Cinderella escrita por Alina Black
Notas iniciais do capítulo
Pov Nessie
Jacob e Sam cresceram juntos, viajaram juntos. Passaram por vilas e cidades, cachoeiras e rios, bosques e florestas...e não ão faltaram os grandes obstáculos para eles, um grupo de amigos, enfrentando frequentes cercas, um ajudando o outor a transpor abismos...
Em suas vidas as subidas e descidas foram realidade sempre presente. Juntos, percorreram retas, apoiaram-se nas curvas, descobriram cidades...
Mas um dia chegou o momento de cada um seguir viagem sozinho... Que as experiências compartilhadas no percurso não foram suficientes para alcançarem a alegria de chegar ao destino projetado. Sam perdeu-se em sua própria dor, e apesar de tudo que ele houvera feito nos últimos anos desde a morte de Leah, Jake sentiu a morte dele.
Jake ficou em silêncio e solitário diante da lápide com as descrições Sam Uley, ficava ao lado da lápide de Leah, como Seth havia cuidado dos preparativos para o enterro ele imaginou que aquele fosse um desejo dele. Caia uma fina chuva naquela manhã e após dar a Jake um momento para ele eu caminhei lentamente e parei ao seu lado o cobrindo com um guarda-chuva.
O braço dele passou em volta da minha cintura e seus lábios tocaram minha cabeça – Vamos para casa, você precisa descansar!
— Eu estou bem! Murmurei, porém, compreendia a preocupação dele, eu havia saído a um dia do hospital, após o ocorrido com Sam, mesmo Jassie e eu estando bem Jake não queria que eu passasse por mais nenhum tipo de estresse, ele havia prometido que me daria um final de gravidez tranquila.
A mão livre dele tirou o guarda-chuva das minhas mãos e caminhamos abraçados na direção dos portões do cemitério, por mais que aquele não fosse o destino que queríamos para Sam finalmente estávamos livres.
Depois disso o tempo passou depressa...
— Vou pedir para embalarem isso, você ainda vai passar em casa ou já vai pegar a estrada?
Alice perguntou enquanto organizava as peças de roupas de bebê que eu havia escolhido – Preciso ir para casa, são duas horas de viagem e eu estou preocupada.
— Eu notei, você está na loja faz apenas uma hora e já ligou quatro vezes para ele. Respondeu Alice.
— É que mesmo Lucy estando conosco Jacob é um pouco, teimoso, e quer resolver tudo sozinho.
Alice riu – Vou apressar os embaladores.
— Obrigada Alice. Sorri.
Enquanto Alice apressava os embaladores eu caminhei pela loja olhando alguns vestidos, peguei novamente o celular enviando uma nova mensagem a Jake “ Está tudo bem ai?” prontamente ele respondeu “ Amor você me perguntou isso a dez minutos.”
Baixei a cabeça e ri.
Talvez eu estivesse exagerando, talvez não, eu estava.
Guardei o celular na bolsa sorrindo e meus olhos se voltaram a menina loira que olhava alguns vestidos, ela havia parado próximo um lindo vestido rosa de festa, sorriu largamente, mas ao olhar a etiqueta com o valor seus olhos arregalaram-se, ela soltou o vestido e suspirou.
— Precisa de ajuda? Perguntei me aproximando.
— Você trabalha aqui? Ela perguntou dando um sorriso tímido.
— Não, sou cliente como você, é que observei que parece indecisa.
Ela sorriu novamente – Oh, eu só estou olhando, meus pais trabalham no Plaza e eu ganhei um convite para o baile desse ano.
Dei um sorriso largo – Ano passado eu fui ao baile!
O sorriso tímido de seus lábios se tornou largo, seus olhos brilharam – E como é?
— Foi perfeito! Respondi.
— Seu vestido era bonito? Ela perguntou voltando a olhar os vestidos – Eu não encontrei nada para mim aqui, acho que terei que ir a outra loja.
