Cinderella escrita por Alina Black


Capítulo 2
Escolhas


Notas iniciais do capítulo

Pov. Bella



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Bela.

Essas são as palavras mais difíceis as quais escrevo em toda a minha vida, mas são palavras necessárias para que possamos seguir nossos caminhos.

Sei que não escrevo a você a mais de um mês, eu precisava de um tempo para tomar decisões importantes, e finalmente as tomei.

Quero que saiba que eu estou abdicando do nosso amor, pelo seu bem, pelo bem de nossas famílias, não podemos agir como dois adolescentes irresponsáveis e inconsequentes, não voltarei para Bruges tão cedo, terminarei a faculdade e farei uma viagem por toda a Oceania e quando finalmente eu estiver pronto retornarei e assumirei os negócios de meu pai como ele  pediu em seu leito de morte a duas semanas atrás.

Fiz algumas promessas e preciso cumpri-las, infelizmente não poderei cumprir a que fiz a você, guardarei você para sempre no fundo do meu ser, você sempre será a mulher da minha vida,

Seja Feliz Bela, jamais esquecerei nossos momentos juntos.

Edward.

As lagrimas molhavam o pedaço de papel enquanto eu o guardava dentro do envelope, era a terceira vez que eu lia aquela carta nos últimos seis meses e ainda não acreditava que ele havia me abandonado, Edward havia brincado comigo, todas as palavras e promessas não passavam de mentiras, Edward havia me abandonado grávida e sozinha.

Durante toda a minha gravidez Charlie mal falava comigo, nós saímos de Brusque assim que minha barriga começou a crescer, eu era apenas uma adolescente de dezesseis anos e Charlie pediu transferência da polícia de Bruges alegando que eu estava problemas de saúde.

 Fomos morar em uma vila industrial com aproximadamente setecentos habitantes chamada Camy,  situada no topo de uma colina e cercada por vinhedos e plantações de oliveiras, Camy era uma cidade cheia de pequenos castelos, próxima ao mar e foi exatamente em um pequeno castelo que eu dei a luz a uma linda menina a qual dei o nome de Renesmee.

Camy era uma das principais produtoras de chocolate de Bruges como Charlie virou chefe de policia da vila não foi difícil para ele conseguir para mim um trabalho em uma das fabricas, quando Renesmee completou um ano eu voltei a estudar, Charlie ficava com ela enquanto eu ia para o colégio, e assim eu consegui terminar o ensino médio.

Quando Renesmee completou cinco anos, minha tia Maeve ficou viúva, ela tinha duas filhas da mesma idade que Renesmee, como o marido havia a deixado sem nada Charlie ofereceu estádia para ela em nossa casa, tia Maeve também começou a trabalhar em uma das fabricas, o castelo não era tão grande, tia Maeve dividia o único quarto eu havia sobrado com as filhas, mas como se tratava de um quarto grande, elas estavam bem confortáveis.

E o tempo passou...

Nunca contei a Charlie quem era o pai de Renesmee, ou melhor, minha pequena Nessie, esse foi o apelido dado a ela por seu amigo imaginário, eu achei estranho de inicio mas acabamos aceitando o apelido que ela mesma havia se dado, durante dez anos trabalhei duro em uma das fabricas e pouco a pouco consegui dar a Nessie todo conforto que uma garota de dezesseis anos poderia ter, Nessie estudava em uma escola do vilarejo e estava terminando o ensino médio, em breve ela sairia de Bruges e conheceria o mundo.

— Eu pensei em ir para França!

Nessie falou animada enquanto folheava uma revista de faculdades me mostrando as que ela queria, ela era o meu orgulho, mesmo que isso me irritasse ela a cada dia que passava ela se parecia com Edward, não somente na aparência mas no modo de falar e o dom para o piano, Nessie tocava piano perfeitamente sem nunca ter tido aulas, ela aprendeu sozinha após comprar um piano em um brechó com suas economias e olhando revistas de notas musicais.

