Depois que almoçamos com o meu pai nós fomos pra aula de transfiguração. As meninas foram pra aula delas de defesa contra a arte das trevas. Eu e a Rose quase não conseguimos ficar juntos depois, a noite eu tive monitoria e ela foi cedo para o quarto, queria conversar com ela sobre meu pai, mas faria isso hoje. Acordei cedo tomei meu banho esperei que o Al e o Anthony estivessem prontos e descemos para o salão principal. Estava lá esperando ela quando minha irmã chegou sozinha.

— Cadê a Rose? – perguntei assim que ela se aproximou.

— Ela foi conversar com a mãe dela.

— Como assim? – falei me levantando.

— Ela pediu pra te avisar que estaria na sala de história da magia, caso você quisesse poderia ir até lá.

Não disse nada apenas me levantei da mesa e fui em direção a sala de história da magia, quando cheguei lá a porta estava fechada. Dei uma batida na porta e a abri. As duas estavam abraçadas.

— Atrapalho? – falei ainda da porta.

Elas se soltaram e me olharam, ambas sorriam.

— Então veio conhecer sua sogra? – a mãe da Rose falou sorrindo.

— Pretendia ter vindo junto com a Rose, mas por algum motivo a bonitinha preferiu vir sozinha.

A mãe dela riu enquanto ela me olhou avaliativa.

— Eu estava ansiosa para falar com a minha mãe. Por isto acabei vindo na frente. Sinto muito.

— Desde que tenha ficado tudo bem.

— Está tudo ótimo querido – a senhora Weasley falou – fico muito feliz que minha filha está feliz.

— Mesmo eu sendo um Malfoy?

Ela riu.

— Pra mim de nada importa seu sobrenome. Tudo o que seu pai fez ficou no passado, ele provou sua inocência e pra mim isto que importa.

Então eu finalmente entrei na sala, fui até a Rose e passei o braço em volta do seu pescoço.

— E mesmo que a cabeça dura da minha filha não queira eu irei ajuda-los.

— Mãe eu não quero prejudicar ainda mais seu casamento.

— Minha filha se meu casamento com seu pai está abalado não tem nada a ver com você. Mas pode ficar tranquila ele não saberá que eu tenho ligação com o que faremos.

— E o que faremos? – perguntei confuso.

— Melhor você não saber por enquanto – ela disse tranquilamente – mas se der certo vocês não precisaram se preocupar com o Rony.

Ela apenas sorriu, antes que eu pudesse dizer qualquer coisa escutei um barulho vindo da porta, me virei e vi que o Hugo entrava com a Roxanne. Ele praticamente a arrastava.

— Mãe – ele disse se aproximando – estava com saudades e você.

— Também estava meu filho.

Ele foi até ela e a abraçou, quando se soltaram ela olhou para Roxanne que ainda estava na porta, pela expressão ela decidia se ficava ou corria.

— Eu tenho tantos sobrinhos na escola posso saber por que apenas a Roxanne veio me ver?

Vi quando a Rose olhou para o irmão e a prima e sorriu.

— Bom meu assunto aqui já foi resolvido. Acredito que é melhor deixarmos vocês conversarem. Vamos Scorp. Mãe nos vemos na aula.

— Tudo bem querida. E Scorp cuide da minha menina.

— Pode deixar senhora Weasley.

Quando saímos da sala a Rose fechou a porta e me perguntou avaliativa.

— Está bravo por eu ter vindo sozinha?

— Bravo não, mas estou chateado Rose. Por que você veio sozinha?

— Você ficou chateado ontem quando seu pai disse que não nos apoiaria. E eu achei que se minha mãe fosse contra eu iria desabar e não queria que você me visse assim.

— Rose eu estou com você para todos os momentos principalmente os difíceis.

— Prometo que não farei isso outra vez.

— Eu espero mesmo Rose. Não quero de forma alguma que você converse com o seu pai sozinha.

— Pode ficar tranquilo estaremos juntos.

— Eu espero mesmo. E o que sua mãe quis dizer com o que faremos.

— Como ela disse Scorp e melhor que você não saiba ainda. Não acredito que essa ideia de certo por isto não vale a pena termos esperança por enquanto.

— Mas Rose.

— Por favor Scorp.

— Mas eu posso ajudar de alguma forma?

— Não, nem eu nem você podemos fazer nada, temos apenas que esperar.

— Você não confia em mim?

— Claro que confio Scorp. Só não acho que devemos ter esperança sobre isso no momento. Confie em mim.

— Tudo bem.

— Vamos tomar café? – ela sorriu – estou morrendo de fome.

— Vamos.

Fomos em direção ao salão comunal cada um perdido em seus pensamentos. Eu estava cada vez mais curioso e preocupado com o que estava acontecendo, mas se ela me pediu para confiar nela eu confiaria.

Chegamos no salão principal e nossos amigos ainda nos esperavam lá.

— E aí como foi? – Al perguntou assim que nós sentamos.

— Melhor que o esperado – Rose disse sorrindo.

Ela se sentou e começou a comer. Eu havia perdido a fome não conseguia parar de pensar no que estava acontecendo. Vi que o Al e o Anthony me olhavam avaliativos, mas não perguntaram nada. Depois que a Rose terminou de comer ela se levantou.

— Vamos temos aula de poção.

— Rose – Lyra disse se levantando – temos que passar no dormitório lembra. Você saiu tão apavorada pra conversar com sua mãe que esqueceu sua varinha lá.

Vi que a Rose analisou minha irmã por alguns minutos antes de falar.

— Verdade. Vemos vocês na sala.

Elas saíram, então eu olhei para os meus amigos que estavam me analisando.

— O que você tem irmão? – Anthony disse colocando a mão no meu ombro.

— Nós te conhecemos Scorp. Tem algo te incomodando, o que aconteceu?

Nos levantamos e começamos a andar em direção a sala.

— Não é nada demais. E só que a Rose e a mãe dela estão fazendo alguma coisa, mas não quiserem me contar o que é.

— Como você sabe que elas estão fazendo algo? – Anthony perguntou confuso.

— A senhora Weasley falou que o marido não saberá que ela tem ligação com o que farão.

— E você perguntou pra Rose o que se trata?

— Claro né Al. Mas ela não quis me dizer só me pediu para confiar.

— Se ela pediu pra você confiar e porque não é coisa ruim Scorp. Conhecendo minha tia como conheço ela deve ter um plano perfeito.

— Mas porque eu não posso saber Al. Isso que eu não entendo.

— Pra não te dar esperança Scorp. Porque se der errado você vai ficar chateado, agora se você não souber não vai saber se deu errado.

— Sério a família Weasley e muito complicada – Anthony disse rindo.

O acompanhei na risada. Chegamos na sala e fomos em direção a nossa mesa. Cinco minutos depois as meninas chegaram e se juntaram a nós. E ao ver a Rose entrando sorrindo na sala eu decidi que confiaria nela fosse que fosse daria certo.