My Dear Babysitter - Concluída escrita por Julie Kress


Capítulo 33
Dia difícil: Ciúmes bobos...


Notas iniciais do capítulo

Hey, amores!!!

Mais um capítulo!!!

Boa leitura!!!



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P.O.V Da Sam

— É verdade que o Noah vai para outra escolinha? - Ally perguntou quando fui buscá-la.

— Sim, seu pai resolveu mudar o seu irmão de escola. - Confirmei.

Ela entrou no carro e se acomodou, ajeitei seu cinto de segurança. Hannah estava presa à cadeirinha, brincando com o coelhinho de pelúcia. E Noah estava quietinho sentado no lugar dele.

— Quando vamos comprar o presente da Laura? - Perguntou.

— Não sei, Ally. - Fechei a porta do carro e dei a volta.

Assim que entrei e coloquei o cinto, senti uma pontada estranha no peito. Uma sensação bem ruim se apossando de mim.

Respirei fundo e liguei o carro, manobrei o veículo com calma. Eu tinha 3 crianças sentadas na parte traseira.

Estava concentrada ao volante, Noah lia um de seus HQ's, Ally brincava com seu vídeo-game portátil e a bebê estava cochilando agarrada ao Sr. Orelhudo.

Quando eu ia parar no sinal vermelho, fomos abordados por dois meliantes armados.

Um deles começou a gritar, batendo na janela ao meu lado. Os motoristas próximos aceleraram escapando, os homens com vestes surradas e com capuzes carregavam bolsas pretas, ambos desesperados, deviam ter assaltado algum lugar e estavam tentando fugir.

Ambos usavam máscaras pretas de malha grossa.

— SAIA DO CARRO OU EU ATIRO! - Me ameaçou aos berros.

As crianças começaram a chorar nos bancos de trás.

Sem outra alternativa e com medo que eles nos machucassem, me apressei para me soltar do cinto de segurança.

Minha única e maior preocupação era com as crianças.

Abri a porta e saí do Chevrolet Spin com as mãos para cima.

— Passa as chaves, anda, dona! - O mais alto apontou o revólver para mim.

Entreguei as chaves e seu comparsa deu a volta para ocupar o banco de carona.

— As minhas crianças, eu preciso...

— Se apresse, tire seus filhos do carro! - Ordenou sem desviar a arma.

Corri para soltar os meninos, primeiro o Noah, depois a Ally, ambos choravam assustados. A cadeirinha da bebê ficava no meio, ela estava aos prantos.

— Rápido, dona, se a polícia chegar, eu vou atirar em todos! - Esbravejou o bandido.

— Tia Sam, tia Sam... - Noah se agarrou em mim.

Ally começou a gritar pedindo por ajuda.

— CALA A BOCA, PIRRALHA! - Seu comparsa brigou.

Nervosa e toda atrapalhada, não conseguia tirar a bebê que estava presa. As travas emperraram. Ouvi eles ligando o carro, comecei a chorar apavorada.

— Depressa, mulher, você quer morrer? Eu vou atirar nos seus filhos primeiro e depois vou meter uma bala na sua cabeça, sua vadia! - Já estavam impacientes.

Noah gritava, Ally chorava cada vez mais, a bebê estava ficando vermelha, carros passavam em alta velocidade. Ninguém podia nos ajudar, se a polícia aparecesse, eles nos matariam.

"Deus, por favor, me ajude..."

Forcei as travas, finalmente consegui desprender a Hannah da cadeirinha, só deu tempo de tirá-la dali, eles arrancaram com o Chevrolet Spin, fugindo...

Quase fui ao chão com a bebê, me abaixei ali perto do meio-fio, as crianças se lançaram em mim, me abraçando, envolvi todos eles.

Apesar do enorme susto, estávamos bem.

Só levaram um dos carros do Freddie.

[...]

Horas depois...

