-- Eu não acredito que vocês vão se casar! -- o Kaulitz mais velho exclamou para o irmão quando o mesmo contou a novidade -- Achei que isso nunca ia acontecer! Vocês estão enrolando com isso desde a primeira noite de vocês! Estou tão orgulhoso de você irmãozinho!
 -- Eu não imaginava que você ia ficar tão feliz Tom. -- Bill exclamou surpreso sorrindo -- Mas é que sabe...Depois de tanto tempo se confirmou que ela é a garota pra mim e que se eu não estiver com ela nenhuma outra garota vai me fazer feliz.
 -- Que bom! Mas e ai... Quando vai ser?
 -- Dia 12, não achei que fosse precisar te dar o convite formal já que você é meu irmão e tudo mais. Então preciso te fazer um pedido.
 -- Ah lá vem! -- Tom riu da situação e a ironizou um pouco -- Diga Bill
 -- Será que você poderia ser o meu padrinho de casamento?
 -- Sério!?
 -- Aham!
 -- Claro que sim! To aqui pra tudo que você precisar! Mas fala ae, quem vai ser a madrinha! To curioso!
 -- OhMeinneGott! Achei que você tivesse sossegado o rabo um pouco depois do almoço com a Cassandra.
 -- Então né? Já tem um tempinho que eu estou meio sossegado. Mas agora eu quero voltar a ativa, não deu certo com ela então bola pra frente.
 -- Então sinto em decepcioná-lo irmãozinho mas você vai ter que continuar com seu rabo de molho.
 -- Como assim?
 -- Porque a Anna chamou a Cassandra pra ser madrinha.
 -- COMO É QUE É?! -- Tom exclamou em um grito agudo -- Espera ai! Repete que eu acho que a acústica do lugar me impediu de ouvir.
 -- A - Cassandra - vai - ser - madrinha - do casamento - juntamente - com - você. Entendeu agora?
 -- Entender eu entendo perfeitamente, só não me conformo com isso.
 -- Tom, você vai ter que conviver com isso sabia? -- Bill repreendeu o irmão -- Não tem mais condições disso. Eu vi as músicas. Eu sei que a única pessoa que você amou suficientemente na vida para escrever uma coisa dessas foi ela. Você precisa ir falar com ela. E precisa ser sincero a respeito de tudo. Eu sei que ela ainda sente algo por você, sei que você ainda tem um significado especial para ela. E eu não vou deixar você cagar com isso de novo!
 -- Cara, ela ta namorando, ta noiva e eu vou atrás? Ta doido?
 -- Tom, o casamento é hoje as 18h, você precisa ir falar com ela, precisar mostrar para ela o quanto você a ama. É o unico jeito de você ser feliz.
 -- Não Bill, o jeito de eu ser feliz é eu ter bebida, música e tudo o que eu sempre tive e fui feliz.
 -- Eu vou ser bem honesto Tom, você não precisa ser assim, vai lá falar com ela.
 -- Ta Bill eu penso no seu caso
                  Bill foi embora do quarto deixando o gêmeo pensativo sobre o que acabara de ouvir. Afinal, realmente valia a pena correr atrás deste romance que há tanto parecia estar completamente falido? Não era uma ideia atraente para o Kaulitz mais velho, mas parecia ser o mais certo a se fazer. Pela primeira vez ele estava ouvindo uma infeliz vozinha dentro de si dizendo que este era o caminho certo a seguir. 
                  Tom pegou o Nokia do bolso e acendeu a telinha brilhante, rezando internamente e convocando todos os poucos santos que ele sabia da existencia para que tivesse chegado pelo menos uma mensagem de Cassandra. Nada. Absolutamente nenhuma mensagem nova, segurou-se para não clicar no botãozinho verde que realizaria a chamada para um numero tão conhecido e que há anos ele tinha duvidas se deveria ou não apagá-lo. Pressionou o botãozinho e esperou o telefone completar a chamada, mais uma vez rezando para que não caisse na caixa postal.
                  "Olá, aqui é a caixa postal de..." a voz eletronica proferiu depois de alguns toques. Como é que a garota tem celular e não o atende? Essa era a pergunta que mais rondava a mente de Tom Kaulitz enquanto ele tentava decifrar o que sua própria mente dizia a respeito deste casamento. Ele não sabia se devia ir atrás dela, não sabia o porque de a sua mente e seu coração estarem em acordo lhe dizendo que correr para este casamento era a coisa certa a se fazer.
                  Pegou as chaves de seu Audi e deixou um bilhete para seu irmão dizendo que não era para lhe ligar, que só era necessário preocupação se ele mesmo voltasse antes da meia noite. Correu em direção a estrada e foi com os olhos marejados para a parte mais isolada da cidade, eram quase 17h30 e ele precisava chegar a igreja antes das 18h. Era outono, setembro, a época que mais lhe deu recordações na época que os dois jovens estudaram junto... Aquilo era assustador para o Kaulitz mais velho, aquele momento era algo extremamente novo para ele. 
                 Chegou na igreja certa as exatas 18h05, cinco minutos atrasado. Os sinos já tocavam e seu coração acelerava, era agora. A hora era agora. A hora que Tom  Kaulitz finalmente invadiria um casamento para confessar seu amor por alguma garota. É, ele estava ficando louco e a culpa era toda de Cassandra.