Sangue de Arthur escrita por MT


Capítulo 2
2- Capitulo, Tempos atrás


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem, eu me esforcei, sabe? Mas se houver algum erro ou algo que ache que poderia melhorar, não sinta vergonha de dizer, tá?
Dessa vez sem apostas. Não tenho dúvidas quanto a resposta do agradou ou não. Quem gostou poderia dizer, mas sem pressão, não comente se não quiser. Ainda vou amar você tanto quanto antes se não estiver disposto. Já sou suficientemente grato por ter lido.



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— Eu já disse que tô bem, merda. - Mordred repetiu pela décima vez naquela manhã enquanto o mestre terminava de trocar de roupa. 

Estava sendo tratada como uma menina frágil que acabara de levar um pé na bunda, ela que já iniciara uma rebelião armada contra o rei da Grã-Bretanha e matara com sua espada mais homens do que poderia contar. Aquilo era tão ridículo que a fazia querer socá-lo. 

— É, mas… humm, acho que deve relaxar hoje, ontem foi estressante para você e ainda não me contou o motivo . - disse ele ainda do quarto. - Bom, digo, assistir alguma coisa e pôr as pernas para cima não é o fim do mundo. Pode ver isso como um dia de folga.

A porta foi aberta e Mordred ouviu o som da tela sendo arrastada para o lado. 

—  Não preciso, guarde a folga para quando tivermos o cálice em mãos. - retrucou já sentindo os punhos ficarem tensos. Mais uma palavra e talvez o faça ter um olho roxo. -Se tem alguma dúvida quanto minha capacidade de agir agora, talvez devêssemos lutar. 

O mestre da cavaleira havia vestido uma camisa vermelha e um short jeans que ia pouco além dos joelhos. Tinha o cabelo negro precariamente penteado para trás fazendo a testa soar maior do que o habitual. A face ainda estava meio inchada do pós-acordar e seus movimentos carregavam uma lentidão pequena, mas perceptível, comparada ao ritmo que comumente tinham. 

— Não dúvido que possa quebrar mais ossos meus do que eu sei que existem. Eu só quero que tire um tempo do… árduo trabalho de ir comprar pão pela manhã?

— Você é retardado, mestre? 

Ele suspirou e sentou no sofá ao lado da cavaleira. Não muito próximo, mas perto o suficiente para que pudesse alcançá-la com a mão. Mordred observou tentando ignorar o sol que lhe incidia nos olhos. Seu mestre tinha a coluna inclinada para frente e as duas mãos unidas no espaço aberto entre as pernas.

 A pose fez ela lembrar de um cavaleiro que conhecera tempos atrás, quando vivia em Camelot. Forte, bom com as palavras e astuto o bastante para trazer-lhe um tom de carmim as bochechas. Ele também tinha cabelos e íris negras, sentava-se frequentemente daquele modo e parecia perder-se em pensamentos vez ou outra. O homem a acompanhara numa investida contra uma tropa inimiga vinda do sul. Conversaram, riram e treinaram juntos. Até que numa manhã ao acaso o homem morrera ao levar uma flecha que dirigia-se a cavaleira.

Empurrou o garoto do sofá, subitamente nervosa. A lembrança daquele evento não era um bom presságio.

— Hã? - perguntou ainda do chão.

— Se quer mesmo ir - começou sem olhá-lo, a face virada na direção oposta. - tudo bem, você é o mestre, mas não pretendo ficar aqui.

Não houve discussões. Ela o acompanhou.

Seu mestre, um sujeito que tornava-se ansioso e inquieto diante de pessoas estranhas, naquele momento era como um rato tentando defender um leão. E esse evento antinatural ocorrera por causa das lágrimas que a cavaleira deixara cair no dia anterior. Exibira fraqueza e o rapaz reagira tentando livrá-la de qualquer coisa que achasse ter causado aquilo. Deixar que ele alimentasse a ideia de defendê-la não era bom.

