Me Encontre escrita por SouumPanda


Capítulo 18
Mudanças




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Minha espinha estava arrepiada, engoli seco me virando e vi Annabelle ali sorrindo radiante, com o cabelo mais curto, mas com a mesma sensualidade e até mais simpática e receptiva, abri um sorriso constrangido a vendo vir com os braços aberto para um abraço que dei brevemente olhando em volta com medo de ver Caleb.

— Você está ótima Zoey, como está? – Ela questionou beijando brevemente meu rosto.

— Digo o mesmo Annabelle, vou muito bem e você? – Ela sorriu afirmando. – Olha eu tenho que correr, marquei almoço com a turma, porque não vem?

— Claro, vou sim. Só tenho que pegar um pacote para meu irmão. – Após falar de forma natural vi o constrangimento em seu rosto, assim como era possível notar o meu desconforto, mordi o lábio involuntariamente imaginando onde ele estaria. – Ele está viajando Zoey, fique tranquila. – Ela disse apoiando uma mão em meu ombro como se fosse me tranquilizar. – Pelo menos foi isso que ele me disse e por isso estou aqui. – Sorri e ela fez o mesmo.

— Bom se encontramos no restaurante então. – Paguei rapidamente o novo videogame de Isaac, estava atrasada o que me fez ser imprudente em certos momentos, queria ser a primeira a chegar e não a última, parei em frente ao restaurante e respirei fundo pela pressa como se ao invés de ser o carro, quem estivesse correndo fosse eu. Entreguei a chave para o manobrista, ajeitei a roupa e entrei, todos me olhavam, todos estavam lá, Peyton apesar de me olhar, ainda evitava me olhar nos olhos, acho que ela não sabia de fato que eu sabia do seu relacionamento com meu pai, todos se levantaram e me abraçaram cordialmente, quando me ajeitei na mesa, olhares curiosos seguiam cada um dos meus movimentos.

— Está linda Zoey, diferente. O casamento e a maternidade te fizeram bem. – Ellie disse gentilmente sorrindo, tornei a sorrir.

— Todos vocês estão ótimos. – Eu disse pedindo uma água. – Bom, estou um pouco corrida, tenho algumas coisas para fazer e queria fazer um anunciado. – Falei pausadamente com todos me olhando e Peyton crescendo o olhar em mim. – Logo é meu aniversário e pretendo fazer uma festa a fantasia, o que acham? – Eu disse vendo todos abrirem sorrisos animados.

— O bom que já podemos pensar no que vestir. – Ellie disse dançando na cadeira e todos aplaudindo, visto que último aniversário levei eles a Londres. Harper me encarava sem esboçar emoção nenhuma, estava me deixando um pouco desconfortável.

— E quero apresentar oficialmente minha filha para vocês. – Todos fizeram um coro de “onw”, tomei um breve gole de água e logo pedimos a comida, assim que Annabelle chegou se aproximando de Harper e sentando ao seu lado, reparei ambas falando baixo, mas estava procurei esperar se fosse algo elas falassem. Todos queriam contar sobre tudo, Peyton estava visivelmente desconfortável, limpei a boca terminando minha refeição. – Está tudo bem Peyton? – Minha pergunta a fez pular e todos a encararam, era visível que todos sabiam, mas queria que ela me falasse.

— Está sim. – Ela disse limpando a boca e bebendo água, abri um sorriso torto e sarcástico.

— Não tem nada para me falar? – Fixei nossos olhares e respirei fundo. – Tipo você e meu pai? – O clima estava instalado, todas nos olhavam e Peyton pressionou os lábios. – Só quero que saiba que se vocês estão confortáveis com isso, tudo bem para mim. – Forjei um sorriso olhando para o relógio. – Tenho que ir, muita coisa para resolver, mas se vamos na festa. Mando o convite para vocês, até daqui sete dias. – Eu disse beijando todos no rosto e abraçando Peyton ternamente, peguei minhas coisas e fui para casa, meu peito berrava precisando ordenhar leite ou amamentar Louise. Logo que estacionei em frente de casa, respirei fundo entrando, Louise chorava e apertou meu coração pensar que fosse fome, John tentava acalmar ela, a peguei no colo dando um breve beijo e subindo com ela e John para o quarto, assim que dei o peito para ela, ela se acalmou, John revirou os olhos rindo.

— Fico pensando quando seus peitos serão meus e não dela. – Ele disse em bom humor e revirei os olhos, ele sentou ao meu lado afrouxando a gravata e acariciando o pé de Louise que balançava freneticamente.

— Resolvi fazer uma festa de aniversário, irei contratar alguém para fazer tudo. – Sorri e ele fez o mesmo. – Podemos mandar para todo o condomínio, chamando para a festa nos apresentando caso alguém ainda não nos conheça. – Eu disse em bom humor o vendo se aproximar e selar ternamente nossos lábios.

