A Variável Não Planejada escrita por Miss Oakenshield


Capítulo 7
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Obg p quem vem comentando, espero que mais pessoas comentem e digam o q estão achando e o q posso melhorar.
Espero que gostem, boa leitura. ;)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/776316/chapter/7

Katherine, Minho e Alby passaram a manhã correndo pelo labirinto tentando encontrar o suposto verdugo morto. Kathy não estava nem um pouco convencida disso, em três anos que estavam naquele lugar nunca tinham encontrado um daqueles bichos morto.

Depois de muitas voltas finalmente chegaram onde queriam, no fim de um dos corredores do labirinto um grande verdugo se encontrava deitado, sem fazer nenhum movimento.

— Ok garotos, agora vamos fazer do meu jeito. – Katherine olhava para eles – Silenciosamente eu vou chegar perto daquela coisa, vocês vêm atrás de mim com uma distância considerável. Se algo acontecer não hesitem em correr.

— Não está pensando mesmo que vou deixar você se aproximar daquela coisa sozinha, não é? – sussurrou Alby

— De nós três eu sou a única que já teve experiência com uma coisa daquelas, nada mais justo do que eu verificar se está morto.

— Não me importo se você já enfrentou uma daquelas coisas, vou junto com você e ponto final.

Katherine somente assentiu, virou-se pronta para caminhar em direção à criatura. Alby foi caminhando ao seu lado, os dois com as lanças em mãos caso algo repentino acontecesse. Minho ia atrás deles já que não tinha levado nenhuma arma.

Quando já estavam a menos de um metro do monstro, Katherine se adiantou, começou a cutucar a criatura com a lança.

— Cuidado Kathy... – sussurrou Alby

Por mais que Katherine cutucasse o bicho ele não fez nenhum movimento, ela estava começando a acreditar que ele poderia mesmo estar morto. Seu corpo relaxou um pouco, saindo da posição de ataque.

— É acho que você estava certo Minho, ele está mesmo mor...

Ela foi interrompida pelo ataque do verdugo, ele se levantou de repente e pulou pra cima dela. Katherine segurava a lança contra seu corpo tentando manter o verdugo longe.

— Corram, agora! – ela gritou

Minho não hesitou em sair correndo dali, mas Alby não fez o mesmo. Com sua lança Alby começou a atacar o verdugo, enquanto o monstro tentava “comer” Katherine ele também atacava o garoto com sua cauda.

— Vai embora Alby!

— Não vou te deixar aqui!

Lutando contra a cauda da criatura ele conseguiu chegar mais perto, cravou com toda a sua força a lança nas costas do bicho fazendo-o guinchar. Com essa distração Katherine conseguiu empurrar o verdugo e enfiar a lança no corpo dele. Saiu de debaixo do bicho e enquanto ele estava ocupado por alguns segundos com sua dor ela agarrou a mão de Alby e começaram a correr para longe.

Depois de correram muito para se distanciarem o máximo que podiam do verdugo, os dois pararam ofegantes se apoiando em uma das paredes.

— Prec-precisamos... sair daqui... – disse Katherine ofegante

— Concordo...

Alby se desencostou da parede pronto para continuar a correr, mas caiu imediatamente de joelhos no chão, sua respiração estava estranha.

— Alby! Alby o que aconteceu?

Ele olhou para ela fazendo-a dar um passo para longe dele, seus olhos estavam negros, seu corpo tremia, estava parecendo Ben.

— Oh não Alby... – sussurrou ela

— Você tem que sair daqui.

— Não! Não posso te deixar aqui.

— Eu fui picado, não tenho mais jeito!!! – disse ele furioso – Você tem que voltar e avisar a todos...cuide deles por mim...

— Não Alby...não posso fazer isso...não posso deixar você...

— Você...tem que IR!!!!

Sem que ela esperasse Alby pulou pra cima dela com as mãos em seu pescoço. Ele iria enforca-la.

Katherine sempre foi mais forte que a maioria dos garotos da clareira, até mesmo mais forte que Alby, mas nesse momento a força dele era algo sobrenatural. Ela estava quase ficando sem ar quando conseguiu alcançar uma pedra e bater com força na cabeça do garoto, fazendo-o desmaiar.

Ela o empurrou para o lado e acariciou seu pescoço tentando aliviar a dor, teve um acesso de tosse.

— Mas que droga Alby... – disse pra si mesma

“Não vou deixa-lo aqui, não vou abandonar mais ninguém, vou te levar de volta a clareira e daremos um jeito. Temos que dar...”

Ao ouvir o grito do verdugo, Katherine pegou Alby do jeito que pôde e começou a andar o mais rápido que o peso dele lhe permitia tentando achar a saída dali.

