Kapherazen: Através da fronteira escrita por kagomechan


Capítulo 3
Paz e esperança


Notas iniciais do capítulo

CREEMDEUSPAITODOPODEROSO! Consegui terminar à tempo!!! uhuul



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A noite passou com tranquilidade até que Minna foi acordada pelo canto dos passarinhos. Com preguiça, ela sentou-se em sua cama e se espreguiçou. Por alguns minutos ficou parada na cama, tentando criar coragem para se levantar. Quando a encontrou, seus pés tocaram delicadamente o chão frio e então rumaram para seu banheiro, já reconhecia seu quarto muito bem. Depois de resolver tudo que tinha à resolver ali, saiu de seu quarto com a mão na parede e lentamente desceu as escadas rumo à cozinha.

Na cozinha, foi recebida pelo cheiro forte e nada agradável de sua irmã preparando algum remédio que não sabia bem dizer qual era. Passou despercebido para Minna o olhar rápido e sem sentimentos que sua irmã lhe lançou antes de falar:

— Acordou tarde hoje. - disse Birla, a irmã de Minna - Dormiu tarde de novo?

— Acho que estou com um pouco de insônia recentemente - justificou Minna sabendo muito bem que o culpado era um certo elfo e suas visitas noturnas.

— Uhum.. - resmungou Birla enquanto Minna tateava a mesa atrás do prato com bolo que sempre estava presente nela só que com bolos de diferentes sabores -  Vou passar quase o dia inteiro fora. Não espere por mim.

— Ok. - respondeu Minna.

Isso era normalmente o máximo de diálogos pacíficos que as duas trocavam. Minna não iria admitir em voz alta, mas gostava da tranquilidade dos dias nos quais Birla não estava em casa. Assim, depois de comer, passou um bom tempo imersa na total tranquilidade. Leu algumas páginas do livro que Ryfon tinha trago por último e então saiu para o jardim para pegar um ar e aproveitar o canto dos pássaros.

Enquanto Minna estava do lado de fora, a vizinha passou perto. A vizinha, uma senhora gordinha de sorriso gentil mas muito fofoqueira, abriu uma leve expressão de surpresa ao notar a garota ali sentada sozinha em casa.

— Ora Minna, achei que estivesse com sua irmã no muro - disse a vizinha.

— N-Não… Porquê ela estaria no muro? - perguntou Minna.

— Não ficou sabendo então? - disse a vizinha soltando um suspiro - Encontraram Harvey desmaiado e sangrando perto do muro alguns minutos atrás. Fiquei sabendo que sua irmã foi correndo para lá.

— Harvey? Tem certeza?! - perguntou Minna.

— Sim. Certeza total. Parece que foi atacado por um elfo que tentou atravessar o muro ontem de noite. Imagina se esse bicho passou!?! Que horror! Espero que tenha voltado para o lado dele. - disse a vizinha cuspindo no chão - Bando de criaturas repugnantes.

O coração de Minna começou à bater mais rápido e tal nervosismo foi refletido em sua mão agarrando o tecido da roupa sobre seu coração. As peças rapidamente se juntaram na sua cabeça. Harvey era um amigo de longa data de sua irmã. Não chegava a ser namorado, afinal, Harvey namorava outra amiga de longa data de Birla, uma garota loira chamada Cecile. Mas, de toda forma, imaginava que Birla estivesse bem desesperada agora. Provavelmente Harvey foi encontrado depois que Birla saiu de casa, a julgar pela calma dela no café da manhã. Claro, outra peça que se juntou na cabeça de Minna era a identidade do tal elfo que passou pelo muro. Apostaria todas as moedinhas de seu cofrinho de que foi Ryfon. Bem sabia que Ryfon era obrigado a lidar com situações no mínimo complicadas ou perigosas para poder lhe visitar. E algumas vezes, raras, não conseguia ser tão discreto quanto queria e era obrigado a enfrentar algum sentinela, mas sempre evitava os matar ou ferir gravemente.

