Tudo estava diferente e a casa não era como ela se lembrava, paredes tinham outras cores, moveis estavam em outros lugares. As fotografias da avó tinham sido arrancadas das paredes. Assim como a de Celina.

Na sala, a mãe rezava diante de um altar, para um Deus que nenhuma mulher daquela família jamais acreditou.

Na cozinha, cheiro de café. O quarto dos pais cheirava a lavanda. O quarto de Celina não existia mais.

No porão, o mesmo ambiente atro. Gritos de horror e desespero vinham do cômodo. Assustadores para qualquer um, reconfortantes para Celina. Nem tudo estava tão diferente, afinal.