As aventuras de uma ruiva- 2° temporada escrita por Anninha


Capítulo 8
n'A Toca dos Weasley's- O riacho a meia-noite:




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— Xeque-Mate!- Cedrico exclamou e Lena bufou.Havia perdido pela terceira vez consecutiva no Xadrez-Bruxo pelo Cedrico.

— Cansei de perder.- Ela fez uma cara de deboche e se levantou.

— Fracote.- ele rebateu quando ela já estava na sala.

— Sou mesmo!- gritou indo até as escadas.Além de Cedrico e Helena, havia os gêmeos, Liam, Lino e Luna na Toca.Não fazia ideia de onde os outros estavam, por isso checaria o quarto dos gêmeos.Abriu a porta e bufou.Não estavam lá.

Sem paciência, adentrou o quarto que estava hospedada e franziu a testa ao ver que havia um embrulho sobre a cama com uma carta sobre ela.Retirou os tênis e afastou Dougal de seu pescoço.O danado já queria roubar seu colar.Sentou-se e abriu a caixa.

Se deparou com um vestido.Preto, longo de mangas cumpridas, cheio de babados e brilho.Helena franziu a testa e retirou o vestido de dentro da caixa.Não havia nada ali além do vestido.Largou-o dentro da caixa e agarrou a carta.

Cara Helena Granger, 
Por aqui eu venho novamente me declarar.
A primeira vez que eu te vi, você chorava.Claro que era um disfarce para conseguir colocar Bombas de Bosta no vagão para atormentar os Sonserinos, mas do mesmo jeito, te achei fofa.

— Fofa.- ela riu enquanto negava com a cabeça e voltou a ler.

A primeira vez que ouvi sua voz, eu senti uma coisa estranha se agitar dentro de mim.E eu afastei esse sentimento mais rápido que uma Firebolt.Eu não poderia estar gostando de uma Granger metida a marota.

Lena riu de novo.

A primeira vez que ouvi sua risada, eu sorri.Era o riso mais contagiante e feliz que eu já tinha escutado, e internamente, eu desejava que fosse para mim.

A primeira vez que você me bateu, eu me senti mal.Você não teria feito o que fez se não se sentisse magoada pelo que eu te disse.

Quando você sumiu, eu chorei que nem um bebê.Helena Granger era terrivelmente chata e convencida, mas era a única pessoa, além do Potter, que respondia a altura e me dava um prazer de discutir.

— Malfoy, você é estranho.- murmurou a ruiva franzindo a testa.

A primeira vez que eu te vi depois que voltou, senti um alívio tão grande que eu não me conti.Eu deixei na cara.E você também deixou.

Helena franziu a testa e buscou nas memórias o dia que o viu pela primeira vez depois que perdeu a memória.Fazia tanto tempo que não se lembrava perfeitamente.

A primeira vez que eu te toquei, senti uma corrente eletrizante passar pelos meus dedos e ir até meu coração.Ali, eu soube que eu gostava de você e que eu queria que você fosse minha amiga e minha confidente.

E quando você disse que não podíamos ficar juntos, meu mundo desabou.Como que o amor não pode sobreviver?Somos jovens e livres!Podemos fazer o que quisermos!

Eu reconheço o quanto diferentes somos e o quanto jovens somos, mas eu continuarei gostando de você.Querendo você ou não.Eu preciso de você, Helena Granger.Você é a luz que me tira das Trevas.Você me torna melhor, Helena Granger.E eu preciso que você me tire das Trevas.

Helena se encontrava em um estado de surpresa extremamente alto.Acabou de ler uma das cartas mais verdadeiras do mundo e ainda se encontrava hesitante sobre aceitar que Draco Malfoy entrasse de cabeça em sua vida.

Admitia, gostava do loiro.Demais, mas não era suficiente.Draco fazia parte de uma família que era unha e carne com Voldemort.Helena fazia parte de uma família que era unha e carne com o movimento anti-Voldemort.Era o típico Clichê de Famílias inimigas e blá blá blá.Helena não gostava disso.

Guardou a carta junto ao vestido e colocou a caixa no chão, debaixo da cama.Iria enlouquecer.Deitou-se e puxou a coberta até o queixo.Respirou fundo várias vezes antes de finalmente adormecer.Mesmo sendo uma da tarde, precisava descansar a mente um pouco.

