My Dear Babysitter - Concluída escrita por Julie Kress
Notas iniciais do capítulo
Hey, amores!!!
Mais um capítulo!!!
Boa leitura!!!
P.O.V Da Sam
— É verdade que o Noah vai para outra escolinha? - Ally perguntou quando fui buscá-la.
— Sim, seu pai resolveu mudar o seu irmão de escola. - Confirmei.
Ela entrou no carro e se acomodou, ajeitei seu cinto de segurança. Hannah estava presa à cadeirinha, brincando com o coelhinho de pelúcia. E Noah estava quietinho sentado no lugar dele.
— Quando vamos comprar o presente da Laura? - Perguntou.
— Não sei, Ally. - Fechei a porta do carro e dei a volta.
Assim que entrei e coloquei o cinto, senti uma pontada estranha no peito. Uma sensação bem ruim se apossando de mim.
Respirei fundo e liguei o carro, manobrei o veículo com calma. Eu tinha 3 crianças sentadas na parte traseira.
Estava concentrada ao volante, Noah lia um de seus HQ's, Ally brincava com seu vídeo-game portátil e a bebê estava cochilando agarrada ao Sr. Orelhudo.
Quando eu ia parar no sinal vermelho, fomos abordados por dois meliantes armados.
Um deles começou a gritar, batendo na janela ao meu lado. Os motoristas próximos aceleraram escapando, os homens com vestes surradas e com capuzes carregavam bolsas pretas, ambos desesperados, deviam ter assaltado algum lugar e estavam tentando fugir.
Ambos usavam máscaras pretas de malha grossa.
— SAIA DO CARRO OU EU ATIRO! - Me ameaçou aos berros.
As crianças começaram a chorar nos bancos de trás.
Sem outra alternativa e com medo que eles nos machucassem, me apressei para me soltar do cinto de segurança.
Minha única e maior preocupação era com as crianças.
Abri a porta e saí do Chevrolet Spin com as mãos para cima.
— Passa as chaves, anda, dona! - O mais alto apontou o revólver para mim.
Entreguei as chaves e seu comparsa deu a volta para ocupar o banco de carona.
— As minhas crianças, eu preciso...
— Se apresse, tire seus filhos do carro! - Ordenou sem desviar a arma.
Corri para soltar os meninos, primeiro o Noah, depois a Ally, ambos choravam assustados. A cadeirinha da bebê ficava no meio, ela estava aos prantos.
— Rápido, dona, se a polícia chegar, eu vou atirar em todos! - Esbravejou o bandido.
— Tia Sam, tia Sam... - Noah se agarrou em mim.
Ally começou a gritar pedindo por ajuda.
— CALA A BOCA, PIRRALHA! - Seu comparsa brigou.
Nervosa e toda atrapalhada, não conseguia tirar a bebê que estava presa. As travas emperraram. Ouvi eles ligando o carro, comecei a chorar apavorada.
— Depressa, mulher, você quer morrer? Eu vou atirar nos seus filhos primeiro e depois vou meter uma bala na sua cabeça, sua vadia! - Já estavam impacientes.
Noah gritava, Ally chorava cada vez mais, a bebê estava ficando vermelha, carros passavam em alta velocidade. Ninguém podia nos ajudar, se a polícia aparecesse, eles nos matariam.
"Deus, por favor, me ajude..."
Forcei as travas, finalmente consegui desprender a Hannah da cadeirinha, só deu tempo de tirá-la dali, eles arrancaram com o Chevrolet Spin, fugindo...
Quase fui ao chão com a bebê, me abaixei ali perto do meio-fio, as crianças se lançaram em mim, me abraçando, envolvi todos eles.
Apesar do enorme susto, estávamos bem.
Só levaram um dos carros do Freddie.
[...]
Horas depois...
P.O.V Do Freddie
Deixamos a Delegacia, Sam estava muito abalada, a conduzi para o meu outro carro. As crianças ficaram em casa com minha mãe, quando eu soube do ocorrido, fiquei desesperado. Larguei o meu expediente e corri para ver a mulher que amo e os meus filhos. Graças a Deus não fizeram nada com eles, quando os encontrei, todos estavam chorando e completamente abalados, abracei minha família agradecendo aos céus por ter sido apenas um susto.