Minna mordeu o lábio nervosa. Queria ir até onde a irmã estava para ajudar e ver se estava tudo bem. Ou melhor, para tentar ajudar, sabia como às vezes atrapalhava mais do que ajudava. Do lado de fora da casa, Minna esperou e esperou. Até que o frio vindo das montanhas ao norte, da terra dos elfos, fez com que ela entrasse dentro de casa mas seguisse esperando sentada no sofá. A garota não sabia bem que horas eram quando ouviu a porta se abrir.

— Birla? - perguntou Minna ao se levantar do sofá.

— Hey - disse Birla.

O cheiro de álcool que saiu de Birla logo chegou até o nariz de Minna fazendo a garota torcer o nariz enquanto a irmã se aproximava dela a passos trôpegos. Claramente bêbada, Birla foi até Minna e tocou em seus ombros.

— Ouvi do Harvey, ele está bem? - perguntou Minna notando que a irmã estava bêbada.

— Vai sobreviver - respondeu Birla terminando a frase com um soluço.

— Que bom… - disse Minna aliviada.

— Mas… - disse Birla apertando as bochechas da irmã com uma de suas mãos - Se você não fosse tão incompetente a ponto de não conseguir andar pela vila sozinha, teria conseguido me ajudar!

— De que adiantaria? - reclamou Minna se livrando das mãos da irmã - Mesmo quando eu tento ajudar você só sabe ficar reclamando e me menosprezando! Exatamente como você acabou de fazer!

— Pff.. - disse Birla bêbada e soltando uma risada enquanto, com o corpo mole, quase caía no chão.

— Não faça “pff” pra mim! Não é minha culpa eu ter nascido cega! Eu tento… tento tanto.. me dar bem com você assim como mamãe e papai iriam querer, e tudo o que você faz é me dar patada!

— Não ouse falar deles! - reclamou Birla já ficando alterada enquanto apontava o dedo indicador para a cara da irmã - Se você não tivesse nascido, mamãe não teria morrido de dando a luz! Você não sabe nada… NADA… sobre ela para falar como se a conhecesse!

Minna sentia as lágrimas enchendo os olhos dela. Sem pensar duas vezes, ela deu as costas para a irmã e seguiu para seu quarto. Minna imediatamente se trancou no quarto ao passo que sua irmã começou à bater insistentemente na porta querendo entrar. Contudo, Minna ignorou completamente as tentativas da irmã de entrar em seu quarto.  Com lágrimas escorrendo nos olhos, Minna tateou seu armário atrás de sua mochila fungando o nariz com tristeza.

Com a mochila em mãos e aos sons de sua irmã batendo na porta, ela se agachou ao lado de sua cama e apalpou o chão em busca da mesma esfera mágica que tinha usado para falar com Ryfon no dia anterior.

— Ryfon? - sussurrou a garota tocando delicadamente na esfera.

— COM QUEM ESTÁ FALANDO? - gritou sua irmã.

Ignorando a irmã, Minna esperou por alguns minutos a resposta. O coração pesado não queria pensar em sua decisão mais demoradamente, pois sabia que se arrependeria se mudasse de ideia.

— Hey… - respondeu a voz de Ryfon pela esfera.

— Hey. - disse ela com a voz triste.

— Hum… está tudo bem? - perguntou Ryfon.

— Não está planejando vir aqui hoje, está? - perguntou Minna.

— COMO RAIOS ESTÁ FALANDO COM OUTRA PESSOA DAÍ!? - exclamou Birla. As duas sabiam muito bem que apenas magia poderia abrir comunicação entre as pessoas. Minna torcia para que Birla estivesse bêbada o suficiente para não notar isso ou decidir deportar ela para o líder do vilarejo. Afinal, caso isso acontecesse, as consequências por utilizar magia seriam severas.

— Isso é sua irmã gritando? - perguntou Ryfon - O que está acontecendo? Eu não pretendia ir aí hoje, pois duas vezes seguidas é meio complicado… mas posso tentar dar um jeito. O que houve?

— Acho que vou acertar sua oferta… - disse Minna fungando sentindo as lágrimas rolarem pelo seu rosto até pingarem no chão - Por favor, não demore.

— Vou o mais rápido que conseguir - prometeu Ryfon.

