Fogo e Gelo - TVD and Twilight escrita por Roza Hathaway Belikov


Capítulo 2
2. O livro de Damon Salvatore.


Notas iniciais do capítulo

Hey meus amores, tudo bem? Mais um capitulo pra voces... Pra quem nao entendeu como funciona a fanfic é o seguinte, cada capitulo é uma narração diferente portanto está nomeado dessa forma. Bjos e até o proximo!!!!



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Mystic Falls era minha casa a muito mais tempo do que eu lembro uma vez que eu era um vampiro de 173 anos, no entanto estava oficialmente começando a me levar ao fundo do poço de uns tempos pra cá. Estava muito claro nisso tudo que meus sentimentos por Elena Gilbert haviam acabado depois que ela definitivamente escolheu meu irmão Stefan que a propósito desde que havia se recuperado de sua fase como “Estripador, voltando a se alimentar de animais pequenos e todos aqueles rituais ridículos dele como o corte de cabelo e escrever em diários, ou seja, ele estava insuportável de novo estava realmente me tirando do sério. – e como se nada disso fosse o suficiente eu estava muito diferente também, não sabia exatamente o que estava acontecendo comigo, era estranho demais ter essa sensação e não saber o que significava essa sensação, sinceramente eu estava ficando muito assustado com isso.

Então antes que fizesse mais algum tipo de besteira que criasse problemas maiores do que os que eu já tinha, não havia explicação para eu ter religado minha humanidade, mas era verdade lá estava ela me torturando, fiz as malas sem parar para pensar no assunto; ira sair da Virgínia de qualquer jeito.

— Como assim você simplesmente está saindo de Mystic Falls Damon? –Perguntou Stefan recostando-se no batente da porta da sala onde estava minha mala. – Estou falando serio, o que tem de errado com você?

— É exatamente isso que você entendeu irmãozinho, eu estou cansado, entediado e me sentindo perdido e por isso estou saindo da Virgínia por um longo tempo. Para mim já deu Stefan, eu não aguento mais isso então preciso mesmo ir embora desse lugar. –Falei sentido minha humanidade pronta para me fazer desmoronar bem ali na frente dele, eu não podia deixar isso acontecer de jeito nenhum então precisava fazer alguma coisa por mim imediatamente. –Não sei qual é o problema aqui para ser sincero, era você que nunca quis que eu ficasse nessa cidade ou perto de você então agora que eu decidi de verdade que não fico aqui, nunca mais você precisa lidar com isso do jeito que achar melhor. Diga adeus para a Elena por mim, não sou bom nisso.

— Mal para você porque eu estou bem atrás de você e quero respostas. Agora olha pra mim e me diga o que está fazendo com essa mala no meio do corredor Damon? –Perguntou Elena em minhas costas com os braços cruzados e expressão fechada. –Espera um segundo, você... Está de brincadeira? Você vai embora de Mystic Falls? Pretendia fazer isso sem se despedir de mim não é mesmo? Damon isso é ridículo nós ainda somos amigos, eu mereço saber dessas coisas e de preferencia que você me conte.

— Desculpe por isso, mas eu não sou bom com despedidas, cuide do Stefan para mim e tente não morrer na minha ausência, por favor. –Falei dando um beijo na testa dela e saindo em direção ao meu carro com lágrimas nos olhos, ter as emoções de volta não estava me ajudando em nada com esse lance de despedida.

Por vários dias fiquei apenas dirigindo sem rumo pelas cidades próximas, tinha estoque de sangue no porta-malas do carro o suficiente para isso, até que ficou cansativo também e decidi parar em Washington, iria me instalar numa pequena cidade chuvosa chamada Forks, era tranquila, sem vampiros, tinha algumas casas perfeitas, e era isso estava na hora de recomeçar minha vida; de novo.

Comprei a melhor casa que encontrei, ficava perto da escola da cidade e do hospital de onde peguei algumas bolsas de sangue o suficiente para me manter bem por semanas – isso também era estranho para alguém como eu que estava acostumado a fazer o que me desse vontade sem me preocupar com regras e limites como Stefan em sua melhor fase, porém eu não queria mais me alimentar dos humanos por algum tempo, comprei roupas novas por ter deixado a maioria em Mystic Falls e também outro carro um pouco mais com o estilo dos que vi pela cidade quando estava chegando, esse era completamente preto, grande, espaçoso e principalmente confortável do jeito que eu gostava. – Mantive, o meu azul na garagem, era meu xodó e eu jamais teria coragem de me desfazer dele. O que eu podia dizer? Podia dizer adeus para a minha cidade, para a minha cada e até para o Stefan, mas para o meu carro não.

