Cinderella escrita por Alina Black


Capítulo 3
Dezessete anos


Notas iniciais do capítulo

POV Nessie



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/786458/chapter/3

—humm...

A língua áspera em meu rosto me despertava, lentamente meus olhos se abriam e o pequeno poodle estava dentada sobre mim me olhando fixamente.

— Ainda está cedo Honey! Resmunguei.

Honey latiu pulando sobre a cama, puxei os lençóis tentando me proteger, mas logo me dei por vencida e sorri me sentado na cama, olhei para o relógio e já passavam das oito horas.

—Ai meu Deus.

Dei um pulo da cama correndo para o banheiro, havia compreendido porque Honey estava insistindo tanto para que eu levantasse, o navio que mamãe retornaria chegaria as oito horas mesmo não morando muito longe do porto não queria deixar mamãe e vovô a minha espera.

Entrei no banheiro e tomei um banho rápido saindo enrolada na toalha e abri meu closet pegando o primeiro vestido que vi em minha frente, escovei os cabelos e peguei minha bolsa saindo do quarto.

— Vem Honey, vou te dar seu café estou atrasada.

Enquanto seguia pelo corredor estranhei a estranha movimentação na casa, algumas vozes desconhecidas vinham da sala – Será que temos visitas? Murmurei olhando para Honey.

Apressei meus passos caminhando em direção as escadas e logo vi o senhor  Montivanne sentado ao lado de tia Maeve.

— O que aconteceu? Perguntei enquanto descia as escadas.

—Oh querida! Tia Maeve se levantou vindo em minha direção, lancei um olhar de incompreensão para minhas primas Melissa e Abby que enxugavam algumas lagrimas.

— Algum problema tia, sente-se bem?

— Aconteceu uma tragédia! Ela respondia.

— Como assim tragédia? Perguntei olhando para o senhor Montivanne – O navio com a mamãe já chegou?

Minha tia desabou em lagrimas e eu me aproximei do velho motorista totalmente confusa – Será que pode me explicar?

— Renesmee, eu não tenho boas notícias.

— Onde está a mamãe e meu avô? Insisti.

— Alguns barcos pequenos chegaram ao cais essa manhã com passageiros, houve um acidente e o navio naufragou, a marinha já está a procura de sobreviventes.

— Onde está a mamãe e o vovô? Insisti

— Eles estão entre os desaparecidos! O senhor respondeu.

—Como? Perguntei sentindo meu coração apertar em meu peito, caminhei e forma apressada até a porta sendo seguida por Honey e sai correndo em direção ao porto.

O porto ficava a alguns minutos, essa era a vantagem de se morar em Camy como a cidade era pequena tínhamos um acesso mais rápido a algumas coisas.

Ao chegar no porto eu parei ofegante olhando para o cais, Honey latiu aparecendo ao meu lado, a língua para fora denunciava o quanto estava cansada, me abaixei a pegando em meus braços enquanto caminhava em meio a pessoas que ali haviam em busca de notícias dos passageiros do navio.

Eu caminhei com Honey em meus braços em direção a uma multidão que olhava uma lista na parede, calmamente consegui me aproximar mais observando os nomes, para meu desespero na lista estavam Isabella e Charlie Swan.

Eu desabei.

— Não pode ser! Murmurei enquanto caminhava com Honey – A mamãe e o vovô não podem estar mortos – Segui lentamente me afastando do porto e decidi retornar pra casa.

O senhor Montivanne não estava mais quando retornei, tia Maeve parecia estar mais calma e dava alguns ordens a Lucy, a senhora que trabalhava em nossa casa desde que eu nasci, ao me ver Lucinha como eu carinhosamente a chamava veio em minha direção e me puxou para seus braços.

— Menina, como você está? Estávamos preocupados com você.

— A mamãe e o vovô estão vivos, eu sinto Lucinha! Murmurei a abraçando.

— Tenha fé meu amor, sua mãe é forte e vai aparecer.

Concordei com a cabeça e desci Honey dos meus braços – Por favor pode dar a comida dela, eu vou para o meu quarto!

Lucinha concordou chamando Honey, tia Maeve me olhou de uma forma estranha, eu fiquei em silêncio e fui para o meu quarto, a única coisa que eu precisava era ficar sozinha.

Ao entrar em meu quarto olhei para o porta-retrato sobre meu criado mudo e o peguei em seguida me deitei na cama e o abracei forte.

— Mamãe, por favor volte! Sussurrei abraçada a nossa foto juntas.

Lembrei das ultimas palavras da mamãe, havíamos planejado sairmos juntas para comemorar meu aniversário, o dia o qual eu imaginei que seria um dos mais felizes estava se tornando o pior dia da minha vida, eu estava completado dezessete anos e não tinha nenhuma razão para comemorar.

Honey entrou pela pequena portinha criada para ela e pulou em minha cama passando a língua em meu rosto, eu a abracei forte sendo vencida pelas lagrimas, a pequena poodle se aninou ao meu lado tentando me confortar.

Durante o resto do dia não sai do meu quarto, Lucinha levou o almoço, mas eu não tinha fome, e a noite insistiu para que eu jantasse, eu tentei comer apenas para não a preocupar mas a fome havia desaparecido.

Acabei adormecendo.

Na manhã seguinte acordei cedo desejando eu tudo não passasse de um pesadelo, mas era real, após tomar banho e dar comida para Honey sai em direção ao porto em busca de notícias, para minha surpresa tia Maeve estava no porto.

— Não sabia que viria! Murmurei a olhando surpresa.

— Oh querida, isso será muito difícil para você! Ela falou ao se aproximar.

—Isso o que? Perguntei sem compreender.

—Encontraram alguns corpos, infelizmente o da sua mãe e avô estão entre eles!

— Não! Neguei com a cabeça.

— Eu sei que é difícil, mas você tem dezessete anos, precisa aceitar.

—Onde estão, eu quero ver! Falei de forma exaltada.

— Não podemos! Tia Maeve respondeu – Eu já reconheci os corpos, são de Charlie e Isabella.

—Não! Eu respondi novamente sendo vencida pelas lagrimas.

— Irei tratar do velório, eles acham melhor leva-los direto para serem enterrados não estão em boas condições.

—PARA! Gritei – É MENTIRA EU PRECISO VER!

— Eu já disse que não pode, vamos para casa você está muito nervosa! Tia Maeve segurou meu braço, Honey latiu a fazendo se afastar.

— Não é verdade! Falei olhando para o mar, mesmo que tia Maeve insistisse dizendo que eles estavam mortos, aquela luz de esperança em meu coração continuava acesa, por alguma razão ela insistia em dizer que eles estavam vivos.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Cinderella" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.