My Dear Babysitter - Concluída escrita por Julie Kress


Capítulo 11
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Notas iniciais do capítulo

Ei, meus amores!!!

Mais um capítulo!!!

Boa leitura!!!



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P.O.V Do Freddie

— Você é daqui mesmo de Seattle? - Perguntei para a Sam.

— Sou. E pelo sotaque, você também. - Confirmou.

Sorri assentindo, ela era observadora.

— Você disse que tem mãe... Onde estão seus outros parentes? - Eu queria saber mais um pouco sobre ela.

— Quase não tenho muito contato com eles. Muito menos com a família do meu pai. - Respondeu pegando a Hannah no colo.

— O que houve com o seu pai? - Perguntei cauteloso, não queria parecer indelicado.

— Abandonou minha mãe assim que soube que ela estava grávida. - Respondeu fazendo careta.

— Sinto muito. - Eu não deveria ter tocado no assunto.

— Não sinta. Pelo que fiquei sabendo, ele era um traste. - Comentou.

— Me fale sobre os seus amigos. - Mudei de assunto para não chateá-la com aquilo.

— Eu não tenho muitos amigos, somente Carly, Gibby e a Wendy. Conheci as meninas no colegial, a Carly conheceu o Gibby no shopping e acabamos nos tornando amigos. Ele é um cara muito bacana e faz minha amiga feliz. - Disse sorrindo.

— Entendo. - Retribuí o sorriso.

Será que ela tinha alguém como pretendente? Ou apenas nutria sentimentos por alguém em especial?

— E você? - Sentou ao meu lado, com a minha bebê sobre as coxas, Hannah amava tocar nos cachos de Sam.

Eram lindos. Dourados e cheios. Pareciam macios... Se eu pudesse tocá-los... Apenas senti uma mecha por uma fração de segundos ao afastá-la quando coloquei aquela flor atrás de sua orelha lá no parquinho.

— Ai, Han! - Exclamou risonha quando a minha caçulinha enrolou as mãozinhas em suas madeixas.

Sam tentou afastar os dedinhos gorduchinhos e afoitos.

— Ajuda aqui! - Pediu para mim.

— Oh, claro... - Pisquei um pouco abobalhado e logo tratei de tirar as mãozinhas que não paravam quietas.

Antes que Hannah embolassem as mãos ainda mais. Com cuidado, fui soltando seus dedinhos.

— Vou prendê-los. - Sam suspirou.

— Desculpe pela Hannah, ela...

— Sem problemas. - Sorriu.

Afastei suas madeixas, eram realmente tão macias. As coloquei para trás, longe dos ombros.

— Obrigada. - Agradeceu.

Minha bebê sorria para a gente, tão inocente... Se não fosse por ela, eu não teria a chance de tocar o cabelo da Sam tão cedo.

Não que eu estivesse planejando, eu só... Que outra oportunidade eu teria?

[...]

— PAPAI! - Noah correu até a mim, feliz e surpreso por me ver.

Eu nem me lembrava a última vez que fui buscá-los na escolinha.

Ally vinha puxando a mochila de rodinhas. Sam estava no carro, a Hannah na cadeirinha.

— Você foi demitido? - Minha garotinha me encarou.

— Claro que não, querida. Estou de folga. Resolvi vir buscar vocês. - Expliquei.

— Por quê a chata veio junto? - Se referiu a Sam.

— Não fale assim, filha. Ela é tão legal com a gente. - Eu disse tocando seus cabelos bagunçados.

— Ela me manda fazer coisas, e ela nem é minha mãe! - Falou indignada.

— Sam está apenas te ensinando, não é por maldade. Você já vai fazer 8 anos, e não precisa ser muito dependente. Já pode fazer algumas coisas sozinha. - Expliquei com calma.

— Não gosto dela. - Fez bico, emburrada.

— Tudo bem, querida, agora vamos pra casa. - Peguei sua mochila.

Noah já estava no carro, preso ao cinto de segurança.

— Nós vamos passear hoje, papai? - Perguntou esperançoso.

— Não sei... Veremos isso depois. - Respondi.

Sam ajudou a Ally com o cinto e fechou a porta.

[...]

— Não quero isso... - Ally empurrou as rodelas de cenoura para o canto do prato.

— Então, coma a batata. - Mandei.

— Mas eu não gosto, pai! - Empurrou as batatas em quadradinhos.

