Girl – Rose May escrita por Strela Ravenclaw


Capítulo 16
One maybe.


Notas iniciais do capítulo

Dois capítulos em um dia, milagre não é? Rs.

Espero que gostem, aproveitem. Desculpe se houver erros.



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Durante o restante das aulas eu só conseguia pensar na conversa das garotas no banheiro. – Uma delas estava afim do Elliot, e ia realmente tentar algo com ele. – E se ela conseguisse?

Caminhei pelos corredores até a sala do grêmio. – Só conseguia pensar nisso, repassando a conversa delas, e depois o momento que tive com ele na biblioteca.

Foi só uma música! – Não seja ridícula, ele poderia fazer isso com qualquer pessoa.

Quando abro a porta da sala fico constrangida.

Só Elliot e a garota estão lá. – Ele encostado na mesa e ela a sua frente segurando o celular nas mãos, eles sorriam um para o outro. – Não estavam muito perto, mas também não muito longe.

— Rose May. – Ele me olha assim que entro no local.

— Oi – tento sorrir o mais natural possível para os dois.

Me sento em uma cadeira mais afastada e pego o celular, finjo que estou concentrada em qualquer coisa ali na tela.

— Então posso te mandar aquele artigo se você quiser... – escuto ela dizer, mas não me atrevo a olhar.

— Seria muito bom.

— Me passa seu número, aí posso te enviar o link... - tenho que admitir que ela tem atitude.

— Tudo bem. – Elliot concorda e tenho quase certeza de que ele sorriu pra ela.

Só levanto os olhos quando Sam chega acompanhado dos outros. – A reunião começa e ele fala mais do que o necessário, ajeitando sempre os óculos de maneira irritante.

Talvez eu estivesse me mal humor por ver Elliot e a garota juntos.

— O mais importante a ser dito é que os resultados da eleição do grêmio saem nessa sexta já. – Sam diz nervoso. – Eu e Lindsay tivemos uma pequena reunião com o diretor Moroles hoje mais cedo... enfim, também queria comunicar que ela se ofereceu para dar uma festa, não importando qual chapa vai ganhar.

— Ela só fez isso porque acha que vai ganhar. – Digo surpreendendo todos, pois passei a reunião toda calada.

— Você pode estar certa May, pelo que conheço dela, sei que Lindsay é muito convencida e irritante... – Sam parecia querer adicionar mais adjetivos ruins, mas se conteve.

Assim que a reunião acabou vejo a garota se aproximar de Elliot novamente. – Estou ajeitando minha mochila nos ombros enquanto olho pra eles.

Ela é realmente bonita. – Tem um corpo dentro do padrão, magra, olhos claros, cabelo perfeitamente alinhado. – Odiava me comparar as outras pessoas, mas sabia que entre nós duas, ela levaria a melhor.

Esse pensamento me incomodou, e me deixou ainda mais incomodada ver ela tocar o braço dele e rir naturalmente de algo que ele disse.

Sai apressada da sala, caminhei pelos corredores digitando uma mensagem pra Izzie, pedindo mentalmente que ela tenha lembrado de me esperar.

Vou assistir ao treino da Briana, não quer ficar aqui comigo?” – Izzie.

“Tudo bem, eu vou pra casa.”— Rose May.

Não estava no clima para ver o treino das líderes de torcida, ainda mais que Lindsay estaria por lá. – Izzie iria aguenta-la só por causa de Briana.

Abri a porta principal do colégio e sai dali, já estava caminhando pela frente da escola quando escutei alguém me chamar.

— Ei, Rose May! – me virei olhando Elliot vir em minha direção.

Por algum motivo eu estava extremamente irritada com ele. – Talvez fosse por vê-lo com aquela garota?!

— Você saiu tão apressada, tem algum compromisso? – indagou chegando mais perto.

— Ah não. Só quero ir pra casa. – digo desviando o olhar.

— Vai sozinha?

— Está vendo alguém aqui comigo? – retruquei com grosseria.

Senti vergonha por fazer isso. – O que estava acontecendo comigo? Meu Deus! Estava com ciúmes dele? – Não. De maneira alguma!

— Ei ei irritadinha! – Elliot riu descontraído. – Aconteceu alguma coisa?

— Não! Nada.

— Quer que eu te acompanhe? – perguntou.

— Elliot! – a garota acabará de sair do colégio, e acenava sorrindo pra ele.