Se o estúpido jogar-se entre mim e um ataque mortal de um servo inimigo… 

Durante o trajeto, notou, os olhos dele estavam, assim como o rosto, duros e praticamente imóveis, voltados a frente. As pernas mantinham-se quase totalmente retas enquanto andava e ele não direcionava a visão a nada ao seu redor. Mesmo os braços vez ou outra balançavam mais rápido ou mantinham-se parados como blocos de gelo.

— Relaxa, eu estou aqui. - tinha de lembrá-lo de quem protegia quem. - Sou sua espada, mestre, e não há nada mais afiado.

— Obrigado, acho. Isso foi algo importante? - perguntou sem mudar sua postura ou olhá-la. - Tipo confissão de amor…

— Não faço esse tipo de coisa. - respondeu quase imediatamente ao término da pergunta. - Sou um cavaleiro.

— Então espero que ao menos possa sentir. - soou triste e distante o suficiente para Mordred perceber o que havia nas entrelinhas. ´´Eu quero que possa gostar de mim, porque gosto de você``.

Sentiu um estranho arrepio percorrer seu corpo. Sua barriga pareceu ser preenchida com o frio de uma queda súbita. Calor começou a propagar-se pelas bochechas.

Estava feliz? A ideia de que apreciara aquilo, sendo uma cavaleira ungida cuja espada e vida pertenciam ao rapaz e serviam para guerra, não devia parecer real. Mas os lábios lutavam contra sua racionalidade na tentativa de sorrir dizendo-lhe que não era mentira.

E, então, acertou o garoto com um tapa nas costas que quase o levou de encontro ao chão. 

— Vê? Se ficar tão tenso não vai poder desviar do ataque inimigo.

Quando passaram pelo muro bege a cavaleira sentiu os músculos enrijecerem e pequenas ameaças de suor dançarem no topo da testa. Estavam apenas no começo da trilha onde passariam pela parede que cercava a propriedade onde encontrara a cópia do pai, mesmo assim mal podia deixar de ouvir o coração acelerar.

A calçada formada de grandes quadrados cinzentos infestados por folhas caídas que alçavam voo a depender da força do vento possuíam rachaduras em alguns pontos facilmente visíveis, mas em outros não. Mordred decidiu que ficaria vigilante quanto a isto, pelo bem do mestre.

— Sabia que aqui é a propriedade dos Emiya? - o rapaz deixou escapar quando se pegaram num trecho onde não haviam outras pessoas próximas na calçada. 

— Emiya? - respondeu a cavaleira, erguendo o rosto para fitar o garoto.

— É, meus pais estudaram com o dono desse lugar. - continuou e a deu um relance de seus olhos negros. - As vezes eu vinha aqui em feriados quando era pequeno, comer churrasco e coisas assim. Eles fazem uma comida muito boa e também me deixavam brincar com as espadas de treino.

— A primeira vez que peguei numa espada era uma feita de aço, tão afiada que cortava ao toque. Acho que essa é a diferença entre o filho de um rei e o de uma pessoa dessa era. - disse erguendo o queixo e deixando o peito estufado. - Talvez eu te ensine uma ou duas coisas, mestre.

Ele deu uma pequena risada e a olhou diretamente nas íris pela primeira vez desde de que os pés de ambos deixaram a casa. A cavaleira teve os lábios assaltados por um sorriso. Era importante para ela não deixar que uma pessoa próxima a si ficasse imersa em tristeza ou na austeridade do dever e obrigação. A vida, uma luta após a outra, não tem sentido se não houver o calor de distrações, por mais bobas que possam ser. Mesmo simplesmente vencer uma aposta de bar ou acompanhar os amigos numa caçada. O que não pôde encontrar para o pai, não importando o quanto tentasse. De repente percebeu o calor do próprio sorriso murchar até que o lábio o deixasse. Ela morrera colocando o rei a caminho de seu fim, logo depois de traí-lo como uma cobra vil.