Katherine estava um pouco confusa com o caminho, talvez pelo nervosismo não estivesse conseguindo se concentrar.

“Tenho que sair daqui...se concentre Kathy...se concentre...”

 

 

 

Enquanto isso na clareira os garotos se preparavam para a grande chuva que estava por vir. Gally não tinha conseguido se concentrar no trabalho o dia todo, e o que estava chamando a atenção dos outros garotos, principalmente dos construtores é que ele não tinha gritado nenhuma vez naquele dia. Estava muito calado.

— Ei, nem ouvi seus gritos hoje.

Newt se aproximou de Gally que estava sentando olhando pensativo para as nuvens negras que se aproximavam.

— Estou preocupado. Por que deixou que ela fosse?

— Acha que não tentei convencê-la? Sabe como ela é se não fosse fazer parte do plano ela teria ido do mesmo jeito...

— É...bem a cara dela fazer esse tipo de coisa...

— Tenho certeza de que ela ficará bem, vai dar tudo certo, logo, logo sua namorada vai estar de volta aos seus braços.

— Do que você está falando...

— Ah pode parar Gally, posso ser o irmão dela, mas nós somos amigos...acha que nunca percebi como olha pra ela?

Gally não respondeu, estava um pouco envergonhado. Passou a mão por seus curtos cabelos.

— Eu... e-eu...não sei o que fazer...

— Só precisa falar com ela, dizer o que sente.

— Não sei se percebeu Newt, mas isso não é tão fácil pra mim, não sei expressar o que sinto.

— Bom você ainda tem tempo, pode planejar alguma coisa. Ensaie bastante e quando estiver confiante, fale com ela.

— Grr por que eu tinha que ser assim? – disse frustrado

— Por você ser assim é o que a faz gostar de você... – disse Newt baixinho

— O que?

— Nada não. Pense no que eu disse.

Newt se afastou deixando Gally com seus pensamentos confusos.

 

 

 

— Vamos Alby, só mais um pouco...estamos quase lá...

Katherine ainda carregava Alby, tinha parado algumas vezes por causa do cansaço, mas nada mais do que no máximo 2 minutos. Agora ela já não ouvia mais o verdugo, mas acreditava que ele ainda poderia encontra-los.

Estavam perto da clareira, mas também estava perto da hora das portas se fecharem, ela temia que não conseguisse chegar lá a tempo.

Quando avistou o caminho que levava a clareira, viu que todos os garotos estavam lá os esperando. Katherine não aguentou mais e colocou Alby no chão, com os gritos de incentivo dos clareanos ela pegou os pés de Alby e começou a puxá-lo.

Em meio dos gritos ela conseguia ouvir Gally gritando para ela deixa-lo para trás.

“Não posso...não posso deixar mais um morrer por minha causa.”

As portas já estavam quase fechadas, ela não tinha mais chance. Nos últimos segundos Thomas avançou para dentro do labirinto. Ele caiu na frente dela.

— Muito bem Tommy. Você acabou de se matar.

 

 

 

— Peraí...o que?

Parece que Thomas ainda não tinha percebido o que tinha feito. Katherine sentou-se no chão ofegante, só o que conseguia pensar era que iriam morrer naquele lugar horroroso. Thomas se aproximou de Alby.

— O que aconteceu com ele?

— O que parece que aconteceu? Ele foi picado.

— O que houve com a cabeça dele?

— Ele me atacou e eu tive que dar um jeito...

Ouviram o verdugo, em pouco tempo ele já iria encontra-los.

— Vamos morrer aqui...

Katherine abraçou suas pernas de encontro a seu peito, começou a chorar sem parar.

— Aquelas coisas vão nos pegar...eu prometi que iria voltar...e agora estou presa nesse labirinto de mértila...

— Kathy, nós vamos conseguir, só preciso que me ajude a levantar o Alby...

Katherine não conseguia ouvir o que ele falava, estava em estado de choque, pânico. Balançava seu corpo pra frente e para trás. Thomas se aproximou dela, segurando seus braços.

— Ei, ei, olha pra mim...nós podemos sair daqui...ta legal? Mas vou precisar que você me ajude, sei que consegue fazer isso.

— Alby foi picado...a transformação já começou...

— Mas se sobrevivermos está noite tenho certeza que podemos achar um jeito de salvar o Alby...não posso fazer isso sozinho, preciso de você...o que me diz?

Thomas lhe esticou uma mão, olhava determinado para os olhos dela lhe dando forças.

Katherine olhou para ele mais alguns segundos e pegou-lhe a mão levantando. Enxugou as lágrimas e caminhou determinada até Alby começando a levantá-lo.

 

 

 

Katherine e Thomas carregavam Alby pelo labirinto sem descanso, a garota não sabia qual era exatamente o objetivo de andar por ali já que não tinham para onde ir.