Helena olhou para os lados, sentindo -se com medo.Não sabia onde estava, e nem quem era o garoto estranho de olhos azuis que encarava o teto pensativo deitado em uma cama.Era o único móvel do ambiente todo preto.

Lena deu um passo a frente, então tudo se iluminou.Era um quarto pequeno, todo de mármore.Havia um armário em frente a cama, uma escrivaninha a cerca de 5 passos da cama e do armário e uma lixeira pequena ao lado da cama.

— Você é Tom Marvollo Riddle, descendente de Salazar Slytherin.Ninguém é páreo para você.Ninguém.- murmurou o menino, fazendo Helena pular de susto.Havia tomado um belo de um susto.

Voldemort era bonito?, pensou Helena surpresa, observando o revelado homem.De repente, ele se sentou na cama, deixando uma corrente com um medalhão verde cair para o seu colo.Ele a agarrou e a admirou.

— É aqui que meu legado começa.- murmurou ele.

— Helena!- a ruiva se sentou rapidamente.E bufou.

— O que é?- perguntou baixinho, encarando o garoto a sua frente.

— São 9 da noite.Eu e o pessoal vamos no riacho la pela meia-noite, quer ir?- perguntou Liam sorrindo um pouco.

— Pode ser.- ela afastou as cobertas e saiu da cama.-O jantar já saiu?- perguntou enquanto colocava os chinelos e ascendia a luz do quarto.

— Em cinco minutos.- ele respondeu e Helena assentiu.Abriu o armário e agarrou o caderno de desenho e um lápis.- Vai desenhar?- perguntou calmo, encostando no batente da porta.Helena assentiu enquanto se sentava na cadeira que fazia parte da escrivaninha.

— Eu sonhei com uma coisa.E sei la, acho que é importante que eu a desenhe.- murmurou concentrada em desenhar aquele medalhão que viu no sonho.

— Outra visão?- perguntou sério e Lena o olhou no ato.

— O que?- Talvez fosse raiva que Liam notou na voz de Helena, mas não iria tentar adivinhar.Helena tinha reações péssimas as vezes.- Não, sério, o que você disse?- perguntou ficando mais irritada com a falta de respostas.

— Durante uma reunião com a Ordem da Fênix, que são as pessoas que foram buscar você e Harry, Dumbledore contou que você possui o dom de ver o futuro.- Lena suspirou e largou o lápis.

— Dumbledore parece aquelas velhas fofoqueiras.Sempre observando através da janela e depois passando informação.- a ruiva se levantou.-Ele não pensou que isso poderia chegar aos ouvidos errados?- perguntou irritada.

— Acho que é com isso que ele conta.- O garoto disse coçando a nuca.- Dumbledore acha que tem um traidor entre nós.Então, se chegar a Você-Sabe-Quem os seus dons, é porque alguém de dentro vazou.- Liam explicou e Lena assentiu.

— E quem participa dessa reunião?- perguntou curiosa.

— Várias pessoas.Snape, Dumbledore, McGonagall, Thiago, Lívia, Sower, Renan, Dominique, João, Olivia, Alice, Frank, Cedrico, Fleur, Sirius, Remus.- ele foi listando e Helena foi apenas concordando.Estava surpresa, é claro.Eram várias pessoas.E se bobear tinha muito mais.

— Agora, grande parte desse pessoal aí tem a Marca Salvadora.Se um deles que traiu, a Marca está em carne viva agora.- Arqueou as sobrancelhas e Liam riu.

— É verdade!Eu tinha me esquecido disso!Todos nós, na verdade!- ele riu novamente e Lena riu baixinho.- Quem que aplica as marcas?- perguntou sério.

— Eu, os gêmeos, Harry, Hermione e Rony.Nunca compartilhamos o feitiço para ninguém e combinamos de fazê-lo não verbal.- Liam assentiu.

— Ok.Acho melhor descermos.O cheiro está maravilhoso.- ele murmurou e Helena cheirou o ar.Seu estômago rondou no ato e ela sorriu.

— Eu preciso de comida.Urgente.-a ruiva salivou e os dois desceram as escadas.Helena podia ser jovem, mas não era idiota.Havia algo de estranho na revelação de Liam.Dumbledore não era trouxa.Ele não iria contar sobre suas premonições sabendo que poderia colocar Helena em perigo e provocar até mesmo seu sequestro.Ou Liam mentindo, ou era o traidor.Lena queria acreditar que ele a estava testando, do que acreditar que Liam estava traindo ela e os amigos.