Estava entediado demais e isso não era nada bom para os meus nervos então resolvi caminhar pelas ruas de Seattle à noite para conhecer melhor o lugar que chamaria de lar pelos próximos meses, precisava esfriar a cabeça antes que acabasse arrancando a de alguém – e não era no sentido metafórico, e foi exatamente assim que a conheci, ela era um anjo na forma humana com certeza, era aquela que mudou totalmente minha perspectiva de existência.

Isabella Swan era diferente de todas as garotas que eu já havia conhecido da idade dela humana ou vampira, era melhor que todas elas em diversos aspectos, ela era doce, às vezes meio agressiva a julgar pelas roupas que estava usando e o modo como falava com as pessoas a volta dela, porém tinha estilo - estilo inegável, era evidentemente frágil pelo que pude ver em seu rosto e no momento que escutei seu coração acelerado e depois o que vi diante de mim naquele pequeno momento, ela iria ser atacada por dois bêbados idiotas dentro de uma Van sem placa que por alguma razão eu tinha certeza que não era dela – além disso, eu podia ver uma moto rosa aos pedaços alguns metros para frente da confusão toda, então não pensei duas vezes sobre a situação, apenas parei o carro perto deles, quebrei o pescoço dos dois os jogando no chão de qualquer jeito e salvei-a imediatamente daquela confusão, não permitiria que isso acontecesse novamente com ela de maneira alguma. – falando nisso eu jamais a deixaria sozinha de novo, eu não sabia explicar porque isso estava acontecendo, mas embarcaria fundo assim mesmo.

Era evidente que eu estava apaixonado de verdade, após conseguir fazê-la me convidar a entrar na casa dela e quase ser descoberto, decidi que através de uma pequena surpresa que iria preparar no quarto dela iria me declarar e funcionou de uma forma melhor do que imaginei ser realmente possível, e assim passamos o restante da noite, deitados na cama dela, éramos abrigados pela escuridão do quarto e eu havia abrigado ela em meus braços, mas eu sabia que uma hora ela iria atravessar a linha vermelha e eu teria que ser sincero com ela.

— E ai quando vai me contar a verdade sobre o que anda acontecendo com os seus olhos Damon? O que foi? Você não achou mesmo que engoli aquele lance da alergia a luz né? –Perguntou ela agora deitada em meu peito enquanto meus braços envolviam a cintura dela.

— Isabella não tem o que contar, não estou mentindo. –Respondi encarando o teto com desgosto, eu definitivamente não prestava.

— É na verdade eu sei que está mentindo com certeza Damon, seja lá o que for está tudo bem. Damon, por favor, precisa entender que pode confiar em mim agora. –Disse ela puxando meu rosto para baixo com a mão pequena, macia e quente e então apontando para o meu coração. - Você não deixa ninguém entrar aqui por medo de ninguém te entender. Me deixa entrar, me deixa entender o que tem aqui. Por favor.

— Desculpe-me Isa, mas acho que eu não posso continuar a fazer isso, é perigoso e não posso ver você machucada principalmente por mim, sinto muito. –Falei levantando-me e sentando na ponta da cama com lágrimas nos olhos.

Eu era um grande idiota!

— Tudo bem. Que tal se fizermos juntos? Damon olha para mim, você veio até aqui por uma razão maior que o medo que sente de me ferir, fez tudo isso para mim e agora vai desistir por medo de me machucar? Eu não sou de açúcar e você não vai embora até me contar a verdade sobre quem você realmente é por dentro. Agora. –Disse Isabella ajoelhando-se a minha frente com as mãos em meu rosto secando minhas lágrimas antes de juntar nossos lábios lentamente.

— Eu... Eu sou um vampiro Isabella, é isso que eu realmente sou por dentro e o que pode ser a causa de sua morte um dia se eu não tomar cuidado, por isso estava me escondendo de você. –Respondi controlando-me o tempo todo para não fazer algo que eu me arrependa pra sempre. –Ainda acha que pode confiar em mim agora depois dessa?