— Ei, está tudo bem?

Mordred balançou a cabeça positivamente. Algo que aconteceu bem antes do nascimento dele, envolvendo pessoas que sequer estavam mais vivas e que existiram sob ideais diferentes não tinham necessidade de o incomodar.

— Que tal comprarmos bolo? Vi uns lá na padaria ontem. - começou tentando ignorar o muro bege e os problemas enterrados na Inglaterra de muito tempo atrás. - Um com morango em cima e aquela cobertura branca de… hã…

— Chocolate branco? - completou o mestre.

— É, parece realmente bom.

— Claro, todo mundo adora bolo.

O som foi suave, o relance da imagem pequeno e escuro. Mas o viu e escutou.

A cavaleira parou abruptamente e empurrou o mestre para o chão logo em seguida invocando sua espada e partindo ao meio um projétil pequeno que se aproximava como um raio. Deixou-se sorrir, após quase um mês de ócio havia iniciado. Uma luta.

— O que será que isso significa? Começou ou é só um espertinho apressado, me pergunto. - riu. - Mas acho que não o culpo, também não aguentava mais esperar. 

Trouxe a tona sua armadura, um conjunto branco e vermelho cujo capacete era coroado com dois chifres, e pulou em direção ao local de origem do disparo. As casas passaram abaixo de si num borrão antes de seus pés aterrissarem no telhado de uma residência quase três quarteirões de onde estivera. Outro disparo, dessa vez desviou movendo o tronco para a esquerda. A sua frente o inimigo colocava-a novamente sob a mira da arma. Uma pequena pistola de cano fino e negro com empunhadura revestida por algo similar a madeira. Balançou a espada e partiu outra bala.

— Archer?

— Não há motivos para contar isso há um cabra morto. - e disparou e disparou até que o pente da arma ficou vazio. - Huh.

Mordred avançou, a mão do sujeito moveu-se até o cinto de munições, e ergueu a espada. Um movimento voraz que arrancou a pistola dos dedos de seu oponente. Ele recuou desembainhando uma arma branca de lâmina curta e robusta, mas a cavaleira manteve o avanço. Aço chocou-se contra aço fazendo fagulhas e lascas do telhado voarem sob o impacto. A cavaleira facilemente criava rachaduras no metal do oponente.

Na primeira oportunidade lançou uma estocada selvagem em direção a cabeça do inimigo, mas foi desviada pela espada dele e acabou arrancando o estranho chapéu laranja em forma de meia lua que o homem usava. Os cabelos negros e sem vida beijaram o ar da manhã, movendo-se na direção que a brisa empurrava. Com outro ataque a cavaleira reduziu a estilhaços a estranha espada que ele usava e no seguinte, que por pouco não abriu a cabeça do sujeito, fez um filete de sangue escorrer da testa ao queixo.

— Parece que você era só conversa. - disse Mordred. 

— E você que é tão casca grossa quanto a vida no sertão. - ele sorriu. - Não morri pelas mãos daquela terra, e não morrerei pelas tuas.

Ele pulou tomando uma boa distância da cavaleira, virou as costas e andou até a beirada do telhado. Mordred ergueu a espada a frente do peito, olhando-o cuidadosamente enquanto se preaparava para o que quer que estivesse por vir. Poderia atacá-lo, mas não queria que as coisas terminassem tão depressa. Desejava um pouco de luta.

Então, quando o homem de chapéu laranja pulara para fora do telhado e irrompera em minúsculas esferas douradas, ela viu-se boquiaberta observando o céu. 

— Que filho da puta! - esbravejou, assim que o choque passou, com os punhos cerrados e as articulações dos dedos tornando-se mais brancas. 

