As aventuras de uma ruiva- 2° temporada escrita por Anninha


Capítulo 4
Nos Dursley's- Dudemente:




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— Lena, está tudo bem?- Harry perguntou depois de bater levemente na porta dos hóspedes.Como o esperado, ela não respondeu.Tia Petúnia e Harry se entreolharam e fitaram novamente a porta.- Você não pode ficar aí para sempre.- ele voltou a dizer e do lado de dentro, Helena não se moveu um mísero milímetro. 

— Helena, querida, você não sai desse quarto a dias.Você precisa comer e tomar seus remédios também.- Tia Petúnia falou delicadamente, talvez assim convencesse a sobrinha a sair do quarto.—

Nenhum dos dois ouviram nada, mas sabiam que Helena estava acordada.A rotina dela era a mesma a dias e nela consistia dormir depois das 23h00, tudo para aproveitar o máximo a casa dos tios.

— Memphis, Helena está bem?— Harry, por fim, decidiu usar seus dons sombrios para ganhar informações.Odiava ser Oflidiogota, mas admitiu que era bem conveniente ter esse dom nesse momento.Ao seu lado, Tia Petúnia estremeceu e se afastou ao menos dois passos de Harry.O garoto nem se importou.

— Ela está bem, está encostada na porta ouvindo vocês.- a cobra respondeu do lado de dentro e Harry suspirou aliviado.

— Pode ir.Vou falar com ela.- ele disse a tia, que assentiu antes de descer as escadas para ir preparar o jantar.Ele se sentou e encostou as costas na porta.- Lena, eu não sei como você se sente, e talvez nunca vá saber, mas eu preciso que você me ajude a entender o que sente.- ele falou calmamente e esperou um pouco.Não ouviu nada.-E preciso também que me ajude a entender o porque de você ter dito aquelas coisas ao pa...- antes mesmo dele terminar a frase, ele caia para dentro do quarto de Helena.

A ruiva, sempre delicada, passou por cima de Harry e desceu as escadas.Harry já se encontrava atrás dela, atordoado.A observou abrir a porta da frente e fazer menção de sair, mas voltou rapidamente e subiu as escadas correndo.Harry quase foi atrás, achando que ela iria se trancar novamente.

— Não saia do quarto e se Duda entrar, morda ele!- ele a ouviu dizer em língua de cobra para Memphis.Ela fechou a porta e voltou a descer as escadas.Harry reparou que ela estava bem agasalhada, com um sobretudo e uma toca.

Estranhando, ele analisou rapidamente seu rosto e viu que ela andara chorando e tinha grandes bolsas arroxeadas abaixo dos olhos.Se preocupou que a irmã tivesse se machucado, porque hoje era o dia mais quente do verão.O que ela estaria fazendo com toda essa roupa?

— Onde você vai vestida assim?Está uns 35 graus lá fora.- Harry a impediu de passar, se colocando a sua frente.

— Harry, por favor.Se quer me entender, só sai da minha frente e me segue, ok?- impaciente, Lena o olhou irritada.Harry suspirou.Daria o benefício da dúvida.Devia isso a ela.Abriu a porta e saiu na frente.Esperou ao lado da porta e se sentiu mais aliviado quando a irmã saiu de dentro da casa.Fechou a porta e colocou as mãos no bolso antes de iniciarem uma caminhada.

Andaram em silêncio, apenas ouvindo o som de suas respirações e o pouco movimento na rua.Helena chutou uma pedra longe, quase acertando um carro.

— O nome dele era Kevin.- ela disse derepente, no momento que entraram na rua da Magnólias.Harry a olhou.- Kevin Heart.Ele era um executivo em uma empresa de shampoo.Ele tinha uma esposa e...- Helena travou e Harry a percebeu segurar as lágrimas.Ficou chocado ao entender que ela se referia a pessoa que a sua parte lupina matou.Então, para dar forças, segurou sua mão.Ela a apertou fortemente.- Ela estava grávida.E eles já tinham dois filhos.Um garoto de 15 e uma garota de 7.- Helena já não segurava as lágrimas.- Eu o matei, Harry.Eu matei um homem bom.Honesto.E a culpa foi minha, por que eu confiei em quem não devia.- A ruiva tropeçou ao passar pela porta fechada do parque e foi ao chão.Harry se sentiu mal ao ver que a mesma não quis se levantar e agora chorava.

