhante, essas armaduras são escuras e fantasmagóricas. Elas brilham como se fossem feitas com os diamantes do mundo dos mortos. 

— Como já deve ter notado, Mu... — disse Máscara da Morte. — Essas não são as armaduras de ouro. Essas armaduras do mundo dos mortos são conhecidas como Surplices. É a prova de que somos Espectros! Soldados das trevas, leais a Hades!

— Agora saia do nosso caminho, Mu! — disse Afrodite.

— Você sabe que eu não vou fazer isso. — disse Mu.

— Por acaso não quer cumprir as ordens de sua Excelência? — perguntou o homem encapuzado.

O cosmo dourado de Mu se elevou.

— É verdade que eu não sou capaz de ir contra as ordens de Vossa Excelência... — disse ele. — O senhor é meu mestre, e eu lhe devo obediência. Mas vocês acham que também gozam do mesmo privilégio? — perguntou Mu, para Afrodite e Máscara da Morte.

Em resposta a Mu, o cosmo de Afrodite se elevou e a quantidade de pétalas vermelhas flutuando no ar aumentou consideravelmente.

— Eu sei que você é mais sensato que isso, Mu. — disse Afrodite. — Apesar de você ser bastante poderoso e ser também um dos Cavaleiros de Ouro mais habilidoso dessa geração, devo lhe lembrar que você está diante de dois inimigos que ainda conservam o poder de um Cavaleiro de Ouro. E você também sabe que a luta entre dois Cavaleiros de Ouro é bastante acirrada.

— Mil dias... — disse Mu.

— Ou a destruição de ambos. — completou Máscara da Morte.

— Então, querer enfrentar nós dois... — continuou Afrodite. — Ao mesmo tempo... É tolice. Não há chance alguma de você vencer. E não ache que eu estou me preocupando com a sua vida. Apenas estou levando em consideração porque você está diante de Vossa Excelência.

O cosmo de Mu se intensificou e ele abriu os braços.

— Não perca seu tempo com isso, Afrodite. Eu, Mu de Áries, protegerei essa casa com a minha vida!!

— Então é certo que você morrerá nesta noite. — disse o antigo cavaleiro de peixes.

Perdendo a paciência, Máscara da Morte elevou seu cosmo e avançou contra Mu.

— Chega de conversa!! Se ele não quer nos deixar passar, então passaremos a força!! — gritou ele. — Morra Mu! Mandarei você de corpo e alma para a entrada do mundo dos mortos!! Ondas do inferno!!

O cosmo obscuro de Máscara da Morte rodopiou em seu braço direito e se concentrou na ponta do seu dedo antes de ser disparado como uma rajada de cosmo em espiral.

— Muralha de Cristal!! — gritou Mu, erguendo diante dele uma parede cristalina que emitia um brilho dourado.

— Não adianta, Mu! Meu golpe lhe alcançará e lhe dará uma passagem só de ida para o Yomotsu!

Do outro lado da muralha, Mu deu um singelo sorriso.

— Será?!

As Ondas do Inferno atingiram a muralha com um grande impacto e por um momento a muralha oscilou, como se fosse quebrar, mas para a surpresa de Máscara da Morte a muralha brilhou com mais intensidade e repeliu o ataque. As ondas infernais foram lançadas contra o antigo Cavaleiro de Câncer na forma de inúmeras rajadas cósmicas.

Pego de surpresa, Máscara da Morte foi atingido em cheio e foi arremessado contra um pilar.

— As Ondas do Inferno foram... repelidas. — disse ele se levantando enquanto limpava o sangue que escorria de sua boca. — Eu não acredito! Isso é... Impossível. Toda a potência do meu ataque voltou-se contra mim e quase tive minha alma arrancada. 

— Eu avisei. — disse Mu. — Não deixarei que passem dessa casa. E entendam que é impossível destruir essa parede de cristal.

— Está blefando. — disse Máscara da morte.

— Se atacar esse escudo, os seus golpes irão se voltar contra você. Por mais poderoso que seja o ataque, ele é devolvido ao agressor... Que acaba se ferindo.

— Mas não importa quantas vezes eu tenha que atacar, irei quebrar essa sua defesa e te matar!!

Máscara da Morte elevou o cosmo e se preparou para atacar, mas Afrodite fez sinal para que ele não agisse.

— Espere, Máscara da morte. — disse Afrodite, paciente. — Eu me encarregarei de destruir essa mísera técnica de Mu. — o cosmo de Afrodite se elevou, e a rosa vermelha que ele trazia em sua mão se tornou azul. — Com as rosas azuis que perfuram tudo aquilo que estiver em seu caminho... Rosas Adagas¹!!

Afrodite lançou a rosa azul que ele segurava na mão e em seguida centenas de rosas surgiram em um violento disparo em direção a Muralha de Cristal.

— Rosas azuis?! — disse Mu. — É inútil! Você é quem terá o seu corpo perfurado, Afrodite!!

— Não seja prepotente, Mu!! Essas rosas azuis possuem a capacidade de atravessar até mesmo a defesa resistente de uma armadura de ouro!! Ou por acaso você acha que essa sua mísera parede de cristal... — As rosas azuis atingiram a muralha de cristal e a transpassaram como se fossem adagas afiadas. — É mais resistente que as sagradas armaduras de ouro?!!

A muralha começou a trincar e a se despedaçar. Aproveitando a vulnerabilidade da defesa, Afrodite invocou uma rosa negra em sua mão e a disparou. Ao receber o toque da Rosa Piranha, a muralha de cristal explodiu em pedaços, arrastando Mu para trás.

— Im-Impossivel!! — disse Mu, surpreso.

— Desista, Mu. — disse o homem encapuzado. — Tudo o que você está fazendo será visto como uma traição contra mim. Se você se opõe a eles, se opõe a mim.

O cosmo de Mu voltou a se elevar, e na palma da sua mão surgiu o elmo de sua armadura.

— Não importa quantas vezes seja necessário... — disse Mu, colocando o elmo em sua cabeça e em seguida abriu os braços, materializando novamente a Muralha de Cristal. — Eu seguirei cumprindo o meu dever!! Espectro nenhum avançará por esta casa!!

