Seven Warriors escrita por Naru


Capítulo 24
Eu confio na sua honestidade - parte 2




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― Norah? O que você quer dizer com... aquela Norah? ― Seus pensamentos pareciam embaralhados em sua mente e ele não conseguia compreender em que mundo aquilo fazia sentido.

― Sim, aquela mesmo que saiu correndo daqui minutos atrás. ― disse ela com certo tédio.

― E você não acha isso estranho? Eles não parecem um casal, não vi eles agindo como um casal em momento algum!

― Porque eles não são um casal, eles só vão se tornar um quando nosso serviço como guerreiros acabar e eles tiverem que casar.

― E quando isso vai ser? ― perguntou, tentando disfarçar um leve desconforto que estava sentindo.

― Ainda faltam alguns anos. ― disse despreocupada.

― E você não acha isso um absurdo? Eles não parecem apaixonados! ― Dylan não conseguia disfarçar sua indignação.

― Na verdade...― iniciou ela, antes de um fraco suspiro ― Eu já nasci e cresci nesse mundo com essas regras, então, estou acostumada. ― Ela encarou os olhos perplexos de Dylan, então, se justificou ― Não me leve a mal, eu também fico indignada que nem você! Isso está errado! Isso causou a morte do amor da vida da minha irmã e, se eu pudesse, daria minha vida para acabar com esse tipo de sistema. Mas vou estar mentindo se falar que não estou acostumada. Desde o primeiro dia que conheci Adrien e Norah eu já sabia que eles eram noivos, então eu tive alguns anos para não achar isso tão...estranho que nem você está achando agora. E você só está achando isso porque não se lembra de nada.

― Não me estranha eu ter sido preso por isso.... ― concluiu quase para si mesmo.

― Preso por isso? ― perguntou ela, encarando o rapaz com uma expressão meio confusa.

― Sim... eu não sei exatamente como, mas o Adrien me disse que o motivo da minha prisão foi porque eu me rebelei contra esse tipo de sistema.

― Ele te contou essa história desse jeito mesmo? ― Arya perguntou com as palavras pausadas e uma expressão meio duvidosa no rosto.

― Pelo que entendi, sim. ― Dylan tentou retomar a memória para o diálogo com o outro rapaz, mas lembrava-se de poucos detalhes, por mais que tivesse acontecido naquele mesmo dia. Será que ele tinha entendido as coisas errado?

― Certo... ― Ela estava com um olhar perdido e pela ruga formada entre suas sobrancelhas, ficava óbvio que algo estava fora do lugar.

― O que tem de errado? ― Após observar a situação por mais alguns instantes, ele apenas concluiu ― A história não foi bem assim, pelo que estou vendo, não é?

Arya apenas levantou lentamente os olhos até que os mesmos encontrassem as orbes escuras e, agora levemente sombrias, de Dylan. Ela parecia abrir e fechar a boca algumas vezes, como se tentasse escolher perfeitamente as palavras que iria proferir.

― Não, a história não foi bem assim. ― disse finalmente, tentando suavizar a voz.

― Eu não acho que aguento alguma nova história hoje. ― disse por fim ao ouvir a conclusão da menina ― Mas você pode me responder somente uma pergunta?

― Dependendo de qual for, posso sim.

― Eu era uma pessoa boa?

― Como assim?

― Eu já entendi que devo ter feito algo ruim para parar na cadeia por dez anos e ainda ter sofrido o que sofri para ter essas marcas no corpo. ― iniciou, fazendo a menina engolir a seco ― Mas eu quero saber se sempre fui uma pessoa ruim e aí fiz coisas mais ruins ainda, ou se eu era uma pessoa boa que acabou fazendo algo ruim sem querer ou apenas uma única vez.

― Hum... ― Ela pausou por alguns instantes, parecendo refletir ― Agora eu entendi o que você quis dizer... A resposta é sim. Para mim, você era, na verdade é, uma boa pessoa, que tomou decisões ruins.

Ao ouvir isso, Dylan sentiu um peso enorme sair do meio da boca de seu estômago. Ele ainda se sentia receoso, porque sabia que ao ouvir a história completa, ele teria alguma surpresa desagradável acerca de si mesmo. Porém, apenas de saber de uma pessoa próxima que ele não era considerado, pelo menos por ela, uma pessoa ruim, já o fazia não se sentir tão horrível com aquela situação toda.

