Chance || Seth Clearwater escrita por Katherine


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Olá,
Eu estava tão ansiosa por esse capítulo!
Boa leitura!



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Seth Clearwater.

 

A primeira reação involuntária que o meu corpo teve foi travar no lugar. A segunda foi pensar que diabos minha irmã tinha feito com Louise. E a terceira foi minha voz exasperada sair da garganta perguntando o que estava havendo ali. Pouco me importava todas as vezes que eu tinha lutado para apaziguar os desentendimentos de Leah com todo mundo que nos cercava, se ela tivesse feito ou falado algo de errado para o meu Imprinting eu poderia jurar por todos os ancestrais que o tempo ficaria feio em La Push e que muito provavelmente algum de nós dois sairia machucado. O meu lobo conhecia o temperamento dela tão bem quanto eu mesmo, e por isso, ao ver a cena diante dos meus olhos ele insistia em sair. Rosnar. Brigar. Arrancar a Cullen daquela sala antes que algo pior pudesse acontecer. Mas então, como se soubesse exatamente o que estava passando em minha cabeça a loira sorriu. Não era um sorriso normal, de felicidade... era um sorriso tímido, de uma criança que foi pega fazendo algo que não devia. Com isso, o lobo se acalmou um pouco, mas a tensão ainda era sentida.

Onde estava Jasper no momento em que eu mais precisava?

— Não seja dramático – Leah pediu, devorando o primeiro pedaço de pizza, que havia arrancado da caixa sem a menor cerimonia. Na verdade ela parecia estar se divertindo muito com a minha cara.

Trinquei os dentes.

— Oi Seth.

A voz do anjo me fez sair de meus pensamentos mais duros, sendo arrastado para um lugar em que só ela poderia me levar. Foi a primeira vez que eu parei para reparar como estava absurdamente mais linda do que no dia anterior – se é que isso era possível. A felicidade súbita de vê-la sentada confortavelmente no sofá da minha casa fez com que em segundos milhares de planos dos dias e momentos infinitos que eu desejava passar em sua companhia dentro daquele quadrado passassem como um filme por minha cabeça.

— Bobão – minha irmã murmurou, rindo baixinho.

— Cala a boca – rolei os olhos largando algumas das sacolas que tinha trazido comigo encima da mesa da cozinha e voltando novamente para a sala de estar o mais rápido que meus pés permitiram – Leah, tem outras sacolas no carro.

Ela deu de ombros.

— O que tenho a ver com isso?

Um rosnado involuntário saiu da minha boca.

Dessa vez foi ela quem rolou os olhos, pegando mais um pedaço de pizza e saindo de dentro da casa, finalmente me dando paz por poucos segundos.

— Você está bem? – perguntei. Ela apenas assentiu – Mesmo?

— Sim. Desculpe invadir sua casa desse jeito.

Pelo amor de Deus, a casa é sua!

Louise parecia um anjo. Mas quando suas bochechas coravam – como no momento – não havia nada na face do planeta Terra que poderia se comparar à tamanha fofura. Foi involuntário não sorrir abertamente.

— Não... não tem porque se desculpar – me aproximei e ela ficou de pé – Poderia ter pedido a Bella ou a Edward o meu número, eu poderia busca-la. Nessie está com você?

Ela negou com um aceno.

— Eu estava passando e resolvi ver Emily, mas Sam me disse que ela havia saído então Leah nos encontrou e ofereceu companhia – disse, um tanto quando hesitante.

— Sozinha?

Meu coração bateu descompassado dentro do peito. O lobo tremeu ao imaginar os riscos que ela poderia ter corrido de estar sozinha.

— Hum?

— Estava passando por aqui... sozinha?

— Não, Edward me acompanhou – ela tinha um vinco formado na testa. Eu deveria estar agindo feito um maluco.

— Ah – murmurei.

Tentei ignorar o fato de ela estar passando por La Push e nem se quer pensar em mim para fazer companhia, mas era completamente impossível. A indiferença doía fisicamente.

— Louise estava me falando que adorou a sua foto, maninho – Leah cortou o silencio constrangedor entrando na sala feito um trovão. Arrancou o porta retrato de quando erámos duas crianças abraçadas em frente a praia e entregou nas mãos da Cullen – Bonitinho, não é?

