Confusão em Dose Tripla escrita por Lelly Everllark


Capítulo 16
Viagem e namoradinhos.


Notas iniciais do capítulo

Voooltei!! E rápido dessa vez, olha que milagre?
Só espero que estejam gostando da história e curtam o capítulo.
BOA LEITURA :3



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Depois de várias paradas, eu acordar de madrugada e ter cochilado várias vezes durante a viagem, o cobrador finalmente avisa que a próxima parada é a rodoviária da cidadezinha em que vivi mais da metade da minha vida.

  Eu estava reclamando da viagem desde as cinco da manhã que acordei para pegar o ônibus, mas a verdade é que faria tudo outra vez só para não ter que me prestar a ir até a casa do meu pai, a casa que ainda poderia ser minha se Erika não tivesse aparecido em nosso caminho.

  Suspirei me preparando para levantar com os outros passageiros, quase tudo mundo tinha saído, restavam apenas eu, uma senhora que devia ter uns oitenta anos ou mais e uma mãe com dois filhos, o garotinho e a garotinha tagarelando ao seu redor me fizeram pensar imediatamente em Seth e Charlotte, o que será que eles estariam fazendo agora? Conferi as horas no celular, faltavam quinze minutos para as dez da manhã, então, provavelmente estariam se divertindo com Brianna ou comendo alguma coisa que Susan fez, não pela primeira vez hoje, desejei estar com eles, com os pestinhas que haviam roubado meu coração e não indo para essa maldita festa.

  Era desnecessária minha presença, era desnecessário eu ir ver minhas tias por parte de pai (quem nem eram mesmo minhas tias) perguntando dos “namoradinhos” e Erika com o sorriso de deboche ao constatar isso. Meu único alento era saber que tia Sarah estaria lá, não por escolha, no mínimo, mas por que meu tio era muito amigo do meu pai e para infelicidade da minha tia, eles todos eram vizinhos.

  Esperei a mulher com as crianças e depois a senhora que gastou uma vida inteira, para só então sair do ônibus atrás delas. Peguei minha mala e olhei para a rodoviária a todo vapor decidindo se valia à pena pedir um táxi. Não valia, a casa do meu pai ficava a vinte minutos daqui e não compensava mesmo gastar meu dinheiro com táxi. Peguei a mala e segui em direção a casa em que cresci.

  Ia ser um longo fim de semana.

  Arrastei-me debaixo do sol pelas ruas que conhecia muito bem, até a casa que agora tinha uma fachada amarela que Erika tinha tido o prazer de mandar pintar no instante em que meu pai lhe deu liberdade pra isso. Ela tinha feito questão de mudar tudo o que pudesse, mudar tudo que lembrava minha mãe. Estava praticamente marcando a casa e papai como sendo seus. Dizendo com todas as letras que meu tempo ali tinha acabado.

  Desisti desses pensamentos quando parei em frente à porta. Eu estava me preparando psicologicamente para bater, talvez entrar sem bater mesmo, mas não tive tempo de escolher, por que de súbito a porta foi aberta e papai surgiu a minha frente, ele parou onde estava, sua expressão de surpresa me fez sorrir, vê-lo estava cada vez mais raro, mas ele não parecia estar se importando muito com isso.

  - Livy, que surpresa! – ele exclamou quando o silencio começou a ficar estranho, papai tinha um saco de lixo enorme nas mãos e não parecia saber se me cumprimentava e continuava sua tarefa de levar o lixou ou só ficava ali parado a minha frente. No fim decidiu por continuar a minha frente.

  - O senhor me convidou, lembra? – digo meio irônica e o sorriso já meio precária de papai vacila.

  - Claro que lembro. Só estou surpreso em vê-la aqui. Por que não disse que estava chegando? Eu poderia ter ido buscá-la.

  - Não quis incomodar. A Erika poderia achar ruim – resmungo essa última parte e como sempre papai me olha feio. Quando o assunto é sua mulher eu sempre estou errada ou querendo criar confusão.

  - Olivia... – ele começa como sempre e suspiro sem coragem nem paciência para continuar.

  - Tudo bem, pai, eu vim pelas coisas da mamãe de qualquer forma. Onde estão?

