Arquivos da Frota Estelar 7 - William T. Riker escrita por Valdir Júnior


Capítulo 2
Parêntese




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“Diário do Primeiro-Oficial, data Estelar 45077.4.”

“Estou finalizado minha missão em Valakis, acompanhando a transferência de três prisioneiros valakianos que foram presos por tentativa de prática de pirataria no setor Beta Rigel. Como eles foram capturados pela Enterprise, a Frota Estelar solicitou que um oficial graduado da nave acompanhasse a equipe de segurança valakiana até concretizar-se a entrega dos criminosos às autoridades judiciais do planeta e fizesse um relatório completo da captura diretamente a elas. É uma tarefa perigosa, porque os prisioneiros estavam a serviço do Sindicato de Órion (1), que costuma ser bastante radical na tentativa de manter seus segredos.”

 “Enquanto termino minha tarefa no planeta, a Enterprise seguiu para a Base Estelar 12, na órbita de Deneva, há dois dias luz de distância, para fazer um intercâmbio de tripulantes e renovar alguns departamentos da nave. Ela estará de volta para me buscar dentro de aproximadamente dez horas. Enquanto isso vou aproveitar a oportunidade de conhecer Rhatanis, a capital planetária ”

 

— Você vai ficar muito tempo em Rhatanis? – perguntou a linda mulher, sorrindo para Will Riker de modo encantador. Ela tinha a pele de um tom rosado bem claro, como era comum nos valakianos.

O oficial da Frota Estelar sorriu também. Samirna havia sentado em sua mesa pouco depois dele chegar ao pequeno bar perto do espaço-porto da capital e começado a conversar animadamente, jogando charme. No primeiro momento ele pensou em dispensá-la educadamente, sabendo do fascínio que o uniforme da Frota provocava, mas a beleza da garota, seu lindo sorriso e principalmente aqueles olhos de cor lilás o desarmaram completamente. Em poucos minutos ele já havia lhe pagado uma bebida e estavam rindo e conversando de forma cada vez mais sedutora. “Deanna realmente tem razão. Eu não consigo resistir a uma mulher atraente”, pensou ele, suspirando e lembrando-se das brincadeiras que a conselheira da Enterprise e sua melhor amiga fazia com ele. Mas como estava no planeta em missão oficial pensou que talvez não fosse apropriado se envolver com Samirna, por mais que quisesse.

      - Infelizmente não – respondeu Riker – minha nave estará volta para me buscar em nove horas.

Ela suspirou e se aproximou até ficar bem perto dele, colocando uma das mãos sobre sua coxa e lhe proporcionando uma visão privilegiada do seu decote. O perfume da garota era irresistível.

— Então, Will, acho que devemos aproveitar bem este tempo juntos – ela disse, sussurrando, e quase tocando os lábios dele com os seus.

Ele sorriu. Parece que a sua estadia na cidade não iria ser tão tediosa quanto imaginara. E com certeza seu relatório oficial da missão não refletiria com precisão suas atividades nestas poucas horas que faltavam para ele voltar à bordo de sua nave.

Quando Riker se preparava para responder à proposta dela, um homem que estava em uma mesa próxima deles levantou-se de repente, parecendo estar muito assustado com alguma coisa. Ao passar apressado pela mesa do comandante esbarrou nela e a derrubou.

— Me desculpem – gaguejou o homem, sem, no entanto parar de andar, saindo do bar quase correndo.

— Mas, o que... – disse Samirna, que havia se levantado em um salto, olhando irritada para seus pertences espalhados no chão.

Porém outra coisa chamou mais a atenção de Riker. Assim que o assustado homem saiu, dois sujeitos mal encarados que estavam sentados em uma mesa de canto levantaram-se rapidamente e sairam rapidamente atrás dele.

“Tem algo errado acontecendo aqui”, pensou o comandante. E impulsivamente, violando inclusive algumas diretrizes da Frota, resolveu que precisava descobrir o que era.  Olhou para Samirna, que havia acabado de recolher a sua bolsa e também o olhava, expectante. “Sei que vou me arrepender disso”, pensou ele desalentado. Se aproximou dela e a beijou suavemente nos lábios.

— Parece que vamos ter que adiar nossos planos – disse Riker.

Antes que ela pudesse disser alguma coisa, ele colocou algumas fichas de crédito no balcão e saiu rapidamente do bar, deixando-a lá parada e totalmente atônita.

 

 

Referência do Capítulo:

(1) O Sindicato de Órion é uma organização criminosa criada e mantida pelos Órions. Suas atividades incluem jogos de azar, extorsão, contrabando, pirataria, tráfico de escravos e assassinato. A organização é implacável em suas táticas e seus membros são extremamente leais.A filiação exige uma taxa de ingresso substancial e qualquer membro tiraria a própria vida antes de testemunhar contra o Sindicato.

 


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