— Desfaça essa muralha! — ordenou o encapuzado elevando o cosmo. — Se não fizer por vontade própria... Terei que desfazê-la por você! Por acaso acredita que uma técnica desse nível... Pode me deter?!

Ondas de cosmo foram emitidas em direção a muralha e mais uma vez ela rachou e se espatifou em pedaços.

— Sua defesa já foi superada. — disse ele. — Afrodite! Máscara da Morte! Chega de perder tempo aqui com Mu. Subam as doze casas, matem os cavaleiros que vocês encontrarem no caminho e arranquem a cabeça de Atena!

— Sim, senhor. — disse Máscara da Morte.

Os dois renegados fizeram reverência e correram em direção ao interior da casa de Áries, mas para a surpresa de ambos, Mu se teletransportou e surgiu diante deles.

— Já disse que não permitirei o avanço de vocês!! — gritou.

— Saia da nossa frente!! — gritou Máscara da Morte.

O antigo cavaleiro de câncer cerrou o punho a aplicou um soco no abdômen de Mu. O ariano se curvou cuspindo sangue e foi arremessado para trás rasgando o solo.

— Eu fui encarregado da missão de proteger a Casa de Áries de quaisquer invasores. — disse Mu, se equilibrando e tomando impulso para em seguida avançar. — Ordem de Atena! — disse ele, firme. — Então não os deixarei passar. Nem que isso custe a minha vida.

— Acabe logo com isso, Máscara da Morte. — disse Afrodite.

— Está bem. Mu... Terei o maior prazer de te matar.

Se movendo na velocidade da luz, Máscara da morte partiu para cima de Mu. Os punhos dos dois cavaleiros se encontraram no meio do percurso, propagando um forte deslocamento de cosmo e lançando ambos para trás devido ao impacto.

Apesar do aspecto sereno, Mu estava disposto a entrar em uma luta corpo a corpo com Máscara da Morte. O guardião da primeira casa partiu para o ataque novamente. Evitando mais uma colisão direta, o antigo Cavaleiro de Câncer saltou, desviando da rajada cósmica lançada pelo punho de Mu, e pousou girando seu corpo e aplicando uma sequência de chutes.

Mu se esquivou de alguns golpes, e contra-atacou outros, mas Máscara da Morte era um pouco mais ágil. Suas habilidades de luta corporal eram mais aguçadas do que a do ariano.

Mu então saltou e aplicou um chute duplo no peito do renegado, jogando-o contra a parede da casa de Áries. O impacto fez Máscara da Morte cuspir sangue e seu elmo foi arrancado. Em pé mais uma vez, o cosmo do renegado se elevou e ele disparou na velocidade da luz contra Mu.

Máscara da Morte aplicou um soco. Mu desviou e contra-atacou, mas o antigo Cavaleiro de Câncer se abaixou desviando do punho dourado e subiu em seguida com um soco no queixo do Cavaleiro de Áries, arrancando o elmo dourado e o fazendo cambalear para trás.

Aproveitando que Mu estava desestabilizado, Máscara da Morte girou e aplicou um chute no rosto do dourado, e em seguida aplicou uma sequência de socos na velocidade da luz.

— Eles entraram em uma guerra de Mil dias. — disse o encapuzado.

Mu então se teletransportou, cruzando dimensões paralelas para surgir em um ponto cego de Máscara da Morte, mas para sua surpresa, o renegado o acompanhou na habilidade psíquica, pois apesar de Mu ser o mais habilidoso em técnicas extrassensoriais, Máscara da Morte também possui um excelente domínio dessa habilidade, podendo se locomover através de teletransportes e fendas dimensionais.

Vendo seu perseguidor logo atrás, Mu girou e aplicou uma joelhada no abdômen de Máscara da Morte, fazendo o renegado se curvar para frente e em seguida ser arremessado para fora da dimensão. De volta a realidade, o servo de Hades avançou e aplicou um chute, mas Mu cruzou os braços diante do rosto para se proteger do golpe e da sequência de socos que o renegado aplicou em seguida. Máscara da morte tentou aplicou um ataque no peito do ariano, mas o Cavaleiro de Ouro bloqueou o punho do renegado e segurou em seu braço, aplicando socos consecutivos na barriga do espectro.

Com o outro braço livre, Máscara da Morte concentrou cosmo na ponta do dedo e se preparou para aplicar sua técnica secreta. Mu ficou preocupado. Caso fosse pego pelo golpe, a luta seria encerrada ali, mas para alívio do ariano, Máscara da Morte foi interrompido por uma chuva de Meteoros.

Mu saltou para trás, para sair da trajetória do golpe. Pego de surpresa, Máscara da Morte ainda recebeu alguns socos, mas em seguida ele recuperou o equilíbrio e desviou dos punhos do novo inimigo, se movendo na velocidade da luz.

— Quem foi o desgraçado que interferiu?! — gritou o renegado, furioso.

— Esse cosmo... — pensou Mu, virando-se para olhar o recém chegado.

Era um jovem de cabelos e olhos castanhos, usava camisa vermelha e calça clara, e trazia em suas costas a urna da armadura de bronze de Pégaso.

— Seiya!! — disse Mu.

— Mu! O que está acontecendo aqui?! — perguntou Seiya, saltando de cima do muro e pousando ao lado do Cavaleiro de Áries. — Como alguém poderoso como você pode estar apanhando tanto e sendo encurralado em uma luta?

Mu mirou seus olhos para os renegados.

— Não dê as costas para os seus inimigos, Seiya. — disse Mu, em tom de alerta.

Seiya virou-se e ficou surpreso ao se deparar com os antigos Cavaleiros de Peixes e Câncer.

— Afrodite?! Máscara da Morte?! Mas... Impossível! Vocês tinham morrido!! Como podem estar aqui?! Mu... Eles são fantasmas?

— Não, não são fantasmas. Agora eles são espectros, guerreiros de Hades, o Imperador do Inferno!!

Seiya arregalou os olhos.

— Es-Espectros?! Eles... Eles se rebaixaram a súditos de Hades?!