  - Na garagem, mas como está aqui é para ficar até a noite. Isso não é um pedido - ele reforça como se eu não tivesse entendi o recado.

  - Certo... – suspiro. – Vou para o meu antigo quarto, depois continuamos.

  - Livy, dessa vez você vai ter que ficar com a sua tia – papai diz e quase parece envergonhado, quase. Mas espera aí.

  - Como assim?

  - Erika deu o quarto para o Ted, ele e a esposa chegaram ontem e ela não sabia que você viria e... – ele suspira e eu não acredito nisso. Simplesmente não acredito. Ele deixou a mulher dar o meu quarto ao irmão e agora está praticamente me expulsando de casa. Mordo o lábio por que não quero chorar. Não por esse motivo, não na frente dele onde sei que minhas lágrimas não serão nada.

  - Ok, estou indo para a casa da tia Sarah, lá com certeza vai ter uma cama pra mim. Até mais tarde, pai – aviso seca. Não espero sua resposta, finjo não ouvir quando ele chama meu nome, apenas me viro para atravessar a rua e seguir até a casa com a fachada verde que para mim lembra a minha infância feliz.

  Na casa de tia Sarah não bato, só empurro a porta que sempre está aberta, deixou a mala pelo caminho e vou direto para o sofá me sentar, apoio a cabeça nas mãos e estou chorando pelo motivo de sempre. Se ela, se minha mãe estivesse aqui, seria tudo diferente, eu ainda teria um espaço na casa do meu pai, eu ainda o teria também.

  - Ai meu Deus, Liv! – ouço a voz de tia Sarah exclamar e levanto o rosto tentando secar as lágrimas o mais rápido que consigo, é impossível e ela obviamente vê meus olhos vermelhos. – O que aconteceu, minha florzinha? Quando você chegou? – ela vai despejando as perguntas enquanto se junta a mim e me abraça no sofá.

  Respiro fundo antes de falar.

  - Meu pai me expulsou de casa antes mesmo de eu chegar lá, eu nem queria vir e chego pra isso? Eu não entendo mesmo o porquê dele ter querido tanto que eu viesse. Desculpa tia, eu aqui falando e falando e invadi sua casa – suspiro e ela sorri antes de me abraçar outra vez. Tia Sarah se parece comigo, os cabelos escuros e longos, os olhos castanhos alegres e nós duas nos parecemos com a minha mãe. Seu abraço sempre me faz ficar melhor, lembra o da minha mãe e aproveito o que posso dele, casa segundo.

  - Primeiro que não é invasão quando a casa é sua – ela diz depois de me soltar. – Segundo que no mínimo, isso tudo é ideia daquela ruiva de farmácia. E terceiro que aposto que aqui você vai estar bem melhor acomodada. Pode ficar com a Beth e as meninas. O que acha?

  - Se não for incomodar, eu adoraria – digo sincera. Beth é cunhada de Jake, o único filho de tia Sarah que se casou. Sempre que ele e Lis, sua esposa, vêm visitar trazem ela e as gêmeas, as outras irmãs das duas. Minha tia teve quatro filhos homens, então ama ter uma nora e mais três garotas para mimar e conversar uma vez que seus outros filhos não parecem nenhum pouco interessados em arrumar uma namorada.

  - Você incomodando, Liv? Pelo amor de Deus! Pare de bobagem, pode subir, elas estão ficando no quarto do Mike, mas saíram todos. Devem voltar daqui a pouco para o almoço. Se quiser pode ir descansar por que seu pai já veio avisar mais cedo que o almoço vai ser na casa de vocês.

  - Na casa dele – resmungo e minha tia suspira triste.

  - É nada casa dele. Eu não sei se vou ou se os meninos vão antes da festa mais tarde. Mas e você, vai?

  - Vou – digo me controlando para não responder “preciso”. Tia Sarah não precisa ficar sabendo de todo o motivo de eu ter vindo aqui. – Tem umas coisas da mamãe que meu pai quer doar – ou se livrar. Mordo o lábio para realmente não dizer nada. – Então vou até lá garantir que vou poder pegar o que puder.

  - Então ele te disse?

  - Ele disse para a senhora também? – pergunto e ela faz que sim.