— Não. Acho que você tem coisas mais importantes. – digo já apressando o passo e saindo dali.

Me sinto ridícula enquanto caminho pra casa. – Mas acho que o melhor é eu me afastar, não quero correr o mesmo risco que corri com Guss.

A semana passou rápida – Fiquei atarefada com as coisas do grêmio, já que o resultado da eleição sairia na sexta feira. – Durante esses dias não troquei muitas palavras com Elliot, confesso que fugi um pouco dele.

A garota – nossa colega de grêmio, Diana, vivia conversando com Elliot nos tempos livres que tínhamos.

Isso me causava incomodo. – Mas tentei superar e demonstrar que estava bem.

Acabei contanto a Izzie que pedi a Guss para terminar nossa amizade. – ela ficou do meu lado e disse que ele era um idiota.

— Tem que ser muito babaca pra jogar uma amizade com você no lixo! – Izzie disse e passou o braço por cima dos meus ombros enquanto comíamos no fundo da biblioteca.

Quando sexta chegou eu sentia um nervosismo enorme. – Acho que todos nós do grêmio sabíamos que íamos perder para a chapa da Lindsay. – Não que ela tivesse propostas melhores, mas ela era popular, e isso era a única coisa que parecia contar.

Tive que chegar mais cedo no Colégio, Izzie não se importou em me acompanhar e me dá forças.

— Vou votar em vocês, com certeza! – Ela sorria me dando força.

— Só você, provavelmente. – digo rindo desanimada.

— Não fica assim May! – Izzie tentava me consolar.

— Eu estou bem! – digo com sinceridade. – Apenas decepcionada.

— Eu juro que vou matar o Guss! – Izzie diz com raiva.

E parece que é só citar o nome dele, que Guss aparece. – Ele se aproxima de nós receoso. – Izzie lhe lança um olhar feio.

— Posso falar com você? – indaga pra mim.

— Não acredito que você teve coragem de fazer isso Guss! Que decepção de irmão. – Izzie fala encarando ele.

— Pode falar. – digo me encostando no armário da escola.

— Privacidade? – Ele indaga pra Izzie, que não se move até eu fazer um sinal de que está tudo bem.

— Ela está com mais raiva de mim do que você!

— Não estou com raiva. Estou magoada... – digo com calma. – Você sabia que isso era importante pra mim, mas já passou, não tem mais como voltar atrás.

Afundamos em um silêncio constrangedor enquanto nos olhávamos.

— Não posso perder você. – Guss diz, e sinto meu coração acelerar.

— Tenho que ir. – ando depressa pelo corredor ainda vazio.

Chego na sala no grêmio e adentro, fecho a porta e me encosto nela fechando os olhos, deixando que minha respiração saia.

— Está tudo bem? – Elliot indaga e me assusto.

Abro os olhos procurando por ele e o vejo sentado no fundo da sala, entrei tão absorvida nos meus pensamentos que não me dei conta de que ele estava aqui.

— Estou bem. – digo me desencostando dá porta, ele se levanta e vem até mim.

Paro perto da mesa onde Sam deixa alguns papéis. – Elliot está na minha frente.

Uma camisa branca com a estampa da banda Arctic Monkeys o deixa ainda mais bonito, sua calça preta rasgada no joelho parece combinar perfeitamente com ele.

— Parece que fomos os primeiros a chegar. – Diz sorrindo.

— É... – concordo, logo depois fico em silêncio.

Não sei o que dizer a ele. – Penso em mil e uma coisas. – Em ele e Diana juntos, penso no nosso quase beijo – no caso, no beijo que eu ia dar nele. – Mordo o lábio sentindo meu rosto esquentar.

Vejo o olhar dele descer para os meus lábios – Mas isso é breve.

— Sam deve estar uma pilha de nervos. – falo, quebrando o recente silêncio.

— Diana disse que ele está a beira de surtar. – Elliot menciona o nome dela e sinto um incômodo.

— Ah... – digo fazendo uma pausa. – Você e Diana estão bem próximos – Elliot me olha estreitando os olhos, parece levemente confuso. – Vocês estão...? – minha voz morre, e não preciso concluir, pois pela expressão dele, vejo que Elliot entendeu.

— O que? Não! – ele nega rindo. – Da onde você tirou isso?

— É que vocês estavam bem próximos... – digo sentindo vergonha.