— Seu irmão está comendo tudo. Por quê só você fica enjoando na hora de comer? - Eu não queria perder a paciência com ela.

— Vou fazer outra coisa para você. Gosta de bolinhos de carne caseiros? - Sam já ia retirar o prato da Alyson.

— Não, Sam! Não precisa, ela vai comer o que tem para o almoço. Não é para ficar fazendo a vontade dela! - Devo ter soado até grosso.

— Sim, senhor! - Ela abaixou a cabeça e se afastou indo tirar a Hannah da cadeirinha.

Droga... A Sam não tinha culpa por Ally, minha filha sempre acabava me estressando um pouco. Eu precisava me desculpar com ela depois.

— Com licença. - Murmurou antes de se retirar.

— Apenas coma, por favor... - Passei as mãos pelos cabelos ainda nervoso.

— Está bem, papai... - Ela por fim cedeu, me obedecendo.

Minutos depois...

— Me desculpa, eu não deveria ter falado com você naquele tom. - Fui sincero.

— Não se preocupe... Eu não deveria ter me intrometido. Você estava certo. - Colocou Hannah adormecida no berço.

— Sobre agir com a Ally, sim. Mas não ao falar com você naquele tom. Fui um idiota. - Admiti.

— Não foi nada. - Negou. - Entendo você. Não é fácil fazer os filhos obedecerem... Meu antigo patrão brigava e gritava comigo o tempo todo. - Riu sem humor.

— Não quero ser um patrão chato ou ruim, não sou esse tipo de pessoa. - Falei.

— Eu sei... Você é legal. - Saímos do quarto da minha caçulinha.

— Só não quero que vá embora por alguma idiotice minha. - Deixei a porta do quarto aberta.

— Eu preciso do emprego. - Soltou os cachos que estavam presos num coque frouxo.

— E eu preciso de você... - Será que soou errado demais?

Sam sorriu... Seu sorriso era lindo. As bochechas levemente coradas ganharam mais rubor.

[...]

P.O.V Da Sam

— Como se joga? - Perguntei pegando a caixa de um jogo chamado Manopoly.

— Eu disse que era ela burra! - Disse Ally rindo.

— Alyson! - Freddie a repreendeu. - Peça desculpas! - Ordenou.

— Desculpa, Sam... - A garotinha me olhou sem jeito.

— Também quero jogar! - Noah sentou ao meu lado.

Estávamos sentados sobre o carpete macio, a bebê estava brincando dentro do cercadinho, perto de nós.

Freddie tirou o jogo de dentro da caixa e o arrumou sobre o carpete.

— Ele só vai atrapalhar. - Ally falou sobre o irmão.

Vi que tinha dadinhos e dinheiro de mentirinha.

— Seu irmão vai brincar também. - Seu pai avisou.

— Só falta a Hannah também. - Ela revirou os olhos e eu ri baixinho.

Quando eu tinha a sua idade, já fazia o mesmo.

A bebê sacudiu um daqueles brinquedos barulhentos que acendem e balbuciou.

Então, Freddie começou a me explicar como se jogava aquilo. Prestei bem atenção.

Minutos depois...

— Não vale! Ela está roubando! - Protestou a garotinha quando eu avancei mais uma casa.

— Não é verdade, eu joguei o dado, olhe como...

— O Nonôh também tá trapaceando. - Apontou para o irmão que realmente havia mudado a fichinha de lugar.

Seu pai apenas riu, jogando a cabeça para trás.

— Por quê está rindo? - Perguntamos em uníssono.

Ele nem pôde responder, a campainha tocou. Fiz menção de levantar, porém, ele foi mais rápido.

— Deixa que eu atendo. - Foi caminhando até a porta.

— Freddinho! - Uma mulher exclamou alegre.

— Oi, mãe! - A cumprimentou.

— Vovó! - As crianças correram para abraçá-la.

— Oi, meus amores! Vocês cresceram! Como estão? Sentiu saudades da vovó? - Ela entregou algo para o filho segurar. - A vovó trouxe biscoitos de aveia com gotas de chocolate. - Contou após abraçar os meninos.

— Mãe, por quê não...

— Mas que bela... Bagunça? - Ela deu alguns passos à frente.

Seus olhos varreram a sala meios esbugalhados. Havia brinquedos espalhados.

E por fim, ela me viu ali sentada, no mesmo lugar, de frente para o jogo.