  - Já busquei algumas coisas, mas ele me garantiu que você viria hoje então deixei a maioria por lá mesmo para que pudesse escolher. Mas não estava acreditando cem por cento que viria. Como ele te convenceu? Eu sei que está odiando esse lugar, que odeia aquela mulherzinha e seu pai bem... Então por veio? Se for para terminar como a encontrei a pouco eu teria mandado tudo pelo correio pra você.

  - Você é incrível, sabia? – pergunto com um sorriso enorme em meio às lágrimas. – Obrigada por tudo, mas eu queria vir, ver tudo, pegar, me lembrar. Vão ser só algumas horas. Acho que sobrevivo, que aguento.

  - Tem certeza?

  - Não, mas eu vou tentar. Só que agora preciso de uma soneca.

  - Ok – ela sorri. – Vai lá.

  Alcanço minha mala antes de me arrastar escada acima, sigo para o quarto de Mike, eu conhecia essa casa como a palma da minha mão e em poucos minutos estava jogada sobre a cama de casal no meio do quarto, encarando o teto e desejando poder simplesmente voltar para casa.

  Casa. Estava aí uma coisa que já não tinha há muito tempo. Mas já há algumas semanas era da casa de Ethan que eu lembrava quando pensava em lar. Era naqueles pestinhas barulhentos e nos olhos azuis profundos do meu chefe e eu não sabia se isso era só deprimente ou também era estúpido. Sentir-me parte daquela família só me magoaria um pouco mais quando eu tivesse que ir embora. Mas eu não podia evitar me lembrar e sorrir, me lembrar e querer vê-los. Tinham algumas horas que eu não os via e já estava preocupada se tinha acordado bem ou comido direito, como é possível?

  Dormi em meio aos meus pensamentos e acordei com o barulho de vozes conversando. Pisquei e me sentei na cama perdida e tendo certeza que estava vendo tudo dobrado quando focalizei Lola e Layla, as gêmeas irmãs de Lis. As garotas de quinze anos estavam dividindo o espelho preso à parede onde tentavam se maquiar. Elas me olharam e sorriram.

  - tudo bem, Olivia? Você olhando a gente de um jeito engraçado – Lola comenta enquanto Layla já voltou a sua tarefa de passar delineador no outro olho.

  - Estou ótima, desculpa invadir o quarto de vocês.

  - tudo bem, o quarto é do Mike mesmo, ele que vai ficar sem cama – ela ri antes de empurrar a irmã e voltar para a maquiagem também, mas não sem antes Layla xingar a gêmea e empurrá-la de volta.

  Desço da cama e sigo até o banheiro anexo à suíte, lavo o rosto, dou uma arrumada no cabelo e analiso o conjunto da obra depois de amarrar o cabelo num rabo de cavalo. É, eu estou péssima. Resgato minha nécessaire e aplico um pouco de pé e rímel e por fim passo um batom, não estou exatamente pronta para uma festa, mas ao menos agora não parece que eu acabei de acordar, infelizmente a cara feia de quem está odiando tudo não dá pra melhorar com maquiagem.

  Despeço-me das meninas e desço as escadas. Encontro tia Sarah, Lis e Jake na cozinha, os cumprimento, meu primo se faz de surpreso ao me ver, nós trocamos implicâncias e abraços, eu cumprimento sua esposa, sendo menor que eu, com feições delicadas e cabelos loiros, Lis assim como as gêmeas, parecia uma fada, Beth era a única não se parecia com as irmãs.

  - Tia Liv!  - Eliot exclama ao se jogar em meu colo, abraço o garotinho sorrindo. O primeiro e único neto de tia Sarah era sem dividas a criança mais mimada do mundo. Com seus oito anos, era o pequeno príncipe da família e eu amava o garotinho e felizmente era correspondida. Seus cabelos loiros como os da mãe lhe davam um ar angelical.

  - Oi, meu amor, você está enorme. Faz um tempão que não te vejo.

  - É faz um tempão mesmo, você já sabe a novidade? – ele pergunta empolgado e faço que não.

  - Eu vou ter um irmãozinho! – ele anuncia e encaro Jake e Lis que estão atrás do filho, o sorriso no rosto de ambos dispensa confirmações.