P.O.V Do Freddie

Deixamos a Delegacia, Sam estava muito abalada, a conduzi para o meu outro carro. As crianças ficaram em casa com minha mãe, quando eu soube do ocorrido, fiquei desesperado. Larguei o meu expediente e corri para ver a mulher que amo e os meus filhos. Graças a Deus não fizeram nada com eles, quando os encontrei, todos estavam chorando e completamente abalados, abracei minha família agradecendo aos céus por ter sido apenas um susto.

Levaram nosso Chevrolet Spin, comprei principalmente por ser um carro espaçoso tamanho família. O carro era o de menos, não demorou muito para termos notícias, os malditos acabaram capotando numa avenida durante a fuga alucinada.

O seguro iria cobrir todo o prejuízo.

Quando chegamos em casa, Sam estava muito quieta e pensativa. As crianças correram para nos abraçar, Ally estava mais calma, só o Noah que continuava um pouco assustado.

Sam havia narrado o sufoco que passou enquanto tentava pegar a Hannah que acabou presa na cadeirinha.

Imaginei o seu desespero, quando a encontrei encolhida, abraçando as crianças, toda vulnerável e assustada, senti o meu coração afundar. Eu nunca tinha a visto tão frágil e ao mesmo tempo tão forte, ela protegeu meus filhos como se fossem dela.

Fez o que uma mãe de verdade teria feito. Sei que ela colocou as crianças acima de tudo.

— Querida, eu cuido deles. Que tal tomar um banho, comer algo e deitar um pouco? - Minha mãe sugeriu.

— Não, obrigada. Estou bem, dona Marissa. Só preciso de um banho, trocar essa roupa suja e vou preparar o jantar...

— Amor, o dia foi longo. Você precisa descansar. - A interrompi com calma.

Sam me fitou com os olhos arregalados e abriu a boca.

Então me dei conta, eu havia a chamado de amor.

— Está bem... - Acabou concordando.

— Não se preocupe com mais nada, está tudo bem. - Abracei ela.

Sam me apertou pressionando o rosto contra a minha camisa. Afaguei seus cachos macios.

— Sinto muito pelo Chevrolet... - Lamentou.

— Teremos outro em breve. O pior já passou. - Beijei sua cabeça.

Os bandidos foram para o hospital em estado grave. Iriam pagar pelo que fizeram...

[...]

— Amanhã vamos ao shopping, papai? Preciso de uma roupa nova para ir ao aniversário, e também precisamos comprar o presente da Laura. - Ally tocou no assunto na hora do jantar.

— Eu não sei se ainda vamos, filha. - Não estava no clima para sair, a Sam pelo visto também não.

— Ah, mas por quê, papai? - Minha filha me olhou inconformada.

— Coma, amanhã conversaremos. Vou pensar. - Prometi.

Ally me olhou e assentiu desanimada.

Noah estava quietinho demais.

Sam dava sopinha para a bebê. Mamãe não quis ficar para o jantar.

— Não quer comer, filho? Está sentindo alguma coisa? - Perguntei preocupado.

— O meu aniversário está chegando, não tenho ninguém para convidar, o senhor me tirou da escola. - Aquilo me pegou de cheio.

— Você não tinha amigos mesmo. - Ally não sabia controlar a língua.

Noah faria 5 anos na próxima semana.

— Ninguém gostava de mim. Me chamavam de chorão. - Abaixou a cabecinha, triste.

— Filho, você pode convidar seus primos e seus coleguinhas daqui mesmo. - Falei.

Os primos que eu me referia eram os filhos dos meus amigos e os filhos dos meus primos.

Noah brincava com os filhos de alguns de nossos vizinhos.

— Tia, Sam, você faz um bolo grandão? - Perguntou animado.

— Faço sim, até dois bem grandes. - Ela confirmou abrindo um sorriso espontâneo.

Ver o Noah feliz já aquecia o meu peito e me acalmava.

A felicidade dos meus filhos significava muito.

Voltamos a comer, depois ajudei a Sam com a louça do jantar.

— Você quer... Quer dormir comigo? - Abordei ela ali na cozinha.

A loira me olhou erguendo uma das sobrancelhas clarinhas.

Ela mordeu o lábio inferior e ficou pensativa.