Harry não sabia o que falar.Muitas vezes ele já se sentiu assim, desolado e impotente, mas ninguém nunca soube o que dizer para ajudá-lo.Ele poderia tentar falar algo, mas achou melhor consolar a irmã com gestos.

A abraçou com força e ela o aceitou de braços abertos.Estava frágil e com dor.Uma dor no peito irreparável e o único remédio era anima-lá.Avistou os balanços e sorriu um pouco.

— Vamos Lena, vamos virar crianças por uma noite.- Ele murmurou em seu ouvido e Lena levantou os olhos para o encarar.Harry apenas sorriu e se levantou, a puxando pela mão.Os dois foram em direção ao balanço e Harry, brincando, fez uma reverência e estendeu as mãos em direção a um dos balanços, o menos quebrado.

— Oras, obrigada!- ela fez uma reverência e fungou.Se sentou e Harry a empurrou.

Ao ver de longe, veriam apenas duas pessoas brincando.Despreocupadas com tudo ao seu redor, querendo apenas se divertir um pouco.Poderiam achar estranho ver um garoto de 15 anos rindo alto enquanto descia pelo escorregador, ou correndo para não ser pego e virar o pegador.

Mas Harry não ligava.Helena era o seu bem mais precioso e não importa a idade, faria tudo isso de novo apenas para vê-la feliz.Nada estragaria sua felicidade.

— Ora Ora Ora!Voltamos ao pré!- a voz irritante de Duda foi ouvida e Helena e Harry pararam de subir a escada do escorregador.

— Os Desprovidos querem briga?- Helena murmurou irritada.- Tudo bem, vou comprar uma cartela.- sem esforço, ela sorriu marota e esperou os idiotas chegarem perto.

— Viraram crianças de 5 anos de idade, foi?- debochou o Japa imitando uma voz de uma criança de 5 anos.

— Virei, algum problema pastel de flango?- Harry riu baixinho enquanto a irmã sorria como se tivesse ganhado a discussão.

— Ora sua...- mas Helena viu algo mais importante e agarrou a caixa de cigarros do bolso do primo.

— Opa!Acho que algumas mamães não vão ficar felizes de saber que seus filhos fumam! - Lena riu como uma criança no natal, enquanto a faceta de Duda se fechava em irritação, assim como a dos outros meninos se fechava em medo.

— Eu vou acabar com a sua raça!- Ele partiu para cima de Helena, mas Harry segurou seu pulso com uma mão, enquanto com a outra apontava a varinha para seu pescoço gordo.

— Você não mete a mão na minha irmã, Duda, ou eu esqueço meu código e te arranco a vida aqui e agora!- Harry falou tão sombrio, que Lena sentiu uma excitação gostosa.Em seu íntimo, desejava uma briga mano a mano.E iria apreciar se a visse.Duda engoliu em seco, mas seu peito inflou.

— Você não é corajoso de noite, né?- ele sorriu com maldade.Harry soltou o pulso de Duda e ele e Lena o encararam.Ele parecia triunfante.

— Quer meu óculos emprestado, seu grande cego?Ou a lua está ofuscando a sua vista?- Helena foi grossa e debochada ao mesmo tempo.Harry riu.

— Estou falando de quando ele esta deitado, sua água de salsicha podre.- Duda rosnou na direção de Helena, a olhando com irritação.A ruiva o olhou com tédio.

— Como assim não sou corajoso quando estou deitado?- Harry perguntou ao franzir a testa.- Do que acha que eu tenho medo?Dos travesseiros ou algo assim?

— Ele ta se referindo ao ronco de porco dele quando ele ta dormindo.Até eu tenho medo de dormir assim.- Helena debochou alto, e Duda lhe lançou um olhar irritado novamente.

