Monarquia Serpente - Bughead escrita por Fortunato


Capítulo 30
Capítulo 30


Notas iniciais do capítulo

Música do Capítulo: Ruelle - Find You



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Jughead Jones

Só fiquei nervoso quando a porta emperrou. Já havia trazido outras garotas para o trailer, claro, mas nunca alguém que eu quisesse causar uma boa impressão. Não sabia o que Elizabeth esperava, principalmente sendo alguém do lado Norte. De toda forma, caso isso desse certo, e eu faria de tudo para dar, ela teria que aceitar essas minhas imperfeições. Um pacote completo de Jughead.

Dei um solavanco na porta a abrindo com tudo. Joguei uma meia suja que estava em cima da mesa para longe e escondi uma tigela e dois pratos atrás do corpo antes de dar passagem para que Liz entrasse. Por algum motivo seus movimentos estavam lentos e engraçados, ela olhava atentamente a cada detalhe do trailer, se demorando em alguns poucos retratos da sala.

Enquanto ela se distraia com as fotos eu joguei as coisas na pia e catei algumas coisas pelo chão que esperava que ela não tivesse visto pela má iluminação. Éramos só eu e meu pai em casa, mesmo assim isso não era desculpa para aquela bagunça. Teria que melhorar isso para a próxima vez que ela viesse, caso ela não tivesse se assustado tanto para voltar.

Percebi que ela olhava atentamente para a única foto de família que minha mãe tinha deixado para trás.

— Essa é a minha mãe. E essa criaturinha feia é a Jellybean, minha irmã.

— Triste você dizer isso, porque ela é a sua cara.

Fingi me ofender me sentando no sofá pegando o retrato. Lembrar da minha mãe não me fazia bem, por isso eu evitava ao máximo falar sobre ela.

De alguma forma Elizabeth me deixava vulnerável o bastante para que eu deixasse meu passado escapar... e me atormentar. E as vezes...

— Às vezes isso é apavorante. – minha voz falhou.

Tentei me recompor com um sorriso trêmulo. Eu não queria parecer fraco. Não na frente da pessoa que eu mais queria proteger no mundo. Elizabeth me puxou para si segurando meu rosto com ambas as mãos.

— Eu prometo que não vou embora Jug. Nunca. - ela disse baixinho.

Me rendi sob seu charme. Esperava que ela ficasse sim, pelo resto da sua vida se fosse possível. E se não fosse eu iria com ela para qualquer lugar. Porra... já não me reconhecia mais.

Ela me beijou com carinho e eu senti um gosto doce de licor que conhecia bem. Me afastei para olhar se suas pupilas também estavam dilatadas com a bebida. Antes que pudesse reparar ela me puxou quase para si em um beijo completamente diferente do primeiro.

Era um beijo sedento, explorador. Quanto mais ela queria, mais eu queria ela. Em poucos segundos já estava morrendo de tesão e de vontade. A puxei para o meu colo percorrendo minha boca pelo seu pescoço, era exatamente como o meu primeiro sonho. Apertei sua carne macia, dessa vez era real.

Desci os beijos até os seus seios. Não tinha tido oportunidade de reparar no seu volume quando ela usava suéteres rosas e bufantes, mal podia ver o que mais Liz escondia. Tentei abrir o primeiro botão. Meu membro já latejava enquanto ela comprimia meu corpo entre suas cochas igualmente excitada. Na impaciência tentei abrir todos de uma vez, mas eles acabaram arrebentando com a força. Pisquei uma ou duas vezes com força vendo um deles balançar pendurado pela linha.

Merda.

— Porque parou?

Ela não estava brava?

— Nossa, me desculpa Liz, é que você me deixa louco...

— Ahm, não tem problema. Essa não é minha favorita.

O que estava acontecendo aqui? Se me dissessem a duas semanas atrás que Elizabeth estaria no meu trailer, sentada no meu colo, me pedindo para continuar, eu teria rido na cara da pessoa. O mundo era uma caixinha de surpresas e eu não reclamaria. Um sorriso sacana escapou.

— Não era você quem queria ir devagar?

Ela enrubesceu e não disse mais nada. Seus olhos se desviaram para qualquer outro lugar da sala que não fosse eu.

— Eu nunca tive alguém como você Liz. Precisa me dizer o que quer de mim. – expliquei.

— Eu quero você. – ela disse por fim - Eu quero tudo com você.

Era tudo o que eu precisava ouvir. O licor não a tinha alterado, só incentivado. Toni era uma maldita algumas vezes, mas eu a agradecia mentalmente por isso. De toda forma eu esperei por alguém como Liz por tanto tempo, agora que ela era minha eu aproveitaria cada centímetro do seu corpo.