  - Meus parabéns! – digo sinceramente soltando Eliot indo abraçá-los. Eles me abraçam de volta e confirmam as palavras do filho, como acabou de entrar no segundo mês de gestação nem mesmo dá pra ver a barriga de Lis, mas seu sorriso radiante a deixa linda.

  Despeço-me deles e sigo para a casa do meu pai depois de confirmar que eu “queria mesmo” fazer isso. A notícia de Jake me deixa um pouco mais feliz para ir até o outro lado da rua encarar papai e Erika. Eu penso neles e às vezes acho que esse tipo de coisa não é pra mim. Vinte e seis anos e nunca tive um namorado, um relacionamento de verdade, um romance, meu primo está indo para o segundo filho e acho que meu destino e virar freira, só pode. Ou isso, ou vou criar cães e gatos abandonados. Talvez eu abra uma agencia de babás.

  Dessa vez não espero que me abram a porta, não hesito antes que eu perca a coragem e corra de volta para a casa da minha tia e simplesmente entro. Tem pilhas de mesas e cadeiras no canto da sala, algumas pessoas uniformizadas passando pra lá e pra cá e reviro os olhos, acho isso tudo um exagero, mas a festa não é minha mesmo, então tudo bem.

  Vejo alguns parentes do papai, primos dele que só vejo em festas e que felizmente tenho visto cada vez menos. Tem parentes de Erika que gostam de mim tanto quanto ela. É realmente uma maravilha as festas na casa do meu pai.  Passo reto por todos eles, quero falar com meu pai sobre as coisas da mamãe, mas se não o vir vou simplesmente até a garagem pegar tudo e ir embora, pra mim seria um alivio fazer isso.

  Estou quase chegando à cozinha quando a encontro, pele branca, cabelos tingidos de vermelho na altura dos ombros, saltos e um olhar odioso assim que me nota ali na sua casa. No inicio eu ganhava algumas batalhas por que o ambiente era meu, mas depois de um tempo até isso ela me levou. Erika me olha de cima a baixo e revira os olhos, tudo em mim a desagrada. Minha personalidade, minhas roupas simples, os cabelos “logos demais” de acordo com ela e principalmente minhas feições extremamente parecidas com as da minha mãe.

  - Você veio – ela desdenha.

  - Infelizmente – rosno de volta. – Acredite em mim, não é por querer. Papai me obrigou.

  - George está louco, você aqui pra quê? Sua tia vir encher meu saco sobre você depois? Isso é sobre aquela tralha velha da sua mãe, não é?

  - Não são tralhas – digo entre dentes e ela sorri satisfeita com minha reação.

  - Eu devia ter dado fim naquilo há muito tempo. Só não o fiz por que não sabia que o seu pai ainda tinha aquele monte de lixo. Nós achamos há umas semanas e eu só queria por tudo no lixo, mas ele disse que você e Sarah iriam querer. Esse papinho sentimental não cola comigo. Fora o velho, viva o novo.

  - Exatamente como você fez com tudo na vida do meu pai quando você chegou, não é? Livrou-se das memórias da minha mãe e depois de mim? – rosnei e seu sorriso, com os lábios tingidos de vermelho, só aumenta.

  - Eu não fiz nada, seu pai fez. Eu só dei a ele a ideia. Não o obriguei a fazer nada, mas ele nem hesitou Olivia, e quer saber por quê? Por que ele já estava de saco cheio de viver com lembranças e fantasmas, ele já estava cheio de olhar pra você e se lembrar dela, da sua mãe, da Hannah.

  - Não fala o nome da minha mãe sua vaca! Cala a boca! – grito com os punhos cerrados, estou tremendo de raiva, quero voar no pescoço dela, quero chorar e quero ir embora daqui, mas não vou fazer nada disso. Não vou dar esse gostinho a ela. Eu já conhecia seu veneno, já estava acostumada, mas esses dias com Seth e Ethan, tinham me deixado irritada e sentimental, eu tinha me deixado levar e agora queria matá-la.