— Estava? Ah, sim... Eu realmente estava. – ela sorriu fraco analisando a foto – Belas covinhas!

Leah sorriu de forma traiçoeira quando senti o meu rosto esquentar com o elogio.

— Acho melhor eu ir embora.

— Não! – minha irmã e eu respondemos juntos, rapidamente – Leah estava de saída, mas eu posso te fazer companhia... se não se importar, é claro!

— Como é? – perguntou embuchada, com mais um pedaço de pizza na boca.

Louise largou o porta retrato de volta no exato lugar onde minha irmã havia o retirado.

Eu aproveitei a distração dela para fazer algum sinal para que a outra entendesse que era para dar um fora dali e me deixar sozinho com ela.

— Eu não me importo – sorriu de canto.

Leah resmungou pegando a caixa de pizza e saindo da sala em direção à rua, apenas acenando com a cabeça para o anjo.

Limpei as mãos que suavam na lateral da minha calça jeans e me joguei no sofá dando duas batidinhas ao meu lado para que Louise sentasse, e assim o fez. Entreguei o controle da televisão em sua mão, dizendo para que escolhesse o que queria assistir. Se Leah presenciasse essa cena ela com certeza me mataria, pois sempre enfrentávamos uma guerra infinita na disputa pelo controle da televisão. Ela sorriu e começou a passar por alguns canais.

— Eu assistia isso em Volterra – riu baixinho, deixando em alguma série que eu não fazia ideia de qual era. Até por que não tirei os olhos dela – O que você assiste normalmente?

Dei de ombros.

— Não muita coisa. Às vezes começo assistindo algum filme ou programa e na metade acabo dormindo.

— Deve ser cansativo – ela disse ao se encolher no sofá enquanto me olhava – E o que mais?

Sorri de canto ao notar o seu interesse.

— Às vezes nos juntamos pra jogar... Futebol ou videogame. Na praia ou em casa mesmo.

— Você e o Jacob?

— Não – eu ri – Antes sim, mas agora Jacob não larga do pé da Ness, tadinha. Então geralmente fico com os outros caras, Quil ou Embry.

Ela assentiu em concordância.

— Parecem ser legais.

Decidi perguntar algo que estava me incomodando.

— Leah e Sam foram legais com você?

— Sim – franzi o cenho, a encarando – Juro. Leah foi muito legal comigo, eu só precisava me distrair um pouco.

— Aconteceu algo com os Cullen? Vocês... brigaram?

— Não. Nós estamos bem. Eu gosto muito de todos eles – disse – Gosto de estar aqui também.

Sem pensar muito no que estava fazendo, apenas deixando com que as vontades do meu lobo falassem mais alto, estiquei minha mão no sofá em um pedido silencioso para que nossas peles se tocassem e Louise o atendeu, entrelaçando seus dedos com os meus e junto soltando um suspiro pesado. Podia ser coisa da minha cabeça, eu não queria me iludir, mas estava começando a achar boas as reações que ela demonstrava com a minha presença.

— Da próxima vez que quiser vir... por favor, me chame – minha voz saiu tão baixo quanto um sussurro torturado.

Seus olhos azuis desviaram dos meus por um momento e ela pareceu pensar muito antes de falar, o que me deixou um tanto quanto intrigado.

— Eu prometo chamar você, Seth.

Sorri satisfeito.

— Jacob, Embry e eu estamos cheios de tarefas nos últimos dias. Não acho que Jake já tenha te contado isto, mas trabalhamos em uma oficina na garagem da casa dos Black e nos dividimos em turnos por causa das obrigações com a matilha, mas eu juro que fica muito muito fácil achar um tempo na minha agenda pra você.

Sua gargalhada preencheu o cômodo da casa. E automaticamente o meu coração também. Era a primeira vez que ela ria daquela forma comigo. Desejei nunca mais ter que parar de ouvir o som.

— Está dando encima de mim, Clearwater?

Meu coração errou as batidas e o ar escapou por meus pulmões.

— Está funcionando? – perguntei.

Ela riu novamente, enquanto tirava a mão da minha para esconder o rosto.

Aquilo era um sim?