— Exatamente! Como você já deve saber, Hades é o verdadeiro inimigo que Atena deve vencer. Há 243 anos atrás, Atena e seus cavaleiros lutaram para deter os planos de Hades, que pretendia lançar a Terra na escuridão e no medo total. Foi uma guerra longa e sangrenta. Contudo, Atena conseguiu selar Hades e seus planos malignos durante essa guerra santa. Porém, o efeito desse selo terminou, e  como consequência, Hades renasceu para tentar uma vez mais acabar com Atena e a humanidade.

— Então foi por causa disso que nem todos os Cavaleiros de Ouro puderam se ausentar das doze casas durante a guerra contra Poseidon... Vocês tinham que proteger o Santuário. Até cheguei a duvidar do Mestre Ancião na época, mas...

— O que veio fazer aqui no Santuário, Seiya? — perguntou Mu, interrompendo. — Achei que ainda estivesse se recuperando.

— Hyoga, Shiryu e eu sentimos uma estranha energia cósmica no Santuário e pensamos que Atena pudesse estar em perigo.

— O-O quê?! Os outros dois também...

— Eles ficaram para trás, ajudando Marin e June no vilarejo. Havia encapuzados tentando atacar os aldeões. Logo estarão aqui. — Seiya olhou para os renegados. — Mas Mu, me explique, porque esses dois...

— Hades reviveu alguns cavaleiros ofertando uma nova vida em troca da cabeça de Atena. — explicou Mu.

— Eu... Eu não acredito que vocês dois se venderam dessa forma. — disse Seiya, furioso. — Afrodite! Você lutou e morreu por Atena no Templo de Poseidon... Como pode trai-la dessa forma?!

— Você fala demais, Pégaso! — disse Afrodite.

— Você disse... Pégaso?! — perguntou o encapuzado, dando alguns passos a frente.

Seiya não havia notado a presença do inimigo. Era como se ele estivesse oculto pela escuridão da noite até se mover.

— Quem é ele? — perguntou o cavaleiro de bronze.

— Para trás, Seiya. — disse Mu, ficando na frente do Cavaleiro de Pégaso.

— Agora temos duas cabeças para serem arrancadas. — disse o encapuzado. — Cedo ou tarde receberíamos ordens para matá-lo também. Então... Matem o Pégaso!!

Afrodite preparou sua rosa branca, mas Máscara da Morte segurou o braço do amigo e elevou o cosmo.

— Não precisa preparar sua técnica mais poderosa para dar cabo de um sujeito como esse. — disse o antigo guardião da casa de câncer.

— Seiya, preste atenção. Vista sua armadura e suba as doze casas. Vá até Atena e avise aos Cavaleiros de Ouro... Nossos inimigos são nossos antigos companheiros.

— Não, Mu! Eu posso ficar e lutar ao seu lado. Seria dois contra dois.

Máscara da Morte gargalhou.

— O que foi você que disse, rapaz? Está nos igualando a você?! Posso sentir... Você nem conseguiu controlar o sétimo sentido ainda, Seiya. Acha mesmo que milagres como aqueles nas doze casas vão continuar se repetindo sempre que você resolver lutar?

— Seiya, não insista. — disse Mu. — Eu já disse que...

— Deixe-o Mu. — disse Máscara da Morte. — Ele quer ser útil antes de morrer.

Afrodite então desfez a rosa branca e materializou uma rosa vermelha.

— Já que você vai assumir a luta, Máscara da Morte, eu vou seguir em frente. Mate o Pégaso. Eu cuido de Atena. — disse o antigo Cavaleiro de Peixes.

— Não está se esquecendo de nada, Afrodite? — perguntou Mu. — Eu ainda estou aqui e não pretendo...

— Sim, eu sei. Você não vai me deixar passar. — disse Afrodite. — Mas você não vai ter escolha. Mu... Você já reparou na quantidade de pétalas vermelhas que estão flutuando nessa região?

Mu olhou ao redor e só então ele deu importância para aquele cenário coberto de pétalas vermelhas no ar. Elas surgiram desde o momento em que Afrodite se apresentou, mas o número delas agora estava bem maior, e o perfume também estava mais forte. E foi ai que Mu se repreendeu. Ele prendeu a respiração e levou a mão ao nariz, olhando assustado para Afrodite. Mas ele ainda sentia a fragrância doce em suas narinas.

O vento soprou forte, e com ele veio uma lufada forte de perfume. Propositalmente a quantidade de pétalas também aumentou. Caminhando calmamente em direção ao Cavaleiro de Áries, Afrodite parecia apreciar o desespero de Mu que continuava tentando não respirar.

— Não adianta. E você sabe disso. Também não adianta erguer a Muralha de Cristal para se proteger do veneno agora. — disse Afrodite. — Eu sei o quanto você é habilidoso, Mu. Eu lhe disse isso. Eu não seria imprudente de enfrentar um homem como você sem me prevenir. Por isso lancei o veneno das rosas diabólicas desde o início, e graças a isso você já inalou tanto pólen quanto possa imaginar. Seus poros e sua armadura estão repletos também.

— Mu... — disse Seiya, preocupado, lembrando do dia em que caiu sem forças depois de entrar em contato com as rosas diabólicas.

— Se eu inalei o veneno desde o início, então por que...

— Você ainda está em pé?! Eu também lhe avisei... Não estou tentando poupar a sua vida, mas por respeito a Vossa Excelência, eu preferi não matar você de imediato. Mas agora preciso passar e você não pode ficar no meu caminho. — o cosmo de Afrodite se elevou, e ele levou a rosa vermelha em sua mão até encostá-la na boca. — Ativar veneno... Rosas Diabólicas Reais. — disse sussurrando para a rosa.

Imediatamente o corpo de Mu tremeu e ele caiu de joelhos, sem forças. Seus sentidos estavam ficando fracos e seu corpo estava sendo envolvido por uma bruma vermelha que lhe provocava uma forte vontade de dormir.

— O seu erro, assim como o da maioria dos meus oponentes... — disse Afrodite. — É menosprezar minhas rosas, ou até mesmo uma simples pétala voando, enquanto lutam comigo. Agora Mu... Eu seguirei em frente. Sei que a privação dos sentidos pode acabar provocando um acúmulo de cosmo e consequentemente aumentando seu poder, mas... A sonolência da fragrância vai lhe arrastar para um sono profundo antes que isso aconteça.