Praguejou ainda mais durante um bom minuto antes de respirar fundo e sentir a adrenalina esvair-se das veias. Abaixo dos seus pés o concreto do telhado estava repleto de crateras e as ruas próximas começavam a ser tomadas por curiosos. 

Ela olhou para os rostos dos transeuntes. Homens velhos com rostos cheios de cansaço, mulheres de olhos puxados e crianças fardadas para o colégio. Sem razão alguma se pegou perguntando-se como seria virar rei daquelas pessoas. Erguer e baixar sua espada vez após vez por estranhos que provavelmente nunca viria a conhecer. Receberia sorrisos, agradecimentos e aplausos. Saberia que permitia a eles viverem a salvo e que era uma atitude correta e honrada. Mas isso bastaria? Em algum momento isso seria o suficiente?

— Foi suficiente para você, pai? - sussurrou para o vento.

Balançou a cabeça na tentativa de afastar aqueles pensamentos. e desfez-se em partículas douradas, deixando a forma física para se mover junto ao ar.

Procurou sentir a presença do seu mestre, uma pequena chama em meio ao aço e cimento daquela cidade. Não tardou a achá-lo. Estava não muito longe de onde o atirara rudemente ao chão antes de partir de encontro ao inimigo. Uns bons metros sul daquela posição. Depois de se reagruparem podia contar como pôs o oponente para correr e com isso talvez ganhar um pedaço extra de bolo. Ou um sermão, há um tempo atrás ele a adevertira sobre perseguir um inimigo e deixá-lo só e pronto para ser abatido. 

Decidiu esperar pelo melhor, era um cavaleiro e seu mestre certamente ficaria feliz em ouvir sobre aquela vitória. Ele sorriria e diria como sentia-se seguro com a espada dela a seu serviço. Talvez até fizesse uma declaração de amor, como as donzelas apaixonadas que às vezes iam a procura do Rei Arthur. Quase não conseguiu impedir sua mente de imaginá-lo corando enquanto dizia coisas que gostava na cavaleira.

Foi em meio a devaneios que percebeu, como uma lufada gélida que o acerta logo após deixar as paredes de casa logo cedo para ir trabalhar. No sul de onde o deixara, ficava o interior da propriedade do muro bege com todo o ardor frio e quente de suas memórias. A criança com o rosto de seu pai e a espada da seleção. 

Ela teve de admitir, quando um leve desejo de fugir pairou sobre seus ombros, que aquilo a assustava.

 

Se materializou próxima a entrada. O portão duplo de carvalho pairava fechado e as paredes rígidas e inflexíveis. Do outro lado, ela sabia, estava a criança que empunhava tanto o rosto quanto a espada de seu pai. Seu estômago revirava só de pensar nisso, ela não sabia como encarar aquela face ainda. Deveria pedir desculpas ou jurar novamente lealdade com os joelhos tocando a terra? Talvez oferecer seu pescoço para que o pai fizesse o que quer que lhe apetecesse? 

Ergueu o punho, cada músculo do braço rijo, e acertou a madeira. Uma, duas, três. Ouviu a voz do mestre elevar-se e também outra, masculina e gentil. Soltou o ar que nem percebera ter prendido. Afinal não era o timbre de seu pai ou da garota que com ela compartilhava o rosto. O vento que lhe roçou foi terno, ao constatar aquilo, e não a trouxe a estranha sensação de frio.

A porta foi aberta, madeira arrastando-se sobre o piso, até que a pessoa que a abriu e o interior da propriedade tornaram-se visíveis. Ela sentiu como se seu corpo houvesse acabado de saltar de um penhasco. Um terrível inverno subitamente rugiu em seu estômago. Era seu rei de cabelos claros como o sol e olhos verdes como esmeraldas.

— Pa…! - a porta fechou-se antes que terminasse de falar, deixando um sonoro baque ressoar sobre a superfície daquela manhã.

 

SHIROU, Emiya

— Hã? O que foi? - perguntou.