Sentou- se ao lado de Luna e se serviu da comida que os gêmeos prepararam com a ajuda de Cedrico.Eles cozinhavam bem, mas sempre esqueciam as coisas no forno e isso não era legal.

— Como vão as vendas?- Lino perguntou entre uma garfada e outra.

— Um sucesso.- Jorge respondeu animado.

— Estamos pensando em abrir uma loja física se continuarmos assim.- Fred sorriu.- Nós ainda não temos uma ideia definitiva sobre como vai ser, mas definitivamente Helena vai estar conosco.- Helena se engasgou com a comida.Luna bateu em suas costas e Lena tossiu.

— Eu?- sorriu animada.Os dois assentiram e Lena se levantou para abraçar os amigos.- Obrigada, meninos.De verdade.- murmurou sorrindo ansiosa.

— É uma prazer fazer negócios com você.- murmurou Fred orgulhoso e ela sorriu.

As 23h30, os gêmeos, Helena, Luna, Cedrico, Lino e Liam estavam fechando a porta da frente de casa.Cada um segurava uma mochila com toalha, uma muda de roupa limpa e um pouco de comida.

—Acabei de descobrir que estou com preguiça de subir todo esse morro.- Lino comentou e Lena riu.

— Eu também.- os dois preguiçosos bateram a mão uma na outra e permaneceram atrás, ofegando e tentando acompanhar o resto do grupo.- Da próxima- Helena respirou fundo.- vez-respirou fundo de novo- vou vir de...- Respirou e se jogou no chão.- vassoura!- Todos riram e colocaram as mochilas sob pedras.Haviam acabado de chegar no riacho, que por sinal, era lindo de noite.

Bem iluminado pela luz lunar, o Riacho parecia ser fundo e mortal, mas era raso e escuto apenas.Lena gostou dele porque parecia o Lago Negro.Ainda deitada, retirou a mochila das costas e começou a tirar a roupa.Estava de maiô por baixo, como mandou Fred.

— Parece que está frio.- Lino disse apenas de bermuda.Todos os meninos já se encontravam assim.Lena riu baixinho ao ver Luna encarando descaradamente o tanquinho de Liam.

— O Lago Negro é bem pior, Lino.Bem pior.- Helena disse e gritou enquanto corria em direção ao riacho.- SAI DE BAIXO!- berrou e pulou enquanto segurava as pernas.A "bomba" de Helena, molhou a todos.

—Que droga, Helena!- Fred reclamou e a ruiva riu.O corpo todo estava abaixo da superfície, apenas sua cabeça era visivel.

— Para de drama e entra!A água está ótima!- falou e mergulhou.Liam e Cedrico pularam logo atrás dela.Lino empurrou Fred e Jorge e se jogou junto com Luna.

Mergulharam por vários minutos, contaram piadas e decretaram que teria que ter briga de galo.Fred subiu em Jorge e Cedrico em Liam.Cedrico ganhou, e foi com Fred de novo, achando que era Jorge.Helena riu aos montes quando viu a cara de surpresa de Cedrico.

Lá pelas 3 horas da manhã, Luna e Helena ascenderam uma fogueira e se sentaram lado a lado, observando os amigos brincarem na água.

— Então, o que está havendo?- Luna perguntou calmamente, virando o rosto para Helena.- Os Zonzobulos tem me contado que você anda bem dispersa.- comentou sorridente.Lena riu.

— Diga aos Zonzobulos que eu me sinto ótima!- a ruiva sorriu e agarrou uma mecha do cabelo.A torceu e se aninhou mais a toalha.

— Lena, o que você tem visto?- perguntou a loira com o samblante mais sério.Lena suspirou.

— Eu vi a mãe da Tonks.Ela perdeu a filha, o genro e o marido.E tinha o neto no colo.Eu...Eu literalmente toquei na mão dela e vi a vida dela daqui a 3 anos.- murmurou triste e Luna a abraçou de lado.

— Vai ficar tudo bem, Helena.- a loira sorriu quando a mais nova se ajeitou mais para deitar em suas pernas.Helena pode ter concordado externamente, mas internamente sabia que uma Guerra contra Voldemort se aproximava rápido.Sabia que a visão que viu ao tocar Andrômeda Tonks era uma consequência horrível dessa guerra.E ela não estava feliz ou tranquila com ela.Estava apavorada.

