Querido professor escrita por mjrooxy


Capítulo 13
Envolvimento




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— Meu Deus! - Sakura exclamou e tornou a fechar a porta.

Hinata e eu gargalhamos alto em seguida, por vê-la tão vermelha.

— Onde paramos? - perguntei, voltando minha atenção para a garota da minha vida.

— Aqui. - dito isso, ela me beijou.

Nesse momento meu mundo girou e eu nem conseguia assimilar o quanto aquilo era bom. Eu não podia descrever as sensações, meu coração batia acelerado, minhas mãos suavam, eu só conseguia pensar que estava beijando Hinata e que ela me correspondia.

Era surreal, maravilhoso! Eu a queria assim pra sempre, nos meus braços.

— Hinata... - sussurrei rente a sua boca e senti leves mordidinhas em meu lábio inferior. - Se for um sonho, não me acorde.

— Não é um sonho. - sua voz soou baixíssima.

Continuamos a nos beijar e ela me puxava cada vez mais contra si, eu já estava ofegando, tamanha a aproximação dos nossos corpos. E como eu queria isso, não era de agora. Eu sonhava com esse momento, até quando não deveria. Eu a queria para mim, com todas as minhas forças, depois desse beijo, só tinha mais certeza disso.

Em dado momento, eu até havia esquecido que estávamos em um hospital, pra mim só existia ela e eu no mundo. Nada mais valia a pena, nada mais importava.

Então eu a empurrei delicadamente, deitando-a desajeitadamente na cama, ainda sem cessar o contato. Hinata devolvia também puxando levemente meu cabelo, visto que eu cortava baixinho e não tinha muita coisa para segurar. Eu a apertei na cintura, sentindo sua pele macia e quentinha — graças a blusa que subiu um pouco com o atrito — e ela suspirou, acarinhado minhas costas com a mão livre, fazendo todo meu corpo arrepiar.

— Estamos no hospital. - ouvi em resposta.

— Estamos, né. - me afastei um pouco. - Desculpe, eu me empolguei.

— Eu também. - respondeu um tanto vermelha.

— Posso gritar agora? - Sakura voltou e sorria feito boba.

— Você estava vendo tudo? - questionei, incrédulo. - Sua vela de sete dias!

— Claro, ué. - ela falava como se fosse a coisa mais natural do mundo. - Meu shipp está acontecendo, dá licença!

Eu ri e Hinata me acompanhou.

— Por que fugiu e deixou Naruto sozinho? - Hinata perguntou, parecendo brava.

Ah meu Deus, tinha como ser mais fofa? Eu queria mordê-la todinha!

— Fui dar um ultimato em um certo Uchiha, agora já é ou já era. - Sakura explicou, se jogando na cama junto conosco. - Vou ficar de vela mesmo, superem! - eu fiz uma careta ao ouvi-la. - Estou com fome, a comida da Hinata é divina, você já sabe, né? - ela me olhou ao dizer isso e começou a comer o que eu não consegui.

— Já sim, eu comi tanto; pensei que fosse explodir.

Nós três rimos.

— Agora é minha vez, estou faminta!

Enquanto nós víamos Sakura devorar a comida, Hinata mantinha a mão pequena enroscada à minha. Era tão gostoso tê-la assim, perto. Eu ainda não conseguia acreditar, sabe? Parte de mim temia que aquilo acabasse e que ela não estivesse cem por cento certa sobre nós dois. Outra parte queria que aquela incerteza fosse para o inferno, pois eu aproveitaria cada segundo ao lado dela. Mesmo que depois Hinata me chutasse, ainda valeria a pena. No entanto, eu pedia aos céus que ela não mudasse de ideia sobre mim, do contrário, eu viraria aqueles caras que choram e enchem a cara no bar, tentando esquecer o que não podia ser esquecido.

— O que está pensando? - ouvi a voz de Hinata e voltei para a realidade.

— Nada importante. - menti, eu não iria bancar o possessivo, inseguro com ela agora.

— Não acho, você estava com uma expressão preocupada. - Hinata me olhava, como se escrutinasse meus pensamentos, ou conseguisse me enxergar por dentro, sabe?

Eu bem achava que aqueles olhos lindos tinham algum poder a mais, além de tanta beleza.

— Eu... Bem. - iniciei, sendo justamente aquilo que eu não queria ser, inseguro. - Tenho medo de te perder, entende... Agora que você está aqui.

Hinata me olhou com um misto de dó e solidariedade e eu me senti muito pequeno. O que Hinata sentia por mim, muito provavelmente, não chegava nem aos pés do que eu sentia por ela. Só que eu não ligava para isso. Eu só queria ter mais tempo ao seu lado.

— Eu não vou a lugar nenhum. - devolveu apertando minha mão, me desarmando completamente.

Era incrível a capacidade que Hinata tinha de me deixar sem palavras.

— Ownt, que fofura. - Sakura disse com a boca cheia.

— Sai fora, Sakura. - protestei, dando risada. - Que diacho, você devia nos dar um pouco de privacidade!

— Só depois que eu comer, conversem aí, eu não ligo. - ela ria. - Finjam que eu nem estou aqui.

Hinata deitou a cabeça em meu ombro e começou a rodear minha mão com o polegar.

— Você se acostuma com ela, depois de um tempo. - falou baixinho, olhando para a amiga, que comia feito uma draga.

Como podia ser tão magra e comer tanto?

— Ter ficado doente foi a melhor coisa que me aconteceu. - sussurrei de volta, rente ao ouvido de Hinata.

Ela sorriu e deixou um beijo em meu pescoço.

— Eu que o diga, vi coisas que jamais vou conseguir esquecer.

Entendi imediatamente a referência e senti meu rosto esquentar.

— Hinata falou que você é um gostoso. - Sakura se intrometeu novamente na conversa e eu ri, um pouco encabulado.

— Sai daqui, agora já chega. - Hinata levantou e expulsou Sakura do quarto com comida e tudo. - Come lá na recepção!

— Credo, Hina. - Sakura exalou. - Como ousa tratar sua melhor amiga desse jeito?

Eu só olhava a cena se desenrolar, definitivamente elas eram as garotas mais doidas que eu já havia cruzado na vida. Em contrapartida, eu não podia me sentir mais feliz.

Consequentemente, com as duas cuidando de mim o tempo todo no hospital e com Hinata me paparicando sem parar. Uma semana passou voando e eu logo voltei às aulas.

Todavia, eu tinha uma motivação diferente. Que, obviamente, era pegar Hinata sempre que a sala estava vazia, mas, estava tudo bem, nós tínhamos uma guarda-costas.

Pois, Shion ficava vigiando a porta toda segunda antes do intervalo, para que eu e Hinata tivéssemos privacidade. Visto que, ao receber alta do hospital, precisei agregar algumas novas atribuições à minha descrição de cargo, além de dar aulas e ser instrutor de TCC. Agora eu tinha que cuidar de uma certa aluna, muita da gostosa, por sinal.

E, precisava confessar, ser professor universitário nunca tinha sido tão excitante.


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