― Por agora isso para mim basta. ― sorriu ele, fazendo certo esforço para tal ato.

― Você quer saber mais alguma coisa? ― Arya perguntou, parecendo se sentir quase culpada.

― Por agora não. Depois eu vou querer saber um pouco mais sobre a Diana, que você disse ser minha irmã.

― Claro! ― concordou ela, parecendo mudar bastante o humor. Aparentemente aquele assunto era um de seus preferidos.

― Da história que você me contou ainda há pouco, sobre minha mãe e o Darien, ― Dylan queria voltar ao assunto principal da conversa ― ainda tem uma coisa que não faz sentido.

― O que?

― Por que eles falaram para você que eles tinham matado minha mãe... Kathy...Karyn....enfim, e no fim não a tinham matado? Pelo que você disse, ela não era importante, certo? Era apenas uma camponesa. Se eles mataram alguém tão importante como o Darien, por que ela continuou viva?

― Eu estou me fazendo a mesma pergunta. E eu não faço a menor ideia. ― concluiu ela, suas feições apresentando traços quase taciturnos.

― Será que o Adrien sabe o motivo? ― indagou ela, o olhando com uma expressão pensativa.

― Talvez... ― Ela pareceu refletir por alguns instantes e então o encarou novamente ― Ela parecia ter sofrido? Parecia traumatizada ou algo do tipo?

― Traumatizada? Não. Triste às vezes, como já te falei. Mas não traumatizada.

― E ela tinha alguma cicatriz? Parecia querer esconder alguma parte do corpo? ― Arya estava completamente investigativa naquele momento.

― Nunca reparei, mas também acredito que não. Ela até gostava de usar vestidos leves, meio curtos. Na verdade... acho que o jeito de se vestir é uma das coisas que mais diferencia ela de você.

Dylan falou isso enquanto observava, pela primeira vez, as roupas que a garota ao seu lado utilizava: ela estava de jeans justo e confortável, uma blusa branca básica e uma jaqueta de couro marrom que combinava perfeitamente com o par de botas no mesmo tom. Não era uma roupa masculina, mas não era nem de longe o estilo suave e quase romântico que sua mãe gostava de usar em seu dia-a-dia. Arya parecia quase uma motoqueira, porém, com seus traços finos e olhos claros, era quase uma modelo caracterizada para algum calendário da Harley Davidson.

― Engraçado que no tempo que tivemos de amizade, você sempre me dizia que queria muito conhecer minha irmã. Infelizmente as circunstâncias fizeram com que vocês nunca se conhecessem como Arthur e Karyn. É engraçado ver como as coisas tomam um rumo estranho de vez em quando. ― Ela parecia forçar um leve sorriso enquanto pensava naquela situação.

― Eu mal posso esperar para recuperar minha memória e me lembrar desse tempo que tivemos de amizade, estou realmente curioso.

― Recuperar a memória? ― questionou.

― Sim. Ele não contou para vocês? Então, estamos no caminho para o local onde minha memória está guardada. ― Ele parou um instante, mudando o rosto para uma feição engraçada ― É, eu sei, guardada é um jeito muito estranho de se referir a algo que eu nem sabia que podia ser palpável.

― Então...ele vai te devolver a sua memória... ― sussurrou ela, mais para si mesma do que para o rapaz ― Ele disse que seria uma parte ou toda?

― Toda. Eu quero a memória completa.

― Toda... ― voltou ela, falando de forma ainda baixa e então, cortou o assunto de forma quase abrupta ― Eu preciso ir, preciso resolver uma situação.

Sem que Dylan conseguisse pensar ou agir para segurar, a mulher apenas se levantou de onde estava, se despediu brevemente com um gesto e sumiu de seu campo de visão. Ele não entendeu muito bem o que tinha acontecido, a primeira garota já tinha saído em disparada ao que ele disse algo que, aparentemente, a perturbou, e parecia que a segunda fez exatamente a mesma coisa. Ele estava pensando seriamente em ficar calado da próxima vez que conversasse com ambas, mas sabia que isso não ia acontecer.

Após vários minutos em que Dylan apenas ficou ali, tentando processar toda a informação que tinha sido passada, do romance de sua mãe até o noivado de Adrien com Norah, ele se levantou sem pensar muito sobre os próximos passos, sentia-se apenas esgotado e sabia que precisava dormir após aquele dia, que tinha sido tão surreal e impactante que ele ainda tinha dificuldades em entender que tinha sido realidade.

