Girl – Rose May escrita por Strela Ravenclaw
Notas iniciais do capítulo
Olá ♡
Boa leitura, desculpe se houver algum erro.
Izzie passou o final de semana aqui em casa. – Ela me deu total apoio, esteve do meu lado o tempo inteiro quando contei sobre o divórcio dos meus pais.
Tentamos divertir minha mãe assistindo filme e cozinhando, ela parecia um pouco melhor. – Tentava não demonstrar tristeza perto dela.
Troquei algumas mensagens com Elliot ao longo dos dias, nos falamos por telefone em uma noite. – O beijo não foi citado por nós, e eu comecei a pensar que talvez ele estivesse se arrependido. – Esse pensamento me causava quase uma tortura.
Quando a segunda feira chegou eu ainda não tive coragem pra dizer a Izzie que tinha beijado Elliot. – Sei que ela é minha melhor amiga, mas não sabia como contar.
— Estou indo mãe... – avisei antes de sair de casa.
— Se cuide querida. – ela vem até mim e da um beijo na minha testa. – Vou sair para ver um oferta de emprego, me deseje sorte!
— Espero que dê tudo certo. – sorrio pra ela antes de sair.
A única coisa boa que tudo isso nos trouxe foi a melhora da minha relação com ela. – estávamos nos entende bem melhor.
Izzie e eu caminhamos até a escola como sempre. – Encontramos Briana um pouco antes de chegar.
As duas pareciam estar ainda mais próximas. – Ficava feliz em vê-las juntas.
Um burburinho estranho estava nos corredores quando adentramos o colégio.
Fui até meu armário e Izzie acompanhou Briana até o dela mais a frente. – Tirei os livros do armário e os coloquei sob meus braços.
Assim que fechei a porta vejo Elliot encostado no armário ao lado, que é o dele. – Coloco a mão no peito fingindo ter tomado um susto.
— Engraçadinha! – diz rindo. – Como está?
— Estou bem, e você? – devolvo a pergunta sorrindo.
— Bem... – vejo ele olhar brevemente para os meus lábios, hoje decidi usar um batom vermelho escuro. – Espero que sua mãe esteja melhorando.
— Ela vai ficar bem. – digo querendo acreditar nisso também.
— Descobri o motivo do falatório! – Izzie chega parando bruscamente ao meu lado.
— O que? – pergunto sem entender.
— Uma amiga líder de torcida da Briana disse que a Lindsay acabou de terminar com o meu irmão perto das arquibancadas! – Izzie fala aceleradamente.
Percebo que Elliot olha diretamente pra mim, talvez analisando minha reação. – Mas a verdade é que não sei como reagir.
— Ah, caramba. – digo sem entusiasmo.
O sinal logo bate e cada um vai pra sua sala. – Consequentemente ando ao lado de Elliot no corredor, já que temos química juntos. – Aula de química!
Quando nos sentamos ele mexe no celular por um momento e coloca o fone de ouvido. – estende um lado pra mim e espera que eu pegue.
— Daqui a pouco o professor vai entrar na sala, e ele não gosta que a gente use celular. – digo, mas ele não recolhe o fone.
— Da tempo de pelo menos metade de uma música. – diz sorrindo e eu não resisto. Pego o fone e ele da play na música.
Guss entra na sala atraindo olhares das meninas e sussurros. – Agora que ele provavelmente está solteiro, esse deve ser o assunto do momento. – Ele olha na minha direção e eu dou um sorriso mínimo. – Seu olhar se demora no fone em que divido com Elliot. – Viro meu rosto rapidamente para o lado e constato que Elliot também encara Guss de volta.
Lindsay é a última a entrar na sala, me lançando um olhar mortal e se senta ao lado de Guss. – percebo que eles não trocam tantas palavras durante a aula, no caso, nenhuma palavra.
Quando todas as aulas do dia acabam, vou até a sala do grêmio, Sam Scott disse que teríamos uma pequena reunião.
