Izuku, Ochako e Denki estavam no quarto de Kirishima o ajudando com a limpeza de primavera. Os adolescentes distraiam-se com qualquer coisa que encontravam.

— Olha só essa figura de ação do Crimson Riot! — Izuku comentou admirado.

— Sim, cara! Eu fiquei três meses sem comer no intervalo só para juntar dinheiro para comprar ela.

— O que é isso aqui? – Denki puxou uma caixa de papelão debaixo da cama.

— Ah, é minha caixa de recordações!

— Podemos olhar? – Ochako indagou.

— Claro!

Sentaram-se na cama e comentavam sobre o que havia na caixa. Adesivos, jogos de cartas, pequenos brinquedos eram alvos de histórias nostálgicas para Kirishima. Seus amigos ouviam com atenção. Até que Izuku pegou uma foto em que Kirishima deveria ter por volta de seis anos. El estava usando um macacão jardineiro verde e tênis pretos. Os cabelos castanhos eram curtos e caiam sobre o rosto, ele tinha sorriso que mostrava os dentinhos faltando.

— Kirishima-kun, você tem cabelos castanhos?

— Sim, eu pinto de vermelho de tempo em tempo.

— Uau! Você era tão fofo — a menina riu — Olha só essas bochechinhas.

— Você acha mesmo?

— Claro!

— Você era bem másculo com essa coroa de florzinha — Denki comentou risonho.

— Foi Mina que fez para mim, minha mão tirou a foto logo em seguida.

— Me lembrou uma foto de mim e Kacchan quando crianças

— O Bakubro? Que foto?

— Minha mãe postou outro dia — disse puxando seu celular e abrindo a rede social. — Não conte a ele que foi eu que te mostrei.

Na foto estavam os dois meninos, de mãos dadas. Fantasiados de teletubbies. Izuku era o Dipsy e Katsuki era Tinky Winky. Kaminari gargalhou como nunca quando vislumbrou a imagem.

— Oh, Bakubro estava tão fofo!

— Sim — foi a vez de Izuku rir. — Ele me mataria se soubesse que ainda tenho essa foto. Foi em uma festinha da nossa creche.

Eles continuaram conversando animadamente. Izuku não percebeu que Denki pegou seu celular e enviou a foto para si mesmo, em sequência, a foto foi enviada para Sero e Mina.

Levou dez minutos para a primeira explosão ser ouvida. O circo não iria pegar fogo, ele iria pelos ares.