Click! et Brille escrita por Biax, EsterNW


Capítulo 2
Uma Vaga E Um Sonho


Notas iniciais do capítulo

Bia:
Oie! Agora é a minha vez x) Hoje voltaremos no tempo para vocês conhecerem mais das meninas e como elas chegaram em Paris!
Boa leitura!
Obs: Sempre intercalaremos os capítulos, viu? Semana passada foi da Ester, hoje é meu, e assim por diante.

Ester:
Fala, meu povo! Sentiram saudades da gente nessa semana que passou? Porque eu estou morrendo de vontade de postar kkkk
Só pra lembrar: esse cap é composto basicamente de um flashback, antes da festa do capítulo anterior, certo? Mas as coisas voltam ao normal a partir do próximo cap xD
Boa leitura ;)



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Guardei os equipamentos dentro de suas respectivas caixas, e uma a uma, comecei a organizá-las dentro do armário embutido. Ao me virar, encontrei Bonnet atrás de mim segurando uma das caixas, e quase pulei de susto.

— Já falei para não chegar assim! — resmunguei, rindo.

— Eu não resisti. Sabe que eu gosto de te encher. — Ele me entregou a caixa, rindo.

— Bobão. — A deixei em seu lugar e me virei para ele. — Por que ainda está aqui?

— Estava terminando alguns relatórios, assinando uns papeis. Coisas burocráticas.

— Coisas chatas.

— Basicamente. — A última caixa me foi entregue por ele, e eu a guardei.

— Fiquei sabendo que temos uma vaga para uma modelo. Será que eu posso indicar uma? — Dei um sorrisinho, afim de conseguir uma resposta afirmativa.

— Poder, pode, mas você sabe que recebemos diversas de cartas de apresentação.

— Eu sei...

— É conhecida sua?

— Minha amiga do Brasil. Ela já é modelo, e o sonho dela é vir para cá trabalhar.

— Bom, peça para ela mandar a carta e algumas fotos. Você sabe o que é necessário. Não posso prometer que ela será escolhida — disse compreensivamente, dando um passo em minha direção. Sua mão afastou meus fios do ombro esquerdo.

— Sim, eu sei, mas ela é boa. Ela é bonita, simpática, sabe, como uma boa brasileira é.

Consegui lhe arrancar um sorriso. — Entendi. Tudo bem.

— Vou falar com ela quando chegar em casa. — Eu me aproximei e dei um beijo no canto de sua boca.

Nem fiz menção de me afastar, mas Bonnet me segurou no lugar e acariciou seus lábios nos meus.

— Ela não vai se importar de esperar um pouco, vai? — sussurrou.

— Provavelmente vai, mas acho que ela entende...

Enquanto nos beijávamos, ele me empurrava para trás, até encostarmos nas prateleiras do armário. Suas mãos subiram em meus braços, até os ombros, e pararam ali, no pescoço. Ouvi alguns barulhos ao mesmo tempo que levava uma mordiscada, e o afastei rapidamente, me virando e fechando as portas do armário.

Logo, a porta do estúdio foi escancarada e Kim entrou, sem fôlego.

— Esqueci meus fones! — anunciou, correndo para um dos sofás do outro lado da sala. Tentei acalmar meu coração, pelo quase flagra, observando-a mexer entre as almofadas, até achar seu pertence. — Achei! Ciao, Jú!

— Bye, bye!

Kim saiu da sala, tão barulhenta quanto entrou, e eu voltei a abrir as portas do armário, encontrando o prisioneiro com as mãos nos bolsos, como se estivesse passando o tempo ali.

— Você não aprendeu ainda.

— Não, ainda não. — Ele me puxou pela mão de volta, e ainda fechou as portas, nos deixando no escuro.

...

Assim que cheguei no apartamento, deixei meus sapatos na porta. Larguei as chaves, coloquei a mochila em uma das cadeiras da mesa de jantar pequena e peguei meu celular. Ativei o wi-fi e esperei as mensagens carregarem.

Surgiram algumas da minha mãe, em alguns grupos e do contato que eu queria. Abri a conversa da Marimar e cliquei no ícone de telefone, deixando no viva-voz enquanto ia até a cozinhar beber um copo d’água. Não demorou para que minha amiga atendesse.