Deixando cair a rosa vermelha diante de Mu, Afrodite correu em direção a casa de Áries e entrou, sumindo em seguida no interior da casa. Rumo ao segundo templo zodiacal.

— Mu! — gritou Seiya, correndo para ajudar o amigo. — Mu, você está bem?!

— Deixe-me, Seiya!! Siga o Afrodite. Eu dou conta do Máscara da Morte.

— Não diga besteiras, Mu! — disse o renegado. — Você quase não tem forças para se levantar. Acabarei com vocês dois agora mesmo.

— Então venha Máscara da Morte!! — disse Seiya, elevando seu cosmo. — Eu vou...

Seiya não teve tempo de concluir sua frase. Máscara da Morte se moveu na velocidade da luz, deixando um rastro de cosmo fantasmagórico, e aplicou um soco no abdômen de Seiya, fazendo o cavaleiro de bronze se curvar para frente com os olhos arregalados cuspindo sangue.

— Silêncio!! — gritou Máscara da Morte. — Você vai o quê, rapaz?! Primeiro você me atrapalha, e agora fica se achando capaz de lutar de igual para igual comigo. Cale-se de uma vez!!

Seiya caiu no chão e Máscara da Morte aproveitou para aplicar uma sequência de chutes nas costas do cavaleiro de Pégaso. A força aplicada era tanta, que cada impacto gerava uma onda de cosmo que pressionava Seiya contra o chão e abria uma cratera, afundando-o cada vez mais.

— O papel de vocês, cavaleiros de bronze, já acabou. — disse o antigo cavaleiro de câncer, ainda golpeando Seiya. — Você teve a oportunidade de ficar longe do Santuário e estender o tempo da sua desprezível vida, mas você desperdiçou. Já que quer ficar aqui, eu vou eliminar você!!!

— Seiya... — disse Mu, sem forçar ainda de joelhos.

Máscara da Morte saltou e concentrou cosmo na ponta do seu pé, intensificando o poder do seu chute, e desceu disposto a atravessar o corpo de Seiya e enterrá-lo de uma vez por todas no solo do Santuário.

Mu tentou se levantar para interferir, mas para a surpresa de todos, o cosmo de Seiya explodiu de dentro da cratera repelindo Máscara da Morte contra um pilar. O renegado se chocou em cheio contra a estrutura e caiu em seguida.

— Não vai ser um espectro como você que vai me dizer o que fazer! — disse Seiya se erguendo e estendendo a mão para a urna da armadura de Pégaso. — Venha, Pégaso!!

A urna da armadura de bronze foi tomada por um cosmo branco e sua tampa superior foi aberta. De dentro da urna se ergueu uma coluna de luz e cosmo, e no centro do pilar de energia estava a armadura de Pégaso, ainda danificava por causa das lutas no templo de Poseidon.

As peças da armadura se soltaram e voaram em direção ao corpo de Seiya na medida em que ele corria em direção a Máscara da Morte, concentrando cosmo em seu punho.

— Levante-se Máscara da Morte! Meteoro do Pégaso!!! — Seiya disparou centenas de socos por segundo, tomando a forma de meteoros de luz cruzando a área em direção ao renegado.

Mesmo vendo o golpe indo em sua direção, Máscara da Morte fez uma expressão de desprezo e resolveu desviar dos disparos enquanto gargalhava.

— Vejam só... Agora a pouco seu cosmo teve um pico de sétimo sentido, mas vejo que já regressou ao normal. Seus socos agora atingem a velocidade de 3 402.9 m/s. Isso é dez vezes mais rápido que a velocidade do som, mas como pode ver... — disse sorrindo. — É inútil. Pois nós, que possuímos o sétimo sentido...

Um dos socos de Seiya atingiu o braço de Máscara da Morte, chamando a atenção do renegado. Por um momento o espectro achou que não tinha notado por estar falando com Seiya, mas outro soco atingiu a sua perna e em seguida seu ombro. Foi aí que ele percebeu que o golpe estava ficando mais veloz e mais potente.

Seiya elevou o cosmo ao máximo e disparou mais uma sequência de socos, mas dessa vez na velocidade da luz. Foram cem milhões de socos por segundo lançados na velocidade da luz, formando feixes de cosmo.

— A aparência desse golpe... É semelhante ao Relâmpago de Plasma do Aiolia!! — pensou o renegado.

Máscara da Morte contra-atacou disparando milhares de socos por segundos também, mas apesar de acompanhar a velocidade de Seiya, que agora estava do mesmo nível de um cavaleiro de ouro, a quantidade de socos disparados pelo Pégaso sobrepujou o renegado por um pequeno detalhe, mas que fez toda a diferença. Máscara da Morte foi golpeado e lançado enquanto era nocauteado pelos socos em forma de feixes de luz.

A surplice sofreu graves danos, provando ser inferior em resistência. As peças foram retalhadas pelo afiado percurso dos socos de luz.

 Apesar disso, Máscara da Morte não havia sido vencido. O renegado se recompôs e avançou, mas Seiya já tinha agido antes. Ainda se movendo na velocidade da luz, Seiya surgiu atrás do servo de Hades e o agarrou pelas costas.

— O que pensa que está fazendo, seu verme?!

— Você me deixou bravo. Por isso... Você vem comigo!! — o cosmo de Seiya explodiu e girou ao redor dele e de Máscara da Morte, formando uma coluna de cosmo. — Turbilhão de Pégaso!!

Seiya saltou segurando o renegado, enquanto o cosmo que envolvia os dois girava com mais intensidade durante o percurso. Ao chegar em uma determinada altura, Seiya lançou seu corpo para trás trazendo Máscara da Morte consigo. Projetando toda a cosmo energia em uma violenta força, Seiya arremessou o renegado brutalmente contra o chão.

A queda do turbilhão gerou uma forte explosão fez o chão tremer e ergueu uma gigantesca cúpula de cosmo que se propagou revirando tudo.

— Seiya!! — gritou Mu.


