Girl – Rose May escrita por Strela Ravenclaw
Notas iniciais do capítulo
Olá ♡
Bom capítulo a todos (a) ♡
Os dias se passam e entre uma aula e outra vejo Elliot algumas vezes no corredor. – Temos química juntos, e com o final do ano letivo chegando, não vamos mais ao laboratório, por tanto não somos mais uma dupla. – Nem na aula, muito menos fora dela.
Muitas vezes me pego pensando nele, mesmo com toda a correria de trabalhos e provas finais. – Izzie sempre tenta me animar da forma dela, mas sinto que ainda dói como no primeiro dia.
— MEU DEUS! – grito alto quando olho minha caixa de e-mail no notebook.
Minhas mãos estão trêmulas e um sorriso se forma em meus lábios. – Minha mãe entra no quarto com uma expressão preocupada.
— O que houve? Escutei seu grito lá de baixo... – ela me olha sem entender.
— Eu fui aprovada na NYU mãe! – digo indo até ela.
— A universidade de Nova York? – indaga sorrindo. – parabéns querida! – ela me abraça. – Mas você não ia pra LA? – diz quando desfazemos o abraço.
— É... – digo indecisa. – Era o que o papai sempre quis pra mim.
— E o Guss também vai estar em LA certo? – ela se senta na minha cama e faz um sinal para que eu me sente ao seu lado. – Mas e o que você quer May?
— Sempre achei que queria ir pra LA mãe, fazer literatura... Guss estaria lá, então imaginei que não me sentiria sozinha, mas...
— Mas não é o que você quer, certo? – pergunta sorrindo compreensiva.
— O papai sempre quis que eu fosse pra lá...
— Você tem que ir pra onde seu coração mandar, filha. Seu pai sempre quis o melhor pra você... – pela primeira vez desde a separação dos dois ela fala diretamente dele, ainda vejo tristeza em seus olhos. – Mas nem sempre o melhor dele, vai ser o seu. Entenda bem, as vezes você precisa seguir seu coração.
— Mãe... – a abraço mais uma vez. – Eu te amo.
— Eu também te amo.
Sabia que ela tinha razão, na verdade sempre soube que precisava fazer o que eu queria. – Por isso me inscrevi na NYU logo depois de sair com Elliot. Logo depois de ver aquele artista na rua, e pensar que mesmo com a simplicidade ele era feliz seguindo seu sonho. – E cursar arte na NYU parecia ser o certo, parecia ser o começo do meu sonho.
No final de uma aula de inglês Sam Scott me manda uma mensagem.
“Reunião do grêmio após as aulas.” – Sam.
Digito apenas “ok". Pego minha pasta de desenhos nos poucos minutos que ainda restam de aula. – Vejo o retrato que fiz de Elliot, e também o desenho que o artista fez de nós dois. – Lembranças invadem minha mente e sinto um misto de felicidade e tristeza. Até mesmo saudade.
Caminho pelo corredor até a sala do grêmio, avisto Sam Scott e Lindsay conversando perto da porta. – Olho mais uma vez pra eles para ter a confirmação de que não estou delirando.
Será que eles estão juntos? – penso que a alguns meses atrás ver esses dois juntos conversando seria algo impossível.
Quando eles percebem minha aproximação ficam sem graça. – Cumprimento os dois e entro na sala do grêmio. – Alguns minutos depois Sam entra ajeitando os óculos nervosamente sem olhar pra mim.
Os outros membros do grêmio chegam aos poucos e Elliot é o último a entrar. – Nos olhamos rapidamente, sendo a única vez que o vi no dia.
— Então... – Sam começa a falar atraindo a atenção de todos. – Acho que vocês já devem imaginar o assunto principal dessa reunião...
— Baile de Formatura! – Diana diz batendo palmas sendo acompanhada por sua amiga.
— Sim... – Sam confirma. – Temos que começar os preparativos para o baile, para a formatura, escolher um orador... – Ele começou a explicar em detalhes tudo o que teríamos que fazer daqui pra frente em relação a organização dos eventos.
Algumas vezes minha mente viajava e eu me pegava olhando para Elliot do outro lado da sala. – Me xingava mentalmente de burra quando isso acontecia.
— A partir de amanhã nos reunirmos com mais frequência aqui para começarmos a organização, é isso por hoje pessoal. – Sam encerra a reunião.
Saio da sala e percorro o corredor até a saída do colégio. – Pretendo ir sozinha para casa já que Izzie saiu com Briana.
“Reunião do grêmio foi ok?” – Guss.
“Como soube da reunião?” – Rose May.
“Vi você entrando na sala do grêmio, tô te esperando aqui fora.” – Guss.
Assim que atravesso a porta de saída do colégio vejo ele encostado no carro com o celular em mãos, Guss sorri pra mim e vou até ele.
— Porque me esperou? – pergunto surpresa.
— Porque eu não esperaria? – Tem algo diferente em seu olhar. – Vamos? – ele abre a porta e eu entro, enquanto Guss da a volta no veículo para entrar nele, vejo Elliot parado em frente ao colégio, nossos olhares se cruzam e sinto vontade de descer do carro e dizer algo a ele, mas não faço isso. Quando Guss da partida no veículo vejo Elliot ficar pra trás.
— May? – Guss me chama.
— Ei, sim? – sorrio tentando dissipar a lembrança do olhar de Elliot.
— Não quer ir a algum lugar antes de voltar pra casa?
— Pode ser.
Vamos até uma lanchonete não muito longe dali, me recordo do lugar assim que ele para o carro.
— Aqui é onde a gente vinha quando era criança?! – indago olhando o local.