— Não estou afim dela. – Elliot fala com suavidade. – Diana é legal, mas não. – Sinto um alívio repentino me invadir. – E também não quero compromissos.

— Porque você não acredita no amor. – falo rindo dele.

— Não é só por isso. – justifica. – Pretendo cursar a universidade de Londres no próximo ano, isso quer dizer que vou embora, então seria bem desconfortável ter alguém.

Sinto uma ponta de decepção em pensar que ele vai embora. – Londres é muito longe de San Francisco – E também é muito longe de Los Angeles, onde pretendo cursar literatura.

— Entendo. – digo tentando não transparecer nada.

Tivemos uma pequena reunião com Sam Scott, e ele disse que a votação ocorreria durante o intervalo. – Antes disso ele ainda discursaria mais uma vez. – Então todos fomos para o auditório.

Ainda bem que desse vez não precisei ficar ao lado dele em cima do palco. – Me sentei junto com Izzie e Briana.

— Vou votar em vocês! – Briana disse sorrindo um pouco antes de Sam começar a falar.

Logo depois dele, Lindsay começou seu discurso. – Os garotos faltavam babar por ela.

— Antes de terminar, gostaria de chamar meu vice aqui... – Guss se levantou e Izzie revirou os olhos.

— Meu irmão é um traidor. – falou com irritação.

— Ele vai dar algumas palavrinhas. – Lindsay sorriu antes de passar o microfone para Guss.

— E ai... – ele disse descontraído, a maioria das pessoas soltaram risadinhas.

Guss sempre foi bem em falar em público, mas a forma como ele não ligava pra isso o fazia ficar engraçado.

— Não preparei um discurso como o do Sam, mas queria falar algumas coisas... – Ele fez uma pequena pausa, enquanto olhava na minha direção. Estávamos sentadas na terceira fileira perto do palco, sabia que ele poderia me ver da onde estava. – Sabe, eu sempre achei essa coisa de grêmio uma grande bobagem – Guss disse fazendo quase todos rirem, e recebendo um olhar de censura do diretor Moroles. – Mas uma pessoa me fez ver que isso é importante, talvez não pra mim... Não pra Lindsay – Guss olhou pra trás vendo o rosto perplexo da namorada. – Sei que não poderíamos fazer um trabalho excelente como a chapa do Sam Scott fez durante esse ano letivo, e é por isso que eu peço para que votem na chapa concorrente. – O auditório explodiu em um burburinho absurdo.

O diretor Moroles interviu e pegou o microfone de Guss.

— Obrigada, os discursos acabam por aqui. Todos para as suas aulas.

Mal conseguia acreditar no que havia ouvido a pouco. – Guss praticamente renunciou. – Estava completamente chocada com isso.

— Caralho! – Izzie expressou sua surpresa enquanto saíamos dali.

— Isso foi muito repentino. – Briana disse. – Nunca pensei que algo assim aconteceria nessa escola.

— Sabe que ele fez isso por você, não é?! – Izzie indagou já no corredor.

— Não Izzie... – tentei negar em vão.

— Claro que foi! O Guss foi sensato pra cacete! – rebateu. – Mas a Lindsay vai matar ele.

— Com certeza! – Briana concordou.

Fiquei em choque durante as aulas. – Não conseguia pensar em outra coisa. – E parece que o resto da escola também não.

Na hora do intervalo fomos votar. – A urna estava na sala do grêmio, e o diretor Moroles junto com alguns professores estavam lá e contabilizariam os votos.

O restante das aulas se passaram rapidamente, e os alunos só falavam da eleição, ou de quem eles achavam que ganharia.

Quando as aulas acabaram, todos voltamos ao auditório, o diretor Moroles é quem enfim revelaria o resultado.

Sam Scott e Lindsay estavam no palco – Me sentei novamente com Izzie e Briana, enquanto os outros membros da chapa estavam espalhados pelo auditório. – Vi Elliot no fundo, de pé.

Ele notou meu olhar e sorriu, retribui. – Virei pra frente e Izzie me encarava.

— Eu vi vocês trocando olhares. – disse ela sorrindo presunçosa.

O diretor começou com um discurso longo sobre que não importava ganhar ou perder. – Todos estavam entediados com as palavras dele.

— Senhorita Lindsay gostaria de parabeniza-la... – Ele começou a dizer, e um grande falatório invadiu o local, Lindsay sorria vitoriosa. – Por participar, mas Sam Scott continua sendo nosso presidente do grêmio.