Casa de Touro – Santuário Grécia

Aldebaran estava em pé de braços cruzados na entrada da segunda casa. Vigilante, o Cavaleiro de Ouro acompanhava a luta na casa de Áries. Ele sentia a presença de cosmos familiares envolvidos por uma força maligna.

— Um cosmo poderoso se elevou e explodiu. — disse pensativo, acompanhando o pilar de luz que se ergueu. 

O vento frio soprou com força agitando sua capa, e trouxe consigo um aroma doce e bastante familiar. Aldebaran enrugou o cenho. Demorou alguns segundos para que o Touro se lembrasse daquele perfume e de seu portador. O guardião da segunda casa rapidamente associou aquela fragrância com os cosmos conhecidos que estavam colidindo na casa de Áries, e assumiu uma postura ofensiva. 

O dourado cruzou os braços com mais força ao sentir um cosmo hostil se aproximando em alta velocidade. Mesmo não vendo ninguém na sua frente, Aldebaran sentia o avanço. Estava cada vez mais perto. Em resposta a essa ameaça, o Cavaleiro de Ouro elevou o seu cosmo e estendeu os braços disparando uma poderosa rajada.

Durante o avanço daquela massa de cosmo, algo foi atingido no percurso e foi arremessado rasgando o solo até o final da escadaria. Colidindo com uma parede de rochas na curva das escadas.

— Quem está ai?! — perguntou o Touro. — Para querer invadir a casa de Touro dessa forma, só pode ser um inimigo. Por acaso é um espectro? Será que todos são covardes a ponto de se esconder na escuridão da noite?

A poeira levantada pelo rastro de destruição foi dissipada quando o inimigo avançou novamente, mas dessa vez sem se esconder. Apesar de já esperar por isso, Aldebaran ficou surpreso ao se deparar com Afrodite indo em sua direção trazendo consigo uma nuvem densa de veneno e pétalas vermelhas.

O antigo Cavaleiro de Peixes saltou e avançou, desferindo um soco que foi parado pelas mãos gigantes do Touro.

— Afrodite?! Mas como...

— Olá, Aldebaran! Infelizmente não tenho tempo para explicar. — disse girando e aplicando um chute em direção ao rosto do Touro. Mas Aldebaran desviou e segurou na perna de Afrodite, lançando o renegado contra um pilar. Afrodite girou e pousou no topo da coluna. — Você só precisa saber que alguns Cavaleiros de Ouro voltaram a vida e que queremos a cabeça de Atena. Ordens do Imperador do Submundo! Rosas Diabólicas Reais!

— Grande chifre!!

— A mesma técnica não vai funcionar contra mim. Posso ser um espectro, mas preservo as minhas antigas habilidades.

— Aí é que você se engana... — A rajada dourada tomou a forma de um Touro e avançou contra Afrodite, pulverizando as rosas diabólicas. — O golpe que eu havia lançado em você antes não era o Grande Chifre.

— O-O quê?!

Afrodite saltou no exato momento em que o golpe atingiu o pilar. O renegado foi arremessado pela potência do golpe, mas girou no ar e pousou rasgando as escadas.

— Se eu tivesse recebido esse golpe em cheio... Com certeza estaria na beira da morte. — pensou o renegado. — Tenho que matar Aldebaran o mais rápido possível.

Afrodite materializou uma rosa adaga e a lançou. Aldebaran se esquivou, e o renegado aproveitou esse desvio de atenção para avançar. O antigo dourado saltou e aplicou um chute no peito do Touro, empurrando Aldebaran para trás, e em seguida girou para atingir o rosto do dourado, mas o guardião da segunda casa se esquivou e viu o chute do seu oponente passar rente à lateral do seu rosto.

Afrodite pousou atrás do Touro e por um momento pensou em correr atravessando o interior da casa, mas nada impediria Aldebaran de persegui-lo e atacar. Sendo assim, Afrodite cerrou o punho e partiu para o ataque direto novamente.

O punho do renegado foi bloqueado, assim como o segundo soco. Aldebaran desferiu um soco, mas Afrodite se abaixou desviando e em seguida avançou para um confronto direto. O Touro já se preparava para fazer mais um bloqueio quando Afrodite sumiu diante dos seus olhos.

No lugar do espectro restou apenas uma nuvem de pólen e pétalas.

— Algum problema, Touro?! Não consegue me encontrar?

Aldebaran tentava encontrar o ponto de partida da voz para saber a exata localização do renegado, mas a voz ecoava e parecia vir de todos os lados. A única coisa que ele tinha certeza era que Afrodite ainda estava presente naquele lugar, pois apesar de estar invisível, a presença do renegado estava espalhada assim como o aroma das rosas. O renegado não fazia questão de ocultar por completo. Ele queria ver o desespero de Aldebaran tentando encontrá-lo.

O som de algo afiado cortando o ar pôde ser ouvido vindo pela lateral esquerda do Touro. Aldebaran se virou e atacou disparando uma poderosa rajada de cosmo, mas ao mesmo tempo ficou com a guarda baixa e foi atingido por dezenas de rosas azuis. As Rosas Adagas.

Exatamente como Afrodite havia falado para Mu, as Rosas Adagas conseguiam perfurar até mesmo uma armadura de ouro.

— Vai precisar mais do que isso se quiser me derrubar. — disse Aldebaran.

— Já era de se imaginar.

Novamente o som cortante veio de um ponto cego. Aldebaran girou e atacou, mas também foi alvejado por mais uma encomenda de rosas. Dessa vez em maior quantidade e com mais potência. Tanto que o Touro foi arrastado para trás e cambaleou.

— Quantas rosas você será capaz de aguentar, Aldebaran? Logo o seu corpo irá ceder por causa da hemorragia.

— Ataque quantas vezes você quiser. — disse o Touro, elevando seu cosmo, e em seguida caminhou em direção ao interior do templo — Venha, Afrodite. Matarei você aqui dentro.

Agora no interior da casa de Touro, Aldebaran parou no centro do grande salão. O vento soprou e a bruma de pólen e pétalas entrou na casa e logo se espalhou.

— O que espera me trazendo aqui? Por acaso pretendia disparar o seu Grande Chifre em direção a entrada? — perguntou o renegado, ainda escondido.