— Está tudo bem Damon. Pode me mostrar de novo, por favor? –Pediu ela me olhando fixamente,

Espera, ela nao havia entendido o que eu havia dito naquele momento? Bem, ela definitivamente era maluca e para sorte ou azar dela eu também era exatamente do mesmo jeito.

Respirei fundo deixando meu verdadeiro eu vir à tona, esperava por pânico, ela gritando ou no mínimo tentando se afastar, porém Isabella me surpreendeu com um pequeno sorriso ao tocar meu rosto bem devagar, fazendo círculos imaginários sobre as veias saltadas de meus olhos e sob o toque dela todas as terminações nervosas de meu corpo se acalmaram imediatamente e me assustei com essa reação de nós dois.

— Sabia que isso é realmente estranho? –Perguntei sentando no meio da cama puxando-a para que ela senta-se de frente pra mim. –Quer dizer, você nem parece surpresa ou assustada.

— Isso é porque eu não estou. Está tudo bem, não quero que esconda mais nada de mim daqui para frente, eu não sou feita de açúcar Damon. –Disse ela dando-me um selinho, mas quando ela abaixou o rosto rapidamente, seus olhos eram completamente tristes e eu não pude deixar de notar isso.

Havia alguma coisa errada.

— Ei o que você não está me contando? Sem mais segredos lembra? –Perguntei levantando o rosto dela que agora continham algumas lagrimas.

— Meu ex-namorado também é um vampiro, só que de uma espécie um pouquinho diferente de você. –Respondeu ela novamente abaixando o rosto e finalmente entendi que estava pisando em solo perigoso.

— Quer me contar o que aconteceu entre vocês? –Perguntei puxando-a para meu peito devagar e ela balançou a cabeça positivamente.

A meu pedido Isabella me contou em detalhes tudo que havia acontecido, cada palavra e algumas lágrimas dela me atingiram de uma forma estranhamente intensa ao ponto que jurei a mim mesmo que jamais deixaria algo ou alguém machucá-la novamente.

— Isabella olha pra mim, prometo que jamais irei machucar você assim como fizeram, pode confiar em mim e no que sinto sem medo, pois é real e a mais pura verdade já dita por mim em toda minha existência. –Falei sentando, porém sem tira-la de meu colo.

— Promete que posso confiar em você e que não vou me arrepender disso? –Perguntou ela com a voz rouca por conta do tanto que ela já havia chorado.

— Prometo minha princesa. Agora deveria dormir um pouco, estarei bem aqui quando acordar. –Falei sorrindo ao juntar nossos lábios devagar.

Levantei-me com ela nos braços, com uma das mãos puxei o edredom que havia trazido comigo no carro e a coloquei na cama cobrindo-a e na sequência me deitei ao lado dela sobre o edredom fazendo carinho em seus cabelos. Isabella se acomodou mais próximo ao meu peito, segurando um pedacinho da minha camisa, sua respiração aos poucos foi relaxando e logo ela estava dormindo profundamente em minha pele.

Estava mais que óbvio que ali havia acontecido algo forte entre nós dois, não era só mais uma paixonite passageira de adolescente e eu faria qualquer coisa para poder provar isso.

Senti algo queimar de forma prazerosa por dentro de meu peito, era como se meu coração inerte pudesse mesmo voltar a bater como antes e foi ai que me dei conta do que estava acontecendo; eu havia me apaixonado de verdade.

Katherine, Charlotte, Rebekah, Bree, Sage, Caroline, Rose e Elena, nenhumas dessas mulheres, que passaram pela minha vida em 173 anos, fizeram sentido real. Isso porque todas elas conheciam um cara idiota, frio, calculista, estúpido, possessivo e somente Isabella havia realmente conseguido me conhecer a fundo, ela tinha se aprofundado no que eu era encontrado meu equilíbrio e conseguiu tocar minha alma ao ponto de acendê-la de novo.

Acordei ao som de “Bom Jovi: It´s My Life” e sorri ao sentir os lábios macios com sabor de cereja de Isabella em contato com os meus, depois um feixe de sol me atingiu obrigando-me a cobrir o rosto com o travesseiro e resmungar.