Ele fala sobre os planos do grêmio, e algumas metas que quer cumprir. – Mas Diana e os outros membros só querem saber de uma coisa;
— A festa da Lindsay ainda vai acontecer? – indaga ela quando Sam pergunta se alguém quer dizer algo.
— Acredito que sim, vou falar com Lindsay ainda essa semana.
— Não sei se é uma boa ideia, já que ela e Guss acabaram de terminar. – Diana fala abafando um risinho.
Sam ignora o comentário dela e encerra a reunião.
Estou ajeitando a mochila nas costas quando Elliot se aproxima de mim.
— Podemos conversar? – indaga baixo. Os outros ainda estão na sala.
— Sim. – confirmo. Esperamos todos saírem e então ele vai até a porta fechando-a.
Me encosto na mesa e espero que ele venha até mim. – Elliot mantém uma certa distância. – Seu olhar parece meio sério.
— Sei que não falamos sobre o que aconteceu aquele dia... – Ele começa dizendo, sinto um pouco de vergonha. Seu olhar está sob o meu.
— Tá tudo bem... – digo baixo.
Ficamos em silêncio apenas nos olhando. – Vejo seu olhar descer para os meus lábios. – Me lembro dos seus beijos, e desejo mais.
— Caralho! – Elliot se aproxima rapidamente de mim, sinto suas mãos me puxarem pela cintura para mais perto do seu corpo.
— O que foi? – minha voz fraqueja com nossa proximidade.
— Estou com vontade de tirar esse batom da sua boca desde quando te vi com ele mais cedo. – um sorriso malicioso paira sobre sua boca.
Elliot logo acaba com a minha agonia e me beija. – Ele parece saborear meus lábios primeiro, antes de pedir passagem com a língua. – Sinto suas mãos apertarem mais minha cintura, e envolvo as minhas em seus cabelos quando o beijo se torna mais intenso. – É a primeira vez que pego, os fios são macios.
Todos os pensamentos fugiram da minha mente. – O beijo dele tinha esse poder sobre mim, não conseguia pensar em mais nada além daquele momento.
Quando nos afastamos pra poder respirar Elliot continuou com as mãos na minha cintura.
— Não era pra mim ter feito isso. – escuto ele dizer antes de esconder o rosto na curva do meu pescoço.
Meu coração bate acelerado, ele tinha se arrependido?
— Quer me dizer o porquê? – pergunto insegura.
Ele levanta a cabeça e me olha nos olhos.
— Eu vou embora pra Londres Rose May, você sabe disso. Não posso ter alguém aqui, e também não acredito nessas coisas... – diz e sinto um aperto estranho na boca do estômago.
— Entendo, mas não estou pedindo pra você se apaixonar por mim. – Digo e ele me olha surpreso.
— Então o que você quer?
— Eu não sei. – falo com sinceridade.
Ficamos em silêncio enquanto ele acaricia minha cintura.
— Só não quero te machucar. – Elliot diz.
— Não vai, porque eu não gosto de você. – digo na defensiva.
Não quero que Elliot pense que vou me apaixonar por ele. – Não pretendo fazer isso, eu gosto de beija-lo e gosto de conversar com ele, mas é apenas isso.
Ele estreita os olhos me olhando, me analisando.
— Você é do tipo que se apaixona Rose May.
— Não sou! – nego e ele rir. Me irrito com toda essa conversa. – Tenho que ir. – digo me afastando dele.
— Rose May... – Ele tenta me impedir, mas já estou no corredor.
Ando sem olhar pra trás, sei que Elliot vem atrás de mim.
Quando saio do colégio não vejo Izzie. – Pego o celular e digito uma mensagem perguntando onde ela está.
Ele não demora para se aproximar de mim. – Desvio meu olhar pra qualquer lugar que não seja seu rosto.
— Isso é muito infantil! – diz cruzando os braços.
— Você insinua que eu vou me apaixonar, e eu que sou infantil? – indago irritada.
— Não que seja mentira! – ele deixa um sorrisinho debochado escapar.
— Você é um idiota! – Minha irritação é nítida.
— Infantil! – Elliot rebate.