Minha felicidade não durou muito antes de ser interrompida pelo grande empata foda da cidade. Fitei o visor revoltado bloqueando a tela antes que o som do celular me fizesse atender e surtar com Fangs. Ele estava chato pra um caralho hoje.

Não me deixei abalar, levantei Elizabeth junto com o meu corpo a deitando no sofá, os treinos para a luta de alguma forma tinham me deixado em forma. Tirei a minha camisa antes de me apoiei nos braços sob seu corpo. Ela passeou primeiro os olhos por mim e depois as pontas dos dedos. Acompanhei seu toque até o início da calça onde meu corpo reagiu imediatamente. Tinha acabado de desistir dessa história de ir devagar.

Meu celular chamou de novo me irritando mais ainda. Ia socar tanto Fangs amanhã por beber além do limite. Peguei o celular pronto para desligar e a foto do meu pai no visor me surpreendeu. Meu pai era do tipo que esperava o dia seguinte para conversar pessoalmente e ligava apenas em emergências.

Me levantei sem graça.

— É meu pai agora. Preciso atender. – disse tenso imaginando as possibilidades da ligação.

Liz se encolheu cobrindo a pele exposta enquanto verificava sua blusa retalhada. Voltei minha atenção ao que meu pai dizia só quando ela finalmente vestiu o sutiã, mesmo assim era fácil se perder naquele corpo.

Fitei a janela do trailer enquanto meu pai falava, as notícias realmente não eram boas e eu me surpreendi em como as coisas tinham desandado em menos de meia hora. Toni acabara de passar mal no bar e estava inconsciente no hospital. Como se já não bastasse, Fangs havia capotado com sua moto no caminho seguindo a ambulância.

Meu pai estava na delegacia tentando aliviar a barra dele por pilotar alcoolizado e por ter destruído a caixa de correio de alguém com a moto desgovernada. Passei a mão pelo rosto impaciente. Ele precisava de mim para busca-lo no hospital.

Não tive tempo de explicar nada a fundo para Elizabeth e na verdade estava ansioso demais para conversar. Joguei a minha camisa para que ela se vestisse e fomos embora dali o mais rápido possível.

(música)

Toni não era uma pessoa muito amigável com estrangeiros, mas o fato de termos crescido praticamente juntos fez com que criássemos laços de irmãos que acabaram se intensificando com a partida da minha mãe. Me lembrei da promessa que havíamos feito um ao outro no campo do Sweetwater. Alguma coisa havia fodido com a minha sanidade e eu não compreendia quando ou como isso acabou acontecendo, só queria ser como a fumaça do cigarro que após um tempo desaparecia no ar, depois de cumprir sua função no mundo. E eu nem sequer tinha uma função a cumprir. Nada me prendia à essa existência.

Toni se sentou ao meu lado em silêncio após termos brigado feio. Ela permaneceu assim por longos minutos até que após um suspiro pesado colocou um cigarro entre os lábios.

— Me empresta um isqueiro? – observei o cigarro dançar entre seus dentes e logo sua mão aberta na minha direção.

— Então você fuma agora? – ergui uma sobrencelha confuso.

— Qual o problema?

— Não é um vício que te desejo. – busquei pelo objeto metálico no bolso da jaqueta.

— Nem eu, mas decidi que a partir de hoje vou te acompanhar em todas as suas idiotices.

Segurei o objeto ainda no bolso parando para encará-la. Com a outra mão tirei o embrulho de nicotina da boca apagando-o em uma pedra próxima a mim.

— Não, você não vai.

Me levantei limpando a poeira da calça. Ela fez o mesmo rapidamente tirando o cigarro apagado da boca e o jogando para longe.

— Quer mesmo duvidar de mim Jughead? Qual é, eu já tentei de tudo e você simplesmente tá pouco se fodendo.

— Exatamente. – concordei já de costas indo até a moto.

Ela veio atrás.

— Então eu resolvi usar as piores cartas que tenho na manga. Não era uma ideia agradável ser peão de sacrifício, mas foi a única opção que você me deu. E como eu sei que você se preocupa comigo...

Parei com o capacete em mãos achando engraçado sua conversa. Me voltei a ela.

— Peão de sacrifício? – ri.

— É simples, se você continuar com essa porra de cigarro, então eu também vou fumar. Se for beber igual a um desgraçado e dar trabalho por aí, então eu também vou. Se quer só usar as garotas da gangue, então eu também vou. -  não consegui deixar de rir nessa parte pensando que Toni fazia mais sucesso com elas do que eu.

— Dessa eu não duvido. – cruzei os braços me encostando na moto.