— Oi, Ju!

— Oi, Mari. Você não vai acreditar no que aconteceu... — comecei. Nossas conversas sempre eram em português. Era um ótimo jeito para que ninguém entendesse nadinha.

— Desembucha já! O que foi?! — exclamou, extremamente curiosa, como sempre.

— Temos uma vaga na agência e...

— AI MEU DEUS. É SÉRIO? JU, VOCÊ TÁ BRINCANDO. NÉ?

Provavelmente meus vizinhos ouviram aquilo.

— Não, não tô brincando. É sério. Você precisa me mandar uma carta de apresentação e algumas fotos.

— Meu Deus, meu Deus, meu Deus... — repetia ela rapidamente. Provavelmente estava andando de um lado para o outro em seu quarto. — E depois? O que acontece?

— Se eles gostarem, vão te chamar para uma entrevista. Você vai ter que vir pra cá.

A ouvi suspirar profundamente algumas vezes. Escutei alguns sons de coisas sendo largadas, passos, sua respiração. Alguns gritinhos abafados também.

— E aí, vai mandar ou não? — apressei.

— CALMA. Eu vou ver e te aviso... Mando pra qual e-mail?

— Manda para o meu mesmo. Eu vou encaminhar para o meu chefe ou algum responsável pela seleção.

— Tá bom... Ai, Ju, quase eu morro do coração.

— Eu sei que você tá animada, e você sabe que eu não gosto de ser pessimista, mas... não fique tão esperançosa. São muitas meninas que concorrem.

— Sim, eu sei! Mas não consigo não ficar esperançosa! Você sabe que é meu sonho!

— Eu sei, eu sei.

— Ah, você já se inscreveu no curso lá?

— Ainda não. As inscrições abrem lá para o começo de agosto. Começa na primeira semana de setembro.

— Hmm. Entendi.

— Bom, vou fazer minha janta. Nos falamos depois.

— Tá bom. Beijinhos.

— Au revoir.

Finalizei a chamada e coloquei o player para tocar no aleatório, baixinho. Dei uma olhada no calendário na geladeira. Era dia dezoito de julho...

Como era engraçado pensar que eu já estava em Paris há pouquinho mais de um ano. Foi uma coisa de louco tudo o que aconteceu, tão de repente. Tudo graças a uma cliente que gostava do meu trabalho de fotógrafa. Ela me indicou para um estágio, eu fiz a entrevista pelo Skype, e poucos dias depois recebi a notícia de que eu fui selecionada para a vaga. E, como eu tinha alguns dias para pensar, fiquei pensando. O tempo todo. Em todos os momentos. Afinal, não é algo simples você pegar suas coisas e viajar para a França, sem conhecer ninguém, sem conhecer o lugar, precisar arranjar um lugar para ficar...

Foi uma correria.

Quando cheguei, aluguei um quarto de hotel e fiquei nele durante alguns meses, enquanto juntava dinheiro. Felizmente o salário era ótimo, e depois de quase cinco meses consegui comprar esse apartamento pequeno de quarto, sala, cozinha e banheiro. Eu ainda estou pagando, aliás. Vai demorar até conseguir quitar a dívida, mas o antigo dono do apartamento é muito gentil.

Essa semana fez um ano de estágio, e para comemorar, meu chefe me efetivou. Foi tão gracinha... Ele me chamou na sala dele quando todos foram embora, me deu um chocolate e me entregou os papeis da efetivação.

Eu mal acreditei.

Não que não acreditasse no meu potencial, afinal, minhas fotos sempre foram muito elogiadas, e normalmente os modelos ficavam bem confortáveis comigo. Ainda assim, foi uma surpresa. Muito boa, claro.

Nós comemoramos por algumas horinhas na sala dele...

Enfim.

Eu espero passar essa boa sorte para a Mari. Quero muito que ela consiga essa vaga.


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Notas finais do capítulo

Bia:
Acho que não precisa ser dito que a Mari conseguiu a vaga shaushas Agora sim começamos a história!
Esperamos que tenham gostado. Até mais o/

Ester:
E assim chegamos aqui xD Marimar nem um pouco empolgada, né? Daqui a pouco iam ouvir ela da China, se gritasse mais um pouco xD
Até mais, povo o/



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