A Falsa Lealdade escrita por Lari Teefey, Indignado Secreto de Natal


Capítulo 6
Um brinde ao amor


Notas iniciais do capítulo

Eu decidi deixar um fim meio que aberto pois Sirius e Bella resolveram que seria desse jeito. Eles que mandam!



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Ela piscou várias vezes antes de se acostumar a súbita claridade que preencheu o quarto. Imediatamente pousou a mão na testa, e franziu o cenho ao sentir uma pitada de dor. Desistiu de tentar lutar contra o que quer que fosse, a sua cabeça pendeu para o lado direito. E foi quando ela viu a porta do seu antigo quarto, e então todas as lembranças vieram como uma flecha. Sentou-se na cama com um só piscar de olhos, e então uma movimentação no seu lado esquerdo a alertou.

O velho homem com óculos meia lua se afastou da janela e caminhou calmamente até sua direção.

— Não tem medo de morrer, velho? — ela resmungou, tirando com violência o lençol branco que impedia que se levantasse. Dumbledore estava ali há quanto tempo? Ficara a vigiando?

Ele riu e se sentou confortável numa poltrona perto da cama e a olhou com curiosidade.

— Não, na verdade não. Eu já vivi mais do que poderia pedir, de qualquer forma.

Ela revirou os olhos para o sarcasmo fora de hora. Tudo que menos precisava agora era de alguém a importunando.

— Sirius está se recuperando perfeitamente bem, para espanto de todos — ele proferiu, sem ela ter perguntado absolutamente nada. — Convocamos sua irmã, Andrômeda. Uma medbruxa de excelente confiança para que pudesse tratar dele, e de você também.

A espinha de Bellatrix se arrepiou toda quando ela ouviu isso. Pensar nas mãos delicadas da irmã cuidando da mulher que tentara machucar sua filha.

— Já estávamos ficando preocupados com a demora para sua recuperação, então decidimos induzir com alguns medicamentos, autorizados pela sua irmã. Espero que não se importe.

— Quando tempo eu dormi?

— Um mês e dezenove dias. — uma voz masculina mais jovem soprou por detrás dela. — E tecnicamente você não dormiu, estava desacordada, em cima.

Foi inevitável não virar para trás. Sirius estava realmente se recuperando muito bem. Já era possível ver um possível ganho de peso, suas bochechas estavam menos magras e ele parecia estar mais atento. Ela teve que tirar um momento para si e assim poderia respirar devidamente, porém, parece que esse momento durou muito e Dumbledore se levantou.

— Vou deixá-los a sós. Vocês precisam desse momento.

Ele saiu da sala, e, como ela esperava, foi ele que quebrou o silêncio.

— Então, você está de volta. — a voz dele soou amarga. — Na verdade, não sei como reagir. Quer dizer, você ficou muito tempo como comensal para quem só iria tirar algumas informações. E saiu do controle de Dumbledore. Duas vezes.

— Eu não vou falar sobre isso, Sirius. Não agora, e nem estou pensando em falar.

— É claro que você não vai falar! — ele a olhou profundamente. — Acredito que… bem, conhecer de verdade um ao outro pode ser um melhor… remédio. E antes que fale algo, agradeço por ter se arriscado e me tirado daquele maldito véu. Achei que fosse condenado para sempre a aturar minha família.

Ela não o respondeu. Não tinha o quê. Sirius lhe estendeu a mão.

— Mas ainda acredito que um natal a fará bem. O pessoal lá em baixo não é muito, só eu, Remus e você. O que acha?

Ela não segurou em sua mão, mas caminhou ao seu lado, para o seu primeiro natal com pessoas que nunca pensou que passaria. E ali estava o começo de algo totalmente bem planejado.

Algo que Dumbledore aprovou. Snape derramou a falsa poção no seu caldeirão particular, dando um sorriso de aprovação ao diretor logo em seguida. Dumbledore percebeu então que ele e Snape compartilhavam muitos segredos.

Sirius estava se saindo bem no seu novo papel.


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