— Que horas são agora Isabella? –Perguntei de má vontade, meio sonolento, sem remover o travesseiro do rosto.

— Esquece, pode voltar a dormir. Perdemos a hora pelo menos 34 minutos. –Respondeu ela puxando o travesseiro devagar e novamente juntando nossos lábios num beijo um pouco mais quente.

— Legal, estava mesmo pensando em algumas coisas que podíamos fazer hoje depois da escola, podemos ir mais cedo e assim teremos mais tempo para ficar juntos. –Falei com um pequeno sorriso malicioso abrindo os olhos devagar, eu estava com preguiça.

— Jura? E será que eu poderia saber o que é? –Perguntou ela ainda ao meu lado evidentemente curiosa.

— Claro, eu queria te levar pra conhecer minha casa, de lá iremos ao shopping ver um filme, fazer algumas compras para você, olhar vitrines se você quiser. Coisas desse tipo. –Falei acariciando o rosto dela com as costas da mão.

— Parece uma ótima ideia Salvatore, tomo banho e me arrumo em 30 minutos para sairmos. –Disse ela animada ao se levantar, pegar um roupão, uma toalha e uma bolsinha pequena com todo tipo de coisa que mulher costuma usar e entrar no banheiro do quarto.

Levantei-me rapidamente no momento que ela entrou no banheiro cantarolando “Taylor Swift: You Belong With Me” e sorri ao começar a arrumar a cama, porém nisso acabei arrumando todo o quarto. Terminei quando Isa saiu do banheiro vestindo um roupão roxo e sorri ao puxá-la pela cintura até a cama.

— Espero que não pense que sou um maníaco ou coisa parecida, mas preciso que preste atenção em algumas coisas agora que é minha namorada. –Falei pegando um caixinha de madeira em minha mochila.

— Não faço ideia do que tem pra me dizer, porém vou prestar o máximo de atenção que puder. –Respondeu ela fazendo careta, mas levando-me a sério.

— Eu trouxe uma planta chamada “verbena”, presta atenção no que vou dizer sobre ela porque é importante. –Falei e ela balançou a cabeça positivamente, coloquei uma luva, abri a caixa retirando o conteúdo dela e comecei com a explicação que definiria a segurança dela quando eu não estivesse por perto para fazer isso. -Eu trouxe essa planta em vários estados diferentes, tem em forma líquida, a planta, algumas sementes para que você plante e tenha sempre em mãos, têm dentro de algumas pulseiras e colares, se você estiver usando ou ingerindo isso minha espécie de vampiro não pode controlar sua mente.

Passamos mais algum tempo conversando sobre vampiros, trocando o máximo de informações sobre tudo isso, falamos até das espécies de lobos que conhecíamos depois ela me pediu licença para ir ao banheiro e eu sorri prometendo estar bem ali quando ela voltasse.

 Algum tempo depois ouvi um barulho alto no corredor que me fez literalmente pular da cama a encontrei, sentada no chão com a cabeça entre os joelhos, agachei na frente dela esperando alguma reação, mas não houve nada ela realmente não parecia muito bem.

Consegui colocá-la em meus braços com facilidade por ser quem era, retornei ao quarto onde a coloquei bem devagar na cama e antes que pudesse entender o que havia de errado ouvi outra porta ser aberta no corredor assustando-me.

Esperai que horas eram mesmo? O que o pai dela fazia em casa de manhã? Tive que sair pela janela para não ser visto e criar problemas, digamos que o pai dela ainda não sabia da gente e eu já estava dando verbena para ele há algum tempo.

Os minutos pareciam uma eternidade, eu estava em casa arrumando algumas coisas do tipo roupas que havia comprado e até algumas de Isabella que eu havia comprado e deixado para qyando e falando nela eu estava praticamente quando ela viesse para com. Olhei pela sétima vez para o meu celular sobre a cômoda e ainda não havia recebido uma única mensagem dela e... Finalmente uma mensagem dela que havia apenas o meu mome e três pontinhos, porém resolvi ligar para ela, tinha que ouvir a voz dela pra me acalmar um pouco.

— Oi meu amor, como você está se sentindo? –Perguntei assim que ela atendeu, senti um alivio no peito e suspirei baixinho.