  - Olivia! O que está acontecendo aqui? – papai apareceu me olhando feio, me repreendendo como sempre. A culpa era minha, sempre seria, Erika destilava seu veneno e para o meu pai ela era sempre a vítima e eu a filha louca que queria agredir o anjo que era sua esposa. Depois de tanto tempo não devia doer tanto, mas ainda doía, por que ele preferia acreditar nela, a mulher que apareceu de repente em nossas vidas, do que em mim que era sua filha.

  - Não é nada papai eu só...

  - Eu vim cumprimentá-la, George, agradecer por ter vindo e a Olivia já começou a dizer que eu queria jogar as coisas da mãe dela fora, que não tinha esse direito, não pude nem explicar que está tudo guardado para ela – Erika dá seu melhor sorriso inocente e papai cai como sempre. Ele me olha e suspira como se eu fosse uma criança birrenta de seis anos que levou bronca na escola.

  - Olivia, o que eu já te disse sobre Erika? Você precisa parar de vir sempre com quatro pedras na mão.

  - Claro, a culpa é minha certo? – sorrio com amargura. – Ela está certa e fim da história. Desculpe-me por sabe, ter que vindo até aqui só para julgá-la mal, não tenho mais nada pra fazer mesmo.

  - Olivia... – papai e seu mantra de chamar meu nome me repreendendo, Erika me lança um sorriso vitorioso pelas costas do meu pai e queria poder acabar com seu sorriso com as minhas unhas, mas não vale nem o esforço nem a manicure.

  - Certo, certo, eu vou até a garagem ver as coisas da mamãe.

  - Agora não – papai diz sério. – Vamos almoçar primeiro, depois você vai lá.

  - Mas pai! Eu não quero comer.

  - Olivia, só vamos, sim? Por favor? – o tom doce e meloso de Erika me faz rosnar entre dentes.

  Sigo-os até o jardim, não por que concordo com isso, mas por que sei que se não o fizer isso vai gerar mais uma discussão na qual eu sou a culpada e não estou com saco pra isso, os parentes do meu pai sempre vêem minhas discussões com Erika, mas não falam nada, cochicham entre si, só que nunca ninguém interveio. Já os parentes dela parecem não gostar de mim tanto quanto a ruiva de farmácia. E os parentes da minha mãe que ainda tem contato com eles, que se resumem a tia Sarah, tio Bob e meus primos, não gostam dela tanto quanto eu.

  Eles comem e conversam, eu só como mesmo, por que estou com fome e cansada demais para me importar com qualquer outra coisa, só queria ter Charlotte e sua alegria aqui para me animar, ou Seth para me irritar, ou mesmo Molly com seu cheirinho de bebê para me acalmar. Queria Ethan com seus sorrisos para acelerar meu coração e não me fazer pensar em mais nada, sinto falta deles, de todos eles e odeio não saber se estão bem. Acho que estou tão aérea que quase posso ouvir o choro de Molly e a voz de Charlotte.

  - E como vai a vida, Olivia? – tia Carol pergunta me tirando dos meus pensamentos e suspiro. Ela está ao meu lado na mesa e não vai me deixar em paz, tia Carol nem mesmo é minha tia, ela é prima do meu pai, mas vinha muito aqui em casa quando eu era pequena.

  - Bem, tia. Consegui um emprego novo.

  - Ah, Olivia! Não é disso que eu estou falando, e os namorados? Tem algum? – seus olhos brilham em expectativa me fazendo sorrir, sempre que ela me vê tem que perguntar sobre isso.

  - Não tia, continuo na mesma, solteira.

  - Isso é uma pena, o que você está precisando para colocar um sorriso nesse rosto lindo é um bom romance. Com um homem lindo, como aquele bem ali – ela aponta no instante em que o choro agudo que conheço bem me alcança.

  - Olha, papai, ela bem ali! – a voz inconfundível de Charlotte me faz sorrir e depois rir como uma louca. Eu devo estar alucinando mesmo, por que os vejo, todos eles, Lottie, Seth e Ethan com Molly aos berros no colo de pé na entrada do jardim da casa do meu pai, que fica no meio do nada.

  Isso está mesmo acontecendo?


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Notas finais do capítulo

O que acham que vai acontecer agora? E como e por que nosso bebê Ethan foi parar na casa do pai da Olivia? Não percam os próximos capítulos da nossa novela kkkkk
Comentem!
Beijocas e até, Lelly ♥