Por não saber onde estava a barraca deles, ele seguiu em direção ao local onde o carro foi estacionado. Ao se aproximar, ele diminuiu um pouco o ritmo pois ouviu ao voz de Arya longe:

― Depois de tudo você vai mesmo fazer isso?

― É o que ele quer, você mesmo já disse que eu tenho que parar de tomar a decisão pelas pessoas. ― Dylan percebeu na hora que se tratava de Adrien.

― Mas nesse caso você está sendo irresponsável, isso é extremamente perigoso, para os dois!

Dylan queria entender mais sobre o que eles estavam falando, mas inconscientemente não interrompeu os passos e logo apareceu no campo de visão de Arya e Adrien, que rapidamente interromperam a conversa, olhando para ele com uma expressão que era difícil de interpretar.

― Eu vou encontrar a Norah. ― anunciou Arya, se afastando de Adrien e passando por Dylan, claramente tentando evitar o cruzamento de olhares.

― O que aconteceu? ― indagou, encarando Adrien em busca de respostas.

― Nada.

― Por que será que eu não esperava outra resposta de você? ― Ele sorriu e se aproximou do carro que estava estacionado ao lado do loiro, subindo no capô e sentando ali. Por mais que aquela resposta não fosse o suficiente, ele não estava com disposição para continuar insistindo.

― O dia foi longo, por que você não vai dormir? ― sugeriu, o encarando com os olhos preocupados.

― Eu até pensei nisso, sinto que meu corpo e minha mente estão esgotados. Mas posso ser bem sincero? ― Ele encarou Adrien, que concordou suavemente com a cabeça para que ele prosseguisse ― Se eu dormir provavelmente vou sonhar, e estou com medo dos meus sonhos.

O outro pareceu prender a respiração ao ouvir aquilo, a tensão e a preocupação eram aparentes. Porém, Dylan não queria deixá-lo triste ou angustiado.

― Eu...

― Posso te pedir algo? ― Dylan o interrompeu, fazendo-o apenas concordar com a cabeça novamente ― Você pode sentar aqui do meu lado?

Adrien claramente não conseguia entender as atitudes do moreno, pois antes parecia bem triste e tenso, falando sobre o medo de dormir e agora estava ali sentado no carro, com um sorriso aparente, por mais que forçado, o convidando a sentar-se ao seu lado. Ele apenas seguiu com o pedido do outro, observando o veículo, como se tentasse calcular que aquela parte iria aguentar o peso dos dois. Porém, seguiu a indicação e sentou-se ao lado de Dylan, virando o rosto para ele, o encarando de uma forma preocupada e ao mesmo tempo triste.

― Pronto.

― Eu queria te pedir desculpas. ― pontuou Dylan de forma suave e sincera, encarando os olhos azuis do outro.

― Desculpas?

― Sim. Por ter te culpado, te julgado e jogado tantas vezes na sua cara que você apagou minha memória. Bem, de fato você fez isso... ― provocou ele em tom de brincadeira ― mas minha mãe me disse para eu confiar em você, e eu vou. E acho que você teve seus motivos, como já disse.

Após ouvir as histórias que Arya contou sobre o irmão de Adrien, e sobre o mundo de onde eles vieram, ele conseguia entender pelo menos a ponta dos motivos que poderiam fazer com que o outro tomasse uma atitude daquelas. Na verdade, ele ainda não concordava, porém, eles já estavam em busca da memória e ficar falando sobre os erros, e talvez nem tão erros assim, do outro, só iria trazer desavenças entre os dois. E ele não sabia o porquê, mas sentia que a última pessoa com quem queria ter alguma desavença era Adrien.

― Ok. ― respondeu Adrien de forma sucinta.

O vento estava começando a ficar um pouco mais forte e ambos se encaravam de perto naquele momento. Adrien, como sempre, estava sério e os orbes azuis estavam mais brilhantes do que nunca e não se desviavam do olhar de Dylan. Esse, por sinal, retribuía o ato de uma maneira mais suave, como se tentasse desmistificar algo da pessoa ao seu lado apenas ao observar profundamente o seu próprio olhar, na verdade, ele estava sentindo-se quase meio hipnotizado, pois algo ali fazia com que ele não tivesse vontade de virar o rosto.

