Life-changing field trip escrita por Matt the Robot


Capítulo 11
Aves famintas


Notas iniciais do capítulo

Música de hoje é Ainda bem, de Marisa Monte ♥



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O dragão e o lêmure correram para se esconder atrás de Appa, enquanto as aves avançavam em direção a eles. Apesar de Zuko e Aang terem sido pegos de surpresa, ele imediatamente se prepararam para usar suas dobras. Antes que as aves chegassem mais perto, Aang rapidamente ergueu um muro de pedras que as separou do grupo.

— Ictiogrous?? – exclamou ele, incrédulo. – Achei que eles só comessem peixes!

— Parecem mesmo ictiogrous, mas eu nunca vi nenhum com dois pares de asas – analisou Zuko, criando fogo com as mãos.

Os supostos ictiogrous voaram mais para cima e passaram pela barreira de pedras, varrendo a região com o olhar, à procura da presa. Eles se prepararam para mergulhar no ar.

Aang lançou rajadas de ar na direção das aves, com a intenção de espantá-las para longe, mas elas se desviavam com facilidade.

— Eles são muito rápidos! – disse Aang.

As aves chegaram muito perto de Appa e tentaram alcançar Momo, mas o bisão rugiu, fazendo-as recuarem. Ele criou uma rajada de vento com a cauda e conseguiu acertar uma delas, mas a outra desviou.

— Vou tentar distraí-los – disse Zuko –, e aí você age.

Aang assentiu. Zuko jogou pequenas chamas na direção dos pássaros, tomando cuidado para não acertá-los; eles voltaram sua atenção para o fogo, esquivando-se, e dessa forma, não perceberam quando Aang manipulou o ar e as envolveu em um redemoinho, em seguida produzindo uma grande rajada que as levou para bem longe. Agora era possível ver apenas duas formas voadoras indistintas, que foram embora.

Momo saiu do seu esconderijo e pulou no colo de Aang, que o abraçou. Klusa se enroscou em torno de Zuko, também sendo abraçado.

— Ufa – murmurou Aang. – Você está a salvo, Momo. Ainda bem que não foi uma ameaça maior.

— Ainda bem – concordou Zuko. – Mas foi bem inesperado.

— Ah sim, Zuko, você disse que tinha que me falar uma coisa – lembrou o Avatar. – O que era? “Eu gosto…”?

Zuko arregalou os olhos; tinha quase esquecido de que estava prestes a contar a Aang que gostava dele.

— Eu… – começou ele.

Mas toda a coragem que antes ele reunira havia sumido depois da interrupção, e o Senhor do Fogo não conseguiu contar nada; em vez disso, mentiu só para responder alguma coisa.

— Eu queria dizer que eu gosto mais desse caminho! – Ele apontou para o lado direito da bifurcação, onde as pedras da estrada continuavam com o padrão colorido, enquanto no lado esquerdo, elas eram de uma cor só. – Acho que a gente deveria ir por aí.

Aang encarou Zuko, franzindo o cenho e levantando uma sobrancelha, um pouco desconfiado. Mas deixou pra lá.

— Então tá… Vamos lá.

O grupo seguiu viagem. Enquanto caminhavam, Zuko amaldiçoou a si mesmo mentalmente, e depois ficou ensaiando o que dizer a Aang quando tivesse coragem de novo:

Você me faz tão feliz. Ainda bem que tenho você ao meu lado... Não, não, muito piegas. Ah, mas é fofo. E Aang é fofo. Você me faz feliz… O que eu fiz pra merecer você?


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Notas finais do capítulo

Não foi dessa vez, mas Zuko não desiste! Uma hora tem que acontecer, né?

Obs.: essas aves existem no universo de Avatar, e o nome original é cranefish. Elas são semelhantes a cegonhas/garças e têm escamas nas costas. "Ictiogrous" foi uma tradução minha (grou/grua = crane, e ictio- significa peixe).



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