— Eu não lhe acho tão burro ao ponto de cair em um truque desse. Mas confesso que estou desapontado por você acha que eu criaria uma estratégia tão óbvia. Agora vamos deixar de conversa. Ataque!

—...—


Casa de Áries – Santuário, Grécia.

Arfando, Seiya se ergueu da cratera e correu até o Cavaleiro de Ouro.

— Você está bem, Mu? — perguntou ele, erguendo o amigo.

— O Máscara da Morte...

— Eu o derrotei. — disse Seiya.

— Não, Seiya!! A batalha ainda não terminou.

— Como?!

Incrédulo, Seiya viu o renegado se erguendo, ainda que cambaleando. As ombreiras da surplice haviam sido destruídas, e o peito do traje estava bastante danificado.

Máscara da Morte tropeçou e caiu de joelhos, levando as mãos até a cabeça. Ele sentia uma forte dor aguda em suas têmporas e rangia os dentes como se estivesse lutando internamente contra algo.

— Máscara da Morte?! — disse Mu, estranhando o comportamento do antigo companheiro.

O renegado ergueu a cabeça respondendo ao chamado de Mu, e seu semblante estava diferente. Parecia outra pessoa. Na lateral do seu rosto surgiu uma marca escura em forma de borboleta.

— O que é isso no rosto dele? — perguntou Seiya, mas Mu parecia estar igualmente surpreso, sem saber do que se tratava.

Na mesma velocidade em que a marca apareceu, ela também sumiu, e logo em seguida Máscara da Morte parou de sofrer. Ele recobrou a postura e se levantou. Seu rosto voltou a expressar a mesma maldade de antes.

— Rapaz insolente.. Foi um golpe de sorte. — disse ele. — Vamos acabar com isso logo de uma vez. 

— Você fala demais, Máscara da Morte. Eu com certeza derrotarei você no próximo golpe e te mandei de volta para onde veio!

— Tem algo de errado com ele. — disse Mu. — Escute Seiya... Você precisa subir as doze casas. Agradeço a sua ajuda aqui, mas você deve ir. — disse empurrando Seiya.

— Mas Mu...

— Você é muito ingrato, garoto. — disse Máscara da Morte. — Mesmo na beira da morte, Mu pede para que você siga em frente, mas você fica ai desperdiçando as últimas forças dele. Vou lhe dizer mais uma coisa... Mu também irá subir as doze casas para tirar a vida de Atena. E em seguida ele sacrificará a própria vida. 

— O quê?! — disse Seiya. — Do que você está falando?! O Mu jamais faria uma coisa dessas. Não posso acreditar nisso.

Máscara da Morte gargalhou. 

— Isso já é problema seu. Você tem o direito de não acreditar, mas Mu fará isso, ele querendo ou não. E assim será enquanto a sua Excelência estiver do lado dos Espectros. — disse apontando para o encapuzado.

— De quem você está falando? — perguntou Seiya, estreitando os olhos para o encapuzado, tentando enxergar o rosto debaixo daquele manto. 

— Não existe ninguém que possa ir contra as ordens dele. — disse Máscara da Morte. — Pelo menos não no Santuário. E como você vai morrer... Vou responder a sua pergunta. Escute com atenção, Seiya, o nome dele é... 

— Já chega! —  disse Mu. — Isso não é um assunto seu, Máscara da Morte. Vá, Seiya!! É uma ordem!! Avise aos outros cavaleiros o que está acontecendo.

— Mu...

— Agora!!

— Está bem!! Tome cuidado.

Mesmo contra a própria vontade, Seiya deu as costas e correu em direção a casa de Áries. Mu ficou acompanhando o Pégaso por cima do ombro até ele sumir na escuridão interior do templo.

Ao ver que Seiya estava fora de alcance, Mu relaxou e seu corpo cambaleou. Quase cedendo de joelhos.

— Não lhe resta mais força alguma, não é, Mu? — perguntou o renegado. — O veneno das Rosas Diabólicas está desgastando a energia do seu corpo e lhe arrastando para um sono profundo aos poucos. Afrodite podia ter lhe matado, mas preferiu prolongar o seu sofrimento. Mas não se preocupe... Não vou precisar de mais do que um golpe para derrotar você.

— Eu posso cair, mas levarei você comigo. — disse Mu, elevando seu cosmo dourado.

— Mu... Você continua a me desobedecer. — disse o encapuzado, em um tom firme. — Enfrentar Máscara da Morte significa estar se rebelando contra a minha autoridade.

— Eu já disse... A minha missão é proteger esta casa. Mesmo que custe a minha vida. Se o senhor acha que eu estou sendo desobediente, pode me punir com a morte. No entanto... — disse o ariano, erguendo o braço. Estrelas douradas giraram na palma da sua mão. — Máscara da Morte... Eu jamais poderei perdoar você!! — gritou. — Mandarei você de volta ao inferno com minhas próprias mãos!!

O encapuzado deu um leve sorriso abafado.

— Não me diga que você, Mu, o carneiro dourado que galga altivamente as estrelas em seu silêncio pacífico e constante, irá abandonar a sua face serena e se estregar à ira pela primeira vez...

— É decepcionante ver homens que outrora foram cavaleiros a serviço do bem, se apegarem a vida a ponto de se rebaixar e jurar lealdade a Hades, e virem em busca da vida de Atena. — seu cosmo se elevou ainda mais, sendo alimentado por sua fúria. Era esse sentimento que dava forças para Mu lutar e não cair de uma vez no efeito do veneno. — Como posso permitir que mais um renegado com sua alma imunda, dê se quer um passo na casa de Áries?! Vou me encarregar de mandá-lo de volta para onde vocês pertencem!!

— Tome isso, Mu!! Ondas do Inferno!!

— Desapareça!!

— Fuja!! — gritou o encapuzado para Máscara da Morte.

— Revolução Estelar!!

Mas o renegado não moveu nada além do seu braço. Com um sorriso no rosto vendo aquela chuva de estrelas douradas cruzando a área indo em sua direção, Máscara da Morte apontou o dedo para Mu e atacou.

— Que as suas estrelas iluminem o caminho dos mortos ao topo do Yomotsu!!