― Você... ― iniciou Adrien com uma voz grave e baixa.

― Então, ― Dylan o cortou, ao que se forçou a olhar para outra direção, pois uma sensação em seu peito que ele não entendia já estava o incomodando ― você e Norah, hein?

― O que?

― Arya me contou, que vocês são noivos. ― disse ele, forçando um sorriso. A expressão em Adrien alternou entre uma suavidade séria para uma quase azeda, como se estivesse claramente incomodado com aquilo.

― Arya... ela não devia...

― Tudo bem! Qual é o problema eu saber disso? ― iniciou ele ― Eu nunca iria imaginar que vocês eram um casal. Ela é bem bonita! Parabéns!

― Nós não somos um... casal. ― corrigiu, mordendo os dois lábios em sinal de desgosto.

― Mas vão ser um dia, certo? Parabéns de qualquer forma!

Dylan se sentia incomodado com aquela situação, mais do que conseguia entender. Provavelmente a questão de um casamento arranjado, sem amor, por puras ligações familiares, para gerar ainda mais poder, era o que estava trazendo essa sensação de peso absurdo na boca de seu estômago ao imaginar Adrien e Norah como um casal. Ele percebeu que apenas falar sobre aquilo já o irritava, então, queria encerrar aquele assunto que ele mesmo tinha começado, e assim, deitou com a parte superior do corpo no carro, colocando ambas as mãos embaixo de sua cabeça, observando as estrelas.

― Adrien, posso te pedir uma coisa?

― Sim.

― Qualquer coisa? ― perguntou em um tom leve, sem tirar os olhos do céu.

― Sim. ― respondeu Adrien, sem nenhum tipo de resistência.

― Pode deitar ao meu lado?

Dylan não conseguia saber qual seria a reação do outro ao escutar esse pedido. Ele, na verdade, por mais que estivesse extremamente curioso, não conseguia ver qual expressão Adrien adotou ao ouvir aquilo e, por isso, começou a sentir um leve frio na barriga. Porém, esse frio foi logo esquentado ao que ele sentiu o calor do corpo de Adrien deitando ao seu lado, apenas a alguns centímetros de distância.

― Assim? ― indagou o loiro, Dylan conseguia notar que ele também estava encarando o céu acima dos dois.

― Assim. Obrigado. ― respondeu, sentindo seu coração bater um pouco mais forte devido ao nervosismo da proximidade, então, respirou fundo antes de falar novamente ― Posso fazer uma pergunta?

― Sim. Mas eu sei que você não vai fazer somente uma.

― Você acha que eu sou tão previsível assim? ― questionou Dylan, sorrindo.

― Eu não te chamei de previsível, é só que... eu conheço você.

― Me conhece?

― Na atual situação, posso dizer que te conheço melhor do que você mesmo.

― Então, se você me conhece, ― iniciou ele, virando o rosto para o rapaz ao seu lado, que de fato estava encarando o céu enquanto falava ― olhe para mim.

Ao falar as palavras com os lábios virados para o ouvido de Adrien, Dylan conseguiu notar que o outro prendeu a respiração por alguns instantes, provavelmente pelo ato repentino. Porém, para a sua surpresa, ele não titubeou e virou o rosto para encarar o moreno que, por sua vez, ao ter aquele par de olhos vibrantes e profundos o encarando tão de perto, sentiu que seu coração saltara tão rapidamente que poderia sair pela boca.

― Faça a sua pergunta. ― disse Adrien de forma calma.

― A pergunta... ― Dylan ao se lembrar do que queria falar, respirou fundo para acalmar os seus nervos e fechou os olhos momentaneamente, antes de abri-los novamente e perguntar ― Adrien, eu era uma pessoa boa?

― Uma pessoa boa?

― Sim. Eu fiz essa pergunta para a Arya, mas ela sempre diz que eu era o melhor amigo dela, então a resposta fica um pouco enviesada. ― Ele respirou fundo ― Eu queria ouvir a verdade e, como eu não sei que tipo de relação eu e você tínhamos no passado, sei que a sua resposta vai ser a real. Eu sinto que você não vai ter coragem de mentir para mim nesse ponto.

― Você é uma pessoa boa.

― Eu não perguntei se eu sou, eu perguntei se eu era. ― ponderou.

― Pois então, você era uma pessoa boa e continua sendo. ― informou Adrien de forma segura.