A temperatura da esfera abaixando foi a prova de que ele tinha soltado o objeto e estava provavelmente a caminho.

Minna não sabia se era uma decisão apressada demais que estava tomando. Mas, mesmo assim, continuou a juntar suas coisas dentro da sua mochila. Não era uma tarefa muito fácil. Não tinha tanto espaço assim para as coisas. Mesmo se usasse os bolsos do casaco que agora pegava no guarda-roupa e vestia, ainda teria que abrir mão de muitas coisas. Podia não saber ainda se a decisão era certa, mas de uma coisa tinha certeza, não aguentava mais passar um dia dentro daquela casa sem poder fazer nada, experimentar nada e sem se sentir capaz.

Ainda podia ouvir a voz de sua irmã quando ouviu o sinal de Ryfon na sua janela como sempre. Enquanto Birla, sentada contra a parede, murmurava coisas sem sentido, Minna abria a janela para o elfo entrar. Ao entrar, Ryfon olhou rapidamente para a porta e então para Minna notando as lágrimas que escorriam pelo seu rosto. Mal os pés do elfo tocaram o chão e a garota já foi estendendo os braços em busca de seu abraço. Ele prontamente atendeu ao pedido mas permaneceu quieto perguntando-se se era seguro falar com a irmão dela tão perto.

— E-Ela está bêbada.. - soluçou Minna.

— Você tem certeza disso? - perguntou Ryfon limpando as lágrimas dela com a mão - Não da bebedeira… digo… de ir embora daqui.

— E-Eu não sei… talvez… é difícil - disse Minna - Eu ao menos tenho certeza que passar um tempo longe daqui seria muito bom. Eu quero tentar viver por conta própria. Realmente me sentir útil um pouco e não… ficar com alguém que só fica me botando pra baixo. Queria realmente tentar viver. Aprender algo que posso fazer e talvez chamar de profissão, quem sabe? Conhecer um pouco mais o mundo fora desse vilarejo…

— Parece ser uma sequência de motivos bem válidos.

— E… outra coisa… por acaso encontrou algum sentinela ontem depois de ir embora? - perguntou ela mordendo o lábio.

— Não… - disse ele - Mas ouvi falar que acharam um humano tentando atravessar a fronteira e mandaram ele de volta.

— Verdade? - perguntou ela.

— Sim.. porquê pergunta isso?

— É que acharam um sentinela hoje ferido e a história dele, aparentemente, é que ele foi atacado por um elfo tentando passar.

— Eu não estava de vigília ontem, como bem sabe, já que estava aqui. Mas até onde sei, nenhum elfo tem a intenção de atravessar a fronteira. Quer dizer, tirando eu. E a volta ontem foi tranquila. Eu teria te avisado quando cheguei em casa, que nem fiz da vezes que não consegui ser tão discreto.

— Bem, isso não é importante de toda forma. Ou eu acho que não… - disse Minna.

Com as conversas já feitas, os dois seguiram arrumando as coisas dela já que agora tinham bolsos a mais para usar. Do lado de fora do quarto, podiam ouvir a irmã de Minna roncando ao dormir contra a porta.

Diante do casal surgiu o primeiro desafio da fuga, o pulo pela janela. Com a mochila de Minna nas costas, Ryfon sentou-se na janela para analisar o melhor jeito de proceder com a situação. Delicadamente, ele estendeu o braço pegando em suas mãos as pequeninas mãos de Minna e lentamente puxou-a para frente. Era claro pela expressão dela que ela estava com medo.

— Calma - disse ele - Vai dar tudo certo. Já fiz esse pulo várias vezes lembra?

— É, mas não com tanta carga - disse ela.

— Não vou deixar você se machucar. - garantiu ele.