— Estou bem, minha pressão cai quando estou “naqueles dias”. –Disse ela em voz baixa, ela parecia meio fraca na verdade. Eu tinha que fazer alguma coisa quanto a isso, ela era minha prioridade.

— Vou passar a noite com você hoje e qualquer coisa te levo no hospital, não vai gostar da outra opção mesmo. –Falei colocando no modo de viva voz para poder me trocar com mais rapidez.

— E qual seria a outra opção? –Perguntou ela obviamente ficando curiosa.

— Sabia que iria perguntar isso, sangue de vampiro da minha espécie tem poderes curativos dependendo das condições que ele tiver que agir. –Expliquei agora vestindo minha habitual roupa preta.

— Interessante. Meu pai ainda está aqui, vai ter que passar por ele se quiser me ver hoje bonitão. –Disse ela aparentemente temerosa.

— Moleza, uma hora o chefe Swan vai ter que conhecer seu “novo” namorado. –Respondi rindo um pouco, isso seria divertido.

— Vou esconder as balas da arma dele por precaução e não gostei dessa definição para “novo”, você é o único namorado que já tive. –Disse ela rindo fracamente.

— Isabella a bobinha. Mas até que faz algum sentido, quer dizer levar um tiro com balas de ferro realmente dói um pouco, mas não machuca de verdade, a menos que as balas forem feitas de madeira, isso sim dói bastante em um vampiro. –Respondi entrando em meu carro. –Bebê agora eu vou ter que desligar, eu estou usando meu outro carro. Falo com você quando chegar ai.

Desliguei o celular com um pequeno sorriso e enquanto dirigia comecei a pensar sobre estar na hora de dizer e ela algo simples, porém que definiria exatamente o que sinto quando estou com ela. Estacionei o carro no meio fio, fui até a varanda batendo na porta três vezes, Isabella abriu, puxando-me para o rol de entrada dando-me um selinho.

— Descarregou a arma dele? –Perguntei contra os lábios dela envolvendo sua cintura com meus braços criando uma proteção para ela.

— Sem graça, vamos entrar antes que ele venha até nós e faça uma cena. –Respondeu ela soltando-se de mim e me puxando para a sala. –Pai, eu quero que conheça alguém especial, esse é Damon Salvatore, meu namorado.

— É um prazer em conhecê-lo senhor, obrigado por me receber em sua casa. –Falei estendendo a mão; mantendo a outra na cintura que Isa, podia sentir o coração dela martelando de medo e quase ri disso.

— Salvatore é? Sobrenome de família Italiana, você não é daqui, ou é? –Perguntou Charlie apertando minha mão com um sorriso.

— Nascido não, na verdade me mudei a poucas semanas pra essa cidade, senhor. Na verdade nasci na Itália, me mudei pra Virginia em minha adolescência por causa dos meus pais que por serem militares viajavam demais, mas depois que eles morreram fiquei por lá cuidando do meu irmão mais novo e ai brigamos recentemente e resolvi dar um tempo longe e conheci sua filha na... Escola quando pedi transferência pra cá. –Respondi quando sentamos no sofá da sala; Charlie na poltrona, Isa e eu no sofá de dois lugares.

— Vocês estão no mesmo ano? –Perguntou ele agora um tanto desconfiado.

— Sim, eu tenho 18. –Falei naturalmente e Isa apertou discretamente minha cintura, suspirando pesadamente.

Charlie pareceu espantado e nos contou que havia sido transferido de unidade, iria comandar uma base na Virgínia junto com Elizabeth Forbes, e se eu não estivesse sentado com certeza teria caído.

Continuamos uma conversa descontraída, fiz o jantar pra eles. – macarrão com molho Italiano e uma lasanha de quatro queijos, depois Isa lavou a louça e eu sequei em silêncio, à noite levei meu carro pra casa para não levantar provas e depois voltei para poder cuidar de Isabella como havia prometido.

— Você está bem Damon? –Perguntou ela me beijando após um tempo que já estávamos deitados na cama do quarto dela.

— Perdão? –Perguntei agora realmente prestando atenção nela.

— Damon porque nunca me contou que tinha um irmão mais novo e uma vida em Virgínia? –Perguntou ela sentando no meio da cama para poder ver meus olhos.