— Com certeza – sussurrou baixinho.

 O Imprinting era uma loucura mesmo. Eu podia jurar que naquele momento vários fogos de artificio explodiram dentro do meu corpo e eu não conseguia parar de sorrir igual um idiota.

— Sem dúvidas estou dando encima de você, Cullen.

Louise tirou as mãos do rosto e arqueou a sobrancelha de forma desafiadora.

— O que o seu Imprinting vai achar disso? – perguntou-me e então foi a minha vez de gargalhar enquanto ela fechava o rosto em uma carranca – Eu sou uma piada para você, Seth?

— Anjo, você não esqueceu mesmo essa história, não é? – ela deu de ombros, fixando o olhar na televisão, claramente me evitando. Puxei sua mão para a minha novamente, mas Louise não me olhou. Apenas fitou nossas mãos juntas sob o tecido do sofá – Você não tem que se preocupar com isso. Não há ninguém.

Ela me encarou hesitante.

— É sua forma de dizer que não tem um Imprinting ainda?

Pelo som de sua voz percebi que ela esperava uma resposta positiva, mas eu não poderia mentir.

— Eu não disse isso – murmurei.

Louise resmungou algo da qual eu não consegui entender e levantou-se, acabando com o contato de nossas mãos.

— Então... como funciona isso exatamente? Vocês não tem escolha? Não podem escolher outras pessoas? – eu fechei os olhos com força, querendo não responder nenhuma daquelas perguntas porque parecia que qualquer que fosse a minha resposta, a traria ainda mais dúvidas – Que tal um jogo?

— Um jogo?

— É. Uma pergunta em troca de uma resposta – sorriu de lado – Eu começo?

Pensei em recusar, mas ela parecia animada com aquilo. E eu faria qualquer coisa no mundo para mantê-la feliz. Então concordei, sabendo que também me aproveitaria do jogo para arrancar algumas respostas dela.

— Pode começar – falei.

Louise voltou a atenção para os quadros próximo a televisão e permaneceu analisando cada um deles enquanto me perguntou:

— Vocês não tem escolha?

— Não precisamos de outra opção.

Ela franziu o cenho em dúvida.

— Mas e se rejeitarem o Imprinting?

— É a minha vez – ela rolou os olhos, mas sorriu – Quantos anos você tem?

— Eu não sei.

— Como assim não sabe? – perguntei.

— Não sei minha data de nascimento e não comemoramos aniversário com os Volturi.

— Nunca? – ela negou – Nunquinha?

— Não, Seth. Carlisle fez alguns exames... acha que eu tenho em média dez ou doze anos.

E de repente o meu coração se espatifou em mil pedaços ao pensar que ela nunca havia comemorado seu aniversário. Nem se quer sabia a data dele.

Carlisle pensava que ela deveria ter de dez a doze anos. E biologicamente eu faria vinte e quatro ainda esse ano. Se um dia julguei Quil ou Jacob, não me lembrava.

 Louise continuou:

— E se rejeitarem o seu Imprinting?

— Sam tentou – lhe contei, como se fosse um segredo – Não adiantou muita coisa. Emily saiu machucada e ele jamais vai se perdoar por isso em toda a sua vida.

— Sam foi o responsável pelo machucado da Emily? – ela estava surpresa e eu assenti – Parece que você tem uma pergunta.

— Me conte como era... sua antiga vida? – Louise puxou o ar para dentro dos pulmões – Esquece. Se não se sentir bem, não precisa falar. É que as vezes fico confuso com isso tudo. Coisas tão simples para mim, você nunca vivenciou... não que tenha muito tempo de vida para isso, mas...