Não gostou dos modelos – Perguntei a acompanhando.
Ela balançou a cabeça – Não, claro que gostei, todos são lindos, mas não são para mim!
Ao ouvi-la, lembrei que ela havia olhado a etiqueta, provavelmente os vestidos eram caros para seus pais pagarem por qualquer um deles, dei alguns passos para trás e olhei para ela, fazendo uma breve analise, a garota tinha quase a mesma estatura que eu, ela me olhou com desconfiança.
— Eu tenho um palpite que existe um vestido aqui que é para você!
Seu olhar se tornou de surpresa – Sério? Ela sibilou.
Concordei com a cabeça – Me acompanhe!
Caminhamos pela loja e descemos dois degraus, um pouco mais afastado dos vestidos havia uma vitrine com um manequim vestido com um lindo vestido azul, os sapatos transparentes que imitavam cristal e uma tiara estavam sobre uma pequena almofada ao lado do manequim.
— O vestido da Cinderella! Ela sibilou olhando para mim.
— Sim! Sorri olhando para o vestido – Diz a lenda que ele foi feito por uma costureira que é descendente de uma poderosa bruxa, mas essa costureira é boa e tem poderes mágicos, não é qualquer pessoa que cabe nesse vestido, somente usará ele a menina que ele escolher.
A menina olhou para o vestido encantada – Já pensou se ele me escolhesse...
— Por que não tentamos? Sugeri acenando para Alice que parecia me procurar pela loja.
Ela sorriu – Ah, imagina, ele não cabe em mim.
— O vestido escolhe você, não custa nada tentar.
— Mas...ela deu uma pausa e suspirou sussurrando – Eu não tenho como pagar por ele, com certeza e muito caro.
— Isso não é problema algum! Respondi.
— Como não...
— Encontrei você! Alice falou ao se aproximar de nós – Suas compras já estão no carro.
— Obrigada Alice! Respondi sorrindo – Mas agora temos uma nova missão aqui!
Alice olhou para o vestido e sorriu para mim.
Apesar da garota discordar que o vestido caberia em seu corpo, Alice a convenceu, seguimos as três para o trocador, e assim que puxei o zíper em suas costas a garota olhou-se no espelho não acreditando no que via.
Eu sorri me colocando atrás dela e apoiei a mão em seu ombro – Ficou perfeito! Em seguida dei uma pausa – Qual seu nome?
— Ella! Respondeu a garota.
— Nossa, parece que temos uma nova Cinderella aqui! Alice sorriu para mim.
— Ella! O vestido é seu.
Ella me olhou assustada- Mas eu não posso pagar por ele.
— Não se preocupe – Alice a acalmou – Esse vestido é mágico, ele não é pago pois não tem valor.
Os olhos de Ella novamente arregalaram-se - Então levarei de graça?
Alice e eu concordamos com a cabeça.
A garota parecia não acreditar e sorriu abraçando Alice.
— Obrigada! Ela falou voltando sua atenção para mim.
— Aproveite o baile, talvez apareça um príncipe encantado.
Ella sorriu.
Alice chamou alguns vendedores para ajudar Ella com o vestido, me despedi da menina e caminhei ao lado de Alice na direção da porta da loja.
— É parece que você terá que passar o cargo – Alice suspirou.
— Como assim? A olhei confusa.
— Você ainda é a Cinderella até o dia do baile, não se preocupe vou providenciar seu vestido!
Conhecendo Alice como eu conhecida decidi não dizer não a ela, nos despedimos e entrei no carro, olhei para o relógio e estava ficando tarde, novamente a preocupação me dominou.
A oito meses, Jake e eu havíamos nos mudado para Durbuy, para casa onde tínhamos passado nossa lua de mel, Jake agora cuidava das fabricas que tinha em Camy e Bruges, e havia aberto uma filial em Durbuy, a casa de Bruges havia ficado com Paul e Rachel que agora esperava um bebê, como a família deles ia crescer Rachel achou que precisava de um lugar maior para morar.
