A Milésima versão de Crepúsculo escrita por TheFemme


Capítulo 2
Prólogo II


Notas iniciais do capítulo

Eu esqueci de postar junto com a outra parte rs



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Exatamente ás 5h, como Alice dissera, os Cullen estavam saindo com seus três carros da garagem, levando apenas roupas e bens mais preciosos – Edward insistira em desmontar seu piano e levá-lo, Rosalie embalara todos seus (incontáveis) álbuns de foto, Emmett levava seus videogames. Mesmo com tantos anos de vida, eles ainda conseguiam se apegar com seus objetos favoritos.

Carlisle estava dirigindo o Aston Martin, com sua esposa Esme ao seu lado. Rosalie dirigia sua RX7 vermelha, desnecessariamente chamativa, na opinião de Edward, e Emmett teve a coragem de acompanha-la – ele era o único imune a todo mau humor da loira. Com seu sorriso quase infantil, Emmett tinha o dom de acalmar os chiliques de Rosalie. Os dois tinham uma relação muito estreita, já que Rosalie fora quem salvara Emmett da morte, após um ataque de urso. Salvar alguém criava laços inquebráveis, obviamente.

Edward, por sorte ou azar, estava na sua Ferrari preta que ele realmente nunca antes usara, na companhia de seus irmãos Jasper e Alice. Desde a visão, Alice não parava de repetir em sua mente palavras gritantes sobre escola, floresta, lobos e, no meio de tudo isso, Edward escutou uma palavra mais preocupante – companheiro. Alguém iria encontrar o seu companheiro. Alguém iria encontrar aquela pessoa que era a mais importante da sua vida, aquela que o completaria. Era um conceito bastante louco, na opinião de Edward, e ele não acreditaria em tal coisa se não visse seus pais se apaixonarem de forma tão rápida e intensa – Esme e Carlisle eram companheiros. Edward já sabia claramente que não seria ele a encontrar sua companheira – ele estava fadado a estar sozinho, não por quem ele era, mas devido ao seu presente; se em 118 anos ele não conseguiu jamais se apaixonar, não seria agora que ele iria conseguir amar alguém. Escutar o que as pessoas pensavam era horrível quando você queria se apaixonar por elas. Era impossível, Edward sabia. Conhecer os pensamentos mais íntimos das pessoas tornava qualquer uma delas inelegíveis para se apaixonar, ninguém era bom o bastante, todas estavam em falta em alguma coisa. Então, ele supunha que algum dos seus irmãos iria encontrar um companheiro, e apenas isso já o deixava muito feliz, já fazia toda essa bagunça e a viagem valerem a pena. Afinal, seus quatro irmãos podiam se apaixonar sem seus dons atrapalhando tudo – Jasper, talvez, poderia ter alguma dificuldade, mas nada que fosse intransponível. Edward queria vê-los felizes, claro, e com seus companheiros, é claro. Isso era algo que ele desejava e esperava por anos, que seus irmãos encontrassem a felicidade plena – que a ele estava inegavelmente negada. Porque não havia como negar que, embora eles se amassem completamente como família, havia algo faltando em cada um deles. Alice estava desanimada, Rosalie cada ano mais irritada, Jasper cada vez mais distante, Emmett... Emmett era o único que ainda não parecia afetado pela longa vida imortal. Ele estava apenas animado, pelo menos exteriormente. Edward conhecia seus pensamentos íntimos, infelizmente. Ele sabia que Emmett também estava procurando algo, algo que lhe desse animo para viver sua longa e imortal vida. Edward estava apenas resignado. Só havia algo que estava incomodando-o.  

— Então, os animais nativos de Forks são lobos? – ele meditou em voz alta. – Não posso dizer que anseio por isso. Vou sentir falta dos leões da montanha.

Alice riu, sua risada refrescante e deliciosa preenchendo o carro. Fazia tempo que Edward não escutava tal animação vindo da irmã.

— Há ursos por perto, não vamos estar limitados á lobos. Emmett irá amar isso, eu vejo. Eu não sei porque tenho visto lobos em quase todas as visões. Parece importante, mas ainda é um mistério para mim. Eu gosto da escola, no entanto. Não precisamos usar uniforme.

A mente de Alice estava correndo cem palavras por segundo na tentativa de ver mais claramente suas visões. Edward não podia “desligar” o zumbido. Seria uma viagem infernal, ele apenas sabia. Seu suspiro foi alto no silencio.

— Alice, ponha musica, por favor. Sua animação vai me dar uma dor de cabeça. – ele pediu.

Sua irmã lhe mostrou a língua.

— Você não pode ter uma dor de cabeça, Edward. – Mas ela ligou o som. Algo animado e com muita batida estava tocando, não o gênero musical que Edward normalmente escutava, mas ele queria algo alto o suficiente para deixa-lo só em seus pensamentos, e Alice parecia saber disso, então ele não reclamou. A música clássica fazia mais o seu estilo.


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