— Relaxa, Seth – pediu enquanto voltava a sentar no sofá. Aproveitei a aproximação e me deitei com a cabeça em suas pernas. Quando pensei que me chutaria por estar sendo inconveniente, Louise sorriu desviando o olhar para que eu não pudesse ver seu rosto corado e seus dedos mergulharam em meus cabelos, fazendo um carinho bom ali. Muito bom mesmo – É uma pergunta complexa. Mas a resposta é curta. Não havia muito que fazer. O Clã é regido por três membros superiores, você já os viu antes, certo? Aro, Marcus e o idiota do meu pai, ou Caius, se preferir. Eles mandam em absolutamente tudo o que acontece no castelo e no nosso mundo. Depois tínhamos alguns membros da guarda principal, os queridinhos de Aro. Esses geralmente são soldados especiais com alguns dons diferentes. Os outros eram facilmente descartados se preciso. Também tinham as esposas de Aro e Caius... e eu. Aqueles três agem como se vivêssemos na idade da pedra, então, assim como suas esposas, eu vivi grande parte da minha vida trancafiada em um quarto na torre. Nunca sai do castelo, e quando podia sair do meu quarto era sempre com a supervisão de um dos soldados de confiança do Aro. O tempo passava com filmes, livros e bem pouco de esporte.

— Como você se alimentava? – perguntei.

— Da mesma forma que as esposas. Alguém nos levava um pouco de sangue.

— E comida humana? Renesmee sempre comeu.

— Eu era a única que comia comida humana no castelo. Então eles levavam algo pra mim pelo menos uma vez no dia.

— Uma vez no dia? – voltei-me a sentar, sentindo-me enjoado e arrependido de pedir para que ela me contasse tudo àquilo – Só isso?

— Nem eu e nem eles entendiam como isso... – apontou para si mesma – funcionava. Até mesmo as vezes que me alimentava com sangue eram inferiores aos outros. Então eu me acostumei. Por que não acreditavam que houvesse tanta necessidade dos dois alimentos para mim. Mas vendo como Renesmee funciona, percebo o quão diferente foi a minha criação, nesse sentido.

Não sabia dizer exatamente o que eu sentia. Nojo. Repulsa. Raiva. Vontade imensurável de correr até aquele maldito lugar e matar um por um daqueles sanguessugas que negligenciaram a vida de um anjo. A vida que dava sentido ao meu ser. E ao mesmo tempo eu sentia vontade de me manter ali, ao lado dela e lhe mostrar o pouco que eu tinha e sabia... mas parecia tanto. Me arrependi de todas as vezes que reclamei da minha vida.

Fui obrigado a fechar os olhos na tentativa de me acalmar. Não seria nada bom explodir em um lobo gigante tão perto dela.

— Em compensação, Esme me alimenta a cada trinta minutos, o que é um exagero, porque não estou acostumada com tudo isso ainda. Nem sei se preciso de tanta comida. Acho que tenho comido mais do que você e Jacob juntos.

Meus ombros relaxaram e eu soltei o ar que estava preso nos pulmões em uma risadinha.

— E o sangue?

— Me alimentei no dia em que cheguei a Forks – fez uma careta – E agora Emmett, Jasper e Edward estão em uma grande briga sobre quem vai me ensinar a caçar.

Louise puxou o meu braço, fazendo com que eu voltasse a deitar com a cabeça em seu colo e novamente ela voltou a acariciar meus cabelos.

— Está com sede agora? – perguntei, engolindo seco.

— Não. Estou bem. Ainda vai demorar alguns dias até que eu sinta sede de verdade... Só tenho medo de não me adaptar a dieta.

— Nem tão perto de pessoas como nós?

— Nem assim – deu de ombros.

— Você vai se sair bem. Tenho certeza.

— Você confia demais em mim, Seth – brincou – Obrigada de qualquer forma.

Eu concordei com um aceno. E fechei os olhos. Não teria coragem de falar se ela ainda me olhasse.

— Eu sei que o Imprinting pode parecer um tanto quanto estranho. Eu também achava bizarra a mudança de Sam. Quando eu me transformei pela primeira vez consegui entender melhor ao ver os pensamentos de cada um deles – apertei os dedos tão forte que pude ouvir o barulho dos ossos estralando. Meu coração parecia sair pela boca naquele momento, mas permaneci com os olhos fechados – A ligação acontece quando um lobo reconhece sua alma gêmea no olhar. Ela é a escolhida por nossos ancestrais. Nós não temos escolha e nem queremos ter, o Imprinting é a maior das nossas leis. Você até pode tentar lutar contra... mas essa ideia geralmente não dura muito tempo. É mais do que a união entre a matilha, do que nossa família, é o que somos, o que seremos para fazê-la feliz. No fim das contas é só isso que importa, fazer o Imprinting feliz. O lobo não precisa estar junto de sua companheira, amorosamente, essa escolha só pertence a ela. Ele deve ser o que ela precisar. Um amigo, um irmão ou um amor, contanto que a faça feliz.