Mal conseguia acreditar naquilo. – Sabia que só havíamos conseguido por causa do Guss. – Rompemos em aplausos no meio do falatório.

Lindsay desceu do palco e saiu do auditório como um furacão. – Vi Guss se levantar e ir atrás dela.

Logo fomos até Sam para comemorar. – Todos os participantes do grêmio se juntaram em uma roda.

— Não acredito nisso! Nós vencemos. – Diana disse sorrindo.

— Tenho certeza de que o discurso de Guss influenciou muitos votos. – Sam falou ajeitando os óculos. – Porque será que ele fez isso?

— Ele não é seu amigo May? – Diana indagou e todos da roda me olharam. – Deve ter feito por você.

— Não sei... talvez ele só quis renunciar mesmo. – Digo desconfortável com o olhar de Elliot diretamente em mim.

A conversa logo mudou o rumo e Sam sugeriu que fossemos comemorar em uma sorveteria aqui perto da escola.

Disse que só iria avisar Izzie, e que logo encontraria com eles lá.

Sai andando pelos corredores atrás dela, presumi que deveria estar com Briana. – Antes de encontra-la avistei Guss.

Ele sorriu e eu retribui, estava extremamente agradecida por ele ter feito aquele discurso.

Guss veio caminhando na minha direção, e eu fui até ele. – Alguns alunos ainda estavam no corredor, outros já saiam do colégio.

Paramos quando já estávamos perto um do outro. – Ainda sorriamos um para o outro.

— Obrigada. – digo olhando-o com sinceridade.

Guss abre os braços pra mim como resposta. – Me deixo envolver em seu abraço. – Suas mãos rodeiam minha cintura, enquanto meus braços passam por seu pescoço. – Sinto que algumas pessoas estão nos observando, mas tento não me importar.

Assim que me afasto dele olho em seu rosto, ele parece tão sincero. – Sinto como se fossemos aquelas mesmas crianças.

— Você aceitou meu pedido de desculpas?

— Sim. – respondo com sinceridade.

— Não quero perde-la. – Guss me olha diferente, e eu não entendo.

— Guss, não sei se consigo deixar de ser sua amiga agora. – digo sorrindo, e ele retribui.

Seus dedos acariciam minha bochecha antes dele apertar de leve, como sempre fazia.

— Pode avisar Izzie que vou até a sorveteria com o pessoal do grêmio? – Indago e ele assente.

Saio do colégio em direção a sorveteria. – Ainda perto do estacionamento vejo Elliot encostado em sua moto. – Ele sorri quando me vê.

— O que está fazendo aqui? – pergunto confusa.

— Esperando por você.

— Porque não foi com os outros?

— E deixar você ir sozinha? – Ele desencosta da moto e começamos a caminhar para fora do colégio.

Sorrio em agradecimento. – Ajeito meu cabelo sentindo um leve constrangimento.

Nossa caminhada é curta e logo chegamos a sorveteria. – Nos juntamos ao pessoal do grêmio, faço meu pedido e o espero chegar enquanto ouço Sam falar.

— Sam ainda vai ter aquela festa que a Lindsay falou? – Diana pergunta.

— Se ela cumprir com a palavra sim. – Sam diz.

— Ela parecia bem decepcionada... – Diana comenta. – Acha mesmo que vai dar a festa pra comemorar a própria derrota?

— Foi ela que propôs uma festa, não importando quem ganhasse... – Sam da de ombros.

Ficamos cerca de uma hora ali, conversando e rindo. – Pela primeira vez Sam parecia relaxado, foi um longo período sem ajeitar os óculos.

Na hora de ir para casa Elliot se oferece para me acompanhar. – Percebo um olhar estranho no rosto de Diana. – Será que ele sabe que ela é afim dele?

— O Sam parecia bem feliz. – Elliot comenta quando já estamos caminhando.

— Sim... – concordo. – Acho que nem ele esperava a vitória.

— O discurso do seu amigo causou uma mudança enorme. – Sei que ele está se referindo a Guss.

— Pode ser... – Me sinto desconfortável em falar do Guss pra ele.

Continuamos o trajeto falando sobre coisas aleatórias. – Me sentia bem ao lado dele.

Passamos pela escola e avisto a moto dele ainda no estacionamento, Elliot percebe pra onde estou olhando e o vejo sorrir.

— Querendo dar uma volta? – indaga.