Ela comprimiu os olhos tirando um outro cigarro do bolso da jaqueta. Sem que eu me movesse pegou o isqueiro dentro do bolso da minha jaqueta acendendo o cigarro na boca. Era evidente que ela não queria fazer isso visto que odiava o cheiro de cigarro, principalmente por causa dos problemas de pulmão do avô. Ao puxar a primeira tragada Toni engasgou com a fumaça e eu fiquei tenso com a cena, quando ela tentou de novo eu tomei o cigarro da sua mão.

— Chega. - o joguei no chão apagando a brasa com o pé.

— Vai parar? – tossiu outra vez.

— Sabe qual o problema? – olhei para o horizonte constatando o fim da tarde – Eu não vou ganhar porra nenhuma com isso, nem você. Então acho melhor você me deixar em paz.

Ela pigarreou mais uma vez.

— Na verdade, eu conversei com seu pai, os serpentes estão sendo acusados de traficar em Riverdale por conta de uma gangue rival. Ele anda ocupado com algumas coisas e disse que deveríamos te colocar na liderança. – ela balançou a cabeça de um lado a outro ponderando – temporariamente.

— Ainda assim eu te pergunto: que porra vou ganhar com isso? - balancei a cabeça em negativa tomando o capacete na mão e montando na moto.

— Respeito. Ser um Rei Serpente significa muito mais do que liderar um bando de bocós. É tipo uma honra. Significa ser alguém bom o suficiente para comandar e instruir. – ela explicou com calma, bufou ao perceber que não tinha me convencido – De toda forma, Nick é uma possibilidade já que também descende de um fundador. Nós não queremos ele no comando, não é?

Cocei a cabeça por um momento pensando.

— Eu topo. – ergui o queixo.

Toni sorriu satisfeita estirando a mão aberta em minha frente. Ergui uma sobrancelha. Queria que eu parasse ali agora? Revirei os olhos retirando o maço de dentro do bolso lhe entregando a embalagem.

— Não se preocupa cabeça de jarro. – ela retirou uma outra embalagem do bolso do jeans apertado – Eu vou ficar por perto pra te ajudar.

Peguei a embalagem fina de chiclete em mãos. Inspirei fundo sem olhar para ela.

— Sei disso, nunca foi diferente.

Finalmente coloquei o capacete. Eu sempre quis deixar em evidencia um Jughead durão ou cabeça dura e tinha consciência de que aquele era meu disfarce para o que sentia, para não mostrar o quanto era alguém fodido por dentro.

Assim, que parei no estacionamento do hospital Elizabeth alisou minhas costas.

— Vai ficar tudo bem. – ela parecia preocupada.

Concordei com a cabeça antes de descermos.

Fangs já aguardava na recepção. Um dos braços estava imobilizado com uma tala enquanto o rosto estava repleto de escoriações. Ao me ver ele se levantou e agora depois do susto parecia completamente sóbrio. Lhe dei um grande tapa no braço, com a intenção de causar dor mesmo.

— Ai! – ele se contorceu fechado um olho.

— Ainda bem que tá vivo filho da puta.

— Porra Jughead. – levou a mão ao braço.

— O que aconteceu com seu pulso? – Elizabeth perguntou.

— Eu cai de cara no chão e sai arrastando no asfalto. Foi bem feio, nem sei se a moto vai andar depois disso.

— Acho que você não deveria se preocupar com ela agora. – Liz disse baixo.

Balancei a cabeça em negativo.

— Da próxima vez que você pilotar bêbado eu mesmo dou um jeito de te matar.

— Até parece que você nunca fez isso. – ele retrucou.

Liz me fitou pelo canto dos olhos e preferi mudar de assunto.

— E Toni?

— Ela foi atendida, mas ainda tá inconsciente. O médico tirou o sangue para alguns exames, mas ainda não sabe dizer o que a deixou assim antes do resultado.

— Ela não bebeu tanto assim, bebeu? Eu só tô tentando entender em qual momento vocês perderam o juízo. – disse ríspido.

— Você não tá entendendo a situação. – ele se explicou falando baixo agora como se contasse um segredo – A cena foi a coisa mais assustadora que já vi na vida. Eu entrei em pânico.

— O que aconteceu afinal de contas? – Liz questionou.

— Eu não sei, numa hora ela estava bem e na outra estava no chão se contorcendo com a boca azul.

Baixei o cenho.

— Com a boca azul?

— Eu acho que alguém batizou a bebida dela com veneno... – ele disse quase num sussurro.

Ri pelo nariz.

— Para com isso, parece que tá bêbado até agora. – disse incrédulo.

Elizabeth permaneceu séria, mas seu olhar se perdeu por um instante.

— Não cara, é sério. - ele me puxou pelo ombro – Depois do que a gente fez na sexta com os Ghoulies, você acha mesmo que ia ficar assim?

O olhei de lado.