Mas se de um lado ela era como Edward de outro ela era como eu, sonhadora, Charlie sempre me chamou a atenção por tê-la criado em uma redoma de vidro, as poucas vezes que ela havia saído de Camy foi quando estava doente e mesmo assim a levei a cidade as pressas, eu não queria que ela fosse vista por um Cullen.

— Nos Estados unidos existem as melhores faculdades do mundo!

Eu falei dando um sorriso enquanto terminada de me vestir, Nessie sorriu se jogando em minha cama e deixou a revista de lado olhando para mim.

— Mamãe, você tem mesmo que viajar?

— Charlie precisa de mim! Eu respondi caminhando até a cama e sentei ao lado dela- Você conhece seu avô, desde que mudou para aquela ilha rural ele não tem se cuidado direito, Charlie Swan se tornou um aposentado irresponsável por ele mesmo.

Nessie riu abraçando o travesseiro.

— Eu poderia ir com você, sabe que odeio ficar sozinha com tia Maeve e as meninas! Ela reclamou.

— São apenas dois dias meu amor! Respondi colocando uma mecha de seu cabelo atrás da sua orelha – E se você for, quem cuidará da Honey?

Ela suspirou sentando-se na cama – Tem razão!

Dei um sorriso e curvei meu corpo abrindo a gaveta de meu criado mudo e tirei de dentro uma caixinha – Seu presente de aniversário! Falei sorrindo entregando a caixinha a ela.

Nessie sorriu largamente.

—Mas ainda faltam dois dias! Ela falou voltando a sentar na cama e me abraçou forte – Ah mamãe, eu te amo tanto!

— Como voltarei no dia do seu aniversário decidi me antecipar!

Nessie abriu a pequena caixa, dentro havia uma gargantinha em ouro branco com um pequeno pingente, um diamante lapidado em forma de lagrima, nunca havia parado pra saber o valor daquela joia, mas tinha certeza que valia mais que nossa casa, foi um presente que Edward havia me dado.

—É lindo! Nessie sussurrou colocando a gargantilha, a ajudei a prender em seu pescoço – Mas deve ter sido muito caro mamãe!

— Parece que é muito valioso, mas acho que terá um valor bem maior para você se souber quem me deu!

—Quem? Ela me olhou curiosa.

— Seu pai!

O sorriso dela alargou ainda mais e ela pulou da cama indo para frente do espelho – Papai deu a você antes de morrer? Ele é tão lindo! Ela falou virando-se para mim e caminhou em minha direção me abraçando – Obrigada mamãe, é o presente mais lindo que poderia me dar.

— Porque você merece! Respondi beijando sua testa.

— Vou guardar com todo amor do mundo! Ela respondeu tirando a gargantilha e devolvendo a caixa – Eu te amo mãe!

— Também amo você! Respondi a puxando para meu colo.

Não erámos apenas mãe e filha, Nessie e eu erámos amigas, não sábia se um dia se ela descobrisse que o seu pai ainda estava vivo ela me perdoaria por ter mentido, mas aquela era a forma que eu tinha de protege-la, ela sofreria muito mais se soubesse que o pai havia a rejeitado por isso havia dito que seu pai tinha morrido em um naufrágio.

Quando terminei de arrumar minha bolsa saímos juntas do quarto, Nessie levou o seu presente para o seu quarto enquanto eu me despedia de tia Maeve.

— São apenas dois dias tia, espero trazer Charlie comigo.

— Não se preocupe querida, eu cuido de tudo por aqui e de Nessie! Ela respondeu gentilmente.

— Boa viagem mãe! Nessie falou retornando e me abraçou forte.

— Se comporte, você e Honey! Falei dando um beijo em sua testa enquanto a pequena cadelinha nos rodeava – E você Honey cuide da Nessie!

Nessie riu se abaixando e pegou a cadelinha nos braços, então a pequena carruagem parou diante de nossa casa, subi na mesma e sorri acenando para ela à medida que nos afastávamos.

Nunca imaginei que eu passaria tanto tempo longe dela...


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