— Desculpe por isso, sei que prometi que não haveria mais segredos entre nós. E só que entre mim e Stefan há sempre uma espécie de muro envolvendo nosso passado com Katherine, eu já te falei sobre ela e depois com a atual namorada dele que era a copia, e por conta disso não gostamos muito de falar um do outo. –Respondi abraçando-a por traz, puxando-a para que apoiasse as costas em meu peito.

— Calma, vai dar tudo certo Damon. E eu vou cuidar de você o tempo todo se for necessário, prometo. –Disse ela me beijando levemente.

— É tão bom ouvir isso, obrigado por tudo Isabella. –Agradeci apertando-a levemente em meus braços.

— Você é parte da minha alma, também posso cuidar de você agora. –Disse ela encarando-me com aqueles olhos cor chocolate que me faziam pirar.

— Eu te amo. –Respondi beijando-a novamente, só que dessa vez foi diferente, havia algo há mais no momento.

— Eu te amo. –Replicou ela sorrindo torto, imediatamente corando de vergonha e ao mesmo tempo senti uma lagrima dela em meu rosto.

— Isso é o que basta pra mim. –Falei puxando o rosto dela para poder beija-la. –Agora, tente dormir, minha doce alma de criança com força de mulher.

Ela sorriu novamente ao deitar em meu peito de olhos fechados, puxei a manta para cobri-la certificando-me que ela ficaria quente, depois permaneci assim, olhando-a tão serena, tão linda, aquele anjo era inteiramente meu da mesma forma que eu seria somente dela pelo tempo que ela quisesse muito embora eu torcesse para que pudesse ser para sempre, ela era minha alma, tudo o que eu precisava para me sentir mais vivo todos os dias, Isabella era minha humanidade.

Era incrível e estranho ver como as coisas estavam dando certo pra mim após quase 170 anos perdido, não sabia qual era meu objetivo e agora que havia entendido faria o possível para ser diferente, era ao lado daquela garota que eu estava me transformando, estávamos mudando todas as regras do velho jogo...

“Um mês depois em Mystic Falls, Virgínia...”.

Estar em casa novamente me deu uma sensação única e estranha, essa era completamente diferente comparada com a última vez que resolvi voltar pra casa e atormentar o meu irmão, pra começar dessa vez eu estava realmente feliz por estar em casa e poder rever meu irmão, Elena e todas as outras pessoas que eu conhecia aqui, provavelmente isso se dava por conta de que eu estava abraçando a pessoa mais pura, inocente, encantadora e perfeita do “meu” universo particular que era sem dúvida totalmente voltado para ela, Isabella Marie Swan.

A viagem era longa, por um milagre Charlie concordou em deixar Isabella viajar de carro comigo; ele usaria um avião, pois tinha que estar lá na bem cedo para conversar sobre algumas coisas com a Xerife Forbes, por fim mandei a maioria das minhas coisas e as dela no avião junto com as de Charlie para ganhar tempo, o caminho até lá foi agradável, estávamos sorrindo o tempo todo, uma de nossas mãos juntas no banco, às vezes trocávamos olhares, às vezes eram palavras.

Eu sabia que ela estava cansada, até insisti várias vezes para que ela fosse para o banco de trás e dormisse um pouco, havia trazido alguns travesseiros, uma manta nova azul oceanos que havia comprado especialmente pra ela, pois segundo o que a ouvi dizer durante o sono lembrava a cor de meus olhos, mas Isabella sabia ser teimosa quando queria então por um longo tempo aguentou firme e depois fui obrigado a parar no acostamento para colocá-la no banco de trás ou acabaria ficando mais dolorida que o necessário por dormir sentada, vez ou outra eu encarava os bancos de trás para olha-la, ela ficava murmurando meu nome e isso era engraçado.

Chegamos de manhã bem cedo, Isa estava completamente acordada e estava pasma pelo tamanho de minha casa assim que estacionei perto da entrada de carros, eu apenas sorri com isso e afirmei que ela ainda não havia visto nada, era bem maior do que realmente parecia ser.

Stefan saiu pela porta da frente quando descemos do carro e a princípio pensei que fosse para brigar comigo, mas então ele me comprimento naturalmente, rapidamente olhando Isabella, na verdade ele dissera que estava atrasado para buscar Elena que havia dormido na casa de Caroline, concordei com um acenar da cabeça e apontei a porta para que Isa entrasse primeiro em casa.