— Dentro do bar? Ninguém seria tão maluco assim.  

— Você acha realmente que Nick tava sozinho? – ele revezou olhares entre mim e Elizabeth que parecia distante dali apesar de estar ao meu lado.

— Ok, mas seria completamente coerente se fosse comigo. Já Toni? O que eles ganham com isso?

Fangs ponderou por segundos.

— Te afetar? Não sei Jughead, pode ser qualquer coisa. – soltei um longo suspiro antes que ele continuasse – Além disso, Toni tava naquele bar com as meninas no dia da batida.

Se todo esse delírio de Fangs fosse verdade então todas as meninas que dançaram no bar naquela noite estavam sob a mira de alguém que tinha acesso ao Whyte Whyrm. Passei a mão pelo cabelo desorientado.

— Não sei se faz sentindo Fangs, elas estavam de peruca, os Ghoulies estão presos e você acabou de beber pra um caralho.

— Também não sei, mas se for pra tirar a prova sobre isso, os exames dela devem sair daqui um tempo, até lá a gente tem que ficar esperto com isso.

Concordei olhando o corredor vazio e uma moça de azul claro atrás do balcão que escrevia algo em uma prancheta. Fui até lá.

— Oi, eu preciso ver Antoinette Topaz, deu entrada agora de madrugada. – me debrucei sob o balcão. A mulher nem sequer me olhou.

— Agora não é possível. – continuou anotando algo.

— Porque não? – disse impaciente. Fangs observava tudo sob meu ombro.

A mulher pegou um cartão no balcão me entregando.

— Volte em algum desses horários. E... – ela verificou algo em um monitor me olhando com desdém – pelo que consta aqui, ela já está em observação e acompanhada por alguém.

Olhei para Fangs.

— Cheryl foi com ela na ambulância, ficou mais desesperada que todo mundo.

— Ah.

Guardei o cartão no bolso sem necessariamente lê-lo. Assim que descemos as escadas meu pai chegou com a viatura. Elizabeth tinha ficado calada até aquele momento e talvez cogitando a possibilidade do que Fangs havia dito. Esperei que ele fosse na frente falar com meu pai que não esperou muito para lhe encher de sermões.

— É melhor eu ir. – ela abraçava o próprio corpo. O olhar vago.

— Liz, olha... – puxei suas mãos para segurá-las – Mesmo que Fangs tenha razão eu quero deixar claro que não deixaria nada acontecer com você.

Um sorriso fraco escapou. Ela piscou algumas vezes negando.

— Não é comigo que eu tô preocupada. – mordeu o canto do lábio – Toni se tornou alguém muito importante pra mim.

— Eu costumo dizer para os serpentes que vaso ruim não quebra assim tão fácil. - a puxei para mim a envolvendo em meus braços e dei um beijo entre seus cabelos.

— Também tenho medo por você. – sua voz saiu abafada conta meu peito. A apertei mais.

— Eu também sou um vaso ruim de quebrar Liz, fica tranquila.

Quando nos afastamos seu rosto ainda transmitia certa melancolia.

— Nos vemos amanhã? – perguntei.

— Na verdade eu vou estar ocupada com uma coisa.

E talvez eu estivesse enganado. Disfarcei minha surpresa. O que ela faria num domingo após tudo o que aconteceu? Eu deveria perguntar ou soaria controlador? Nesse tempo que passamos juntos e depois de tudo o que aconteceu eu imaginava que ela iria me querer por perto durante todo o tempo, mas acho que acabei me enganando. Por outro lado, eu também tinha assuntos a resolver. O racha de gangues seria no próximo final de semana e eu precisava pensar em uma forma para lidar com isso.

— Te vejo na escola segunda? – perguntei sem graça.

Ela concordou com a cabeça e se aproximou do meu rosto hesitante. A puxei pela cintura selando nossos lábios por deliciosos segundos. A observei se distanciar e sair com a moto rapidamente daquele estacionamento. Meu pai buzinou me chamando atenção para a viatura.

— Eu vivi pra ver um Jughead apaixonado e cadelinho. – Fangs gargalhou do banco de trás.

— Cala a boca! – disse batendo a porta, mas não consegui deixar de sorrir.

Meu pai por outro lado tinha uma expressão impassível e uma ruga brotou em sua testa quando ele arrancou com o veículo.

— Me poupa tempo ter vocês dois aqui. – ele começou – Quando iam me contar que Sweet Pea saiu da cidade?


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Notas finais do capítulo

Desculpe o sumiço pessoal! Acabei de me formar e estava muito ocupada com o TCC, mas agora é dedicação total.
Muitos acontecimentos para esse capítulo! O que acham que passou pela cabeça da Betty?
Me contem o que acharam.



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