My Dear Babysitter - Concluída escrita por Julie Kress


Capítulo 2
Contratada


Notas iniciais do capítulo

Hey, pessoal!!!

Fiquei bem feliz com os comentários. Valeu mesmo!!!

Espero que gostem do capítulo tanto quanto eu!!!

Aproveitem e boa leitura!!!



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No dia seguinte...

P.O.V Da Sam

Atrasada... Acordei atrasada para a minha entrevista de emprego. Como pude esquecer de colocar o bendito despertador para tocar uns 20 minutos adiantados? Pulei para fora e corri para o banheiro. Tomei uma ducha fria para despertar por completo. Me enrolei na toalha às pressas e fui revirar a cômoda onde estavam as minhas coisas, eu também tinha esquecido de separar uma muda de roupa na noite anterior.

Me sequei, borrifei um pouco de desodorante e tentei ao máximo secar meu cabelo com a toalha. Vesti um conjunto de lingerie qualquer e peguei uma blusa de mangas compridas, nada de decotes. Me arrumei numa velocidade absurda, pondo o meu jeans melhorzinho e por fim, calcei minhas sapatilhas simples após domar meus cachos com algumas escovadas, eles teriam que secar naturalmente até eu chegar lá, se eu fosse prendê-los, o meu cabelo ficaria ainda mais embaraçado.

Blusa branca. Calça jeans de lavagem escura. Sapatilhas básicas. Maquiagem leve? Tudo okay... Apenas passei lápis de olho e um pouco de brilho labial, o que não ia durar muito nos meus lábios... Por quê era tão docinho e saboroso?

Enfiei minha carteira na bolsinha preta com alças longas metalizadas e peguei minha pasta com os documentos necessários, incluindo o meu CV.

Saí correndo, torcendo para chegar na casa do tal de Sr. Benson, se fosse preciso, eu iria me ajoelhar e pedir perdão pelo atraso. Oh, não, eu não poderia perder aquela preciosa oportunidade.

Parecia até castigo... Acabei esquecendo meu casaco e eu sequer tinha um guarda-chuva. Fiquei pulando e sinalizando feito louca para algum táxi parar para mim.

Um infeliz passou em alta velocidade fazendo a água espirrar e me dar um banho além da chuva que estava começando a engrossar. Gruni de raiva, nem adiantava xingar ou chorar.

Sem outra alternativa, corri para o ponto de ônibus mais próximo.

55 minutos depois...

Quando enfim cheguei no endereço anotado no meu celular, a chuva havia cessado e eu estava tremendo de frio, com a roupa ainda molhada e eu devia estar nada apresentável... Por quê nada era tão simples para mim?

Desistir? Jamais! Não mesmo... 

Era um bairro bonito, com casas com varandas, jardins bem cuidados e cercas pintadas, todas elas no mesmo estilo, típicas casas para famílias com boa renda e do tipo tradicional.

O portão baixo estava sem cadeado, olhei para a garagem após passar por ali e atravessar o gramado, seguindo por um caminho bonitinho até a varanda enfeitada com vasos e arranjos de flores pendurados.

A casa era grande, de dois andares. Toquei a campainha. Toquei de novo e de novo... 

E finalmente a porta foi aberta, uma menina quem me atendeu. Devia ter uns 7 anos. Tinha cabelos lisos e castanhos medianos, e olhos castanhos num tom de avelã, pareceu surpresa quando me viu.

— PAI! - Seu grito soou tão alto que até me assustou.

E não demorou muito, um homem surgiu com um bebê nos braços abrindo um berreiro. Logo atrás um garotinho parecido com a menina veio pedalando numa bicicletinha azul com rodinhas.

— Ah, graças a Deus! Entre, entre! - Pediu apressado.

Sem jeito e dando um sorrisinho, entrei murmurando um 'Com licença' e a menina bateu a porta.

— Essa daí não vai durar nem dois dias. - A pestinha passou por mim.

O bebê em seu colo era uma menininha que não parava de se esgoelar. Uau! O choro dela era potente.

— Perdão pelo atraso, acabei tendo alguns imprevistos. - Me desculpei envergonhada.

— Sem problemas. Isso acontece. - Sorriu dando tapinhas nas costas da bebê que agitava os bracinhos. - Prazer, sou Freddward Benson, e você deve ser a Srta. Puckett, certo? - Perguntou ainda tentando acalmar a criturinha escandalosa.

— Prazer em conhecê-lo, Sr. Benson. Certo, sou eu mesma! - Nem tinha como cumprimentá-lo com um aperto de mãos.

— Pode ficar à vontade. - Reparei que ele era um homem bonito, estatura mediana, cabelos e olhos escuros, com barba por fazer. - Ally! - Chamou em voz alta.

A menina que atendeu a porta apareceu correndo.