— Ah meu Deus! –Disse Isabella paralisando no meio da sala com ar de espanto e eu sorri dessa reação. –Isso é demais, ele lugar é...

— Eu sei o que você está pensando; um exagero. Um dia você se acostuma, eu prometo. –Falei puxando-a pela cintura.

— E vocês morram aqui sozinhos? –Perguntou ela com curiosidade e principalmente espanto, digamos que minha casa não era muito pequena.

— Sim, essa casa era uma antiga pensão da cidade e ao longo dos anos acabou ficando só pra mim e o meu irmão. – Expliquei apontando para a escada, queria que ela visse todo o resto.

— Tem que ter muita coragem pra morar num lugar tão grande desses, chega a ser um pouco assustador se parar pra pensar a respeito, quer dizer todo filme de terror tem uma casa linda e enorme. –Disse ela quando entramos em meu quarto.

— A única coisa perigosa aqui sou eu. –Falei num tom malicioso ao pegá-la pela cintura colocando-a de cabeça pra baixo em meu ombro ao joga-la na cama devagar e ficando por cima dela apoiando meu peso em meus cotovelos.

— Às vezes é você que me dá medo. –Disse ela entrelaçando os dois braços em meu pescoço rapidamente.

— Está falando sério? –Perguntei travando sobre ela ficando preocupado.

— Deixe-me pensar a respeito... É claro que não seu bobo, eu nunca teria medo. –Disse ela virando o corpo para poder ficar sobre mim, depois levantou puxando um travesseiro com o qual me acertou de leve na barriga e riu como uma criança. –Mas você devia ter medo de mim.

— Espera! Isso é uma guerra? Legal, mas fique você sabendo que esse jogo é pra dois, Isabella. –Falei pegando outro travesseiro acertando-a nas costas.

Ficamos brincando de guerra de travesseiros por vários minutos, e provavelmente a brincadeira teria continuado por horas se os três travesseiros não tivessem explodido e espalhado penas de ganso por todo o quarto. Ela me olhou envergonhada pela situação, e eu só conseguia dar risada, porém antes que ela pudesse pensar em se desculpar pela bagunça falei que estava tudo bem, sorri novamente ao beijá-la e após tirá-la do quarto deixando-a na cozinha fazendo um lanche fui limpar tudo aquilo, o que obviamente não durou muito, depois desci certificando-me que ela estava bem, ela se assustou com minha chegada, me desculpe dando-lhe um selinho, eu não estava fazendo de propósito, roubei um pedaço da omelete do prato dela que se surpreendeu ao notar que eu podia comer comida humana, ficamos conversando por mais algum tempo e depois novamente subi ao meu quarto para tomar banho que devido à longa viagem era de extrema necessidade.

Nada tiraria Isabella de mim agora que estávamos assim juntos como um só, eu a amava mais que minha própria vida, isso era o que realmente importava para mim, tudo bem que eu já havia parrado para pensar em nosso futuro daqui a alguns anos; é claro que pensei nisso várias vezes em minha vida.

No entanto a decisão final com relação a isso não caberia a mim de maneira alguma, jamais me envolveria com ela para forçá-la a fazer algo desse tipo; digamos que viver para sempre não é exatamente a melhor coisa que se pode acontecer com alguém, o tempo não significa nada, você fica literalmente parado dentro de si mesmo e como se nada pudesse ser pior em alguns anos, todas aquelas pessoas, que você conheceu, que conviveu, elas simplesmente envelhecem, definham e depois morrem. Mesmo que eu estivesse fadado a viver isso eu não colocaria Isabella contra a parede para que ela aceitasse ser uma vampira, isso não aconteceria por egoísmo, ou por mim.

Enfim, eu estava pronto para o meu destino, não me arrependeria de nenhuma das escolhas que me fizeram conhece-la, que me tornaram dela e vice-versa, ambos merecíamos ser felizes e se tivéssemos que estar juntos para isso acontecer, era exatamente isso que nos manteria juntos, nosso amor inquebrável, nossos planos infinitos para o futuro que queríamos formar juntos, nossas almas conectadas como se fossem apenas uma.


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