— Faça o que quiser, será lindo. – Ele disse suspirando e espreitando o olhar. – Preciso te contar uma coisa. – Ele parecia nervoso e aflito. – Fui a um especialista, ele me passou uns remédios para um tratamento, que se eu fizer certinho, pode ser que tenhamos mais filhos. – Minha espinha gelou, acho que meu rosto paralisou visivelmente, olhei Louise dormindo no peito e olhei para ele.

— Louise não tem nem um ano. – Eu disse mostrando o desconforto. – É algo que precisamos conversar daqui uns meses. – Eu forjei um sorriso vendo o rosto dele se animar com a possibilidade, eu realmente amava ser mãe de Louise, mas seria capaz de amar ser mãe de duas crianças? – Pode ir buscar Isaac para mim? – Eu disse mudando de assunto e ele afirmou selando nossos lábios ternamente e o vendo levantar da cama, coloquei Louise do meu lado na cama, fiquei olhando ela dormir tranquilamente. As palavras de Annabelle não saia da minha cabeça dizendo que Caleb não estava na cidade, me dando uma liberdade para tirar Louise de casa e mostrar ela ao mundo, mostrar que sou mãe da menina mais linda desse mundo. Acabei dormindo com Louise e perdendo todo o jantar, quando acordei atordoada não sabia exatamente se era o dia seguinte ou ainda o mesmo, Louise já não estava na cama, passei pelo quarto dela, Angelina tinha dado um banho nela e ela brincava com ela no tapete, sorri para ambos e ouvi conversas no andar inferior da casa, desci as escadas e vi a porta entre aberta do escritório de John, notei uma moça ruiva de costas e entrei vendo o sorriso de John se abrir ao me ver.

— Querida essa é afilhada de Angelina, Katarina você sabia dela? – Quando fiquei de frente com a mesma, seu olhar em John me fez a olhar desconfiada, ela estava ali com um vestido justo que teve que abaixar para levantar e apertar minha mão, fui até John e sentei sobre sua perna a olhando e analisando o seu jeito de devorar meu marido, respirei fundo tentando ponderar o ciúme que eu estava querendo sentir. – Então, Angelina veio até mim pedindo se tinha como arrumarmos uma vaga para ela, seja como babá de Louise ou na casa mesmo.

— Sim, claro. – Eu disse sem jeito e encarando a mesma. – E você tem experiência como babá ou como empregada? – A linguagem corporal da mesma era suspeita e talvez seja o ciúme que eu estava sentindo, mas não conseguia digerir a ideia dela trabalhar em casa.

— Como eu estava falando para seu marido. – Ela disse com uma voz arrastada e um tanto sensual. – Estava no México, minha madrinha mandou vir vê-la e me disse da possibilidade de um emprego, sempre gostei de crianças, cuidei de algumas no México. – Ela suspirou cruzando a perna e chamando tanto a minha atenção quanto de John. – E consigo fazer o serviço que precisar. – Ela completou olhando John, era visível o desconforto dele. Angelina sempre foi uma excelente funcionaria que a tratávamos como da família, sua afilhada era outros quinhentos, mas como Angelina tinha pedido seria uma afronta não arrumar algo para ela.

— Peça para sua madrinha te arrumar um quarto aos fundos, vamos fazer um teste e ver se consegue desenvolver o trabalho, será ajudante de Angelina, seja com a casa ou com Louise. – Eu disse tentando parecer uma pessoa rígida, mas não podia deixar o ciúme tomar conta do meu senso. Ela se levantou esboçando um riso torto, logo John e eu fizemos o mesmo, apertando gentilmente sua mão e vendo Katarina sair com seu vestido colado no corpo, John me virou me fazendo arquear a sobrancelha o vendo ali de frente comigo. – O que foi?

— Achei que não fosse contratar a moça, porque né. – Ele falava em bom humor sentindo o tapa que dei em seu ombro, John caiu na risada me apertando em um abraço. – Mas ninguém te supera meu amor. – Ele mordeu o lábio me beijando ternamente, quando com apenas um movimento me colocou sentada na mesa entrando no meio das minhas pernas. Nosso beijo intenso me fazia sentir meu coração disparar e meu corpo querer ele ali, agora. Riamos entre o beijo quando me coloquei a desabotoar a camisa dele a porta tornou se abrir e paramos o beijo pulando de susto, Angelina estava sorrindo envergonhada, senti meu rosto queimar e sabia que estava vermelha. – Algum problema? – John questionou gentilmente.

— Não, é que a banheira está pronta, para o banho que me pediu. – Ela estava sem graça, John se afastou afirmando com a cabeça e eu desci da mesa me ajeitando.

— Obrigada Angie. – Eu disse cordialmente e quando ela ia sair eu respirei fundo. – Angie, depois apresente Katarina ao Isaac e Louise. Ela vai te ajudar nas funções da casa. – Eu sorri sem jeito e ela apenas afirmou terminando de fechar a porta. Assim que Angelina saiu, John me pegou jogando em seu ombro me carregando escada acima, meus gritos e risos histéricos ecoavam pela casa, John ria, destilando um tapa forte em minha bunda e gargalhando em minhas suplicas para me colocar no chão, quando entramos no quarto, ele trancou a porta me olhando maliciosamente, vindo em minha direção e me beijando de forma intensa, sentindo seus dedos passar pelo meu cabelo e indo me levando para o banheiro. John me ajudava com a roupa da mesma forma que eu terminava de tirar a dele, quando entramos na banheira sentamos de frente um com o outro, minha mente estava distante, com Katarina e a maldade em seu olhar, John passou seu pé carinhosamente em minha perna chamando minha atenção e sorri sem graça.