Com agilidade e cuidado, ele segurou Minna em seus braços e ela se segurou em seu pescoço com firmeza. Ela não queria pensar em nada depois que parou de sentir o chão do próprio quarto sob seus pés. Até que, com uma profunda inspiração seguida de expiração, Ryfon tomou impulso e pulou da janela. Não foi o melhor nem o mais gracioso de seus saltos, mas, pelo menos, foi o suficiente para ambos chegarem inteiros no chão, mesmo que Ryfon tenha dado dois pequenos para frente e para trás para impedir que Minna caísse devido à uma breve falta de equilíbrio. Notando que a garota ainda se segurava fortemente nele com olhos fechados, ele achou melhor avisar ela que a parte da janela tinha passado.

— Hey… tá tudo bem. Já estamos no seu jardim.

— S-Sério? - perguntou Minna ansiosa abrindo os olhos e mas não afrouxando suas mãos no pescoço.

— Sim. Está tudo bem. Agora temos que sair rápido da vila. - disse Ryfon.

Com certeza uma escapadela da vila carregando uma pessoa a mais seria bem mais difícil do que se estivesse sozinho. Por questões de praticidade, ele achou melhor continuar carregando a garota. Não queria ter que se preocupar quanto o que aconteceria se ela tropeçasse ou soltasse sua mão. Assim, não tão rápido como sempre, o elfo correu usando a proteção da escuridão para fazer de sua fuga menos perceptiva.

O vestido azulado de Minna esvoaçava com o vento e a corrida do elfo que, correndo de um lado para o outro aproveitando-se também das árvores e de muros, Ryfon e Minna conseguiram chegar até o muro que, bem mais alto, pouco tinha a ver com o muro que ele tinha atravessado quando criança.

— Espere um pouco - disse ele botando Minna no chão.

— HEY! - gritou uma voz além, um sentinela - QUEM ESTÁ AÍ?!

— Droga! - reclamou Ryfon que apressadamente fazia raízes crescerem no chão para que ele pudesse pular por cima do muro com Minna. - ELLUIN, VOCÊ TÁ AÍ?!

— TÔ INDO! TÔ INDO! - respondeu o elfo do outro lado correndo - Não acredito que estamos fazendo mesmo isso.

— Ai não… - resmungou Minna.

— HEY! ALGUÉM! - gritava o sentinela - TEM UM ELFO SEQUESTRANDO UMA GAROTA!

— Rápido! Rápido! - disse Ryfon ajudando Minna a subir na escada improvisada feito de galhos, troncos e raízes que magicamente cresceram da terra - O Elluin vai te pegar do outro lado.

O sentinela humano rapidamente preparou seu arco e flecha ao notar que Ryfon estava à uma distância maior de Minna e, então, atirou contra Ryfon que se preparava para subir. A dor atingiu Ryfon por completo. Sabia bem das técnicas dos humanos de usar métodos que doíam bem mais além da simples ferida. Aquelas flechas eram embutidas em líquidos que afetavam toda a circulação de magia causando uma dor que se tornava cada vez mais incômoda além de afetar o uso da magia.

— RYFON! - exclamou Minna preocupada.

— VAI - urrou o elfo.

No alto do muro, Elluin, que tinha escalado até lá para ajudar Minna à descer, aproveitou que podia ver o humano que atacou seu amigo e lançou um feitiço de vento tão forte que empurrou o humano para trás. O ataque de ventania veio no melhor momento, pois o sentinela humano já trocava seu arco e flecha para sua espada que muito certamente tinha as mesmas propriedades anti-mágicas que suas flechas.

Elluin ajudou Minna à descer do muro e, com dificuldade, Ryfon veio logo atrás. Com dor, Ryfon quase caiu do muro ao descer do lado do reino élfico enquanto o sentinela humano pedia por reforços. Juntos, os três correram para longe do muro enquanto os dois elfos seguravam cada mão de Minna embora a vontade de Ryfon era segurar seu ombro machucado.

— Isso vai dar um estrago tremendo. - disse Elluin - Valeu mesmo a pena?

Nem Ryfon nem Minna responderam embora o peso na consciência assolasse Minna. Ainda não sentia o gostinho da liberdade, esperava que o sentisse quando parassem de correr por suas vidas.

— Você… se machucou não foi? Aquela hora… - disse Minna.

— Vou ficar bem. - disse Ryfon - Se formos discretos para curar isso, eles não vão ter provas de que alguém pulou o muro. Era nosso momento de vigília.

