Neighbours escrita por Angel Carol Platt Cullen


Capítulo 3
Capítulo 3: Inesperado




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Capítulo 3: Inesperado

Já faz alguns meses que eu ‘trabalho’ na casa dos Cullen e num dia, de repente Jasper veio para cima de mim. Não sabia por que ele me atacou naquele momento não fez isso antes. Talvez nunca esteve sozinho comigo antes.

Somente Edward estava em casa, por sorte ele ficou, ou ele ficou para ser meu guardião, pois não confiam que Jasper ficaria comigo normalmente, como não aconteceu. Talvez Alice tenha previsto a tragédia.

Nesse feriado, Alice, Bella e Renesmee foram ao shopping fazer compras – elas vão demorar muito, pois lá é o ‘paraíso’ de Alice -; Emmett, Rosalie e Esme foram caçar enquanto Carlisle iria trabalhar no hospital. Ele estaria de plantão. Na volta Esme foi visitar o marido e os dois voltaram juntos para casa.

Não foi tão difícil quanto eu imaginava que seria, não com Emmett. Ele me aceitou bem, mas Rosalie e Jasper foi outra história. Digamos que eles me toleram.

 Por falar nele, ele deveria ter saído com o grupo que foi caçar, mas não quis. Decidiu ficar não sei por quê. Ele sabia que não estava bem e precisava se alimentar.

Alice deve ter previsto que o companheiro poderia decidir ir ou não e estava preparada para o que aconteceria e por isso orientou Edward a ficar – ele queria ter saído junto com elas para o shopping, mas Alice disse em pensamento para ele que era necessário que ele ficasse.

— Jazz não! – grita Edward e eu imediatamente percebo Jasper do meu lado, antes que eu pudesse piscar.

Ele deve ter lido o pensamento do irmão apenas uma fração de segundo antes de ele avançar sobre mim. Esse é o risco de ter uma empregada humana, eu sabia que isso poderia acontecer um dia trabalhando com vampiros, mas eu não esperava. Eu sei que deveria ter sido mais cuidadosa.

O que houve? Por que agora? Sempre tomei muito cuidado para não me ferir e sangrar, pois eu sei do perigo. Não sou boba. Porém há uma coisa que eu não consigo controlar. Posso prever através da dor abdominal.

Deve ser isso. Eu deveria estar quase menstruada e ele sentiu o cheiro, por isso me atacou.

Eu sempre ficava em casa durante essa semana e não vinha, tanto por eles como para minha segurança. Era minha folga mensal, já que eu vinha todos os outros dias.

Eu me preocupava mais com Jasper do que com os outros e realmente eu estava certa. Era meu instinto falando, mas eu não dei tanta atenção quando deveria, apesar de ter escutado um pouco.

Fico paralisada de medo ao ver Edward tentando conter o irmão. Apesar de estar sedento eles dois ainda são muito fortes. A experiência de luta que Jasper tem por ter estado no exército confederado – ele é mais de cinquenta anos mais velho do que o irmão apesar de aparentar apenas dois anos - acaba prevalecendo sobre o irmão.

Se Edward que é um vampiro teve poucas chances, imagine eu que sou apenas uma humana fraca. Estou morta! Me preparo pensando a última coisa que eu sempre imaginei para esse último momento, sempre soube que minha última ideia seria Esme, mas não pensava que seria assim desse jeito. Penso: ‘Carlisle, Esme eu te amo, me perdoem’.

— Fuja Carol! – Edward me comanda, porém não consigo mover nenhum músculo.

Finalmente Jasper consegue se desvencilhar do irmão mais novo e vem em minha direção como um leão vem sobre a presa. Vejo a morte em seus olhos escuros. Ele sorri ao perceber como estou apavorada.

Fecho os olhos esperando pela mordida no pescoço, mas ele me arremessa para trás e eu caio da janela do segundo andar sobre a grama do jardim dos fundos da casa.

Ao abrir meus olhos por causa do impacto vejo vagamente a Mercedes preta e Carlisle e Emmett aparecem. O jovem pula em direção ao prédio para entrar por onde saí e segurar o irmão para impedi-lo de vir atrás de mim.

Nem ouvi quando ela saiu do carro, mas sei que se ajoelhou do meu lado.

— Querido eu não posso fazer isso! – Esme diz com a voz agoniada.

— Me perdoe criança – diz Carlisle inclinando sobre mim e sussurrando em meu ouvido.