Ao invés das ondas infernais avançarem contra Mu, o golpe se expandiu diante de Máscara da Morte e abriu um buraco dimensional.

— Isso é...

— Presépio. — respondeu o renegado, sorrindo. — O buraco que as almas atravessam quando se elevam ao céu.

A imagem da colina do Yomotsu e as filas de mortos surgiu no interior da fenda, e as centenas de estrelas cadentes disparadas por Mu foram engolidas.

— O meu golpe... Está sendo tragado para a entrada do Mundo dos Mortos!! — pensou Mu.

— Agora é a sua vez, Mu! — a marca negra em forma de borboleta voltou a aparecer no rosto do renegado em frações de segundos. — Enviarei você de corpo e alma para lá!!

— Não! Extinç... — Mu estava prestes a disparar sua técnica mais poderosa, mas não conseguiu se mover.

O seu corpo estava rodeado por uma aura branca. O sekishiki. Paralisado, Mu teve seu corpo arrastado à força para dentro do buraco e caiu na escuridão do outro mundo.

Máscara da Morte estalou o dedo e fechou a passagem. Caindo de joelhos em seguida.

— Não é momento para descansar. — disse o encapuzado. — Levante-se e junte-se ao Afrodite.

— O senhor não vem?! — perguntou Máscara da Morte.

— Sinto dois cosmos se aproximando. Eliminarei os cavaleiros e em seguida acompanho vocês.

— Sim, senhor!! — disse o renegado, se levantando e correndo em direção a casa de Áries.

—...—


Caminho para a Casa de Touro – Santuário Grécia

— Tenho que chegar o mais rápido possível na Casa de Touro. — pensou Seiya, enquanto corria subindo as escadas em direção a segunda casa. — Se o Afrodite usar a mesma tática que ele usou contra o Mu... Aldebaran corre um grande perigo!

Enquanto Seiya se dirigia ao templo, a luta na casa de Touro seguia.

Aldebaran estava bastante machucado. Havia dezenas de rosas azuis encravadas na armadura de ouro, a qual havia sofrido bastante danos. Sangue escorria pelos ferimentos e encharcavam seu corpo.

— Acho que já podemos finalizar com uma Rosa Branca, não acha Aldebaran? — Afrodite parecia se divertir.

O Touro não respondeu. De braços cruzados, Aldebaran elevou o seu cosmo com intensidade e em seguida disparou uma poderosa rajada de cosmo, mas dessa vez mirando o teto. O golpe colidiu e explodiu, fazendo todo o templo tremer. O teto do grande salão se despedaçou e desabou por completo. Levantando uma espessa nuvem de fumaça.

Os olhos do Touro ficaram atentos. Percorrendo cada centímetro da área. Ele sabia que Afrodite não iria morrer com aquele desabamento, mas aquele momento poderia lhe fornecer uma oportunidade única. E ele teve essa oportunidade.

— Achei você. Grande Chifre!!

Através do deslocamento da nuvem de poeira, Aldebaran viu Afrodite se movendo a poucos metros. O Touro então girou e disparou o seu golpeSem esperar pelo ataque, o golpe atingiu o renegado em cheio. Afrodite foi arremessando com uma força violenta contra a parede, que acabou desabando sobre ele.

Os escombros logo se moveram e o renegado surgiu coberto de sangue e com sua surplice totalmente destruída.

— Então você sobreviveu. — disse Aldebaran. — É mais resistente do que eu esperava.

— Falo o mesmo sobre você. — disse arfando, enquanto invocava uma rosa branca. — Mas a próxima rosa golpeará o seu coração. O cosmo de Mu já se extinguiu na casa de Áries. Isso é sinal de que Máscara da Morte o matou. Você será o próximo, Aldebaran. Acompanhem Atena até o inferno!!

Antes que o renegado pudesse anunciar o ataque da rosa branca, Aldebaran avançou em sua direção e desferiu um soco no abdômen desprotegido do espectro. Afrodite se curvou para frente e cuspiu sangue. Com a outra mão livre, Aldebaran deu um soco no rosto do renegado e segurou em sua cabeça, avançando contra uma sequência de paredes dos cômodos internos do templo. Por fim, o Touro ergueu o renegado segurando-o pela cabeça e o colidiu contra o chão, abrindo uma cratera profunda.

— O seu cosmo não queima mais como antigamente, Afrodite. — disse Aldebaran, se afastando e observando o antigo companheiro caído no chão. A rosa branca que o renegado carregava se desfez em cosmo. — O que dá força a um cavaleiro é o nosso desejo pela justiça. Deveria se lembrar disso. Você já foi um homem que lutou por ela. 

Ainda caído, Afrodite apresentava dificuldade para se levantar. Ele sentia que havia fraturado algumas costelas, e sentia todo o seu corpo doer. Vomitando sangue e bastante machucado, o renegado conseguiu se levantar cambaleando.

— Outros virão. — disse Afrodite. — Cedo ou tarde. Máscara da Morte e eu não fomos... Não fomos os únicos.

— Aldebaran!! — gritou Seiya, entrando na casa de Touro.

O cavaleiro de Pégaso ficou surpreso ao ver o estado em que a casa de Touro estava completamente revirada, mas ficou ainda mais surpreso ao ver o estado de Afrodite. Vítima do Grande Chifre. Um dos golpes mais poderosos em poder destrutivo entre os Cavaleiro de Ouro.

Seiya também se preocupou com a situação de Aldebaran. O Touro estava bastante ferido, repleto de rosas em sua armadura.

— Aldebaran...

— Pégaso. — disse o Touro.

— Você está bem?

— Não se preocupe.  

Seiya viu Afrodite cambalear, e sem entender o porquê, ele correu e segurou o corpo do renegado. A marca negra em forma de borboleta também apareceu no rosto de Afrodite, mas agora estava desbotando, desaparecendo junto com a vida do renegado. Afrodite olhou nos olhos de Seiya. O Pégaso viu lagrimas se acumularem e escorrerem pelo rosto machucado do espectro antes dele morrer.

— A-Afrodite?! — chamou Seiya, mas não teve resposta.