— Babaca! – dou um passo na direção dele ficando mais próxima.
Imediatamente o olhar dele desce pra minha boca. – Presumo que ele queira me beijar, e uma satisfação me invade.
— Você é linda pra cacete! – Elliot diz e sinto meu rosto esquentar de vergonha.
Meu celular vibra e quebro o contato visual com ele.
“Estou na sorveteria com a Briana, quer vim aqui?”— Izzie.
Não quero atrapalhar as duas e digito uma mensagem rápida dizendo que vou pra casa.
— Cansei disso idiota! – digo e dou as costas pra ele.
— Onde você vai?
— Pra casa! – respondo sem olha-lo.
— Me deixa te levar. – Elliot diz mas continuo andando. – Para de ser teimosa!
Me viro de frente pra ele e levanto os dois braços mostrando o dedo do meio.
— Babaca! – volto andar e logo estou fora do colégio.
Por algum motivo espero que ele me mande alguma mensagem, mas isso não acontece.
Não posso acreditar que ele acha que eu me apaixonaria. – Inferno.
Diferente de alguns dias atrás a semana transcorre com muita discussão e implicância entre mim e Elliot. – Preferi fingir que aqueles beijos não haviam acontecido, e aquilo foi um delírio.
Izzie e Briana estavam quase sempre juntas. – Izzie parecia que explodira de felicidade. – Já Guss estava atarefado com os treinos do time de futebol, a temporada logo começaria, mas pela fofoca que ouvi no corredor, ele e Lindsay não haviam voltado.
A sexta feira chegou e Sam nos reuniu pra anunciar que – depois de muita discussão com a Lindsay – A festa de comemoração do grêmio estava de pé.
— Ela teve que ceder, grande parte dos populares queriam isso. Não importando quem venceria. – diz ajeitando os óculos. – Vai ser amanhã, na casa dela, a partir das oito... Quem quiser ir.
Já havia decidido que não iria a essa festa. – Não com o divórcio recente dos meus pais. – Por mais que minha mãe demonstrasse estar superando cada dia mais, não me sentiria bem em ir nessa festa.
Sam foi o primeiro a sair da sala do grêmio, seguido pelos outros dois garotos. – As meninas estavam caminhando até a porta e eu passei por Elliot que estava de pé perto da mesa.
Ele puxou de leve o tecido da minha blusa me fazendo parar. – O olhei sem entender.
Quando as meninas saíram ele foi até a porta e fechou.
— O que você quer...? – perguntei mas ele não respondeu, ao invés disso veio até mim e quebrou qualquer distância que existia entre nós.
Depois de alguns dias sem sentir o beijo dele, ter seus lábios pressionados contra os meus era quase doloroso. – Uma de suas mãos me puxou pra mais perto do corpo dele pela cintura, e a outra subiu até meu cabelo, encontrando minha nuca, me causando arrepios quando seus dedos deslizavam cuidadosamente pelo local. – Elliot saboreava meus lábios com intensidade e urgência. – Sentia uma quentura subir pelo meu corpo, dessa vez era diferente.
Sua boca contra a minha me fazia esquecer de qualquer coisa. – Nada mais importava pra mim naquele momento.
O ar começava a me faltar quando nos separamos. – sentia sua boca beijar o canto da minha, descer pelo meu queixo e logo os macios lábios dele estavam pressionados contra a pele do meu pescoço. – Pela primeira vez, e caramba a sensação era incrível. – Seus dedos acariciavam minha nuca, enquanto sua boca distribuía beijos pelo meu pescoço. – Minha mente só conseguia se concentrar nele, suspiros escapam pelos meus lábios enquanto sinto tudo aquilo.
— Sei que não devo fazer isso... – escuto ele dizer rouco, o rosto escondido no meu pescoço.
— O que? – digo baixo entre um suspiro.
— Ficar tão perto de você, mas não consigo evitar beija-la.
Não quero me afastar, mas ao mesmo tempo que Elliot me causa êxtase, ele me deixa confusa.