Imediatamente sinto que alguém me morde.

...XXX...

 

A dor é insuportável como sempre disseram e eu não acreditava. Achava que podia passar pela transformação, estavam só querendo me assustar e fazer mudar de ideia. Eles não estavam mentindo. Era tudo verdade. Eu achava que já conhecia a dor, no entanto eu estava equivocada. Como eu estava enganada!

As surras que eu levei não chegam nem aos pés desse sofrimento! Que agonia horrível!

Por favor alguém acabe com isso, faça isso parar! Me deixe morrer em paz! Eu não quero mais, chega, por favor!

Aos poucos meus pensamentos ficam mais claros e eu me lembro porque eu queria me tornar uma vampira. A queimação parece estar diminuindo e consigo pensar em outras coisas além da dor medonha. (Eu estou ficando mais forte.)

Esme! É por ela que eu quero viver para sempre. Preciso ser forte por ela! Sim, ela vale a pena! Eu quero ficar para sempre ao lado dela e Carlisle!

Eu sei que vou sobreviver, parece que não, mas ninguém que tenha chega a esse estágio morre mais. Agora o único caminho é se tornar um imortal, um ser sobrenatural.

...XXX...

 

Não sei depois de quanto tempo ouço passos entrando na sala e a respiração da pessoa que estava ao meu lado fica acelerada:

— Oi querida, como ela está? – ele beija a esposa rapidamente.

Então era Esme! Eu sabia que ela ficaria comigo o tempo todo. Memorizo os cheiros deles dois.

— Carlisle, será que ela vai ficar bem? Ela deve estar sofrendo muito pobrezinha!

Suas vozes estão espetaculares! Ainda mais cativantes do que já eram quando eu ainda era humana. Deve ser porque agora meu ouvido está melhor e posso escutar mais.

— Ela está muito bem. Olhe como ela já está pálida. Parece muito com você, ainda mais agora do que quando ainda era humana.

— Sim, agora ela é uma vampira como eu. O que vamos fazer?

— Ela pode ser sua irmã.

— De acordo, mas será que ela vai aceitar?

— Com certeza meu amor, não tenha dúvida. Ela vai ficar lisonjeada até.

De repente meu coração começa a bater mais rápido, a princípio eu pensava que fosse devido a proposta deles, todavia logo entendi que já estava terminando o processo de transformação.

— Já esta acabando! – declara Carlisle.

— Sim! – rejubila Esme.

Ai, como dói! Me sinto um fósforo queimando até o final. Lembro que a chama aumenta quando está quase acabando o combustível, no caso, o palito de madeira. O combustível do meu corpo deve também estar terminando. Meu coração parece uma metralhadora batendo desesperadamente, porém é inútil resistir; já era. Eu vou me tornar uma vampira. Acabou.

A dor faz com que meu peito de eleve sozinho em direção ao céu e logo quando ouço a última batida de meu coração, meu corpo tomba de volta na cama.

— Carol, acorde, meu amor! – me chama Esme.

Abro os olhos e fico deslumbrada ao ver cada mínimo detalhe. Viro minha cabeça na direção em que ouvi a voz dela e fico ainda mais maravilhada quando a vejo.

Antes mesmo de qualquer coisa, sem pensar já estou abraçando ela:

— Eu te amo!

— Oh querida, eu também!

— Carol, solte-a, você pode machucá-la – diz Carlisle.

— Oh, me desculpe! Eu não queria...

— Eu sei sweetie— diz Esme para me acalmar. – Não se preocupe eu vou ficar bem.

Virei para o lado e fiquei fascinada ao ver Carlisle pela primeira vez, se eu já o considerava lindo com meus olhos humanos, agora ele é simplesmente divino. Eles dois são anjos!

— Vamos caçar filha? – ele propõe.

— Caçar?

— Sim, você deve estar com sede querida – diz Esme.

Agora que ela mencionou eu realmente sinto minha garganta seca, algo parecido com aquilo que sentia quando era humana e a boca ficava assim. Mas agora não é a boca e sim a garganta e além do mais parece uma fornalha.

— Onde estamos?

— Estamos nos EUA. Não se preocupe não permitiremos que machuque ninguém.

Descemos as escadas e não vejo ninguém.

— Onde estão todos?

— Estão na faculdade.

Saímos da casa rumo a floresta.

...XXX...


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