— Ok, ok, coloca ele aqui. – ela disse

Encostaram Alby em uma parede para que pudessem descansar e ela pensasse para onde iriam agora. Os caminhos já estavam ficando confusos para ela. Só para melhorar a situação ouviram mais uma vez o verdugo, cada vez mais perto.

— Tá bom Tommy, não podemos só ficar andando por ai com ele, temos que dar um jeito de nos escondermos... nós três.

— Tudo bem, temos que esconder ele.

— Mesmo senhor óbvio? Eu já sei disso, quero saber onde vamos coloca-lo.

— Só temos que pensar. Tá dizendo que não tem um lugar seguro pra deixarmos ele?

— Argh!

Katherine perdeu a paciência e avançou pra cima dele o pegando pelo colarinho da camisa. Aproximou seus rostos e falou bem devagar para que ele entendesse.

— Escuta bem o que eu vou dizer Thomas. Isso é um labirinto cheio de criaturas nojentas prontas pra nos matar, não existe isso de lugar seguro.

Ela soltou a camisa de Thomas, estava exausta tanto física quanto psicologicamente. Sentou-se na frente dele.

— Desculpe... – disse mais calma – Você ainda não entende Tommy, parece fácil ficar andando por ai esperando o amanhã, mas quando aquelas coisas aparecerem as chances de nos devorarem são enormes... e ainda temos que levar o Alby desmaiado...já estamos praticamente mortos.

— Sei que nossas chances são menores ainda com ele assim...mas não podemos deixa-lo...

— Nunca cogitei essa ideia.

Kathy olhou para ele dando um sorriso de lado. Com um pouco de dificuldade levantou e ofereceu a mão a Thomas para que ele fizesse o mesmo. Algo atrás dela chamou a atenção do garoto, ele passou por ela se aproximando da parede cheia de hera.

— Muito bem Tommy, qual o seu plano?

 

 

A noite já tinha chegado, estava mais difícil para eles verem qualquer coisa naquele lugar.

Depois de Thomas explicar seu plano, eles rapidamente entraram em ação. Com algumas heras conseguiram amarrá-las no peito de Alby e agora a puxavam elevando o garoto desacordado cada vez mais alto na parede.

— Um, dois, três...

Puxaram mais uma vez. Um barulho alto chamou a atenção da garota. Sem soltar a hera Katherine deu uma espiada em uma das paredes longe deles. Ela estava se abrindo pronta para liberar a fera.

— Tommy, temos que nos apressar... – sussurrou para ele

— O que aconteceu?

— Os verdugos estão sendo liberados, já consigo ver um.

— Tudo bem, só mais uma vez.

Katherine olhou para o bicho de novo, ele estava cada vez mais perto.

— Não temos tempo, temos que nos esconder...

— Ainda não acabamos aqui.

— Agora Thomas!

Sem soltar da hera Katherine puxou Thomas para perto da parede, ela fez com que ele abaixasse e se esconderam entre as heras perto do chão. Nenhum dos dois soltou a hera.

Agora a criatura passava na frente de onde estavam escondidos. Katherine deixou que Thomas segurasse a hera sozinho e tapou a boca dele e dela com suas mãos.

Ela estava deitada de frente para o garoto e de costas para o bicho. Thomas conseguia ver as patas de metal do verdugo e quando olhou para a garota viu o quanto ela estava apavorada. Seus olhos transbordavam medo.

— Ele já foi. – sussurrou ela

Katherine ajudou Thomas a amarrar a hera. Antes que o verdugo pudesse vê-los Katherine puxou Thomas para outra parede. Assim que os sons ficaram distantes ela conferiu se o bicho tinha sumido.

— Tá legal, acho que ele vai ficar seguro ai. Agora temos que cuidar da nossa segurança.

— Sabe pra onde podemos ir? – perguntou ele

— Espero que sim. – disse ela começando a andar

— Como assim espero? – disse ele a seguindo

— Olha eu não sou uma corredora, só entrei aqui uma vez, posso ter estudado bastante o mapa, mas não sou uma profissional no assunto. Mas eu te garanto Tommy – ele virou para ele repentinamente fazendo-os ficarem bem próximos – não vou deixar você morrer.

Ele sorriu pra ela assentindo. Nesses momentos que ele tinha com ela é que lhe intrigavam se o sonho que teve com ela não poderia ser real. Mas antes que ele falasse alguma coisa, sentiu um negócio gelado no seu ombro.

Olhou para seu ombro direito e viu uma gosma nele, mal pode se virar para ver o que estava atrás dele. Katherine o puxou começando a correr antes que o verdugo pulasse em cima dele.

— Corra, Thomas!!!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Variável Não Planejada" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.