Levaram nosso Chevrolet Spin, comprei principalmente por ser um carro espaçoso tamanho família. O carro era o de menos, não demorou muito para termos notícias, os malditos acabaram capotando numa avenida durante a fuga alucinada.
O seguro iria cobrir todo o prejuízo.
Quando chegamos em casa, Sam estava muito quieta e pensativa. As crianças correram para nos abraçar, Ally estava mais calma, só o Noah que continuava um pouco assustado.
Sam havia narrado o sufoco que passou enquanto tentava pegar a Hannah que acabou presa na cadeirinha.
Imaginei o seu desespero, quando a encontrei encolhida, abraçando as crianças, toda vulnerável e assustada, senti o meu coração afundar. Eu nunca tinha a visto tão frágil e ao mesmo tempo tão forte, ela protegeu meus filhos como se fossem dela.
Fez o que uma mãe de verdade teria feito. Sei que ela colocou as crianças acima de tudo.
— Querida, eu cuido deles. Que tal tomar um banho, comer algo e deitar um pouco? - Minha mãe sugeriu.
— Não, obrigada. Estou bem, dona Marissa. Só preciso de um banho, trocar essa roupa suja e vou preparar o jantar...
— Amor, o dia foi longo. Você precisa descansar. - A interrompi com calma.
Sam me fitou com os olhos arregalados e abriu a boca.
Então me dei conta, eu havia a chamado de amor.
— Está bem... - Acabou concordando.
— Não se preocupe com mais nada, está tudo bem. - Abracei ela.
Sam me apertou pressionando o rosto contra a minha camisa. Afaguei seus cachos macios.
— Sinto muito pelo Chevrolet... - Lamentou.
— Teremos outro em breve. O pior já passou. - Beijei sua cabeça.
Os bandidos foram para o hospital em estado grave. Iriam pagar pelo que fizeram...
[...]
— Amanhã vamos ao shopping, papai? Preciso de uma roupa nova para ir ao aniversário, e também precisamos comprar o presente da Laura. - Ally tocou no assunto na hora do jantar.
— Eu não sei se ainda vamos, filha. - Não estava no clima para sair, a Sam pelo visto também não.
— Ah, mas por quê, papai? - Minha filha me olhou inconformada.
— Coma, amanhã conversaremos. Vou pensar. - Prometi.
Ally me olhou e assentiu desanimada.
Noah estava quietinho demais.
Sam dava sopinha para a bebê. Mamãe não quis ficar para o jantar.
— Não quer comer, filho? Está sentindo alguma coisa? - Perguntei preocupado.
— O meu aniversário está chegando, não tenho ninguém para convidar, o senhor me tirou da escola. - Aquilo me pegou de cheio.
— Você não tinha amigos mesmo. - Ally não sabia controlar a língua.
Noah faria 5 anos na próxima semana.
— Ninguém gostava de mim. Me chamavam de chorão. - Abaixou a cabecinha, triste.
— Filho, você pode convidar seus primos e seus coleguinhas daqui mesmo. - Falei.
Os primos que eu me referia eram os filhos dos meus amigos e os filhos dos meus primos.
Noah brincava com os filhos de alguns de nossos vizinhos.
— Tia, Sam, você faz um bolo grandão? - Perguntou animado.
— Faço sim, até dois bem grandes. - Ela confirmou abrindo um sorriso espontâneo.
Ver o Noah feliz já aquecia o meu peito e me acalmava.
A felicidade dos meus filhos significava muito.
Voltamos a comer, depois ajudei a Sam com a louça do jantar.
— Você quer... Quer dormir comigo? - Abordei ela ali na cozinha.
A loira me olhou erguendo uma das sobrancelhas clarinhas.
Ela mordeu o lábio inferior e ficou pensativa.
