Vila Baunilha escrita por Metal_Will


Capítulo 25
Operação Pistache


Notas iniciais do capítulo

Olha eu aqui de novo!

Boa leitura :)



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O delegado e o soldado Caxias, enfim, iniciaram a operação Pistache, a atividade policial que buscava encontrar o gatinho da pobre garota Roberta, uma personagem terciária, digo, uma vizinha da região. Os policiais iam na frente, enquanto as meninas, Roberta e as irmãs Montecarlo, seguiam logo atrás.

—Muito bem! - disse o delegado - Onde podemos começar a procurar?

—Ele não deve estar muito longe da minha casa - disse Roberta.

—Bom, já que vocês estão tomando conta disso, podemos ir embora, certo? - perguntou Anne - A mamãe já deve estar brava...já devíamos ter chegado no restaurante.

—Restaurante! - exclamou o delegado - É isso!

—O quê? - estranhou Anne.

—Gatos gostam de comida, então é muito possível que ele tenha ido para o restaurante! - disse o delegado.

—Não entendi muito bem a relação - falou Anne.

—Bem, não é impossível - comentou Roberta.

—Ah, vamos para lá - disse Briana - Temos que começar a procurar em algum lugar, né?

“Procurar”, pensou Anne com um olhar sarcástico. “Claro que vamos procurar”.

Não demorou muito para chegarem ao restaurante e logo a mãe de Anne veio correndo reclamar com a adolescente.

—Anne! - reclamou Carla - Onde você tava, menina? O restaurante já vai lotar e você nem almoçou ainda para entrar no trabalho.

—Desculpa, mãe. Tivemos um pequeno contratempo - falou Anne que, por sua vez, já imaginava levar uma bronca dela. Carla olhou para os dois policiais e quase caiu para trás.

—Polícia? - disse Carla - Anne, pelo amor de Deus. O que você andou aprontando?

—Mãe! Essa é a sua primeira reação? - retrucou Anne.

—Calma, mãe - disse Briana - Esses policiais estão aqui para ajudar a procurar o gatinho da Roberta.

—Roberta? Que Roberta? - perguntou Carla.

Roberta acenou para Carla.

—Sou eu. Boa tarde - disse Roberta.

—Ah, tá - respondeu Carla - E você perdeu seu gato?

—Sim - disse ela - O delegado e o soldado Caxias vieram aqui procurá-lo.

Carla reparou melhor nos policiais e viu um equipamento extremamente exagerado.

—Vocês vieram procurar um gato ou um leão? - estranhou ela.

—Precisamos estar preparados para tudo, senhora - disse o delegado - A senhora não viu nenhum gato andando por aí, viu?

—Mas por que um gato viria a um restaurante? - perguntou Carla.

—Talvez o cheiro da comida deliciosa o tenha atraído - disse Caxias, sem tirar os olhos da comida à disposição no self-service - Ou talvez ele queira pegar algum rato ou algo assim.

—Como ousa? Não tem rato nenhum no meu restaurante! - reclamou Carla.

Anne começou a tossir como se estivesse engasgada.

—Tudo bem, Anne? - perguntou Briana.

—Tuudooo - falou Anne, enquanto batia no peito. Uma lembrança não muito agradável de quando o professor da escola viu um rato ali no restaurante atingiu a garota em cheio e praticamente a fez engasgar com a própria saliva.

—Foi só uma hipótese, senhora - disse o soldado.

—Sim. Não estamos afirmando nada - disse o delegado - A senhora não viu nada, viu?

—Temos um retrato falado do bichano para ajudar - falou o soldado, mostrando um desenho muito mal feito de um gato desenhado de qualquer jeito.

—Não - disse Carla - Nenhum gato passou por aqui.

—Anote aí, soldado - disse o delegado - Nenhum gato passou por aqui.

—Anotado - confirmou o soldado.

—Mas já que estamos aqui. Por que não almoçamos? - sugeriu o delegado - Podemos procurar o gato depois disso.

—Almoçar? Mas… - Roberta parecia preocupada.

