Quando me lembro, não deixo de notar que já tínhamos começado errado. Eu não apaixonei-me por Cristina... Francamente, aquele amor que chega a mexer com seu estômago – o delicado de borboletas flutuantes ou o apaixonado de coiotes barrindo – do qual falam nunca atingiu-me. Ela me fazia bem e eu achava aquilo o suficiente.

Mas, lentamente, percebi algo que iria nos dividir para sempre.

Ela tinha futuro.

Ela tinha potencial.

Ela tinha sonhos.

Eu era somente um buraco negro.

Mas ela não viu isso inicialmente. Que, ao entrar no inferno, as coisas não ficam melhores quanto mais se pisa no fogo.