Quando o carro passou pela guarita de pedra da cidade eu relaxei, segui pelas estreitas ruas cercadas de casas medievais e finalmente estacionei na frente de nossa casa.
Sai do carro com as sacolas nas mãos e entrei apressada, ao chegar na sala Jake falava ao telefone usando o fone de ouvido, com Jassie sendo segura por apenas um braço dele enquanto o outro estava segurando o aparelho celular, ele andava de um lado para o outro enquanto a pequena bebê balançava as perninhas achando aquilo divertido.
Dei um sorriso jogando as sacolas sobre o sofá – Cheguei! Falei chamando a atenção dele.
— Mamãe chegou! Ele murmurou enquanto eu me aproximava, selei seus lábios tirando Jassie de seus braços e selei seus lábios – Senti saudade! Ele murmurou.
A sala estava uma zona, havia mamadeiras por cima da mesa de centro, brinquedos espalhados por todas as partes, e algumas fraudas descartáveis sobre o sofá – Foi tão difícil assim? Perguntei sorrindo enquanto Jassie procurava por meu seio sobre o tecido da minha blusa.
Jake ergueu as sobrancelhas – Não, foi tranquilo, essa princesa se comportou muito bem! Respondeu ele dando um beijo na cabeça de Jassie.
— Jake ela só tem quatro meses! Murmurei me sentando no sofá e deitando a menina em meu colo, abri minha blusa e dei meu seio a ela – Se Jassie com apenas quatro meses você fez essa zona como será quando ela tiver mais idade?
Jacob me olhou pensativo e tirou os fones do ouvido encerrando a ligação que estava -Podemos montar um parquinho no meio da sala, colocamos um cercadinho e a deixamos lá.
Eu gargalhei – Você não está falando sério, não é?
— Não, não estou! Ele riu - Vou cuidar dessa bagunça! Falou deixando o celular sobre o sofá e começou a juntar os brinquedos.
Balancei a cabeça negativamente rindo e voltei a cuidar de Jassie que minutos depois dormiu em meu seio.
Enquanto Jake terminava de arrumar os brinquedos eu fui para o quarto de Jassie e a coloquei em seu berço, a cobri com um coberto e beijei suavemente sua bochecha, a bebê dormia tão tranquilamente que deduzi que ela não havia dormido metade do dia, Jacob sempre fazia bagunça e não a deixava dormir.
Fechei a janela e as cortinas do quarto e sai novamente na direção da sala, a bagunça não existia mais, Jake estava na cozinha e o cheiro delicioso que começou a aumentar me fez deduzir que ele estava fazendo o jantar.
— Eu estou começando a me sentir o chefe da casa! Falei rindo me encostando no balcão – Sabe, eu vou para a faculdade, vou trabalhar e quando retorno você está em casa a minha espera preparando meu jantar.
Ele gargalhou muito alto.
— Jake! O repreendi – Se a acordar a Jassie é você quem vai passar a noite toda acordado com ela.
Jacob franziu o cenho – Acho pouco provável que ela acorde – Em seguida desligou o fogão e deu alguns passos em minha direção parando a minha frente – Eu a deixei bem cansadinha hoje, porque eu não pretendo dividir a mãe dela! Suas mãos envolveram minha cintura me puxando para ele.
— É mesmo? Perguntei passando os braços em torno de sua nuca – E quais seus planos para a mãe dela?
Ele sorriu e ergueu meu corpo me sentando sobre a mesa – Muitos, eu pretendo começar aqui na cozinha! Ele respondeu ficando com o corpo entre minhas pernas – E terminar no quarto! Murmurou ele em meu ouvido.
— Se continuarmos assim teremos mais bebês para cuidar! Falei rindo enquanto sua boca deslizava por meu pescoço e suas mãos abriam os botões da minha blusa.
— Não tem problema, temos mais um quarto! Ele respondeu subindo os lábios até os meus me dando um beijo intenso e apaixonado.
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