Usando dois dedos, Seiya moveu as pálpebras do renegado e fechou seus olhos. Em seguida deitou o corpo de Afrodite no chão e se afastou.

— O que está acontecendo? — perguntou Aldebaran. — Afrodite falou que os Cavaleiros de Ouro foram revividos... Isso é mesmo verdade?

— Sim, é verdade. — disse Seiya, ainda encarando o corpo do renegado. — O Máscara da Morte também voltou e... Agora  a pouco eu senti o cosmo do Mu...

— Eu também senti. — Aldebaran removeu sua capa ensanguentada e cobriu o corpo de Afrodite. — Afrodite falou que outros virão. Então provavelmente....

— Sim, Aldebaran. Todos eles!! 

A voz veio da entrada da casa de Touro.

— Máscara da Morte... — disse Aldebaran, se virando. — Desonrado em vida, e um canalha depois da morte. 

— Vamos deixar as saudações para depois. — disse o renegado. — Vejo que o Afrodite morreu, mas deixou você flertando com a beira da morte. Quer um empurrãozinho? 

— Desgraçado!! — disse Seiya. — Você matou o Mu!!

— Sim, matei. E por culpa sua, covarde. Mu assumiu a sua luta para que você subisse as doze casas e desse o aviso aos outros Cavaleiros de Ouro, mas aqui está você tendo mais uma crise de raiva como uma criança birrenta. Posso matá-lo, mas acredito que Aldebaran vai querer assumir a luta no seu lugar. Assim como Mu. Mas igualmente morrerá.

— Não!! — disse uma voz rouca vindo do corredor que dá acesso a saída da casa de Touro. — Eu vou assumir a luta. — disse o Mestre Ancião.

— Mestre?! — disse Seiya, surpreso por ver o Cavaleiro de Libra longe de Rozan. — O Senhor...

— É verdade que Mu lhe deu uma ordem? — perguntou Dohko. 

— Sim, senhor.

— Então o que está fazendo aqui parado? Siga em frente e faça o que deve ser feito. Suba os doze templos e fique junto de Atena. E isso também é uma ordem. 

— Está bem, mestre. Irei agora mesmo. 

Enquanto Seiya corria em direção a saída da casa de Touro, o Mestre Ancião observou o corpo de Afrodite. 

— Quantos de vocês voltaram a vida? 

— Relevantes... Alguns. Já os fantoches... Dezenas. — respondeu Máscara da Morte. — O cemitério dos cavaleiros deve estar revirado neste momento. Vários cavaleiros de prata e de bronze foram revividos apenas para chamar a atenção do Santuário enquanto os verdadeiros Renegados subiam as doze casas em busca da cabeça de Atena. 

— Então vocês não surgiram dos seus túmulos... 

— Não. Afrodite e eu viemos diretamente do Castelo de Hades.

— Entendi... Isso é tudo. 

— Já que não tem mais perguntas... — o cosmo de Máscara da Morte se elevou. — Faça companhia a Mu no outro mundo. Ondas...

O Mestre Ancião bateu com seu pequeno cajado no chão da segunda casa e imediatamente Máscara da Morte foi paralisado.

— Não se engane, Máscara da Morte. Não haverá uma luta. 

— O-O quê?!

O cosmo dourado do Mestre Ancião se elevou, agitando suas roupas, e impressionando Aldebaran e o renegado pela pressão do seu poder. Ao redor do Cavaleiro de Libra se ergueram dezenas de rajadas de cosmo em forma de dragões dançantes.

— Sua imoralidade termina aqui. Retorne para onde você não deveria ter saído. Cólera dos Cem Dragões!! 

Centenas de dragões furiosos se ergueram mostrando suas presas e avançaram contra Máscara da Morte atingido-o em cheio. O renegado foi arremessado para o alto e recebeu a técnica mais poderosa do Cavaleiro de Ouro de Libra. 

Com a surplice pulverizada, Máscara da Morte caiu repleto de ferimentos e cuspindo sangue. 

— Foi maravilhoso... Mestre Ancião. — disse o renegado, antes de morrer. 

Assim como aconteceu com Afrodite, a marca negra surgiu no rosto de Máscara da Morte mais uma vez, mas assim como sua vida, ela logo se esvaiu e desapareceu. 

— Mestre....

— Eu já vi aquela marca antes. — disse o Cavaleiro de Libra. — Aldebaran... Proteja a Casa de Touro.

— Para onde o senhor vai?

— Tem alguém me esperando na primeira casa. — disse parando no topo da escadaria. — Um velho amigo. 

—...—


Observação:
— Rosas Adagas¹ é a nova técnica adicionada aos golpes de Afrodite pelo próprio Masami Kurumada no spin-off "Saint Seiya: Episódio Zero" lançado em 2017. Antes essa técnica pertencia apenas a Cardinale de Peixes ( Next Dimension). 


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Notas finais do capítulo

Olá pessoal, tudo bom?

Talvez esse capítulo seja um divisor de opiniões. Apesar de ter preservado 70% dos acontecimentos na casa de Áries, fiz algumas adaptações nas lutas e desfechos.

Eu sempre imaginei que o combate entre Mu e dois cavaleiros de Ouro como Afrodite e Máscara da Morte não poderia ser algo tão fácil como foi visto na obra Clássica. Eu acho que nenhuma luta entre Cavaleiros de Ouro poderia ser abordada de forma fácil. Principalmente por causa dos leques de habilidades que o Afrodite e Mascara da Morte possuem, por exemplo. Ao mesmo tempo preservei toda as capacidades de Mu, mostrando que ele é um homem poderoso ao ponto de seu oponente precisar arquitetar um plano para não ser vencido.

Sobre a cena de Shina e os cavaleiros no cemitério... Adicionei o processo de ressurreição dos cavaleiros mortos e espero que tenham gostado. Assim como a explicação que dei diferenciando os renegados dos demais mortos-vivos, que não passam de distrações.

Espero que tenham gostado do capítulo e desculpa por qualquer erro de digitação que eu tenha deixado passar.

Espero que tenha sido uma leitura agradável. Aceito críticas e dicas. Fiquem a vontade. Se quiserem falar comigo ou participar do meu grupo de fanfics, vou deixar os contatos e links abaixo:

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