—Relaxe, menina - disse o delegado - Somos profissionais.

—Bom, se são clientes, então sejam muito bem-vindos! - disse Carla, mudando para uma expressão bastante sorridente - Anne! Separa uma mesa para os policiais!

“Sabia que isso ia acontecer”, pensou a garota.

Depois de comerem (pelo menos os policiais pagaram a conta de Roberta), a equipe da operação Pistache voltou à ação. Anne tinha que voltar ao trabalho, mas Briana conseguiu permissão da mãe para acompanhar as buscas. Carla achou que seria bom para a educação da filha ver como funciona o trabalho da polícia. Já Anne achou que seria bom para Roberta, já que Briana poderia ajudar mais do que os policiais.

—Tudo bem - disse o delegado - Onde podemos procurar agora?

—No lago - disse o soldado - O gato pode ter sentido o cheiro dos peixes que os pescadores pegam.

Vila Baunilha tinha um lago um pouco afastado do centro, mas nada que alguns minutos na viatura policial não pudessem resolver. Ao chegarem lá, nada do bichano.

—É. Parece que não tem nada por aqui - disse o soldado.

—Talvez ele possa aparecer - falou o delegado - Vamos esperar um pouco mais.

—Quanto mais? - perguntou Roberta.

—Não tenha pressa, garota - disse o delegado - Somos profissionais. E, já que vamos esperar, por que não testamos a vara que eu comprei no final do ano?

—Parece ótima, delegado - concordou o soldado.

—Gente! - disse Roberta - Não é melhor procurarmos mais perto do centro? Não acho que o Pistache viria tão longe assim?

—De novo, garota? - reclamou o delegado - Já falei que somos profissionais. Não precisa se preocupar!

—É isso aí - concordou o soldado - A gente sabe o que está fazendo.

—Mas...vocês não estão só sentando e pescando? - comentou Briana.

—O que faz você pensar isso? - disse o delegado, já confortavelmente sentado em uma cadeira de praia que tinha tirado da viatura.

—E se nos dividíssemos? - sugeriu Briana - Eu e a Roberta vamos procurar no centro, enquanto vocês continuam procurando aqui no lago.

“Isso. Boa ideia”, pensou Roberta, esperançosa com a chance de se ver livre dos dois policiais. “Quem sabe assim conseguimos achar logo o Pistache!”

—O quê?! - reclamou o delegado - Não, não podemos permitir isso. Como vamos deixar duas meninas indefesas andando por essas ruas perigosas?

Ruas perigosas em Vila Baunilha? Bem, não vale a pena entender…

—Então, vocês vão acompanhar a gente? - perguntou Briana.

—Claro que vamos - disse soldado Caxias - Temos nossa responsabilidade como policiais!

—É isso aí. Vamos agora mesmo! - disse o delegado, mas sua vara na água tinha acabado de morder alguma coisa - Hã? Esperem! Esperem um pouco!

—O que foi, delegado? - perguntou o soldado.

—Soldado Caxias, esse é dos grandes - disse o delegado - Me ajude a puxar!

—Sim, senhor, senhor! - exclamou o jovem soldado, puxando o delegado. Os dois caíram para trás, mas, pelo menos, pegaram o peixe.

—Esse é dos grandes, heim? - comentou o delegado - Vamos tirar uma foto e jogá-lo de volta.

—É pra já - disse o soldado, sacando seu celular.

Roberta já estava começando a ficar seriamente preocupada.

—Ai, ai. Onde foi parar o meu gato? - reclamava a garota.

—Calma, vai ficar tudo bem - disse Briana - Tem que ter fé.

Roberta olhou para os dois policiais que estavam no comando da operação.

—Haja fé - suspirou ela.

Como essa operação vai acabar?


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Notas finais do capítulo

Eu ia terminar esse arco neste capítulo, mas estou gostando tanto dessa dupla que vou escrever mais pouco e deixar o final dessa confusão para o próximo.

Vamos ver se o pobre gatinho será encontrado, né?

Obrigado por ler e até a próxima! :)



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