— Elliot, eu preciso ir. – digo fazendo ele levantar o rosto e me olhar.
— Tudo bem. – vejo um vislumbre de decepção passar pelos olhos dele.
Volto pra casa acompanhada de Izzie, que tenta me convencer a ir a festa da Lindsay. – Só porque Briana vai.
— Ela não gosta de mim Izzie! Lindsay com certeza não vai me querer lá. – digo.
— Mas você faz parte do grêmio, e a festa é pra comemorar a vitoria de vocês! – rebate.
— Mesmo assim! E não quero deixar minha mãe sozinha.
Izzie tenta argumentar, mas encerro o assunto ali.
O sábado chega e acordo um pouco mais tarde do que o habitual. – Eu a minha mãe tomamos café juntas e ela parece menos triste do que nos outros dias.
— Recebi um telefonema ontem, aquela vaga de emprego é minha! – diz sorrindo, me sinto tão feliz por ela.
— Parabéns mãe. – falo sorrindo também.
Pela tarde troquei algumas mensagens com Izzie, que ainda tentava me convencer a ir a festa.
Por volta de umas cinco horas a campainha tocou, fui atender a porta.
— Izzie?
— Me deixa entrar logo. – ela diz sorrindo e me empurrando pro lado para passar.
Izzie se jogou no sofá ao lado da minha mãe. – As duas assistiam a um filme de romance. – Minha mãe sempre gostou do gênero.
— Os jovens dos filmes parecem se divertir muito mais do que a gente! – Izzie diz enquanto me sento ao lado dela.
— Vocês deveriam se divertir mais então. – Minha mãe sugere rindo.
— Já que a senhora disse isso... – Izzie fala e eu lanço um olhar incrédulo pra ela. – Queria perguntar se a Rose May pode ir a uma festa comigo hoje, prometo que não vamos voltar tarde.
Não estou acreditando que Izzie está se aproveitando do momento pra fazer isso.
— Claro, não vejo motivos para me opor... – Minha mãe diz e Izzie sorri abraçando-a e agradecendo.
— Mas a senhora vai ficar sozinha aqui mãe? – indago preocupada.
— Se divirta um pouco May, eu vou ficar bem. – diz e sem ter como negar concordo em ir.
— Isso foi muito baixo Izzie! – digo a ela na porta, antes de Izzie ir pra casa se arrumar.
— Só me aproveitei de uma boa oportunidade! – Ela sorri. – Vai ser divertido! Passo aqui as oito.
As oito como combinado já estou pronta, espero Izzie na sala com uma pequena ansiedade crescendo no peito. – Meu celular vibra.
“Vai para a festa? Quero saber quantos de nós do grêmio comparecerão.” – Sam Scott.
“Sim, eu vou.” – Rose May.
Estou usando uma saia jeans preta de botões, cintura alta, que vai até a metade das coxas. – Uma meia calça da mesma cor, uma blusa branca pra dentro da saia, larguinha com uma estampa de gato, e meu coturno preto sem salto. – Fiz um delineado preto nos olhos, e passei um batom suave.
Quando Izzie chega enfio o celular no bolso de trás da saia. – Vou até a porta e abro.
— Espero que a gente não tenha demorado... – ela diz assim que vejo o carro do Guss parado em frente à minha casa.
— Ele vai na festa da Lindsay? Os dois não terminaram? – indago saindo de casa e fechando a porta.
— Ele não parece estar se importando muito com isso. – Izzie diz dando de ombros.
Quando entro no carro e me sento no banco de trás só penso uma coisa. – Essa festa vai ser surpreende.
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Faça uma autora feliz, comente! ♡
Queria agradecer a todos que comentaram no cap anterior e desejar as boas vindas a uma nova leitora! Obrigada por estar acompanhando a fanfic!
Ps: gente, fiz um Instagram para postar meus textos e frases, totalmente autorais. Quem quiser seguir vou deixar aqui.
@florgrafei_ (sigo de volta. Se seguirem, me chamem na dm pra conversarmos ♡)
Beijos ♡