— É, mas e se os humanos resolverem atacar para recuperar a garota? - perguntou Elluin - Não acredito que você fez algo tão imprudente!

— Eu sei, ok? Não preciso do seu sermão - disse Ryfon.

— Me desculpe… foi tudo culpa minha… - disse Minna.

— Não se desculpe. A situação em que estava era no mínimo revoltante - disse Ryfon fechando a cara ao sentir uma pontada de dor.

— Venha, vamos parar aqui, vou tirar essa flecha - disse Elluin.

O trio sentou-se sob uma árvore onde, com cuidado, Elluin usou os equipamentos que tinha em seus bolsos por precaução e fez todos os primeiros socorros que Ryfon precisava. Em seguida, Elluin voltou para seu posto enquanto Ryfon seguiu adiante rumo ao vilarejo. Ambos questionaram a segurança de tal decisão, mas não foi como se tivessem muito o que fazer.

— O reino já acolheu muitos povos que fugiam da guerra como refugiados, talvez consigamos algo do tipo para você também… - dizia Ryfon enquanto se aproximavam do vilarejo que dormia - Principalmente que essa fuga não foi tão discreta quando eu queria.

— Acha mesmo? - perguntou ela mordendo o lábio.

— Acho sim - disse ele passando delicadamente a mão em seu rosto levando uma das mechas de seu belo cabelo para atrás da orelha - Então poderá viver uma vida tranquila.

— E fazer o que eu quiser? - perguntou ela.

— Sim! Do jeito que é esperta, pode escrever livros, já que gosta tanto deles. - disse Ryfon - Ou pode tentar ir para a escola e aprender mais ainda e quem sabe virar professora. Pode experimentar coisas novas, como… ahm… música! culinária! Pode até ser um vilarejo pequeno, mas nada te impede de tentar ir para uma cidade maior e com mais possibilidades.

— Acha que consigo fazer essas coisas mesmo sendo cega?

— Qual a graça de traçar limites para si mesma? - disse ele se aproximando e dando um leve beijo no topo da testa dela - Tenho certeza que é capaz de conseguir tudo que quiser, mesmo que envolva lidar com pessoas irritantes ou situações inesperadas pelo caminho.

De olhos mareados, a garota deixou que sua testa tocasse o peitoral do elfo. Lentamente, lágrimas escorreram pelo seu doce rosto enquanto um sorriso nascia e seu rosto e braços envolviam Ryfon em um doce abraço.

— Obrigada. - disse ela.

— De nada - respondeu ele correspondendo ao abraço.

— Nada vai me impedir também se eu quiser ficar com você? - perguntou ela num mero sussurro.

— B-Bem… - disse Ryfon meio sem graça e vermelho - provavelmente algumas pessoas idiotas vão tentar impedir sim, mas a gente pode mandar eles se ferrarem.

A garota não pode evitar começar a rir diante da frase dele mesmo com as lágrimas ainda escorrendo pelo seu rosto. Ela levantou a cabeça para mostrar para ele o sorriso que estava estampado em sua face.

— Isso seria legal. - disse ela.

Com um sorriso similar, Ryfon olhou para ela e inspirou profundamente aproveitando o momento. Sabia que ainda teriam problemas para lidar no dia seguinte, mas, ao menos naquele momento, eles queriam acreditar que tudo daria certo. Com a certeza de que fariam tudo de tudo para que o futuro fosse feliz, Ryfon aproximou seu rosto do doce rosto de Minna fazendo com que a ponta dos dois narizes se tocassem delicadamente. Ambos fecharam os olhos sentindo o vento levemente frio bater na face rosada de ambos enquanto ignoravam as dores físicas e mentais e os problemas que viriam. Afinal, naquele breve momento nas bordas da floresta que rodeava o vilarejo élfico, tudo o que o casal sentia era paz e esperança.


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Notas finais do capítulo

e é isso... XD
achei o final bem fofinho. ele mudou umas 3 vezes antes de chegar nessa versão final. espero que tenha ficado legal.

FELIZ NATAL E PRÓSPERO ANO NOVO



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