— O que é? - Ui, ela era atrevida, ele lançou um olhar repreendedor. - Sim, senhor. O que o senhor quer, papai? - Parecia entediada.

— Traga uma toalha limpa para a Srta. Puckett. - Pediu.

Ela assentiu meio contrariada e correu para ir buscar a toalha.

O menino que era menor estava parado sobre a bicicleta me olhando curioso.

— Alyson é a mais velha, tem 7 anos. E esse é o Noah, tem 4 anos e essa pequena chorona no meu colo é a Hannah, tem apenas 9 meses. - Sorriu para a filha.

— Seus filhos são lindos. - Elogiei.

— Obrigado! - Agradeceu.

— O que ela tem? - Apontei para a bebê que continuava chorando.

— Não sei... - Ele estava sem jeito, agoniado e sem saber o que fazer para acalmar a pequena. 

Que tipo de pai era aquele que não sabia o que a filha tinha? E onde estava a mãe das crianças?

[...]

Observei ele deitar a bebê no trocador e levantar o vestido branco com estampa de bolinhas vermelhas, em seguida abriu a fralda cuidadosamente. Me aproximei para ver melhor e me assustei quando vi que a coitadinha estava toda avermelhada... Aquilo eram assaduras?

— Meu Deus! - Exclamou se assustando também. - São assaduras. Por isso ela está agoniada e não para de chorar. - Lamentou. 

Minha entrevista ainda prosseguia enquanto ele cuidava da filha, me fazendo algumas perguntas após analisar o meu CV rapidamente.

Ele a deixou deitada e foi pegar uma caixinha comprida na cômoda branca infantil, e um frasco de talco. E logo se aproximou da pequena, tirou a pomada da caixinha e começou a passar na bebê que ainda estava agoniada, choramingando.

— Sabe cuidar de bebês ou apenas lida com crianças da idade da Alyson e do Noah? - Perguntou terminando de passar pomada e em seguida, usou o talco que era muito cheiroso.

— Não tenho tanta experiência com bebês, mas posso aprender. - Fui sincera.

Eu já tinha cuidado dos filhos dos meus vizinhos e foi apenas uma vez. Eram duas crianças comportadas e nem me deram trabalho.

— Ótimo! Está contratada! - Me informou.

— Sério? - Tive vontade de pular de alegria.

— Sim, Srta. Puckett, a vaga de babá é sua... Você pode se acomodar no quarto de hóspedes, e sua folga será aos sábados e domingos. - Disse pondo uma fralda limpa na pequena.

— Vou ter que morar aqui? Mas e a sua esposa? - Indaguei.

— Sim, você pode se mudar para cá amanhã? E respondendo a sua outra pergunta, sou pai solteiro. - Sua voz havia mudado de tom, ele estava mais sério.

Se eu fosse mais observadora eu teria notado a ausência da aliança na sua mão esquerda.

— Certo, entendi. - Assenti sem jeito.

— Tudo bem para você? - Pareceu se importar.

— Claro. Vai se um prazer cuidar das crianças e trabalhar para o senhor. - Eu estava feliz com a oportunidade.

Saímos do quarto de Hannah, a bebê estava mais calma e me olhava com os olhinhos castanhos brilhantes. O rosto estava vermelho pelo choro, sorri para ela que era muito fofa e linda. Também tinha o cabelo castanho igual aos dos irmãos.

— Sua blusa está transparente. - Alyson apontou para mim quando chegamos na sala.

Olhei para a minha roupa e vi que o meu sutiã preto aparecia através do tecido úmido. Oh, Deus... Onde eu enterrava a cabeça?

O Sr. Benson ficou calado. Será que ele tinha reparado?

O pequeno Noah estava brincando com as peças de Lego alheio à tudo.

Abri a toalha cor de creme e apertei contra o busto, me cobrindo. Meu rosto ardia de vergonha.

A garota riu de mim... Mas que pestinha.

— Alyson! - Seu pai lhe repreendeu.

— Quer se trocar, Srta. Puckett? - Sr. Benson me olhou meio sem jeito.

Apenas assenti. 

Ele deixou a caçula num cercadinho forrado e com brinquedos espalhados, sentou ela que bateu as mãozinhas e abriu um sorriso meio banguela. Vi apenas três dentinhos. Dois em cima e um em baixo.

[...]

O moletom cinza e quentinho virou um vestido no meu corpo pequeno e cheio de curvas. O coloquei por cima da calça preta do mesmo tecido que o Sr. Benson tinha me emprestado, sendo tão gentil. Estava chovendo novamente, e pelo visto não pararia tão cedo.

— O senhor tem secadora? - Perguntei ainda acanhada.

— Leve a Samantha até a área de serviço, filha. - Pediu para a menina que tinha os olhos vidrados na TV.

— Mas pai, está passando Monster High...