— Gritando para que não matassem Cedrico e Helena.Quem é Cedrico, seu namorado?- Duda debochou e Harry franziu a testa.Helena sentiu um vento frio bater em seu rosto e se arrepiou toda.Voltou seus olhos para o céu.

— Harry...

— Eu...você esta mentindo.- a voz de Harry declinou um pouco.Helena retirou a varinha das vestes.

— Papai...papai...Ele vai me matar papai!

— Harry.Oh Meu Merlin.- A ruiva murmurou assutada.-HARRY, CORRE!AGORA!- ela gritou e quando Harry olhou para onde ela apontava, agarrou o primo pela gola da camisa.

— CORRAM SEUS IDIOTAS!- berrou o moreno e sem esperar reação, os três correram para longe, fugindo.- Debaixo do viaduto!RÁPIDO!- Harry gritou para Helena, enquanto corriam sobre a chuva fraca que iniciará do nada.

Helena pulou rapidamente a cerca e desceu as escadas que levavam a entrada de pedrestres sobre o viaduto, segurando o corrimão ao descer.

— Harry...como que diabos eles chegaram aqui?- Helena perguntou assustada, quando os três, Helena, Harry e Duda, estavam longe da chuva e ainda ofegantes pela corrida.

— Eu não sei.- Harry olhou para os lados e para a escada acima deles.O frio se tornou maior e as luzes do viaduto se apagaram.Helena agarrou o primo.

— Cala a boca e vem comigo.- Helena sussurrou o puxando.Os três se afastaram, ouvindo ansiosos arquejos roucos e sombrios.- Corre, Duda.Vai pra casa.AGORA!- mas não deu tempo.

O primeiro Dementador surgirá por trás de Harry.O garoto já tinha a varinha em mãos.

— Expecto Patronum!— murmurou sério.Apenas um fiapo de luz saiu de sua varinha.Tentou novamente, intensificando suas lembranças felizes.- Expecto Patronum!— a luz veio mais forte, mas não adiantou muito.

Helena se levantou do chão.Havia caído depois do segundo Dementador passar por ela como um raio para agarrar Duda.

— Inferno!- mumurou e sem pensar duas vezes, se jogou em direção ao dementador, para que ele se afastasse de Duda.Então, ele se dedicou a ela.

Helena sentia a sua alma sair de seu corpo, literalmente.Suas melhores lembranças estavam sendo sugadas e Lena só queria meter o pé dali.Tateando as cegas, agarrou a varinha do bolso e a apontou para o Dementador.Depois dessa, merecia um prêmio.

Expecto Patronum! Pensou com os gêmeos e suas pegadinhas na mente.Ela não sabia se iria funcionar, mas ficou feliz que sim.A doninha saiu de sua varinha saltitando e agarrou o Dementador pelo pescoço usando o rabo.O Dementador foi afastado e Lena pode respirar.

Expecto Patronum!— berrou Harry e Lena viu o gentil e magestoso cervo pular para fora da varinha de Harry e dar uma galhada no Dementador que vinha pela sua frente.O Dementador foi embora e Harry olhou para a irmã.A mesma vomitou e suas pernas fraquejaram.-Lena!- ele exclamou a pegando antes que caísse.

— Duda...Esse idiota está vivo?- Lena murmurou baixinho, encostada a parede. Harry fez uma careta de nojo pelo vômito na roupa dela, mas apenas olhou para o primo e assentiu.O mesmo resmungava e tinha o rosto meio estranho, como se ele fosse um demente.

— Precisamos ir embora, Helena.Ir para casa.- Harry murmurou sério e Lena assentiu.Porém, antes que ele se levantasse com a irmã, agarrou a varinha e a apontou para a entrada do viaduto.Então, guardou a varinha rapidamente.A Sra Figg, a mesma que cuidava de Harry quando os tios saíam, estava ali, lhe encarando.

— Que diabos, Harry, não guarde essa varinha!Eles podem voltar!- a vizinha falou séria e Harry voltou a olhar para a irmã, a mesma havia desmaiado.


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