— O que te aflige? – Ele questionou me encarando e tentei não parecer tensa negando com a cabeça, ele veio até mim entrando no meio das minhas pernas e encostando nossas testas. – Pode falar comigo sobre tudo você sabe né? – Ele disse abrindo um riso terno e selando nossos lábios e eu concordei com as cabeça o beijando intensamente, queria John, queria muito. Ele me fazia bem, seu corpo, seu cheiro, ele me pertencia. Era infantil sentir ciúmes assim? Acho que de forma moderada não, elevei minhas pernas em torno do seu quadril e senti John entrar em mim, seu pau deslizava para dentro me preenchendo e eu cravei as unhas em suas costas sentindo os movimentos lentos, porém com certa força que fazia a água transbordar e inundar o banheiro. John era carinhoso, gentil e ao mesmo tempo conseguia me foder com força sem piedade, e eu o amava por isso. Quando estávamos juntos éramos inquebráveis, era assim que me sentia com ele, inquebrável, ele era minha rocha, minha força, o ter em mim me passava que ele sempre seria meu, nossos corpos se conheciam, era automático a atração. E eu amava isso, amava ele e tudo que tínhamos e o que construímos. Após nosso longo, literalmente relaxante banho, enrolei um roupão para sair do banheiro deixando John ainda na banheira, escutei batidas na porta do quarto e Isaac me gritando. Quando abri a porta assustada ele me encarou.

— Zoey, eu vi Caleb. – Ele disse afobado, e aquelas palavras fizeram meu coração disparar, minhas pernas não me obedeciam, meu estomago embrulhou, como assim? Ele viu Caleb? Aqui no condomínio, Isaac desceu as escadas correndo querendo me mostrar e eu sai correndo atrás dele, tomada pelo desespero em saber que ele observava nossa casa, quando abri a porta da sala, era um breu total, apenas luzes e um silencio mortal, nem uma alma na rua. Engoli seco olhando tudo, fechei o roupão procurando ar, quando tornei a entrar em casa novamente Isaac apontava embaixo do post de luz na casa da frente. – Eu juro que vi ele, olhando, vi da janela do meu quarto. Ele acenou para mim. – Isaac se defendia enquanto entrava e eu ativava o alarme da casa.

— Está tudo bem Isaac, acredito em você. – Eu disse com pesar, beijando sua testa e subindo as escadas. -  Vá para seu quarto tudo bem, fique longe das janelas e durma. – Eu disse parando na porta do quarto dele.

— Ele vai pegar a Louise? – Ele perguntou com pesar e meus olhos lacrimejaram e neguei com a cabeça.

— Não, claro que não. – Eu me abaixei o abraçando. – As vezes era algum vizinho e você se confundiu, agora pode dormir tranquilo que estamos todos seguros. – Eu disse passando tranquilidade vendo o sorriso de Isaac, mas meu coração estava a mil e minha cabeça também. Quando entrei no quarto, vi John sentado na cama sem camisa apenas com uma calça de malha leve, sorri o vendo vir em minha direção, ele me beijou sua em minha boca parecia que ia me engolir, não era um beijo natural, era um beijo agressivo, ele me prendia em seus braços como nunca tinha me prendido, o empurrei com força e nos encaramos.

— Qual é seu problema? – Sai de perto dele indo me vestir, via ele me olhar sombriamente, nunca o vi assim, nos encarávamos e um choro desesperado, estava preso em minha garganta. Quando coloquei um pijama comprido de malha fria, parei diante dele, que ainda estava parecendo agora abalado e com olhos marejados.

— Me senti estranho, ouvi Isaac falar de Caleb e você sair correndo atrás dele Fiquei em choque em transe, não quero que ele te toque, nunca mais. – Ele se aproximou segurando meus braços fortemente, franzi a testa sentindo meu braço doer, olhei para ele e olhei para suas mãos apertando meus braços. – Sou capaz de matar se ele te tocar. – Sua voz era baixa e ameaçadora, nunca o tinha visto assim, certamente ele estava delirando, não queria Caleb me tocando e muito menos ver Caleb. Meus olhos de espantos e o choro silencioso fazendo lagrimas rolarem pelo meu rosto o fez perceber que estava me assustando, quando ele piscou algumas vezes mudando o semblante para o olhar doce que sempre vi. – Me desculpe amor, não queria. – Ele disse me soltando e eu o empurrei o vendo vir em minha direção novamente.

— Saí de perto de mim John. – Ele parou de andar, nos encaramos e saí do quarto sentindo seu olhar em mim.

— Zoey. – Escutei chamar meu nome em suplica enquanto batia a porta.


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