— Olá! - Exclamou.

— Oi. - Sorri sem jeito.

Ela era alta e magra, cabelos num tom de acajú. E tinha olhos verdes expressivos. Não parecia tão moderna, no entanto, suas roupas não eram antiquadas, o que me chamou atenção foi a enorme bolsa verde-limão.

— Sam, essa é a minha mãe, Marissa Benson. - Ele a apresentou.

— Prazer em conhecê-la, Sra. Benson! - Me coloquei de pé indo cumprimentá-la.

— Eu não sabia que estava namorando, querido! Ela parece ser adorável. - Me puxou para um abraço. - Ow, querida, seja bem-vinda à nossa família, espero que...

— Vovó, ela é a babá! - Ally esclareceu o engano.

— Oh, me desculpe. - Ela me soltou toda desconcertada.

— Sem problemas. - Eu estava envergonhada pelo ocorrido, olhei para Freddie que coçava a nuca, sem saber o que fazer.

Sua mãe olhou para ele e depois olhou para mim, esfregando as mãos, parecendo ansiosa.

— Cadê a princesinha da vovó? - Perguntou por Hannah.

— Está no cercadinho... - Apontei.

— Oh, aí está você, gracinha! Vem cá com a vovó! - Se apressou indo pegar a bebê.

— Me desculpe pelo mal-entendido, minha mãe é assim mesmo... - Riu sem graça.

— Isso é porque você não conhece a minha. - Cochichei.

Pam Puckett era terrível e com certeza nos envergonharia muito mais.

[...]

— Qual é a sua religião, Samantha? - Ela tirou os biscoitos da vasilha e os colocou sobre os pratinhos de plástico para as crianças.

— Minha família é judia. E eu, bem, acho que não importa muito, ter fé e acreditar em Deus já basta. - Respondi.

— Hum... Está certa. - Assentiu. - Já terminou o colegial? - Aquilo era uma entrevista?

— Mamãe! - Freddie tentou repreender.

— Sim, senhora... Sou formada em Gastronomia. - Falei.

— E por quê não está trabalhando no ramo? - Indagou.

— Ainda não tive oportunidade. - Fui sincera.

— Que idade você tem? - Não parou com as perguntas.

— 22. - Continuei respondendo.

— Você namora, Samantha? - Sra. Benson era um pouco evasiva.

Freddie me olhou, parecia curioso também.

Apenas balancei a cabeça, negando.

— Com licença, vou dar a vitamina da Hannah. - Sacudi a mamadeira.

Saí da cozinha apressada, mesmo assim acabei ouvindo ela dizer:

— Ela é bem jovem e muito bonita, filho! - Comentou.

Acabei não ouvindo a resposta dele.

Minutos depois...

— Você realmente leva jeito com crianças. - Sorriu remexando o chá.

— Obrigada. - Ajeitei a bebê no colo.

— Meu netinho gosta muito de você. - Percebeu.

— Também gosto dele. De todos. - Falei.

— Tenha paciência com a Alyson, ela é uma boa garota, só precisa ser compreendida. - Contou.

— Entendo. - Assenti.

— O que você acha do meu filho? - Abaixou o tom de voz mesmo o Freddie não estando por perto.

— Ele é um bom patrão, não tenho o que reclamar. - Fui sincera.

— Estou perguntando como homem. - Oh, meu Deus.

— Uma boa pessoa. - Olhei para Hannah que fechava e abria os olhinhos.

— Você acha ele um bom partido? - Sorriu.

— Não! Quer dizer, sim! É claro que não... Digo, ele é sim... Pelo amor de Deus, senhora! Não pense mal de mim, eu não estou interessada... Só sou a babá e não posso perder esse emprego, o senhor Benson é um bom patrão e eu realmente me importo com as crianças! - Eu disse nervosa e um pouco atrapalhada.

— Minha querida, se acalme, eu vou te servir um chazinho... - Soltou uma risadinha e pegou o bule.

Caramba... O que ela devia estar pensando de mim?


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Notas finais do capítulo

E aí???

O que acharam???

Amei escrevê-lo!!!

Gostaram da Sra. Benson chegando de visita???

Pelo visto, ela já quer a Sam como nora hehehehe

A Sam ficou toda atrapalhada nesse finalzinho kkkkkkkkkkk

Até o próximo. Bjs