— Sem reclamar, Alyson, depois você assiste. - Usou um tom autoritário.

E resmungando, me puxou e eu segui a mini-teimosa até a área de serviço.

— O que houve com a outra babá? - Perguntei abrindo a secadora semi-nova.

— Foi embora, assim como as outras. A Lena era chata e não tinha paciência com a Hannah. - Disse ressentida.

— Ela maltratava a sua irmã? - Não hesitei em perguntar.

— Ela reclamava demais, dizia que a Hannah era chorona, que o Noah era tolo e me chamava de intrometida. - Contou. - Ela só gostava do papai porque ele é legal com todo mundo. - Suspirou.

Coloquei minhas roupas para secar.

— Sinto muito. - A fitei, era esperta para a idade que tinha.

— Não gosto das babás, todas são chatas e sempre vão embora porque não gostam da gente... Tinha a Livy que dizia que ia casar com o papai e que ia se livrar da gente. - Confessou. Fiquei horrorizada.

— Não vou maltratar vocês, seu pai me contratou para cuidar de você e dos seus irmãozinhos. E eu não pretendo ir embora mesmo. - Sorri para ela.

— Não acredito em você, logo vai cansar e fazer a mesma coisa, e se judiar dos meus irmãos vai se ver comigo! - Avisou e saiu da lavanderia batendo a porta.

Ela realmente tinha apenas 7 anos? Para uma criança, parecia ser madura e ameaçadora... Logo vi que não ia ser fácil lidar com ela.

Minutos depois...

— A Ally foi indelicada com você? Conheço a minha filha e sei que ela tem um certo temperamento... Não quero te assustar, mas ela já colou chiclete no cabelo de uma babá. - Foi sincero.

— Não. Só estávamos conversando, não se preocupe. - O tranquilizei.

— Que bom então, o Noah está na idade que meu Deus, é só ter paciência... A fase da curiosidade chegou, ele é bagunceiro e birrento, mas é um bom garoto, apesar de dar um pouco de trabalho. - Sorriu e eu assenti. - A Hannah é um doce de bebê, às vezes custa pegar no sono, ela já engatinha e mexe em tudo, apenas fique atenta com ela, está bem? E como já viu, a Alyson parece uma mocinha apesar da idade, já começou a me contrariar e às vezes costuma aprontar poucas e boas, se tiver um pouco de pulso firme, pode lidar com ela. Amanhã vou te mostrar o mural com o horário e a rotina deles. Eu trabalho de segunda à sexta e só chego à noite. Sou o vice-diretor numa empresa muito importante no ramo de Tecnologia. - Explicou. - Amanhã vou te entregar a agenda onde anotei tudo o que precisa saber, o que eles podem ou não comer, tipo de alergia, e outras coisas importantes. Não precisa cuidar da limpeza da casa, apenas da alimentação deles. - Avisou.

— Está bem! - Concordei. - Quêm cuida da limpeza? - Perguntei.

— Valentina. Uma senhora muito legal, ela vem 3 vezes por semana. - Respondeu. - Mas alguma pergunta? - Indagou.

Minha língua estava coçando, eu estava louca para perguntar sobre a mãe das crianças, mas seria indiscreto da minha parte... Como ele era pai solteiro, e nenhum momento mencionou sobre a mãe dos meninos, talvez tocar no assunto seria delicado demais.

— Não, senhor. - Balancei a cabeça. - Vou ver se as minhas roupas já secaram. Preciso ir. - Falei.

— Tem carro? - Me olhou curioso.

Caramba... Ele era ainda mais bonito de perto.

— Não. Vim de ônibus. Mas vou pegar um táxi. - Expliquei.

— Eu te daria uma carona, mas as crianças não podem ficar sozinhas. - Se justificou.

— Não se preocupe, vou de táxi mesmo. - Falei.

— Você sabe dirigir, não é? Pois vai precisar levar o Noah e a Alyson para a escolinha. - Me informou.

— Sei sim. - Confirmei.

— Ótimo. Gostei de você, as crianças também vão gostar. - Sorriu.

Ele tinha um sorriso torto muito fofo.

— Obrigada por estar me dando essa oportunidade. - Agradeci sorrindo para ele.

Após aquela conversa, peguei minhas roupas na lavanderia e me troquei no banheiro mais próximo. Me despedi do Sr. Benson e das crianças, e fui pra casa feliz pra caramba, pois eu tinha conseguido um emprego.


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Notas finais do capítulo

E aí???

O que acharam das crianças???

Sam chegou atrasada e toda molhada kkkkkkkkkkkk

Como será que a loira vai lidar com as crianças???

É, pelo menos ela conseguiu o emprego... E vai morar junto com os Benson... Sorte dela, não???

Emprego e lar garantidos hahaha

Ansiosos para o próximo capítulo??? Bjs



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