Ri sem jeito, pelo visto ela tinha pensado em outra coisa...

— Apenas dormir, sabe? No meu quarto, na minha cama... - Ah, droga, eu devia estar parecendo um idiota.

— Claro. A noite está fria, você é quentinho, pode me aquecer... - Sorriu já com as bochechas coradas.

Tudo que eu queria era dormir agarradinho com ela e nada mais.

[...]

No dia seguinte...

P.O.V Da Sam

Era numa sexta à tarde, como o Freddie tirou folga, fomos fazer compras no shopping. As crianças queriam roupas novas para irem ao aniversário da amiguinha da Ally, ele se decidiu logo naquela manhã, como a bebê estava crescendo, tivemos que comprar umas coisinhas para ela também, eu já tinha separado as roupas e os sapatinhos que não serviam mais para serem doados.

Bubu... — Hannah sacudiu o coelhinho de pelúcia.

Ela já balbuciava algumas sílabas.

— De manhã ela me chamou de papa. — Freddie insistia em dizer, ele estava todo bobo.

— Não foi não, ela disse baba... — Falei.

— É porque você não ouviu direito. - Teimou.

— Pai, eu quero aquele vestido. - Ally nos fez parar em frente à uma vitrine de moda infantil.

O vestido estilo retrô era simplesmente lindo.

— Filha, você não têm 10 anos. Esse vestido não é para a sua idade. - Ele analisou o modelito no manequim.

Era mesmo ideal para mocinhas de 10 à 12 anos.

— Eu não vou usar roupa de criança, a Laura vai usar um vestido estilo princesa e luvas de cetim. Eu não quero pagar mico na frente do Wesley Lanson. - Disse feito uma adolescente.

— Quêm é Wesley Lanson? - Freddie olhou para ela intrigado.

Prendi o riso já imaginando o chilique.

— É o meu par, nós vamos dançar na festa que vai ser um baile. - Ally respondeu naturalmente.

Freddie entortou a boca e franziu o cenho.

Beijei a bochecha da bebê enquanto segurava o riso.

— O quê? - Ficou incrédulo.

— Wesley será o meu par na festa, pai. Quero estar bem bonita. - Ela sorriu olhando para o vestido.

— Acho melhor a gente não...

— O vestido é lindo. - O interrompi antes que ele cancelasse tudo.

Freddie me olhou já vermelho, uma veia começando a saltar na testa. O bobão estava com ciúmes da filha.

Ally se afastou indo se aproximar da vitrine.

— Ela já pensa em garotos. - Se aproximou cochichando nervoso.

— Ela vai fazer 8 anos, é sem maldade. Eles devem ser amigos. - Eu disse com calma.

— Mas Sam, com essa idade eu já escrevia cartinhas de amor. - Mas é claro.

— Com essa idade eu fazia bolinhos de areia. - Nós dois rimos.

Mentira, tive o meu primeiro namoradinho com essa idade. Um garoto da minha turma, ele fazia meus deveres e pagava meus lanches.

— Ir ao aniversário da melhor amiga é importante para ela, você quer mesmo estragar isso por ciúmes bobos? - Indaguei.

Hannah encostou a cabecinha no meu ombro. Noah segurava a minha mão.

— É, você têm razão... - Concordou.

— Filha! - Ele a chamou.

Ela correu para perto de nós.

— Vamos entrar e ver se têm um do seu tamanho. - Se referiu ao vestido da vitrine.

Ally ficou mega animada.

Sorri para ele e lhe dei um selinho.

Entramos na loja para comprar o vestido.


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Notas finais do capítulo

Que sufoco a Sam passou com as crianças, né???

Tadinha... Quêm achou que a bebê seria levada na fuga??? O susto foi grande...

Só perderam o carro, o que nem importa, Freddie ficou apavorado temendo o pior...

Ally falando num garoto e o Benson quase surtando. Papai ciumento kkkkkkkkk

Ainda bem que Sam sempre ameniza as coisas e tenta dar um jeito.

A festa mais importante será a dos 5 anos do Noah, fiquem ligados...

Até o próximo. Bjs



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