Com os meninos fora do riacho, Lino deu a ideia de assarem marshmellows.Lena já tinha ouvido falar disso no Mundo trouxa, mas nunca experimentou.Então, foi a primeira a agarrar o doce branco e o assar.

— Bem, crianças.Vamos brincar de contar histórias de terror!- Jorge fez uma cara maldosa e Lena bufou.

— Outra coisa!- pediu e bocejou.Os meninos riram.

— Com medo?- Cedrico debochou.

— Não!- exclamou com a voz um tanto esganiçada.

— Então vamos contar histórias de terror!- sentenciou Lino.

— Hum-hum.Eu primeiro!- Luna se ajeitou no tronco e pigarreou.- Havia um pequeno vilarejo em Ottery St. Catchpole.— Lena se encolheu um pouco.- As pessoas que viviam lá, eram muito conservadoras e, portanto, preconceituosas com o diferente.Elas tinham medo do diferente.- Luna começou a contar, fazendo uma voz mansa e delicada.Helena estranhou e se levantou.Sentou-se entre Cedrico e Liam.O mais velho, Cedrico, a abraçou enquanto sorria.- Em um belo dia de sol, uma família se mudou para o vilarejo procurando paz e um bom lugar para morar.Era uma cidade pequena, agradável, que mal faria?- Luna se perguntou.

"Já adaptado aos costumes do vilarejo, Arthur, o filho mais velho dos Sanctas, adorava passear perto da Igreja do Vilarejo, margeada em uma floresta densa e escura, nada frequentada."

"Um dia, o Padre gentil e adorável passou por ele, carregando uma pesada mala que o Padre negou ajuda para segura-la, e entrou na floresta depois de verificar se alguém lhe seguia.Arthur, confuso e curioso, começou a seguir o Padre floresta a dentro."

Arthur não sabia como, mas havia se perdido.Preso na floresta, sentia -se amedrontado.Gritos horrorosos e altos ecoavam de todos os lados da Floresta, seguidos de uma risada alta e maliciosa."

Um grito alto soou no riacho.Helena berrou de susto e socou Liam no braço enquanto os meninos riam.

— Desgraçado!- murmurou ainda de coração acelerado.- Da próxima vez eu te lanço uma azaração, Liam.Uma irreparável.- ameaçou colocando a varinha que trouxe em seu pescoço.O menino engoliu em seco.

— Helena, calma.Foi brincadeira.- Lino tentou apaziguar a situação.

— Não quero saber.- a ruiva guardou a varinha e Luna pigarreou, pronta para voltar a contar a história.

"Então, olhando para os lados apavorado, Arthur percebeu uma sombra metros a frente.E a sombra segurava uma faca ensanguentada.Arthur arregalou seus olhos e não esperou nenhum segundo mais antes de iniciar uma corrida desesperada entre as árvores para salvar sua vida."

" Minutos depois, ainda correndo, se deparou com um riacho.A risada maliciosa soou e Arthur gritou no instante que encarou seu assassino.".

"Era um garoto, alto de cabelos longos morenos.Ele não tinha pálpebras.E o sorriso.O sorriso havia sido cortado com uma faca e chegava as orelhas."

Lena e os outros ouviram barulhos na mata.

"O garoto encarou Arthur e calmamente deu passo por passo até o menino.Arthur se afastava, gritando e implorando que o deixasse ir."

"-Aquele padre não me deixou ir.Ele fez isso comigo.E eu o matei.- O menino riu bem alto."

Helena se levantou no instante que escutou a risada.

— Que brincadeira é essa?- perguntou para os amigos.Todos se viraram para uma parte do riacho, a esquerda.- Juro por Deus que eu vou matar vocês!- berrou louca de medo.Então Lena berrou.Berrou tão alto que pássaros saíram voando das árvores.O mesmo que garoto horrível que Luna descreveu saiu da mata e entrou no riacho.E riu.Riu bem alto.

Todos gritaram e Helena saiu correndo enquanto chorava.Havia ficado assustada e com medo.Quando ela já estava longe, todos desataram a rir.

— Pode tirar a máscara Matt, você foi incrível!- Luna disse enquanto ria.Matt tirou a máscara e riu junto com os amigos.

— Ela vai nos matar!- disse ele ainda rindo.

— Pior, vai se vingar!- Lino riu e os outros também.Valeu a pena ver a cara dela.Isso é.


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