― Você tem certeza?

― Tem três guerreiros celestiais aqui, dispostos a arriscar a vida para salvar você. Agora, acha mesmo que nós faríamos isso por alguém que não é uma pessoa boa?

― Pensando por esse lado... ― refletiu, enquanto voltava a fechar os olhos, como se aquilo consolidasse a informação dentro de si mesmo, ele precisava daquilo ― Obrigado.

― Dylan? ― Mesmo ouvindo a voz grave e ponderada de Adrien, Dylan não abriu os olhos.

― Sim. ― respondeu, sentindo seu corpo leve e ao mesmo tempo fisicamente cansado.

― Você está sonolento, vá para a nossa barraca.

― Eu estou? ― perguntou ele, sem perceber que suas pálpebras não se moviam.

― Por favor, se levante. Norah e Arya já estão lá e eu serei o primeiro a ficar de vigia.

― Então, você não vai comigo? ― perguntou, abrindo os olhos pela primeira vez e notando que o outro já estava sentado no carro.

― Agora não. ― Adrien respondeu sério enquanto encarava o horizonte a sua frente.

― Ok... ― Dylan suspirou e levantou o corpo do carro com certa dificuldade, olhando de relance para o loiro ao seu lado e iniciando em seguida os passos em direção ao camping. ― Até mais.

― Dylan! ― chamou Adrien, fazendo o outro interromper os movimentos e olhar para trás ― Eu esqueci de te entregar isso. ― informou ele, pouco antes de correr em direção ao moreno e entregar algo que parecia um elástico de cabelo.

Dylan encarou aquilo por alguns instantes e então reparou que durante todo o dia os seus cabelos ficaram soltos e bagunçados, não que ele estivesse preocupado com isso. Então, pegou o acessório das mãos do outro, se perguntando onde ele tinha arrumado aquilo, então, uma sugestão veio em sua cabeça:

― Foi por isso que você disse que tinha esquecido de comprar algo e voltou para a loja de conveniência?

― Sim. ― respondeu o outro de forma simplista.

― Que engraçado. ― disse ele baixinho para si mesmo, pouco antes de soltar uma leve risada. Aquele simples ato parecia esquentar o coração dele, e ele não sabia o motivo ― Obrigado!

Após pegar o elástico e seguir em direção a sua barraca, Dylan já estava há pelo menos umas duas horas tentando dormir, porém, sem sucesso, por mais que estivesse morrendo de cansaço. Ele olhava a cobertura bege do local e a cama vazia de Adrien ao seu lado. Pelo fim de qualquer sonoridade ao lado externo do local, ele conseguia perceber que todos já estavam dormindo naquele momento. Então, se surpreendeu ao escutar um estrondo estranho do lado de fora e alguns barulhos de vozes que pareciam estar se aproximando aos poucos por trás da barraca.

Aquilo o surpreendeu um pouco e fez imaginar se Adrien, que estava de vigia, estava percebendo aquela aproximação. Por isso, ele se levantou lentamente da cama, abrindo a fenda do local para olhar para fora. Para a sua surpresa, ele não conseguia ver nada ou ninguém, apenas uma meia fogueira quase se apagando iluminava o local, o que parecia estranho, até mesmo as vozes longínquas tinham sumido.

Devido a isso, ele colocou todo o corpo para fora da tenda, se levantando para olhar mais atentamente e observar se havia algo suspeito, porém, para a sua surpresa, sentiu seu corpo ser agarrado por alguém muito mais forte que ele e ao que ia emitir um grunhido pelo susto, seus lábios foram tampados por uma mão brusca, o impedindo de tomar qualquer atitude. Ao se debater e tentar relutar para sair dali, ele foi surpreendido ao olhar para trás e perceber que quem o estava prendendo tinha olhos quase dourados: era Arya. Essa por sua vez dirigiu-se a ele uma voz extremamente fria, falando entre os dentes:

― Nem se atreva a tentar fugir.


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Notas finais do capítulo

Oiee! Eu tinha parado de trazer atualizações para a história por aqui porque não estava tendo retorno de leitura, comentários ou etc, mas resolvi voltar e vou continuar postando.

Agradeço a quem estiver lendo e gostando, peço por favor que me deem o feedback!

Muito obrigada!

Ps: a história existe no wattpad e spirit e nessas plataformas estou mais a frente nos capítulos.

Love.



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