— É sim. As panquecas daqui continuam maravilhosas. – Guss diz rindo. – Achei que você gostaria de voltar aqui...
— É ótimo! – digo entusiasmada.
Nos acomodamos em uma mesa no fundo do lugar, e fizemos os nossos pedidos.
— Era legal vir aqui, você se lembra? – Guss diz me olhando.
— Sim. Nossas mães também gostavam... – respondo me recordando de brincar entre as cadeiras com Guss.
— Parece que faz tanto tempo...
— Mas faz. – digo sorrindo. – É bom vim aqui com você, me lembrar dessas coisas...
Nossos pedidos chegam e comemos em silêncio, é confortável esse lugar.
— May... – Guss volta a falar depois de um tempo. – Sei que nos afastamos durante esse ano, mas não quero ver isso acontecer novamente.
Fico em silêncio pensando em como as coisas chegaram até aqui. – Meus sentimentos por Guss foram de amizade para amor platônico, de mágoa a coração partido, até eu não estar mais apaixonada por ele. – Olhando pra ele assim, reconheço meu amigo de infância, que cresceu ao meu lado, e agora eu o via assim, como um amigo novamente.
— Tudo bem Guss, as coisas ficaram meio malucas esse ano. – sorrio compreensiva pra ele.
Minha mão está apoiada em cima da mesa, Guss a cobre com a sua, olho confusa pra ele que parece estar pensando em dizer mais alguma coisa.
— Não sei como dizer isso pra você May, por que sinto como isso vai parecer estranho.
— O que? – olho confusa pra ele.
— Sempre te vi como minha melhor amiga, e quando crescemos isso continuou... Não sei em que ponto as coisas mudaram, mas posso te garantir que elas mudaram... – ele fez uma pausa enquanto eu o olhava tentando assimilar todas aquelas palavras. – Você é a garota que eu deveria ter levado no baile de boas vindas esse ano, você é a garota que eu deveria ter acompanhado todos os dias pra casa, é você May, eu fui burro pra perceber que sempre foi você.
— Guss eu não tô entendendo... – digo, mas no fundo eu entendia sim onde ele queria chegar.
— Eu estou apaixonado por você.
Esperei tanto tempo por essas palavras, até mesmo imaginei como aconteceria. – E agora seria perfeito, o lugar da nosso infância, até mesmo o jeito que o sol entra pela janela iluminando o rosto dele. – Imaginei como me sentiria quando as ouvisse, só não pensei que sentia o que estou sentindo agora, nada.
Tiro minha mão da dele e Guss me olha atrás de uma resposta.
— Esperei tanto tempo por isso, mas agora as coisas mudaram, eu não... – digo e vejo por um breve momento a tristeza brilhar em seu olhar. – Não gosto mais de você desse jeito.
— Sei que pode parecer tarde May, mas se você me der uma chance... eu sei que posso te reconquistar.
Não sei o que dizer a ele.
— Me deixa tentar... – ele continua. – Eu não estou te pedindo em namoro, só quero tentar...
— Não sei se posso fazer isso...
— Por causa do Elliot? – Guss indaga me deixando surpresa. – Eu vi o jeito que você olha pra ele, sei que aconteceu alguma coisa entre vocês.
— Sim, aconteceu. – confirmo e ele parece extremamente desconfortável com isso.
— Então me deixa te fazer esquecer isso, só me dá uma chance. – Guss fala de maneira seria.
— Acho que posso tentar.
Guss me deixa em casa, assim que entro sinto o peso de como se carregasse o mundo nas costas.
Todos esses sentimentos vão me enlouquecer. – penso.
Os preparativos para o baile de formatura começam. – Sam Scott parece que vai entrar em colapso a qualquer momento.
Conto a Izzie sobre Sam e Lindsay estarem conversando no corredor e ela quase engasga com uma batatinha.
— Não imaginei que se tornaria real! Mas continuo achando que eles combinam. – diz rindo.
As conversas de corredor se tornam frequentes entre os dois, e Izzie consegue ver com os próprios olhos, na verdade todo o colégio vê, e isso vira uma fofoca desenfreada.
Os dois parecem não se importa com isso, porque em um dia de reunião Sam anuncia que Lindsay vai colaborar com o grêmio para a organização do baile.
— As coisas estão ficando serias entre os dois... – Izzie comenta enquanto fazemos alguns itens de decoração.
— Espero que eles fiquem bem.
Lindsay se junta a nós na parte da decoração, no começo o clima fica estranho, mas tento fazer isso se dissipar com os dias.
— May... – ela diz. – Queria me desculpar com você por ter sido babaca por tanto tempo.
— O que? – olho pra ela. – Não precisa fazer isso...
— Sinto que preciso sim. – Lindsay continua. – Não fui legal com você, mesmo sendo sua amiga durante o sétimo ano. Deixei que meus sentimentos por Guss me cegassem a ponto de maltratar você. Me desculpa.
— Tá tudo bem. – sorrio tentando tranquiliza-la. – Isso já passou.
Durante todos os dias em que organizamos as coisas Elliot estava lá. – Algumas vezes o vi me olhando, mas era tão rápido que a dúvida se foi real surgia na minha mente.
Tudo o que eu sinto por ele ainda permanece em mim. Por vezes me pegava pensando nele, sentia falta dos nossos momentos juntos. – Mas ainda doía, e quando ficava quase insuportável eu me lembrava de quando mamãe disse que isso passaria, e me agarrava a essa certeza.
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gente se puderem dar um feedback me dizendo se estão gostando ficaria grata, a fic já passou da metade, está quase chegando na reta final, preciso saber se vocês estão gostando do rumo que ela está indo.