— E se algo acontecer com ela? – perguntou-me, com a voz fraca.

— Ele morre – engoli seco, sentindo a dor em minhas palavras – Não há nada pior para alguém como eu. A dor é física. Seria uma morte lenta e dolorosa. Ela é tudo o que importa, e sem ela... a vida é um vazio.

— É tão forte e... intenso— murmurou.

Tomei coragem para abrir os olhos, mergulhando no céu azul que me encarava.

 Sorri fraco.

— É sim.

Louise piscou algumas vezes e me afastou bruscamente, ficando de pé. Franzi o cenho sem entender a mudança repentina de humor.

— O que eu fiz? – perguntei.

— Sinto muito, Seth. É melhor eu ir.

Ela se afastou em passos rápidos para fora de casa e eu demorei meio minuto para raciocinar. Sai apressando, percebendo que ela estava entrando na floresta.

— Louise – gritei, enquanto corria – Espera ai!

Eu sabia que havia me ouvido, mas não fez muita questão. Pois apressou o passo correndo ainda mais entre as arvores. Arranquei as peças de roupa do meu corpo o mais rápido que consegui, ainda conseguia ouvi-la e não tinha a menor possibilidade de acabar com uma das poucas roupas que ainda não haviam se transformado em pedaços no chão da floresta. Deixei com que o lobo saísse, me transformando. Em seguida eu corri na direção de seu cheiro.

 - Seth? O que está acontecendo?— a voz de Sam preencheu os meus pensamentos.

Apenas rosnei em resposta.

Não era hora para conversas.

 - Estou perto!— Embry gritou em minha cabeça – Consigo alcança-la.

Cuidado!— pedi em meus pensamentos.

Eu estava a pouca distancia do lobo quando ouvi Louise soltar um grito assustado com a presença do meu amigo lobo. Em minha cabeça conseguia ver exatamente o que Embry via. Ela o encarava enraivecida, mas não conseguia sair do aperto que as patas do animal faziam em seus ombros.

Então ela revirou os olhos e Sam riu.

Ele estava logo atrás de mim.

Cheguei no momento em que o cheiro adocicado de vampiro atingiu nossas narinas me causando dor de cabeça. Embry rosnou e tirou as patas de Louise, que aproveitou a distração para pular para o outro lado da linha que dividia o território entre os Cullen e nós.

Pouco me importava qualquer tratado. Na minha cabeça, nem fazia mais sentido que ele existisse, já que Jacob e eu o ultrapassávamos quase que diariamente e vice-versa com Louise e Renesmee. Pulei também, parando a poucos centímetros de distancia dela, que carregava a duvida no olhar. Então me lembrei que era a primeira vez em que me via na forma lupina e que poderia nem saber que era eu naquele emaranhado de pelos cor areia.

Me abaixei sob as patas, encostando o focinho no chão. Ela sorriu de lado mas ficou de pé, pronta para correr mais uma vez. Antes que pudesse fazer, os braços de Edward alojaram-se envolta de seus ombros, e agora sim ela não conseguia fugir.

Valeu cara!— pensei sabendo que ele ouviria.

Estava pronto para me enfiar atrás de algumas arvores e voltar para a minha forma humana quando a loura colocou as mãos envolta das de Edward, que prevendo o golpe tentou se desvencilhar, mas a vampira foi mais rápida, olhando diretamente em meus olhos.

Estremeci ao entender exatamente o que estava fazendo.

O Cullen conseguiu sair do toque dela, a repreendendo com o olhar. Mas a mesma pareceu não ligar, pois ainda me encarava sem expressão alguma.

E mesmo que o contato houvesse durado segundos eu soube que ela havia lido minha mente.

E agora sem dúvidas alguma sabia que era o meu Imprinting.


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Notas finais do capítulo

Me digam o que acharam, por favor?
Gostaram? Esperavam que Louise soubesse sobre o Imprinting de outra forma? Odiaram?
XOXO.



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