P.O.V. Aro.

Ela veio me falar.

—Pois não?

—Vocês encontraram os corpos?

—Sim.

—Quero sua permissão para lacrar o Castelo.

—Lacrar?

—Uma barreira para impedir que os espíritos escapem. Assim vamos mandar todos embora. E nenhum vai fugir.

—Como funciona essa barreira exatamente?

—Como uma gaiola, na verdade seria mais tipo um campo de força. Só que tem um efeito colateral.

—Que seria?

—Nada morto sai daqui. O que significa que... 

—Estaremos presos aqui junto com eles.

—Exatamente.

—E porque deveríamos concordar com isso?

—Porque é a única chance que temos. Eles não vão parar por nada, suas forças e armas são inúteis, esse é o jeito se você quiser ter ao menos uma chance de sobreviver á essa longa noite.

—Muito bem.

—Aro!

—Ele é mais esperto que você. Eu vou trocar de roupa, acender uma fogueira e começar a lacrar o Castelo.

—Vá com ela Alec.

—Posso ao menos trocar de roupa primeiro?

P.O.V. Alec.

Ela saiu do quarto usando um vestido branco de linho e o cabelo estava com duas tranças interligadas.

—Pronto.

—Madeira?

—Madeira de Yule. Vou usar como bloqueio.

Fomos para o pátio e ela fez uma fogueira.

—Incendea.

O fogo acendeu.

—Nossa!

—Shh.

Ela começou a recitar o tal feitiço e cortou a própria mão várias vezes, colocando o sangue numa vasilha.

—Um sabonete?

—A pedra da lua tem que ser aquecida, ela é usada para marcar os aflitos. O feitiço é atado á pedra. Vai marcar as palmas das duas mãos, as solas dos dois pés e bloquear a visão do chacra do terceiro olho.

 -E?

—Um aviso. Vocês não podem desmaiar ou parar de respirar, sério. Não desmaiem ou parem de respirar. Avise a todos os vampiros. Agora.

—E porque pararíamos de respirar ou desmaiaríamos?

—Porque vai doer. Muito. Agora vai.

Depois de avisar os outros eu voltei e ela recomeçou a recitar o feitiço, movia as mãos sob a fogueira, mergulhou a pedra no sangue fervendo, levou-a para um pentagrama em chamas, colocou a pedra banhada em sangue naquele fogo.

—Respire e não desmaie.

—O que?

Senti ela colocar a pedra fervendo na minha testa. Nossa como doeu.

—Acabou. Considere-se preso. E bem na hora, porque o Solstício acaba de começar.

Foi uma luta árdua, mas conseguimos queimar todos os cadáveres e mandar os espíritos embora.

—Conseguimos.

—Não. Eu consegui.

Os guardas foram chacinados e logo estávamos cercados por criaturas que eu nunca vi.

—Mestres, conheçam a minha prole. Minha prole, conheçam os Mestres.

Os guardas mais bem treinados agonizaram por horas até finalmente morrerem.

—O que é isso?

A híbrida sorriu malignamente para Aro e usou sua própria fala contra ele.

—Isso, meu querido são híbridos. A magia os fez vampiros, mas eles nasceram lobisomens. Sua mordida é absolutamente letal para os puro sangues. Alucinações horríveis, demência, febre e morte.

—Jane.

—Dor.

As criaturas nem se moveram.

—Oh, desculpe Jane, mas eu bloqueei o seu Poder.

—O que?!

—É muito simples, o seu dom ainda está dentro de você, mas com o feitiço de ontem á noite, eu tranquei ele. Te impedindo de acessá-lo. Eu o suprimi.

—Agora, minhas crianças tragam o Caius pra mim. Vivo e nada de morder. Por enquanto.

Ela nos enganou. Nos passou a perna.

Os híbridos arrastaram o Mestre Caius até uma piscina de água negra que estava cercada de velas.

Ela colocou o Mestre Caius para dormir. E pegou uma faca.

—Podemos começar? Vamos nos divertir tanto juntos.