Ri sem jeito, pelo visto ela tinha pensado em outra coisa...
— Apenas dormir, sabe? No meu quarto, na minha cama... - Ah, droga, eu devia estar parecendo um idiota.
— Claro. A noite está fria, você é quentinho, pode me aquecer... - Sorriu já com as bochechas coradas.
Tudo que eu queria era dormir agarradinho com ela e nada mais.
[...]
No dia seguinte...
P.O.V Da Sam
Era numa sexta à tarde, como o Freddie tirou folga, fomos fazer compras no shopping. As crianças queriam roupas novas para irem ao aniversário da amiguinha da Ally, ele se decidiu logo naquela manhã, como a bebê estava crescendo, tivemos que comprar umas coisinhas para ela também, eu já tinha separado as roupas e os sapatinhos que não serviam mais para serem doados.
— Bubu... — Hannah sacudiu o coelhinho de pelúcia.
Ela já balbuciava algumas sílabas.
— De manhã ela me chamou de papa. — Freddie insistia em dizer, ele estava todo bobo.
— Não foi não, ela disse baba... — Falei.
— É porque você não ouviu direito. - Teimou.
— Pai, eu quero aquele vestido. - Ally nos fez parar em frente à uma vitrine de moda infantil.
O vestido estilo retrô era simplesmente lindo.
— Filha, você não têm 10 anos. Esse vestido não é para a sua idade. - Ele analisou o modelito no manequim.
Era mesmo ideal para mocinhas de 10 à 12 anos.
— Eu não vou usar roupa de criança, a Laura vai usar um vestido estilo princesa e luvas de cetim. Eu não quero pagar mico na frente do Wesley Lanson. - Disse feito uma adolescente.
— Quêm é Wesley Lanson? - Freddie olhou para ela intrigado.
Prendi o riso já imaginando o chilique.
— É o meu par, nós vamos dançar na festa que vai ser um baile. - Ally respondeu naturalmente.
Freddie entortou a boca e franziu o cenho.
Beijei a bochecha da bebê enquanto segurava o riso.
— O quê? - Ficou incrédulo.
— Wesley será o meu par na festa, pai. Quero estar bem bonita. - Ela sorriu olhando para o vestido.
— Acho melhor a gente não...
— O vestido é lindo. - O interrompi antes que ele cancelasse tudo.
Freddie me olhou já vermelho, uma veia começando a saltar na testa. O bobão estava com ciúmes da filha.
Ally se afastou indo se aproximar da vitrine.
— Ela já pensa em garotos. - Se aproximou cochichando nervoso.
— Ela vai fazer 8 anos, é sem maldade. Eles devem ser amigos. - Eu disse com calma.
— Mas Sam, com essa idade eu já escrevia cartinhas de amor. - Mas é claro.
— Com essa idade eu fazia bolinhos de areia. - Nós dois rimos.
Mentira, tive o meu primeiro namoradinho com essa idade. Um garoto da minha turma, ele fazia meus deveres e pagava meus lanches.
— Ir ao aniversário da melhor amiga é importante para ela, você quer mesmo estragar isso por ciúmes bobos? - Indaguei.
Hannah encostou a cabecinha no meu ombro. Noah segurava a minha mão.
— É, você têm razão... - Concordou.
— Filha! - Ele a chamou.
Ela correu para perto de nós.
— Vamos entrar e ver se têm um do seu tamanho. - Se referiu ao vestido da vitrine.
Ally ficou mega animada.
Sorri para ele e lhe dei um selinho.
Entramos na loja para comprar o vestido.
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Que sufoco a Sam passou com as crianças, né???
Tadinha... Quêm achou que a bebê seria levada na fuga??? O susto foi grande...
Só perderam o carro, o que nem importa, Freddie ficou apavorado temendo o pior...
Ally falando num garoto e o Benson quase surtando. Papai ciumento kkkkkkkkk
Ainda bem que Sam sempre ameniza as coisas e tenta dar um jeito.
A festa mais importante será a dos 5 anos do Noah, fiquem ligados...
Até o próximo. Bjs