— O que? Não! – respondo e ele rir.

— Quando vai confiar em mim pra aceitar dar uma volta nela comigo? – sua pergunta me surpreende.

Tenho que conter um sorriso antes de responde-lo.

— Quem disse que não confio em você? – indago.

— Então isso seria um sim? – vejo ele sorrir com satisfação.

— Um talvez.

— Já é alguma coisa! – diz. – Quando quiser, é só me avisar.

— Sério? – indago surpresa e ele confirma rindo. – Mas não é perigoso?

— Perigoso? Claro que não. – Ele ri ainda mais. – Sempre soube que você tinha medo!

— Não estou com medo! – rebato. – É só receio...

— Acredito. – Ele ironiza.

Não demoro a chegar em casa, agradeço Elliot por me trazer, e me despeço com um sorriso. – O vejo ir embora e entro em casa.

Assim que adentro um silêncio estranho está no ar. – Escuto um soluço e sigo do hall até a sala. – Vejo minha mãe sentada no sofá com a cabeça baixa, apoiada nas mãos. – Outro soluço – Ela está chorando?

Jogo minha mochila no chão e vou até ela, me abaixo em sua frente.

— Mãe, o que houve? – indago preocupada.

Ela levanta o rosto e tenta secar as lágrimas rapidamente com as mãos.

— Nada meu amor, estou bem. – Vejo a mentira estampada no rosto dela.

— Mãe, a senhora não está bem! – insisto. Vejo mais lágrimas se formarem em seus olhos. – Me diz o que houve?

— May... – ela fala baixo, deixando as lágrimas caírem mais uma vez. – Não posso te falar isso...

A abraço desajeitadamente e ela chora ainda mais. – Não sei o que fazer, estou aflita, com medo de que algo grave tenha acontecido.

— Mãe... Por favor, me diz. – peço mais uma vez depois de minutos abraçada com ela.

— Seu pai... – quando ela diz isso meu coração dispara, sinto medo de que algo tenha acontecido com ele. – Ele... – A voz dela é quase inaudível. – Ele me traiu.

As palavras demoram a fazer sentido na minha mente. – Sempre tive uma relação de mais proximidade com meu pai, do que com a minha mãe. – Esse era o tipo de coisa que eu não conseguia entender. – Ele sempre foi um ótimo pai, um marido excelente.

Mas isso... traição?! – um nó se forma na minha garganta, e aperto mais o abraço.

 

Escuto a porta sendo aberta e imagino que seja ele. – Desfaço o abraço assim que o vejo na sala. – O cabelo que é sempre impecável está totalmente bagunçado, a camisa social mal abotoada.

— Rachel, me deixa explicar... – papai diz enquanto vejo o desperto em seu rosto.

— É realmente verdade? – indago incrédula.

— Filha esse é assunto meu e da sua mãe.

— Deixa de ser quando eu chego em casa e encontro ela nesse estado! – falo alto e com raiva.

Como ele teve coragem? – Não quero chorar, estou com tanta raiva.

— Você não entende. – meu pai insiste.

— Eu entendo muito bem o que é uma traição! – as palavras saem cortantes da minha boca, ele me olha e escuto mamãe soluçar no sofá. – Isso é tão baixo! Como você pode?

— Rose May me respeita! Eu sou seu pai. – sua voz é autoritária e me faz ficar ainda mais irritada. – Quero conversar com a sua mãe...

— Não vou deixar ela sozinha com você!

— Filha, por favor. – minha mãe pede. – Pode ir até a casa da Izzie?

— Mas mãe...

— Nós temos que conversar, eu te ligo quando terminar. – sua voz ainda está embargada, mas controlada.

— Você é uma decepção! – digo quando passo por ele.

Atravesso o hall e assim que saio de casa sinto o mundo desabar. – Meu pai, a pessoa que mais admirava na vida, porque? – Ele praticamente destruiu nossa família.

Pego o celular do bolso da calça jeans e digito o número com as mãos trêmulas. – Já sinto as lágrimas que sufoquei querendo vir a tona.

— Você pode vim me buscar? – digo e já não controlo mais o choro.

 


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Notas finais do capítulo

Faça uma autora feliz, comente. ♡

Gostaram do capítulo? Deu pra ficar divido entre os dois casais? Kkk

Pra quem será que a May ligou em?!

Prometo não demorar, beijos ♡

@yoongigotic



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