— Vi algo que põe em questão a minha sanidade. 

— Ok… - respondeu curioso. - Quer que eu abra a porta então...?

Ela respirou fundo e virou o rosto. Pôde enxergar a íris daquela que já sentara-se como rei dos cavaleiros no trono de Camelot. Um olhar determinado brilhando sob a luz do sol.

— Eu o farei, é meu dever como cavaleiro dessa casa. 

Mas não conseguiu deixar-se acalmar enquanto assistia o braço dela subir trêmulo até a maçaneta.

 

Off

O repentino fechar da porta fez com que todos os pelos do seu corpo arrepiassem. Quis ir embora dali, deitar na cama e enterrar a face no travesseiro. Era seu pai do outro lado. Rei Arthur, portador da Excalibur, seu pai. Seu assassino. As bochechas um pouco maiores, mas concluiu que isso não importava. 

Ainda via claramente o momento em que fora atravessada por sua lança nos raros dias em que sonhava, a face do pai, nenhum sorriso, nenhum calor. Mesmo os olhos não pareciam enxergá-la.

Baixara a cabeça quase involutariamente, fazendo o limiar da porta aparecer no campo de visão. Haviam depressões que moldavam a forma da madeira e faziam com que parecessem espaços para janelas. A porta da casa do seu mestre era prateada e repleta de ondulações verticais com uma maçaneta negra em forma de ´´L``. Ela preferia as feitas de ferro capazes de aguentar o avanço inimigo, mas tinha que admitir que aquelas eram mais bonitas. Do tipo que agradaria os nobres de Camelot.

Mas no que diabos estou pensando? 

Tinha fincado-se a frente do batente, os dedos dos pés tão tensos que pareciam garras de felino prendendo-se ao tecido de um sofá. Não podia ir embora deixando o mestre ali, mas também não conseguia se mover. O que deveria fazer? O que deveria fazer? O que?

Com suor frio a escorrer como um fino rio pela bochecha, Mordred ergueu o braço. Forçou-se tanto que até os olhos fechara e ambos os punhos apertava duramente. Nem percebeu quando a porta se abriu e o pai surgiu do outro lado. A mão fechada bateu na testa do rei dos cavaleiros, que observava atônito. Uma, duas, três vezes.

— Sir Mordred, poderia abrir os olhos? - o tom tenso e carregado chegou-lhe aos ouvidos como uma melodia que escutara há tempos e só agora recordava que tinha esquecido.

Ao levantar as pálpebras e ver o rosto de suave pele branca enfeitado com esmeraldas e ouro no qual batia sentiu as bochechas ruborizarem. O coração parecia ainda mais vivo e furioso do que antes. Abaixou a mão lentamente enquanto observava a ameaça de uma veia pulsar na texta da mulher a quem chamava ´´pai``.

— Se não estou mesmo louca e não é apenas uma pessoa estranhamente parecida, eu te pergunto, é você, - quando ouviu aquilo, a jovem cavaleira não viu mais como poderia duvidar, se é que o fez desde de que vislumbrou-lhe. -  Sir Mordred?

Engoliu a saliva e o bolor quente que parecia entupir-lhe a garganta. Olhava para as íris vividas brilhando em verde, o lábio fino e tenso, e para a camisa branca de manga larga e a longa saia azul. Parecia uma camponesa comum, uma donzela que colhia flores no jardim e fazia pão para o café da manhã. Mordred franziu as sobrancelhas  e olhou de novo. Não conseguia ver o rei Arthur que sentava-se no trono rodeado de cavaleiros, aquele que trajava uma máscara de puro gelo junto a coroa. Mas este era seu rosto, corpo e voz.

— Sim, pai - forçou um sorriso. - sou eu.

 


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Notas finais do capítulo

Será que vai rolar isso mesmo? O mestre da Mordred irá morrer?
E esse reencontro entre pai e filha? Será que vai dar em porrada ou barraco?